sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Bahia derrota o Palmeiras pela 2ª vez e está na final da Copa do Brasil sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


Quinta-feira teve estreia no JP. Fiz a minha primeira (e única) cobertura da Copa do Brasil sub-20 na atual temporada. Contando com a ajuda da boa alma que marcou todos os compromissos da base do Palmeiras para o Allianz Parque, pude ver o alviverde recebendo o perigoso Bahia na volta de uma das semifinais do certame. Uma coisa que espero para 2021 é que toda a programação do juvenil e dos juniores continue sendo agendada para o estádio.

Essa é a quarta fase da competição. Os paulistas fizeram seis jogos com três vitórias, dois empates e uma derrota, eliminando na ordem Serra/ES, Londrina e Internacional. O escrete nordestino tinha campanha melhor: quatro triunfos, um empate e apenas um revés. Fluminense do Piauí, Ceará e São Paulo foram as vítimas do Esquadrão de Aço. No duelo de ida o tricolor fez 2x1 e precisava de um empate para se garantir na final.


Quarteto para Palmeiras x Bahia e capitães das agremiações

Apesar de estar na semi do estadual, é fato que a atual fase do sub-20 palmeirense não é tão espetacular assim. A equipe faz uma campanha mediana no nacional e domingo precisa vencer o Botafogo/RJ para se classificar. Campeão do torneio em 2019, o verde precisava vencer a todo custo. Já falei aqui e vale repetir. O sucesso de 2019 e a promoção da molecada vencedora dos últimos anos acabou deixando a categoria repleta de desfalques. Levando em conta que a revelação de promessas é sempre o mais importante, os resultados em campo é o que conta menos.

O fator casa deveria valer alguma coisa, porém bastou a bola começar a rolar no gramado sintético do Allianz para o Bahia ser um anfitrião não tão legal e tomar conta da peleja sem cerimônia. O Palmeiras não se encontrou absolutamente em nenhum momento e se tornou uma presa fácil. Certeza de que a maratona atual em que estão metidos está influenciando na performance da rapaziada.

O marcador foi aberto aos 35 minutos em lance que durou exatos oito segundos (!) para sair dos pés do goleiro Fabrício até a conclusão do camisa 7 Thiago. O segundo seguiu quase o mesmo script além de contar com um auxílio preciso de um jogador palmeirense. O camisa 9 Marcelo foi lançado, entrou na área e chutou no canto. Nos acréscimos, Leandro fez boa defesa e evitou o terceiro.




Em nenhum momento o Palmeiras teve controle do jogo. O Bahia foi cirúrgico


Atletas do Bahia comemorando um dos gols no primeiro tempo

Na etapa final o Palmeiras foi para cima em busca de melhor sorte, só que não teve fôlego suficiente na busca de um mísero golzinho. O Bahia ficou na boa, se defendendo bem e só esperando a hora de contra-atacar. O terceiro, que por pouco não saiu com Marcelo aos 24, aconteceu aos 44. Daniel foi lançado entre os zagueiros e chutou tranquilamente na saída do goleiro. Os locais marcaram o de honra aos 48 com um bonito gol de falta de Marcelinho.






No tempo final, perdendo por 2x0, o Palmeiras tentou ainda fazer aquele abafa, mas não foi capaz de assustar a zaga baiana. O gol de honra saiu apenas no último lance em cobrança de falta (última foto)

O Palmeiras 1-3 Bahia colocou o tricolor na decisão em grande estilo. O adversário na final será o Vasco da Gama, que eliminou o Atlético Mineiro. Como os dois times não tem nenhuma chance de passarem de fase no nacional da categoria, certamente a CBF irá marcar as partidas ainda em 2020. Ao alviverde resta colocar a cabeça no lugar e se concentrar para as decisões de domingo e segunda-feira.

Até a próxima!

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Ficha Técnica: Palmeiras 1-3 Bahia

Local: Allianz Parque (São Paulo); Árbitro: João Vitor Gobi/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Gabriel Goés, Gabriel; Gols: Thiago 35 e Marcelo 42 do 1º, Daniel 44 e Marcelinho 48 do 2º.
Palmeiras: Leandro; Ramon Rocha (Thiago), Jhow, Renan e Lucas Esteves; Vitinho, Caio Cunha (Gabriel Goés) e Juninho (Marcelinho); Luan (Fabricio), Aníbal (Carlos) e Pedro Acácio (Giovani). Técnico: Wesley Carvalho.
Bahia: Fabricio; Douglas Borel, Lucimário, Gabriel e Ryan (Thales); Luiz Felipe, Patrick de Lucca (Abraão) e Hiago (Jeferson Douglas); Thiago, Marcelo (Christian) e Daniel (Elly). Técnico: Eduardo Guadacnucci.
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