quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

JP na Olimpíada (parte 20): O glorioso encerramento da Rio 2016

Texto e fotos: Fernando Martinez


A alegria estava boa, a festa estava muito legal, mas tudo que é bom tem dia para acabar. Falo do 21 de agosto de 2016, dia do encerramento dos XXXI Jogos Olímpicos da Era Moderna no Rio de Janeiro. Vivi de perto o maior evento multi-esportivo do planeta acompanhando várias modalidades, muitas disputas de medalha e vários momentos históricos, como o tri de Usain Bolt nos 100 metros rasos e a emocionante medalha de ouro do Brasil no futebol dos rapazes.

Não imaginava que seria possível marcar presença em alguma das cerimônias, de abertura ou encerramento, dos Jogos. Só que os deuses do esporte foram muito generosos comigo e na última etapa de vendas, milagrosamente consegui um ingresso para ver a magnífica festa que encerrou o Rio-2016. A abertura foi sensacional e mesmo sabendo que dificilmente a beleza vista em 5 de agosto se repetiria, aguardei com tremenda ansiedade o evento derradeiro.


O Maracanã todo azul antes da cerimônia


O Cristo Redendor em destaque

A primeira lembrança esportiva que possuo é o encerramento dos jogos de 1980, quando o ursinho Misha chorou de tristeza no final da Olimpíada de Moscou. Portanto, estar presente, 36 anos depois, numa festa assim foi muito, muito emblemático. Na parte da manhã acompanhei pela televisão o ouro nos Estados Unidos no basquete masculino e, sem demorar muito, me dirigi ao Maracanã pensando em curtir cada segundo. Vale dizer que foi difícil chegar lá por conta de um vendaval que nunca tinha visto antes. Daqueles que temos que encostar em alguma parede para não levantarmos voo. Surreal.


Agora a bandeira brasileira e as estrelas representadas por crianças



Dois detalhes do sensacional desfile de delegações

Na entrada ganhei um livro especial sobre a cerimônia e também fui correndo garantir um copo especial - saudade, Copa - da cerimônia. Fiquei zanzando por tudo que é canto antes de ir pro meu lugar. Quando cheguei, as primeiras lágrimas da noite surgiram lembrando de todos os encerramentos que acompanhei pela televisão através dos tempos. Mais precisamente nove, sem contar Montreal-1976, já que dificilmente me lembraria de algo com 15 dias de vida.

Todo mundo que está lendo esse post provavelmente viu a cerimônia, assim como centenas de milhões de pessoas pelo planeta. A celebração da cultura popular brasileira com o samba, forró e frevo. O show de espalhadas pelo Lenine. O coro de 27 crianças cantando o Hino Nacional Brasileiro. O genial vídeo promocional de Tóquio-2020 levando o Super Mário ao estádio fluminense com a presença do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe saindo de um cano.


A última entrega de medalhas. Como sempre, da maratona


O genial jogo de sombras da retirada da bandeira olímpica


O primeiro-ministro japonês surgindo no meio do palco num dos momentos mais geniais da cerimônia de encerramento


Mais um genial momento que falou sobre Tóquio-2020

Também teve o genial desfile de todas as delegações, algo que sonhava ver desde pequeno. A presença de vários atletas históricos. A última entrega de medalha para o queniano Eliud Kipchoge, primeiro colocado na maratona. Os discursos do presidente do COI, do prefeito Eduardo Paes e de Carlos Arthur Nuzman, os dois últimos vaiados a plenos pulmões pelo que vos escreve e por quase todos no Maracanã. E fechando, o maravilhoso desfile de marchinhas com escolas de samba e um clima de festa simplesmente sensacional e empolgante. Chorei em vários e vários desses momentos.


A pira olímpica logo depois de ter sido apagada


O imenso carnaval que encerrou a Olimpíada do Rio de Janeiro

Foi emocionante e triste ao mesmo tempo estar no velho novo estádio na noite de 21 de agosto de 2016. A noite em que vi a Cerimônia de Encerramento da primeira Olimpíada da América Latina in loco. Não tenho a menor ideia se voltarei a assistir um evento desse porte, então tudo foi ainda mais especial. Fui privilegiado por ver os Jogos Panamericanos em 2007, a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016. Não me falta mais nada no continente (só a Copa América em 2019, porém esse é outro papo).

Foi isso, pessoal. Espero que tenha conseguido passar nesses 20 posts o que foi viver a Rio-2016 de perto. Dias felizes (alguns não tanto, faz parte) que não terão paralelo na minha vida.

Até a próxima!

© 2019

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