domingo, 27 de agosto de 2023

Portuguesa e Taubaté empatam em jogo fraco no Canindé

Texto e fotos: Fernando Martinez


Com uma grande chance de me dar mal, na última sexta-feira fui ao Estádio Oswaldo Teixeira Duarte – não ia lá desde junho – para o Portuguesa x Taubaté que fechou a segunda fase do Campeonato Paulista sub-20. O onze lusitano tinha empatado seus últimos três compromissos, dois pelo estadual e um pela Paulista Cup, por 0 a 0. A expectativa era bem baixa.

A Lusa disputava a outra vaga do Grupo 16 com o Rio Claro, que visitou o líder e classificado Botafogo. O time da capital ocupava a vice-liderança com oito pontos, mesma pontuação do Azulão, mas com dois gols a mais de saldo. O Taubaté tinha campanha de cinco jogos e cinco derrotas. Ou seja, o cenário era todo favorável aos locais, que dependiam apenas de si. E foi exatamente esse o problema.


A Portuguesa de D (sub-20) - São Paulo/SP


EC Taubaté (sub-20) - Taubaté/SP


Capitães com o quarteto de arbitragem

Depois do retorno do estadual após as férias de julho, a Portuguesa não se encontrou. Nas três partidas disputadas, dois empates por 0 a 0 e revés contra o Bota por 2 a 0 no interior. A equipe perdeu a confiança obtida durante a ótima primeira fase e pouco produziu. Contra o Taubaté, o cenário ruim permaneceu o mesmo.

Foram 80 minutos de completo horror no Canindé. No primeiro tempo, nada aconteceu. Do eliminado Burro da Central eu já não esperava muita coisa, o que foi assustador foi a apatia completa dos atletas mandantes. Eles nada fizeram. Nada. Na etapa final o panorama seguiu igual. Por sorte eu tinha desistido de ficar no gramado e estava nas cabines. Estava tudo tão ruim que dormi por dez minutos e nada perdi.

Estava quase indo embora quando os deuses do futebol me deram um presente. A Portuguesa teve um escanteio pelo lado esquerdo e o glorioso Brasil foi bater. Ele cobrou fechado, um dos zagueiros furou bisonhamente e a bola foi morrer dentro da rede. Um gol olímpico, o terceiro que vi in loco nos últimos meses, para todos esquecerem o que (não) vinha acontecendo até então.

Só que o escrete visitante, incrivelmente melhor em campo (não que isso significasse algo), não estava disposto a entregar os três pontos de bandeja e queria se despedir com estilo. O Alvi azul permaneceu insistindo da sua forma e, quando o relógio marcava 46 minutos, chegou ao empate em conclusão de David Samuel. O gol foi bastante comemorado pela rapaziada taubateana e garantiu o único ponto do clube na segunda fase.








Lances do primeiro tempo fraco de Portuguesa x Taubaté no Canindé. A única coisa boa da tarde foi o frio




No segundo tempo a coisa piorou e só os gols chamaram a atenção. Na última foto, a comemoração pelo empate do Taubaté

O Portuguesa 1-1 Taubaté colocou o onze rubro-verde entre os 16 melhores do Paulista sub-20. Um resultado importante, pena que agora estarão em um grupo com Água Santa, Corinthians e Palmeiras. Com o futebol apresentado em agosto, estar nas quartas será uma missão quase impossível. Resta saber como os juniores lusitanos vão encarar a nova etapa.

Após o apito final eu permaneci no bairro do Pari e fui fazer uma visita a uma tia que ainda tem QG na região. Além de um bom papo, depois rolou uma boquinha no melhor lugar para comer esfiha na capital bandeirante, também no bairro e que frequento desde que me conheço por gente. Sempre é bom fazer esse tipo de programa.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Portuguesa 1-1 Taubaté

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Adeli Mara Monteiro; Público: 123 presentes; Renda: portões abertos; Cartões amarelos: Portela, Kadir, Jonathan, Marquinhos, Harley Braga; Cartão vermelho: Portela 40 do 2º; Gols: Brasil 39 e David Samuel 46 do 2º.
Portuguesa: Max; Talles, Portela, Renan e Pedro Henrique; Jonathan, Diogo, Brasil (Arthur) e Fabrício (Vedana); Geraldo (Kadir) e Kauê Dias (Pedro Torres). Técnico: César Michelon.
Taubaté: Davi Nata; Levi (Lucas), Pedro Ibelli, David Samuel e Juliano Lima; Marquinhos, Ygo Timbaúba (Francisco), Wanderson e Antunes (Luiz Roberto); Bruno (Pedro Pedroso) e Luquinhas. Técnico: Harley Braga.

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