segunda-feira, 21 de junho de 2021

Lusa usa a cabeça e vence a primeira na Série D

Texto e fotos: Fernando Martinez


O último final de semana foi bastante animado por essas bandas com três coberturas no total. No sábado, emplaquei minha terceira rodada dupla na pandemia e iniciei os trabalhos no Campeonato Brasileiro da Série D. No Estádio Oswaldo Teixeira Duarte, a Portuguesa recebeu o Santo André pela terceira rodada do Grupo A07 buscando conquistar os três pontos.

A estreia lusitana teve um grande gosto de frustração pois sofreram o empate do Cianorte nos acréscimos. No segundo compromisso, nova igualdade fora de casa contra o Madureira. Já o Ramalhão venceu o Bangu no Rio de Janeiro e perdeu para o Boavista em Diadema (o clube irá mandar seus jogos na casa do Água Santa pois o gramado do Bruno José Daniel está sendo reformado).



Equipes entrando em campo, capitães e quarteto de arbitragem designado para a partida na capital bandeirante

Esse foi o sétimo confronto entre eles que acompanhei in loco, o primeiro desde 2009 (triunfo rubro-verde por 2x1 no Paulistão daquele ano). Dos seis anteriores, além do já citado pela A1, quatro foram pela Série B, o que deu um aspecto nostálgico ao jogo. Três deles tiveram cobertura do JP: empate por 1x1 em 2005, vitória andreense por 3x2 em 2006 e um sonoro 3x0 a favor do clube do Canindé em 2007.

Como de praxe desde setembro do ano passado, poucas pessoas foram credenciadas e vi a peleja sem nenhum aperto ou perrengue. Fazia frio e escolhi acompanhar os avantes locais de perto, acreditando que os comandados de Fernando Marchiori buscariam o gol com mais afinco. Acertei na mosca. A rapaziada da casa foi melhor e o Santo André sofreu com as investidas do seu adversário.

Cesinha criou o primeiro bom momento em ataque pela esquerda aos quatro minutos e Fabrício Araújo fez ótima defesa. Denis Neves na sequência também teve a sua chance. Os locais ficaram próximos da área visitante e foram poucas as vezes que o Santo André se aventurou no setor ofensivo. Quando isso aconteceu, as finalizações foram facilmente defendidas por Dheimison.

Nos últimos minutos a Portuguesa voltou a chegar perto de abrir o marcador. Primeiro aos 35 em chute colocado de Marzagão que passou perto da meta e depois aos 43 em escanteio cobrado rapidamente pela esquerda que Raphael Luz cabeceou e Fabrício Araújo fez defesa brilhante à queima-roupa. O 0x0 era o resultado quando os times foram aos vestiários.






O primeiro tempo no Canindé foi bastante movimentado e a Portuguesa criou mais chances. Na última foto, o goleiro Fabrício Araújo se esticando todo na melhor oportunidade lusitana

No segundo tempo o panorama não mudou muito. O que mudou foi que o Santo André chegou um pouquinho mais, nada absurdo, perto do gol paulistano. Logo aos dois minutos, David Ribeiro chutou e a bola passou perto. A Lusa respondeu aos quatro em cabeçada perigosa que a zaga desviou pela linha de fundo. O escrete da casa foi ficando cada vez mais incisivo conforme o relógio andava.

Aos 21 quase saiu o gol. Em escanteio da direita, a pelota foi escorada e ficou zanzando dentro da pequena área, sem que nenhum atleta rubro-verde chegasse a tempo de concluir. A defesa salvou na hora H. A insistência deu resultado aos 27 quando, após falta da direita, Willian Magrão subiu e testou firme para o fundo da rede.

Não restou alternativa ao Santo André a não ser fixar posição no campo de ataque em busca do tento de empate. Foi aí que a Lusa sofreu um pouquinho. Aos 33 Dheimison defendeu bem uma cabeçada despretensiosa após escanteio. Aos 45, novo lance pelo alto e aos 49 o maior susto da tarde. Em investida pela direita, a forte finalização bateu na forquilha e saiu. Foi por pouco.



O tempo final começou com o mesmo panorama: Lusa melhor e o Santo André se defendendo


Rara chegada andreense em cobrança de escanteio



Willian Magrão subindo mais do que todo mundo no primeiro e único gol da tarde. Abaixo, a comemoração de todos os atletas rubro-verdes

No fim, o Portuguesa 1-0 Santo André foi justo por tudo que a agremiação paulistana fez durante os 90 minutos. A invencibilidade foi mantida e a primeira vitória conquistada. Só que com três rodadas realizadas de um total de 14, tudo é cedo demais e analisar com propriedade ainda é difícil. Daqui umas três ou quatro rodadas talvez a gente possa dar uma opinião com propriedade.

Saí do Canindé com duas horas de lambuja antes da sessão noturna. Aproveitei a deixa e fui fazer um tour pelo bairro do Pari, meu lar por quase 25 anos. Dei uma passadinha no buraco em que ficava a minha casa e fui depois fazer uma boquinha no local que vende as melhores esfihas da cidade de São Paulo. Já não visitava o lugar desde 2019 e é incrível como a qualidade permanece a mesma.

De barriga cheia pude seguir até o palco do segundo compromisso do sábado. Dia de acompanhar nova apresentação das líderes do Brasileiro Feminino contra uma equipe que eu ainda não tinha visto ao vivo.

Até lá!

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Ficha Técnica: Portuguesa 1x0 Santo André

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Fernando Henrique Miranda/SC; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Lucas Douglas, Maykinho, Patrick, Caíque, Bruno Luiz, PV; Gols: Willian Magrão 29 do 2º.
Portuguesa: Dheimison; Feijão (Lenon), Willian Magrão, Patrick e Denis Neves; Caíque (Tauã), Cesinha, Marzagão e Raphael Luz (Danilo Pereira); Ermínio (Anderson Lessa) e Lucas Douglas (Maykinho). Técnico: Fernando Marchiori.
Santo André: Fabrício Araújo; Eliandro, PV, Léo Gobo e Gilberto Jesus; Bruno Luiz (Pedrinho), Gian (Dênis Germano), Gledson e Hayllan (Will); Nunes (Vítor Carvalho) e David Ribeiro. Técnico: Wilson Júnior.
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