domingo, 4 de maio de 2025

Portuguesa vence duelo de fundadores no Canindé pelo sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


A sessão da tarde da última sexta-feira foi simplesmente genial. Abrindo as coberturas do Jogos Perdidos na Série A do Campeonato Paulista sub-20 de 2025, tivemos um duelo entre Portuguesa e Jabaquara, dois fundadores da FPF, no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte. Jogo assim não tinha como ficar de fora. Confronto tão legal que até o Milton, ainda se recuperando de dias difíceis, esteve presente.

Foi a primeira vez que vi a camisa do Jabaquara no campo rubro-verde em 23 anos. A última tinha sido a ida da decisão da extinta Série B3 de 2002, um 4 a 0 em cima da saudosa Portuguesa B. Após aquela peleja, o Leão da Caneleira nunca mais pisou no Oswaldo Teixeira Duarte.


Associação Portuguesa de Desportos (sub-20) - São Paulo/SP


Jabaquara Atlético Clube (sub-20) - Santos/SP


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

Em meio a tantas competições feitas no piloto automático e a uma série de erros repetidos ano após ano, a Federação Paulista de Futebol finalmente acertou uma. A reorganização do estadual sub-20 ficou muito boa. Depois de cinco anos, voltamos a ter duas divisões. Na primeira, a Série A, 48 clubes foram selecionados por um ranking montado pela entidade. Os dez melhores de cada um dos três grupos, além dos dois melhores décimos primeiros colocados, se classificam.

Além disso, o que torna o campeonato especial também é o fato de que os dois piores de cada chave serão rebaixados para a Série B em 2026. O sumido Orlando Lacanna, o Cary Grant do século 21, daria seu precioso aval por conta do "mecanismo de acesso". Apenas dois times subirão e isso ocorrerá até chegarmos a 32 clubes na Série A em 2029. Para fechar, outro ponto legal é que os grupos não são regionalizados, e teremos confrontos entre agremiações de todas as regiões do estado. Sem exagero: hoje o sub-20 é anos-luz mais legal do que a Segundona.

Para minha estreia nos Juniores em 2025, foi infernal chegar ao Canindé. Um trânsito de maluco no Pari atrasou todo o esquema. Por sorte, eu tinha comprado dois sandubas na porta do Centro Esportivo de Pirituba e consegui almoçar na sala de imprensa do estádio paulistano. O ruim foi que eles deixaram a desejar, bem diferente da simpatia da moça que me atendeu. Faz parte.

Seguindo no quesito ruindade, a partida foi bem fraca. No primeiro tempo, o Jabuca foi melhor, porém nada assim uma Brastemp. Chegou umas duas ou três vezes dentro da área e mais nada. A Portuguesa fez menos e, a rigor, teve só um bom momento. Eu, morrendo de sono na lateral esquerda do ataque visitante, tive a dura missão de não dormir. Cumpri no limite.




Lances do fraco primeiro tempo no Canindé


O meu 448º jogo no estádio na contagem regressiva para o fim das atividades do Canindé

Na etapa final, a Portuguesa voltou melhor e, aos sete minutos, abriu a contagem. A bola foi cruzada da direita, passou por toda a área e encontrou Keven Coloni na esquerda. O jogador tocou de leve, venceu o arqueiro jabaquarense e fez a festa. Um belo gol de oportunismo do camisa 11. No restante do tempo, a Lusa teve chances de ampliar, mas não o fez, enquanto os visitantes raramente se aventuraram no ataque.





A sequência do gol lusitano e a comemoração de Keven Coloni







As fotos ficaram melhores do que o jogo em si. Quando é assim, vamos com várias imagens


Placar final da segunda vitória rubro-verde no Paulista sub-20 Série A

É, a partida nota 4 terminou com o placar de Portuguesa 1-0 Jabaquara. Foram apenas duas rodadas, e nelas os rubro-verdes seguem com 100% de aproveitamento, junto com Red Bull Bragantino, Palmeiras, Ituano e Corinthians no Grupo 2. O Jabuca é o 11º, sem nenhum ponto conquistado. Ainda tem muita água para passar debaixo da ponte. A primeira fase acaba apenas em 12 de agosto.

Para fechar, o trânsito absurdo no Pari e adjacências se manteve terrível e levamos 50 minutos num trajeto que não chega a dez até a Estação Tietê. No sábado fiquei em casa, de boa. Já no domingo fiz minha estreia na Segundona de 2025, um dos campeonatos mais sem graça dos últimos tempos.

Até lá!

Ficha Técnica: Portuguesa 1-0 Jabaquara

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Vinícius Pinto Tonollo; Público: 121 presentes; Renda: portões abertos; Cartões amarelos: Wellington, Murilo, Keven Coloni, Alex, Jotta, Peterson e Hick; Cartão vermelho: Jotta no pós-jogo; Gol: Keven Coloni 7 do 2.
Portuguesa: Eduardo; Firmo (Jotta), Wellington, Ernest (JP) e Alano (Vicente); Rômulo, Magdalena (Rian), Davi (Nenê) e Murilo; Freire (Pedro Testa) e Keven Coloni (Alex). Técnico: Alexandre Lemos.
Jabaquara: Yuri; Luizinho (Guilherme), Wilson, Gustavo e Hatz (Vidal); Danilo (Lipe), Arthur (Vitinho), Thiaguinho e Vini (Guilherme Inácio); Peterson (Carlinhos) e Alector (Hick). Técnico: Adriano Piemonte.

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