segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Portuguesa abre vantagem em cima do Desportivo Brasil

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foram longos 29 dias sem futebol por absoluta falta de grana e de uma nhaca monstra, porém no último domingo voltei às coberturas com o duelo entre Portuguesa e Desportivo Brasil no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte no início das quartas-de-final da Copa Paulista. Aquele famoso encontro entre a tradição e o futebol moderno tão combatido por alguns.

A Lusa penou bastante na segunda fase, mas conseguiu sua classificação na bacia das almas vencendo o São Paulo na derradeira rodada, terminando como segunda colocada do Grupo 4. O time de Porto Feliz teve um caminho mais light e foi líder do Grupo 6. Um total de 1.852 pessoas pagaram ingresso, todas preocupadas com as instáveis atuações rubro-verdes na fase anterior.


Times perfilados para o Hino Nacional Brasileiro. Dessa vez não teve foto posada pois estava chovendo demais e eu não estava na pegada de me molhar até a alma

Para a surpresa da maioria, eu incluído, a Lusa fez uma partida acima da média, principalmente no primeiro tempo. Numa apresentação inspirada do atacante Guilherme Queiroz, o camisa 7 mais uma vez foi decisivo. Mesmo com o Desportivo Brasil jogando bem e ficando mais tempo com a bola nos pés a Lusa foi mais efetiva.

Aos 27 minutos Marcelinho Paraíba fez grande jogada pela esquerda, tocou para o atacante e ele bateu na saída do goleiro Gilberto. Sete minutos depois ele aproveitou um cruzamento perfeito de Romarinho e fez o segundo de cabeça. Presenciamos algo que costumeiramente não vemos em apresentações do rubro-verde: objetividade nos ataques.

Antes do primeiro tempo terminar o escrete paulistano teve mais dois grandes momentos. O Desportivo Brasil foi para o vestiário feliz por não estar perdendo por mais gols. Diferente do que vi no Canindé em jogos da Copa Paulista, dessa vez não teve xingamento, reclamação ou stress dos torcedores locais, e sim muita animação com a boa atuação.


O Desportivo até que começou bem a partida, mas logo foi dominado pela Portuguesa


Zaga visitante cortando escanteio cobrado pela esquerda


Detalhe do segundo gol lusitano, marcado por Guilherme Queiroz de cabeça

No tempo final, os visitantes retornaram ao gramado no mesmo clima do começo do duelo. A primeira boa chance em toda a peleja aconteceu no 14º minuto. Depois de um bate-rebate incrível dentro da área paulistana, Edson finalizou e o zagueiro Paulo Fernando salvou em cima da linha. Aos 16, Hélio recebeu bom cruzamento na área e cabeceou firme, só que João Vítor foi ligeiro e impediu o tento visitante.

A partir daí, a Lusa voltou ao comando e aos 18 quase fez o terceiro com Romarinho chutando na trave. Três minutos depois não deu pro onze portofelicense... Romarinho chutou de longe, Gilberto deu rebote e Marcelinho Paraíba completou, ampliando a vantagem paulistana. A peleja seguiu em banho-maria e, com o que se via no gramado, parecia que o Desportivo estava mortinho da silva. Pena num vacilo rubro-verde aos 46, Raul bateu escaneio e Hélio fez o gol de honra visitante.


No tempo final os escrete interiorano voltou disposto a diminuir o prejuízo


A Portuguesa atacou bastante pelo alto 


Visão geral de um Canindé encharcado para Portuguesa 3-1 Desportivo Brasil

O placar final de Portuguesa 3-1 Desportivo Brasil foi uma senhora vitória, mas o tento sofrido nos acréscimos assustou um pouco a torcida paulistana. A equipe poderá perder por um gol de diferença que ainda assim estará na semi-final. Vitória por dois gols dará a classificação ao clube de Porto Feliz. Não vai ser fácil, porém a esperança da permanência no cenário nacional com a conquista da vaga na Série D é uma grande motivação.

Como ficarei na capital durante a semana, deve pintar cobertura da Copa do Brasil sub-17 na quarta-feira. Apresentação genial da base na Arena Corinthians e a chance de pisar no gramado pela segunda vez na história não é algo que se perca.

Até lá!

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