sexta-feira, 24 de março de 2017

Quinta-feira sem jogo perdido na Arena Corinthians

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na tarde da última quinta-feira resolvi mudar um pouco de ares e não vi nenhum jogo perdido. Sete meses após minha última partida ali - a semi do torneio masculino de futebol da Olimpíada entre Nigéria e Alemanha - retornei à Arena Corinthians para o confronto entre Corinthians e Red Bull, válido pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista.

Desde o "jogo do pecado" entre Audax e XV de Piracicaba na sexta-feira santa de 2015 eu não via uma peleja do Paulistão. Os motivos são vários: o rebaixamento da Portuguesa (saudade de ver a A1 no Canindé), a não utilização do Pacaembu e a dificuldade para se credenciar quando os "grandes" atuam nos seus estádios. Além disso, é fato que as séries A2 e A3 suprem a minha necessidade futebolística.


A Arena Corinthians com um público razoável para Corinthians x Red Bull (ah, que saudade da Copa do Mundo ali)

Essa foi apenas a terceira vez que vi o Mosqueteiro na sua nova casa desde que ela foi inaugurada, a primeira desde o amistoso contra o Corinthian-Casuals em janeiro de 2015. E ver o clube de Parque São Jorge atuar pelo principal estadual do país é sempre relembrar foi num jogo assim que minha "carreira" nos estádios começou, isso em julho de 1983.

Na agradável tarde tive a companhia do amigo Bruno, o responsável direto por fazer o meio-campo atrás de um ingresso pro que vos escreve. Por estar marcado para as 17 horas de um dia útil, o público foi diminuto e cerca de 17 mil pessoas estiveram presentes. Levando a ferro e fogo, até que não foi um público ruim.

Falando do Paulistão, uma coisa é certa: o campeonato é super desinteressante nessa primeira fase. Tem times da Série A2 e se bobear até da A3 que são melhores do que alguns participantes da elite estadual. Fora que a fórmula é ridícula e absurda (e infelizmente teve a chancela de todos os participantes).

Após nove rodadas disputadas, o Corinthians era o líder isolado do Grupo A e com um empate já estaria garantido na segunda fase como primeiro colocado da chave. O Red Bull ainda luta pela classificação no Grupo B porém também não pode vacilar, já que a zona de rebaixamento está perigosamente próxima.

Mesmo com uma campanha inferior, os campineiros se aproveitaram de mais uma fraca atuação corintiana na atual temporada e foram melhores durante grande parte da peleja. No primeiro tempo os visitantes tiveram as melhores chances, a melhor delas num chute de Nando Carandina que bateu nas duas traves.


Lance no meio de campo no primeiro tempo que foi bem mais ou menos


O time campineiro foi mais vezes ao ataque do que o Mosqueteiro durante todo o jogo

No segundo tempo os locais voltaram a campo novamente sem muita inspiração e errando passes demais. O Red Bull continuou criando chances interessantes, como numa bola na trave de Cássio aos 16 minutos. Aos 27 o goleiro Saulo resolveu dar uma forcinha pro Mosqueteiro e colocou a mão na bola fora da área, sendo expulso depois de receber o segundo cartão amarelo.

A cobrança de falta de Maycon foi perfeita e colocou os paulistanos em vantagem. Só que a equipe recuou demais e chamou de vez o adversário pro seu campo. Thallyson acertou a quarta bola no travessão e aos 46 minutos Guilherme Lazaroni recebeu ótimo lançamento de Luan na esquerda e tocou na saída de Cássio, deixando tudo igual.


O belo placar eletrônico da Arena Corinthians


A cobrança de falta de Maycon que abriu o placar a favor do time de Parque São Jorge


O Timão tentou segurar a pressão do Red Bull... só que não teve sucesso

O placar final de Corinthians 1-1 Red Bull selou a classificação alvinegra na primeira colocação do Grupo A para as quartas-de-final mas deixou o time numa série de quatro compromissos sem vitória e sem jogar bem. Com esse ponto, o Toro Loko agora está a dois do Linense e ainda luta por uma vaga na próxima fase.

Vale lembrar que essa foi a sexta partida que acompanhei numa série de seis dias consecutivos. Com isso igualei meu recorde em todos os tempos, e na sexta-feira, no meu retorno às divisões de acesso, bati a marca histórica no ABC Paulista.

Até lá!

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