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terça-feira, 2 de abril de 2024

A melancólica despedida do Nacional na Série A4

Texto e fotos: Fernando Martinez


A primeira fase do Campeonato Paulista da Série A4 chegou ao fim no último sábado e, por conta da fraca campanha, fui acompanhar a lamentável e melancólica despedida do já eliminado Nacional da competição. O adversário foi o animadíssimo Ska Brasil, que ainda lutava por uma vaga entre os oito melhores. O palco foi o Estádio Nicolau Alayon.


Nacional AC - São Paulo/SP


FC Ska Brasil - Santana de Parnaíba/SP


Os capitães de Nacional e Ska com o árbitro Leandro Carvalho da Silva, os assistentes Claudenir Donizeti da Silva e Tatiane Sacilotti Camargo e o quarto árbitro Willians Costa Rocha

O time ferroviário não empolgou em nenhum momento em 2024. Começou ganhando fora, mas já no segundo compromisso teve a chance de vencer o Penapolense em casa, porém perdeu pênalti e apenas empatou. Dali em diante, mais baixos do que altos. Foram apenas quatro vitórias em 14 rodadas e seis derrotas, várias vexatórias como o 4 a 3 contra o VOCEM após estar vencendo por 3 a 1 até 47 do segundo tempo, o 5 a 1 contra o XV de Jaú e o 3 a 2 diante do Jabaquara, resultado que eliminou de vez a agremiação.

Já com o Ska Brasil, ex-Osasco FC, a coisa foi diferente. O clube somou apenas três pontos nas sete primeiras rodadas e a partir de então, não perdeu mais. Emendou cinco triunfos em sete confrontos e chegou na última jornada ocupando o oitavo lugar. Um simples resultado positivo garantia a presença nas quartas de final. Pelo que estavam jogando, eram de longe os favoritos.

Teve um alto quórum nessa jornada. A dupla alvinegra Raul e Nílton e os sempre presentes Milton e Pucci. Apesar de ser um amistoso para os locais, um público até que razoável esteve na Comendador Souza. Pena que a maioria não gostou do fato de ter presenciado outra apresentação bem fraca do Nacional. O time jogou no modo automático. O Ska também foi mal na etapa inicial e a peleja se arrastou. O que valeu, claro, foi aquele bate-papo com a rapaziada e o belíssimo uniforme da equipe de Santana de Parnaíba. Poderiam usar essa combinação com maior frequência.

Somente nos minutos finais que a coisa esquentou. Diogo Bolt deu uma entrada criminosa em Victor Zaga e levou o vermelho direto. Aos 50, em escanteio pela direita, um atleta do Nacional colocou a mão na bola dentro da área. Rafael Lucas cobrou o pênalti no canto esquerdo e Maurício defendeu. O camisa 7 ainda mandou o rebote por cima em bela tentativa de bicicleta.







Precisando da vitória, o Ska Brasil criou muito mais do que o Nacional no primeiro tempo


Está quase encoberto pelo atleta visitante, mas aqui está o detalhe da bola batendo no braço do jogador nacionalista. Pênalti marcado de forma correta pela arbitragem


O goleiro Maurício defendendo a cobrança no fim da etapa inicial

No segundo tempo o negócio esfriou de novo. O Ska nem parecia que estava precisando vencer e atuou de uma forma completamente desordenada. O Nacional (e sua má vontade) quase chegou perto de abrir a contagem com Talisca, sempre ele. A gente já imaginava que o 0 a 0 seria inevitável até que o onze visitante acordou com uma grande força da zaga da casa.

Hugo Gil, zagueiro local, tinha o domínio no campo de defesa e nenhuma marcação. Mas ele tropeçou de forma bisonha e, não sei querendo fazer o quê, resolveu se livrar da pelota. Acabou dando um suculento presente para Felipe Costa, que só rolou até Emanuel. O camisa 20 tocou no canto esquerdo sem dificuldade. Vacilo imperdoável, apenas mais um da longa lista de 2024. Antes do apito final, já classificado, o Ska Brasil ainda ampliou com pênalti cobrado por Wesley.




Na segunda etapa o Ska seguiu muito melhor


O segundo gol do onze visitante que deu a vaga nas quartas de final da A4


Mais uma derrota na provável (e melancólica) despedida nacionalista de 2024

O Nacional 0-2 Ska Brasil carimbou o passaporte da equipe de Santana de Parnaíba para as quartas. O adversário agora será o bom time do Grêmio São-Carlense. Já os nacionalistas encerraram a participação na A4 na 12ª posição. Foram 16 pontos, quatro vitórias, quatro empates e sete derrotas. Uma campanha decepcionante. Sim, foi bom não ter caído, porém no mínimo tinham que ter alcançado a segunda fase. Pior é saber que pode ter sido o último jogo em 2024. Hoje eu duvido que joguem a Copa Paulista. Um salve ao tenebroso e absurdo calendário do futebol profissional do estado de São Paulo.

Menos de 24 horas depois da decisão da A4, teve início de disputa de acesso na A2. No Domingo de Páscoa, a torcida grená lotou a Javari para empurrar o quase centenário clube da Mooca ao acesso.

Até lá!

Ficha Técnica: Nacional 0-2 Ska Brasil

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Leandro Carvalho da Silva; Público: 239 pagantes; Renda: R$ 3.390,00; Cartões amarelos: Matheus Moreno, Kevin, Matheus Serraglia, Miguel, Hugo Gil e Davi Souza (PF-Nac); Cartões vermelhos: Diogo Bolt 46 do 1º, Matheus Serraglia 39 e Ryan 45 do 2º; Gols: Emanuel 32 e Uéslei (pênalti) 47 do 2º.
Nacional: Mauricio; Luan, Matheus Serraglia, Hugo Gil e Fabão; Diogo Bolt, Matheus Moreno (Miguel) e Paolo; Lucca (Marcelo) (João Vitor), Talisca (Kevin) e Vitinho (Ryan). Técnico: Diego Souza.
Ska Brasil: Lucas Bergantin; Renato Marolla (Rodrigo Melo), Caio Henrique, Zé Mendes e Mateus Petri; Sérgio Dias, Victor Zaga (Ricardo Batista) e Felipe Urbano (Felipe Costa); Shoma (Emanuel), Uéslei Jr. e Rafael Lucas (Alan). Técnico: Edmilson Abel.

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