quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Palmeiras campeão da Copa São Paulo 2022

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de quase um mês, a 52ª Copa São Paulo de Futebol Júnior chegou ao fim na manhã da última terça-feira. Não é jogo perdido, mas marquei presença na raça. Direto do Allianz Parque, que recebeu uma peleja do torneio pela primeira vez, Palmeiras e Santos se enfrentaram em busca da taça com todo o favoritismo para o alviverde.

O detalhe é que às nove da noite da segunda-feira eu tinha certeza de que não estaria na decisão. Mesmo tendo acompanhado a competição de perto desde o início fiquei de fora por causa de um sorteio feito pela ARFOC. Na minha terra as almas que acompanharam desde o começo têm prioridade, aqui não. dessa forma fica fácil aos fotógrafos de ocasião que sempre pintam apenas no filé. Seria um absurdo enorme ficar de fora, sem brincadeira. Por sorte o pessoal da FPF ficou sabendo e me credenciou. Uma atitude bastante simpática dos amigos que trabalham lá, corrigindo o que seria uma enorme injustiça, modéstia à parte.

Com tudo confirmado, vale dizer que essa foi a 13ª vez que acompanhei o duelo decisivo da Copinha no estádio, o segundo seguido, algo que não acontecia desde 2005/2006, pois também vi o título do Inter em 2020, a última vez em que estive no Pacaembu. Falando apenas do Jogos Perdidos, é a décima final contando a trinca do sumidaço Orlando em 2009, 2010 e 2012.



As taças para o campeão e vice da edição 2022 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Pena que sejam praticamente iguais a todos os outros torneios da FPF

Acordei cedo e cheguei na casa alviverde com antecedência. O 25 de janeiro em 2022 não era oficialmente feriado, porém muitos ficaram em casa. Cerca de 20 mil torcedores pagaram ingresso (apenas 50% da capacidade foi liberada em virtude da pandemia) e acompanharam um clássico histórico em vários sentidos.

O Palmeiras somava sete vitórias e um empate, enquanto o Santos venceu seis e empatou duas vezes. Por ter a melhor campanha, o time palestrino teve a vantagem de atuar com torcida. Aí entra uma polêmica de muitos acharem que foi injusto terem colocado a decisão na casa da agremiação. A diretoria santista chiou nas redes, a meu ver sem motivo. Já se sabia desde o início que seria assim. Se fosse o Corinthians ou o São Paulo contra qualquer um fora do trio de ferro, a final seria na Arena Corinthians ou no Morumbi respectivamente.




As fotos oficiais dos times na grande decisão da Copinha. Também tem a foto dos capitães junto com o árbitro Gustavo Holanda Souza, os assistentes Gustavo Rodrigues de Oliveira e Izabele de Oliveira, o quarto árbitro Pablo Rodrigo Soares de Oliveira e o quinto árbitro (!) Miguel Cataneo Ribeiro da Costa

Poucas vezes vi uma equipe chegar na derradeira apresentação com tanta expectativa. Sim, foi um clássico, só que não tinha como negar que o Palmeiras era muito favorito. Quando a bola começou a rolar ficou claro que o verde não queria perder a chance de ser campeão em casa. Como um lutador de boxe que define sua luta no primeiro assalto, o Palmeiras resolveu a parada em 16 minutos.

Endrick, o grande nome do time, abriu o placar aos cinco minutos em belo gol de prima. Giovani ampliou aos 11, uma pintura de gol. Gabriel Silva bateu falta com perfeição aos 16 e ampliou. Título definido, pois ninguém em sã consciência acreditava em uma virada. O Santos estava completamente entregue e não sofreu outros gols por pura sorte. Aos 45 o alvinegro perdeu Derick expulso.


O Palmeiras começou a decisão do mesmo jeito que seus outros jogos: eletrizante


Giovani voando na comemoração do segundo gol palmeirense


A falta que originou o terceiro gol alviverde



Outros dois momentos do primeiro tempo da decisão

Com um a menos, o Santos se entregou de vez. Se fosse boxe, o árbitro teria encerrado tudo por compaixão ao nocauteado. Como é futebol, o Peixe foi obrigado a sofrer por mais 45 minutos. Gabriel Silva fez o quarto do Palmeiras aos oito da etapa final em bela cabeçada e o verde chegou perto de marcar novamente seis ou sete vezes em lances agudos. A torcida, em completo êxtase, nem ligou. A rapaziada esperava apenas o apito final.


No tempo final, insaciável, o Palmeiras não diminuiu o ritmo



A cabeçada de Gabriel Silva no quarto tento local e a comemoração da rapaziada na frente deste humilde repórter



Após o 4x0, o alviverde poderia ter feito ainda mais gols, mas o resultado ficou assim mesmo

O Santos 0-4 Palmeiras ficou barato para o Peixe e deu o primeiro título da Copinha ao alviverde. Conquista merecida do grande destaque do torneio e do clube que hoje possui a melhor categoria de base do país. A gente acompanha os paulistas de perto e sabe bem que eles estão anos-luz à frente dos demais.

A festa dentro e fora de campo foi enorme e apareceu aquele monte de aspone que adora pintar nas decisões. O padrão é esse mesmo. Os fotógrafos se acotovelaram pensando em captar as melhores imagens enquanto eu fiquei de lado, na boa, sem me meter com os figurões. Assim que passei os últimos momentos da edição 2022 da Copa São Paulo.




O Santos recebendo as medalhas e o troféu pelo vice e a festa palmeirense pelo título inédito

A competição chegou ao fim. Foram 33 jogos em 20 estádios e 60 times vistos dos 128 participantes. Foi a segunda Copinha que emplaquei essa doideira e tive a companhia de amigos em praticamente todas as jornadas, desde a capital até a genial rodada de Votuporanga e Tanabi. Bati meu recorde de jogos em um mês, tomei chuva, passei frio (até hoje não acredito nisso), passei muito calor e também vivi na pele a noite de horror da semi em Barueri. Mas valeu a pena. Vamos ver se em 2023 tem como fazer algo parecido.

Agora temos A2 e A3 em fevereiro e março até o começo dos paulistas de base e a Segundona em abril. Vida que segue!

Até a próxima!

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Ficha Técnica: Santos 0x4 Palmeiras

Em breve
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