segunda-feira, 13 de abril de 2015

Água Santa vence o Rio Branco e volta a se aproximar do G4 na A2

Opa,

Fazia tempo que não tinha um final de semana cheio por aqui. Nesse sábado e domingo vi três partidas em três estádios diferentes, dois deles que não havia visitado em 2015. A jornada mais complicada logisticamente falando foi justamente a primeira. O cronograma do Projeto 40, chegando rapidamente no destino final, reservava o encontro entre Água Santa e Rio Branco no Estádio Distrital do Inamar, respectivamente os times 35 e 36 da lista.


EC Água Santa - Diadema/SP. Foto: Fernando Martinez.


Rio Branco EC - Americana/SP. Foto: Fernando Martinez.


Público sensacional para o jogo de sábado no Inamar. Foto: Fernando Martinez.

Essa foi minha quarta visita ao estádio e a primeira em que tive que encarar o trajeto na base do transporte coletivo. Como não sabia o que esperar, saí super cedo de casa. Na real, o esquema em si é bem mais trabalhoso do que difícil. Primeiro fui de metrô até o Terminal Jabaquara e dali segui até o Terminal Diadema via trólebus. Nesse terminal peguei o ônibus 182.

Esse coletivo percorreu caminhos surreais e cerca de meia hora depois da partida desci a cerca de 800 metros do Inamar. A distância é relativamente pequena, mas para chegar no campo precisei escalar uns 400 metros de uma subida simplesmente absurda, que faz a famosa ladeira do Pacaembu parecer brincadeira de criança. Com o forte calor que fazia, cheguei no portão de entrada praticamente me arrastando.

Faltava meia hora para o apito inicial quando fui ao gramado e a solitária arquibancada local já estava recebendo um público formidável. Essa foi a quarta partida do Netuno no Inamar na competição e a média - já incluído esse jogo de sábado - está em 4.508 pagantes por partida. Um número sensacional que torna o time um dos campeões de bilheteria entre os pequenos contando todos os estaduais do país.

Contando com o apoio da massa diademense, o Água Santa queria voltar a vencer depois de ter perdido de virada para o São Caetano, também na sua casa, na rodada anterior. Um triunfo recolocaria a equipe próxima do G4. Já o Rio Branco começou bem a A2 mas caiu demais de produção, chegando a perder seis jogos seguidos. Hoje o time busca apenas terminar a competição numa posição digna.

A diferença na campanha acabou ficando fora do gramado - agora não mais sintético - do Inamar. O Rio Branco jogou melhor durante todo o tempo inicial e o Água Santa não conseguiu fazer uma boa apresentação. Só que como no futebol a justiça não acontece sempre, quem fez o primeiro foi justamente o Netuno.

Makanaki avançou pela direita e cruzou para a área. Romário tentou cortar e colocou a pelota dentro do próprio gol. O 1x0 contra não desanimou o Tigre, que deu bastante trabalho para o goleiro Maurício e para todo o setor defensivo local. Não foi fácil para a equipe da Grande São Paulo manter a vantagem até a chegada do intervalo.


Zaga do Água Santa fazendo o desarme de forma perfeita. Foto: Fernando Martinez.


Maurício e mais uma boa intervenção no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.


Bola levantada na área local. Foto: Fernando Martinez.


Outro ataque do Rio Branco no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

E o gol de empate que não saiu no primeiro tempo acabou saindo logo no comecinho do tempo final. O alvinegro armou uma boa troca de passes no setor ofensivo que terminou com o chute de Norton. A bola ainda bateu num do zagueiros e atrapalhou o arqueiro de Diadema.

O empate deixou o Rio Branco com uma postura mais cautelosa e foi aí que o Água Santa começou a jogar melhor. Sabendo que não poderia dar o luxo de perder mais pontos dentro de casa, o Netuno finalmente passou a empolgar a grande massa diademense. Mesmo assim, o Rio Branco ainda assustava nos contra-ataques.

Aos 22 minutos acabou acontecendo o lance mais polêmico da tarde. A bola foi alçada na área e bateu num atleta do time visitante. O árbitro marcou pênalti para a completa revolta de todos os atletas do Rio Branco. Vendo o lance pela internet, me pareceu claramente que o lance foi legal. Toda a reclamação não deu em nada e Júlio bateu bem o pênalti para deixar novamente o Água em vantagem.


Makanaki atacando pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.


Jogadores dentro da área do Rio Branco no lance do polêmico pênalti. Foto: Fernando Martinez.


Todos atletas do Rio Branco fazendo pressão no árbitro por conta da penalidade máxima. Foto: Fernando Martinez.


Júlio cobrou a fez o segundo do Água Santa. Foto: Fernando Martinez.

A peleja continuou muito boa com oportunidades para os dois lados. A maior delas ficou por conta de Makanaki, camisa 18 local, que cabeceou pra fora uma bola levantada na área mesmo com o gol aberto. O placar acabou não sendo mais alterado e o público comemorou bastante o resultado de Água Santa 2-1 Rio Branco.

O time da Grande São Paulo subiu para a quinta colocação após esse triunfo com 29 pontos, apenas um atrás do Novorizontino, quarto colocado. O Água ainda tem pela frente Sorocaba e Velo Clube fora de casa e o Monte Azul no Inamar, os três times presentes na metade de baixo da tabela. Resumindo: se não bobear, o time tem tudo para conquistar o surreal acesso para a Série A1 em 2016.

O relógio marcava cinco da tarde e chegou o momento de fazer todo o caminho de volta para casa. Agora mais tranquilo, levei cerca de duas horas (!) para chegar na região central da capital paulista com mais duas equipes rumo à conclusão do Projeto 40. No domingo a missão continuou à mil com mais duas partidas.

Até lá!

Fernando

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