segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Nacional domina mas só empata com a Ferroviária na capital

Texto e fotos: Fernando Martinez


Uma chance de ouro desperdiçada. Essa é a melhor definição para o que aconteceu na tarde do último sábado no Estádio Nicolau Alayon. O Nacional abusou do direito de perder gols contra a Ferroviária e jogou fora a oportunidade de praticamente se garantir na semi da Copa Paulista.

Mesmo com a melhor campanha em todo o torneio - o onze grená foi derrotado apenas uma vez em dezoito pelejas disputadas - os araraquarenses sofreram, e muito, com o rápido ataque nacionalino, principalmente no tempo final. O bom público presente na Comendador Souza viu um jogo acima da média.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Ferroviária Futebol S/A - Araraquara/SP


Capitães dos times junto com o árbitro Vinicius Furlan, os assistentes Gustavo Rodrigues de Oliveira e Eduardo Vequi Marciano e o quarto árbitro Rodrigo Santos

Antes de falar do que aconteceu dentro de campo, vale dizer que essa foi a 24ª partida entre as duas equipes na história. Do primeiro amistoso em 1951 até o último duelo, válido pela Copa Estado de São Paulo em 2003, a AFE emplacou um amplo domínio com dez vitórias, dez empates e apenas três derrotas.

Mesmo com tamanha tradição, de 1959 até então aconteceram apenas 11 duelos entre os dois. Desses onze, quatro na capital do estado, todos terminando empatados. O mais famoso deles talvez seja a preliminar da final do Paulista-73 no Morumbi e válida pelo famoso Torneio Paulo Machado de Carvalho, o "Paulistinha".

Voltando para o presente, a diferença de dezenove pontos entre as duas campanhas não entrou em campo e o Nacional foi um adversário de respeito para o escrete grená. A primeira chance de gol foi aos dois minutos em chute de Anderson Magrão a favor dos locais. A peleja ficou equilibrada e a AFE chegou com perigo aos 26 quando Matheus fez grande defesa após cabeçada de Bruno Lopes.

Aos 34, completando o terceiro jogo seguido com polêmica, Rafael Castro foi derrubado por Matheus dentro da área. O árbitro Vinícius Furlan marcou pênalti, porém o lance gerou muita reclamação já que os atletas locais reclamaram de um impedimento no começo da jogada e também que a pelota saiu pela linha de fundo segundos depois. William Cordeiro não quis nem saber da confusão e chutou com estilo para abrir o marcador. Foi com o 0x1 que o tempo inicial terminou.


Depois de treze anos, Nacional e Ferroviária voltaram a duelar


De pênalti, William Cordeiro abriu o marcador a favor do onze grená


Capitão da AFE afastando a bola de dentro da sua área

No segundo o Nacional voltou mostrando uma vontade incrível e logo no quinto minuto aconteceu o empate. Num ataque rápido pelo meio a bola sobrou para Tuco, que chutou forte no canto direito de Matheus. A AFE sentiu o gol e a partir daí só deu o time da casa.

Aos 20 minutos o onze paulistano teve a maior e melhor chance da virada quando Michel foi derrubado dentro da área. Ele mesmo foi para a cobrança do pênalti, só que resolveu chutar um field goal e a bola foi parar na arquibancada. Até o apito final, o Naça teve mais duas imensas oportunidades, uma delas com Carrara chutando na saída do goleiro, ambas miseravelmente desperdiçadas.


No tempo final, o Nacional encurralou a Ferroviária no campo de defesa


Lance do gol de empate nacionalino segundos antes de Tuco aparecer na imagem e fazer o seu


Bola cruzada na área em escanteio local


Carrara chutou para fora e desperdiçou outra chance para a virada do onze paulistano

Todo mundo sabe que futebol é bola na rede, mas é fato que o placar final de Nacional 1-1 Ferroviária foi injusto por conta da bela atuação local no segundo tempo. Um 3x1 ou 4x1 não seria nenhum exagero. Tantos gols feitos jogados no lixo certamente farão muita falta no jogo de volta, que será realizado na Arena da Fonte no próximo sábado.

Até a próxima!

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