terça-feira, 2 de abril de 2024

Velo sai na frente do Juventus na luta pelo acesso

Texto e fotos: Fernando Martinez


Reta final do Campeonato Paulista da Série A2 e mesmo em um domingo de Páscoa não tinha como perder o início da segunda semifinal. O Juventus recebeu o Velo Clube no Estádio Conde Rodolfo Crespi e queria fazer valer o fator campo. Na primeira fase, também na Javari, os grenás venceram pela contagem mínima.

O Juventus chegou aqui depois de dois empates contra a boa equipe da Ferroviária e vitória nos pênaltis. Já o Velo derrotou o forte São José duas vezes. Aliás, as quartas da A2 derrubaram os quatro primeiros colocados, todos eliminados em casa no duelo de volta. Isso nunca tinha acontecido antes e só comprova o equilíbrio total do torneio.

O Moleque Travesso está fora da principal divisão do estado desde 2008, mas foi habitué durante várias décadas desde os anos 30. Com o Velo, outro papo. O rubro-verde esteve na elite apenas uma vez, em 1979. Subiu, caiu no mesmo ano e nunca mais chegou perto. É a melhor chance que o time tem em muito tempo.


CA Juventus - São Paulo/SP


AE Velo Clube R - Rio Claro/SP


O árbitro Salim Fende Chavez, os assistentes Leandro Matos Feitosa e Leonardo Tadeu Pedro e o quarto árbitro Thiago Lourenço de Mattos com os capitães de Juventus e Velo

Alguns apostavam que não, mas a Javari esteve outra vez lotada. 4.307 pessoas pagaram ingresso e lotaram as dependências da casa grená. Aliás, me pego pensando em uma coisa: nos anos 70 chegou a ter jogo com 12, 13 mil pessoas. Se com quatro mil o estádio fica em uma condição insalubre, não consigo imaginar como deveria ser antigamente. Perdidos na muvuca, vários amigos: Milton, Nilton, Estevan e Syller, o homem-televisão.

A grande parte dos presentes desanimou logo no começo, pois o Velo Clube abriu o placar no terceiro minuto. Lucas Dani desarmou um atleta local e cruzou pata Caio Mancha. O atacante tocou de leve e colocou no fundo da rede. O Juventus buscou não se abater com o tento sofrido, só que criou pouco. A melhor oportunidade foi em cobrança de falta de Guthierres. Nos contra-ataques, o rubro-verde foi perigoso.




O gol de Caio Mancha em três momentos





Mais momentos do primeiro tempo na Rua Javari

Na etapa final o Moleque Travesso até teve mais posse, porém não foi uma pressão efetiva. Teve gol, corretamente anulado pela arbitragem, e chance boa de Léo Castro e Guthierres, ele de novo, e só. O Velo soube se segurar direitinho e praticamente não sofreu sustos.





O Juventus ficou com a bola, mas assustou pouco no tempo final. Na segunda foto chegou a empatar, mas o gol foi anulado


O Velo deu um gigantesco passo para voltar à elite do estado após 45 anos de ausência

A rapaziada da Mooca ficou triste com o resultado de Juventus 0-1 Velo Clube. O onze interiorano agora por um empate no Benitão para voltar à elite após 45 anos. Os grenás têm que derrotar o adversário por dois tentos de diferença. Se devolverem o marcador, teremos pênaltis. Se eu fosse de apostar, colocaria 80/20 no acesso velista.

Como era Páscoa, saí da Javari e fui me encontrar com a família, algo que não fazia na data há cerca de 15 anos. Sempre é bom juntar o pessoal. Futebol de novo teremos na quarta-feira com o início de um período com vários times novos na Lista, algo que não acontece há bastante tempo.

Até lá!

Ficha Técnica: Juventus 0-1 Velo Clube

Local: Estádio Conde Rodolfo Crespi (São Paulo); Árbitro: Salim Fende Chavez; Público: 4.307 pagantes; Renda: R$ 151.460,00; Cartões amarelos: Léo Campos e Lucas Cezane; Gol: Caio Mancha 3 do 1º.
Juventus: Caio; Arthur (Marcel), Guilherme Mattis, Rayne e Caxambu (César); Borges (Jair), Liberato e Guthierres; Thiago Rubim (Andrey), Justino (Marlon) e Léo Castro. Técnico: Sérgio Soares.
Velo Clube: Gabriel Félix; Gabriel Mancha, Rafael Goiano, Lucas Cezane (Julio Vaz) e Léo Campos; Norton, Martinelli (Anderson Recife) e Felipinho; Mizael (Samuel Pizzi), Caio Mancha (Mayco) e Lucas Duni (Guilherme Garré). Técnico: Guilherme Alves.

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