sexta-feira, 23 de agosto de 2013

JP no confronto entre Portuguesa e Bahia na Copa Sul-Americana

Fala, pessoal!

Sérgio, Valmir, Émerson, César, Augusto, Capitão, Roque, Moacir, Rodrigo Fabri, Alex Alves e Leandro Amaral. Essa era a escalação da Portuguesa na longínqua noite de 3 de setembro de 1997, no único jogo do time dentro do Estádio Osvaldo Teixeira Duarte válido por uma competição continental oficial. Após um hiato de 16 anos, quinta-feira passada a Lusa voltou a disputar uma peleja internacional dentro do Canindé. Fazendo sua estreia na Copa Sul-Americana, o time paulista recebeu o Bahia.

Mas o que poderia significar uma vitrine para a equipe na América do Sul, cenário aonde a projeção do onze rubro-verde é completamente nula, se transformou num "estorvo" com o ridículo abandono do certame por parte de dirigentes e comissão técnica. Com aquela desculpa furadaça que "precisamos poupar jogadores para a disputa do Brasileiro", a Lusa entrou em campo com um time misto.


Times perfilados antes da estreia na Sul-Americana. Foto: Fernando Martinez.

Quando aconteceu a lamentável eliminação do time ainda na primeira fase da Copa do Brasil - empatando as duas pelejas contra o "poderoso" Naviraiense, a segunda delas com cobertura do JP - o argumento extra-oficial para a vexatória situação foi que "buscamos uma vaga na Copa Sul-Americana, pois dá maior visão". Aí, na hora de finalmente participar da competição internacional, o torcedor é obrigado a ouvir mais uma história pra boi dormir.

Deixo aqui alguns questionamentos aos amigos: um time de futebol não vive para disputar campeonatos? Um time de futebol não vive em busca de novas conquistas? Para uma equipe como a Portuguesa, que não ganha um título decente desde 1973 (claro que a Série A2 de 2007 e 2013 não entram na lista), a chance de disputar uma competição internacional não seria um atrativo suficiente para ljogar com seu time principal? Para uma agremiação que há dois meses jogava na segundona estadual contra adversários regionais, não seria legal realizar confrontos com equipes de fora do país?

Sei que o time luta contra o rebaixamento, mas esse lance de "poupar jogadores", na minha humilde opinião, deveria ser utilizado para atletas lesionados ou algo do gênero. E outra, se a equipe jogasse quatro vezes por semana, até entenderia, mas jogos de domingo e quarta estão longe de serem uma enorme maratona.


Jogada no meio de campo em Portuguesa x Bahia. Foto: Fernando Martinez.

Em relação aos questionamentos levantados, para mim, as respostas são todas óbvias e cristalinas. Capaz que eu esteja errado e não conheça nada sobre futebol, pois as respostas dadas pelos dirigentes da Portuguesa foram outras. Independente de tudo isso, não poderia ficar de fora dessa peleja, até porquê poderia muito bem ser a primeira e única partida da Lusa na Sul-Americana nesse ano de 2013.


Bola na trave de Marcelo Lomba no melhor ataque rubro-verde do primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

E se o time principal já não é um tremendo esquadrão, imaginem a equipe mista. Sem surpresas, o time paulista não jogou um futebol digno de registro. A equipe também sofreu com o bom futebol do Bahia, comandado de forma segura pelo bom técnico Cristóvão. O primeiro tempo do duelo foi razoável, com a Portuguesa criando apenas uma boa chance para abrir o marcador em bola na trave. Mas confirmando a boa atuação, o Bahia marcou seu gol aos 40 minutos após belo chute de Wallyson.


Belo gol de Wallyson, abrindo o placar para o Bahia. Foto: Fernando Martinez.


Lance do gol de empate do time paulista. Foto: Paulo Afonso.

Na segunda etapa até que o onze lusitano voltou melhor e Carlos Alberto deixou tudo igual aos 15 minutos após ótima jogada individual. A maior destaque porém foi a presença da eterna promessa Freddy Adu, ganês naturalizado estadunidense e figurinha carimbada no álbum de ídolos alternativos. O jogador tem o invejado poder de não envelhecer, e atualmente está com 24 anos pela terceira vez na vida. 


Ataque baiano pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Chance de ouro perdida pelo time visitante. Foto: Paulo Afonso.

A peleja foi seguindo com o Bahia levemente superior, mas sem conseguir passar de novo à frente do marcador. Parecia que o jogo terminaria no 1x1, mas aí o goleiro Glédson, responsável por falhas históricas na disputa da A2 desse ano, resolveu dar uma forcinha ao time baiano. Em bola alçada pela direita, ele saiu mal demais e Obina cabeceou tranquilamente para garantir a vitória nordestina.


Freddy Adu, a eterna promessa dos Estados Unidos, deixa a bola escapar pela lateral. Foto: Fernando Martinez.


Lance do gol da vitória do Bahia, marcado por Obina. Foto: Paulo Afonso.

O resultado de Portuguesa 1-2 Bahia deixou o onze paulista precisando de uma vitória por dois gols de diferença, ou por um gol a partir de 3x2, para se garantir na próxima fase do certame, algo improvável. O Bahia precisa de um empate para entrar na fase internacional da Sul-Americana. Uma chance de ouro para ver times de fora do país no Canindé pode ter sido perdida de forma lamentável...

Até a próxima!

Fernando

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