sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Em duelo de campeões paulistas, Azulão bate o Bragantino no ABC

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na noite da quinta-feira rolou uma peleja de peso no Campeonato Paulista da Série A2 com o encontro entre o São Caetano, campeão estadual em 2004, e o Bragantino, campeão em 1990. Além disso, os dois ostentam em seu glorioso currículo vice-campeonatos brasileiros e, como cereja do bolo, ambos estavam invictos. Vale lembrar também que os dois foram os times 12 e 13 a entrarem na lista do Projeto 40.

As duas equipes somavam sete pontos conquistados nos três primeiros compromissos e o vencedor chegaria à liderança pelo menos até o final de semana. Um grande chamariz para a presença do público... só que não. Mesmo numa noite agradável, os torcedores não apareceram em peso no Estádio Anacleto Campanella.


Associação Desportiva São Caetano - São Caetano do Sul/SP


Clube Atlético Bragantino - Bragança Paulista/SP


Capitães dos times junto ao arbitro Rodrigo Guarizo do Amaral, os assistentes Fabrício Porfírio de Moura e Luís Felipe Silva e o quarto árbitro João Marcos Giovanelli

Antes de falar do jogo, o Data Fernando informa que esse foi o 13º encontro entre os dois na história do estadual. O retrospecto era de cinco vitórias pro alvinegro, quatro empates e três triunfos do time do ABC. No ano passado estive presente no empate sem gols, também no Anacleto e também pela A2.

Mas diferente do esperado, no primeiro tempo a partida foi bem mais ou menos. O São Caetano não conseguiu acertar os passes no setor ofensivo e chance de gol mesmo foram apenas duas. A primeira com Francisco Alex e a segunda numa cabeçada de Magrão... as duas sem sucesso.

O Bragantino foi um pouco melhor, mas só um pouco. Antes dos 20 minutos o time criou duas oportunidades, as duas com Fabiano, o jogador que mais infernizou a zaga local. Não parecia que o placar seria alterado mais até que Ferreira resolveu mudar o cenário no último lance da primeira etapa. Ele atacou pela direita, deu um corte no defensor e chutou com muito estilo para colocar a pelota no ângulo. O intervalo chegou com vitória parcial do São Caetano.


Zaga do Bragantino mandando a pelota para longe da área


Lance em que foi pedido pênalti em toque de mão dentro da área visitante. O árbitro nada marcou


Atacante local encarando a marcação de defensor adversário


Do terceiro andar, zaga do Braga cortando mais um cruzamento na área

Das arquibancadas vi o segundo tempo e, para a alegria de todos os presentes, o jogo melhorou bastante. O Azulão finalmente mostrou o bom futebol esperado por todos e aos 18 minutos ampliou sua vantagem. A bola foi levantada na área pela esquerda, o goleiro Renan Rocha espalmou e a pelota sobrou para Carlão. Ele acertou um belíssimo chute e fez o segundo gol local.

O Massa Bruta não se abateu e quase diminuiu o marcador aos 29 minutos em tiro perigoso de Rafael Grampola. Já aos 32 não teve jeito e os visitantes marcaram. Adriano Paulista recebeu grande passe pela esquerda e chutou firme, estufando as redes de Lucas. O duelo estava mais aberto do que nunca.

Na tentativa de buscar o empate o Bragantino se mandou ao ataque, porém deixou espaços perigosos na defesa. E quando a peleja estava se aproximando do fim, o time da casa deu o último golpe no alvinegro. Ermínio recebeu bom passe na entrada da área e tocou na saída do arqueiro. Outro golaço e fatura fechada no Anacleto.


Boa saída do goleiro do Bragantino


Lance aéreo dentro da área visitante no bom segundo tempo


Ataque do Massa Bruta pela esquerda no final do jogo

O árbitro apitou pela última vez com o placar de São Caetano 3-1 Bragantino. Essa foi a maior vitória do Azulão contra o Braga como mandante pelo estadual e o triunfo levou o time à liderança. É o quarto ano seguido na A2 e o terceiro em que o clube começa dando uma ótima impressão. Já dá pra dizer que os sulsancaetanenses (ô palavrinha difícil) estão entre os favoritos do acesso. Se vai subir, é outra história.

Esse foi o segundo dia com futebol do total de seis do complicado cronograma do Projeto 40. Na sexta-feira voltei aos gramados com meu retorno ao Canindé depois de quase dez meses de ausência, um absurdo completo.

Até lá!

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