quarta-feira, 28 de agosto de 2013

No sufoco, Ramalhão garante vaga na segunda fase da Série D

Opa,

No domingo resolvi acompanhar apenas um jogo, mas um jogo genial, válido pela última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série D. Santo André e Marcílio Dias se enfrentaram no Estádio Bruno José Daniel em busca de uma vaga na segunda fase do certame.

O genial dessas rodadas finais é que muitas situações bizarras podem acontecer. Caso o Juventude não perdesse para o Penapolense em Caxias do Sul no outro confronto do Grupo A7, um empate por 1x1, algo nada impossível, deixaria o Ramalhão e o Marinheiro empatados em todos os critérios, e a vaga seria definida pelo número de cartões vermelhos/amarelos.

Isso se o jogo ficasse em 1x1, pois de acordo com o regulamento da competição, se dois times terminassem empatados em número de vitórias, saldo de gols e gols pró, valeria como desempate a soma do resultado das duas partidas entre os dois, contando aquele esquema manjado da Copa do Brasil de "gol fora vale dois". Como o jogo em Itajaí terminou empatado por um gol, um 0x0 classificaria o Santo André e de 2x2 pra cima a vaga iria para o time catarinense.

Com essas cartas postas à mesa, fui para o ABC já esperando que veria uma boa peleja. Vale registrar também que foi apenas a segunda vez que vi um jogo do Marcílio Dias ao vivo. A primeira, registrada nas páginas do blog na antiga série "A História pré-JP", aconteceu em junho de 2004 num confronto contra o extinto São Bento/SC no Estádio Hercílio Luz.


EC Santo André - Santo André/SP. Foto: Fernando Martinez.


CN Marcílio Dias - Itajaí/SC. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times, árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda (CBF/RJ), assistentes Marrubson Melo Freitas (ESP/DF) e Eduardo Goncalves da Cruz (CBF/MS) e o quarto árbitro José Cláudio Rocha Filho (CBF/SP). Foto: Fernando Martinez.

Apesar de toda a expectativa, o primeiro tempo não foi tão bom. As duas equipes deixaram a peleja concentrada no meio-campo. Mesmo assim, o onze andreense até chegou perto de abrir o marcador por duas vezes. Nos dois lances, o goleiro catarinense fez ótimas intervenções.


Elvis, camisa 10 do Santo André, e defensor do Marcílio Dias estendidos no gramado do bruno José Daniel. Foto: Fernando Martinez.


Ataque andreense no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

Independente das duas chances, os melhores momentos da partida ficaram para o segundo tempo. Só que demorou para o tempo final começar. O pessoal da equipe paulista só resolveu voltar ao gramado quando o Juventude também voltasse a campo no Alfredo Jáconi. Nessa brincadeira, a partida no ABC recomeçou com um atraso de 13 (!) minutos.


Ataque marcilista. Foto: Fernando Martinez.


Jogada aérea do Marcílio Dias. Ao fundo, cenário de guerra no ABC. Foto: Fernando Martinez.


Jogadores catarinense aguardando a volta do Ramalhão para a disputa do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Mostrando muito mais vontade, o Santo André abriu o marcador aos 9 minutos com Muller Fernandes completando cruzamento da direita. Jogando melhor e sem sofrer nenhum susto, Juninho Silva fez o segundo de cabeça aos 28. Pelo andar da carruagem, o jogo parecia estar definido, já que o Marcílio Dias nada fazia.


Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Bola aérea, agora a favor do time local. Foto: Fernando Martinez.

Mas o time itajaiense ressurgiu das cinzas e num intervalo de apenas quatro minutos empatou inacreditavelmente a partida com dois golaços. Primeiro Tardelli acertou um chute da entrada da área aos 31 e depois Leandrinho aproveitou uma bola que estava sem dono na intermediária e chutou forte para deixar o Rubro-anil das Avenidas com a mão na vaga.


Invertida de bola no ataque do Marinheiro. Foto: Fernando Martinez.


Momento-estátua no Bruno José Daniel. Foto: Fernando Martinez.

O susto foi grande entre os torcedores andreenses, mas Júnior Paulista colocou as coisas no lugar aos 39. Após bola alçada na área, o capitão se aproveitou de um rebote do goleiro e tocou sem querer para fazer o gol da classificação. Em conversa com o camisa 1 Eduardo ainda com o jogo rolando, ele revelou que não conseguiu fazer a defesa no segundo lance por ter entrado terra (!) nos seus olhos. Ou seja, se o gramado do Bruno José Daniel fosse perfeito, o terceiro gol do Santo André provavelmente não teria saído... Surreal.



Bola no fundo das redes do Marcílio Dias no gol da classificação do Santo André. Júnior Paulista foi o salvador do time andreense. Fotos: Fernando Martinez.

No fim, o placar de Santo André 3-2 Marcílio Dias classificou a equipe paulista para a segunda fase da Série D do Brasileiro. O adversário será nada mais, nada menos do que o Metropolitano de Blumenau, ÚNICO time da outra chave que não fazia parte da minha Lista. Depois de um bom tempo, finalmente verei mais uma equipe nova perto de casa.

A saída dos torcedores do estádio foi bastante tumultuada. Por conta de uma lamentável e ridícula briga da torcida marcilista com integrantes da torcida organizada local acontecida antes do jogo e que deixou vítimas bem machucadas a PM local liberou o portão apenas para os catarinenses. Os andreenses tiveram que esperar por alguns minutos, o que gerou muita reclamação.

Junto com os vários amigos presentes ganhei uma das caronas mais absurdas e sem sentido de todos os tempos. O seu Natal foi responsável por levar eu e o Mílton até a cidade de Mauá (!), muito mais longe da capital do lugar aonde nos encontrávamos antes. Isso atrasou demais a nossa volta para casa, mas como a resenha entre amigos é sempre boa, conseguimos levar o acontecido na paz.

Até a próxima!

Fernando

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