quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

São Caetano vence o genial Perilima dentro de casa

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de ver o Real Ariquemes ao vivo no começo da tarde de quarta-feira, me mandei de Diadema com destino a São Caetano do Sul, cidade sede do Grupo 21 da 52ª Copa São Paulo de Futebol Júnior e uma das duas chaves com dois times novos para mim (a outra é Lins, mas não vou lá). O duelo que abriu a disputa no Estádio Anacleto Campanella foi entre o São Caetano e a genial Desportiva Perilima da Paraíba.

Fundada em 1992 pelo glorioso Pedro Ribeiro de Lima, a Perilima entrou no imaginário popular com as várias participações do presidente/atleta em jogos da equipe. Ele fez o primeiro gol como jogador em 2007, aos 58 anos, e continuou em atividade até os 67. Em 2017, aos 68, ele foi impedido de seguir atuando. O time, genial até a medula, acabou sendo repassado a outro dono em seguida. Independente de quem está no comando, não dava para perder a chance de colocá-los na Lista.

Eles se classificaram para a Copinha após o vice-campeonato do Paraibano sub-19 de 2021. Foram duas derrotas contra o Confiança pela contagem mínima e ambos se garantiram na Copa. Aliás, essa é uma coisa que poucos se tocaram até agora: os estaduais funcionam direitinho como classificatórios e, raro poucas exceções, os clubes que ganham a vaga no campo são confirmados pelas respectivas federações.

São Caetano do Sul voltou a ser sede da Copinha após cinco anos. A cidade sedia o torneio apenas pela sexta vez, as outras foram em 1978, 1979, 1980, 1993 e 2017. Quando estivemos lá há cinco anos, o maior destaque foi a presença da então promessa Vinícius Júnior, atuando pelo Flamengo. Dali ele iniciou a trajetória que o levou ao Real Madrid e provavelmente para a Copa do Mundo do Catar.




As fotos oficiais do jogo. A Perilima era um dos times que tinha como meta para ver nessa Copinha. Alternativo até o osso e genial demais para não entrar na Lista

Cheguei na parte C do ABC Paulista de Uber com o amigo abelha Renato e seu potente resfriado, sempre um receio em tempos de pandemia. Tomamos aquele guaraná maroto e logo fui me credenciar. Por um problema com o pessoal do Azulão levei muito mais tempo do que deveria até chegar no campo de jogo. Aí foi a vez de esperar a entrada das equipes e o apito inicial.

Confesso que esperava mais do Perilima. Os paraibanos mostraram muita fragilidade e o São Caetano foi melhor durante todo o tempo. Os donos da casa criaram os momentos mais incisivos de perigo, mas só abriram o placar aos 44 minutos. Matheus Brito recebeu cruzamento de Lobato e, sem marcação, tocou na saída do goleiro. Foi com o 1x0 que o intervalo chegou.

Na etapa final parecia que a coisa ficaria mais sossegada para o Azulão pois Lyedson foi expulso aos cinco minutos. Só que não foi bem essa a realidade. João, goleiro do Perilima, segurou a onda com boas defesas e o onze paulista ampliou apenas aos 29 com Gustavo França. Dois minutos depois Isaac diminuiu, dando aquele sopro de esperança aos nordestinos. Eles esboçaram uma reação, pena que ela foi interrompida com o segundo gol de Matheus Brito na jornada, o terceiro do São Caetano.







Momentos de São Caetano x Perilima (e sua belíssima camisa). Na quarta foto, o primeiro gol, marcado por Matheus Brito no primeiro tempo

O São Caetano 3-1 Desportiva Perilima deixou claro que dificilmente o Azulão vai perder a vaga na segunda fase. Esse é um dos grupos que somente na base da tragédia os figurões serão eliminados. Falando em figurão, o jogo de fundo foi bem pior do que a torcida que lotou o estádio esperava.

Até lá!

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Ficha Técnica: São Caetano 3x1 Perilima/PB

Em breve
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