quinta-feira, 25 de maio de 2017

Triunfo verde em cima do Atletico Tucumán na Libertadores

Texto e fotos: Fernando Martinez


Por volta das três da tarde da última quarta-feira estava de boa em casa, dedicado às pesquisas sobre as divisões de acesso do estado. Naqueles lances de sorte que acontecem de vez em quando, de última hora pintou uma reviravolta na agenda e então consegui um ingresso pro encontro entre Palmeiras e Atletico Tucumán pela última rodada do Grupo 5 da Taça Libertadores da América.

Devo a inclusão do time número 656 na minha Lista ao amigo Renato Rocha (que infelizmente não pôde estar presente na minha companhia), já que foi ele o responsável direto pela minha ida ao Allianz Parque pela terceira vez na história. Diferente do que aconteceu na peleja contra o Jorge Wilstermann, dessa vez não passei nenhum perrengue na entrada. Pela primeira vez fiquei no setor Superior Sul, do lado da torcida argentina.


Palmeiras, Atletico Tucumán e o Allianz Parque com um grande público

Aliás, os "hinchas" do "El Gigante del Norte" deram um show, assim como acontece praticamente com todos os times da terra de Diego Armando Maradona (e ainda tem gente que bate na tecla que somos o país do futebol). Mesmo precisando de uma vitória por dois gols para se garantirem na segunda fase da competição, eles não desanimaram em nenhum momento.

Motivos pra comemorar eles tem de sobra. Essa foi a primeira participação do Club Atlético Tucumán na principal competição do continente. A equipe fundada em 1902 vem vivendo o seu melhor momento desde que passou a fazer parte da principal divisão do campeonato argentino após o título da Primera B Nacional de 2008/2009.

A primeira temporada na elite se deu em 2009/2010 e terminou com o rebaixamento. Até 2015 eles permaneceram na Primera B e então foram campeões novamente. No certame de transição de 2016 os Decanos ficaram na quinta posição na classificação geral e se garantiram na Libertadores pela primeira vez na história. Para chegar à fase de grupos, eles eliminaram o El Nacional do Equador (num dos momentos mais surreais da história da Taça) e o Junior de Barranquilla da Colômbia.

Voltando às emoções do último duelo alviverde na fase de grupos, dessa vez o público presente passou pouco sufoco, porém viu um jogo legal e repleto de chances desperdiçadas dos dois lados. Os locais fizeram 1x0 aos 14 minutos com o colombiano Mina e poderiam ter feito ainda mais. O Tucumán quase marcou num chute na trave aos 23 e num inacreditável momento de Rodriguez aos 32. O avante argentino teve o gol aberto à sua disposição depois de rebote de Fernando Prass, porém miseravelmente mandou pra fora.


Um dos bons ataques palmeirenses no primeiro tempo


A primeira grande chance de gol do Tucumán foi nesse lance aonde a bola bateu na trave aos 23 minutos


Outra investida local pelo alto durante o tempo inicial

No tempo final os palmeirenses voltaram ao gramado na base do sono e durante vinte minutos sofreram com as investidas visitantes. Aos nove Rodriguez marcou, só que ele estava impedido e o tento foi anulado. Dois minutos depois, ele mesmo completou cruzamento da esquerda e finalmente deixou tudo igual. Foram (poucos) minutos de tensão pro torcedor paulistano.

O clima mais nervoso do ar se dissipou aos 23 com o gol de William contando com a preciosa e bizarra ajuda da zaga do Tucumán. Aos 33 e 34 minutos por muito pouco o CAT não deixou novamente tudo igual. Quem salvou a pátria palestrina foi a trave e Fernando Prass. E quando a partida parecia definida, Zé Roberto fechou a fatura nos acréscimos.


Lance perigoso dentro da área argentina no segundo tempo


O Tucumán foi derrotado, mas teve seus momentos de perigo durante os últimos 45 minutos

O resultado final de Palmeiras 3-1 Atletico Tucumán classificou o onze tupiniquim na primeira colocação da chave e levou com ele o Jorge Wilstermann para as oitavas. Os argentinos se contentaram com o terceiro posto e com a vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana. Sem sombra de dúvida um enorme resultado.

Com essa peleja fechei uma marca importante: consegui ver as quatro equipes inéditas que vieram a São Paulo tanto na Libertadores, quanto na Sul-Americana. A saber: Jorge Wilstermann da Bolívia, Independiente Santa Fe da Colômbia, o Atletico Tucumán e o genial Defensa y Justicia, também da Argentina. 100% de aproveitamento conquistado com louvor (e um pouquinho de sorte)!

Até a próxima!

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