sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Timão desbanca sensação da Copa do Brasil e avança às quartas

Salve amigos!

Completando minha rodada dupla paulistana da última quarta-feira, compareci ao Estádio Paulo Machado de Carvalho para acompanhar o jogo de volta pelas oitavas de final da Copa do Brasil, entre o SC Corinthians Paulista e o Luverdense EC., time que apareceu pela primeira vez nas páginas do JP em 2007, num insólito confronto com o Paraná em Lençóis Paulista, válido pela Copa São Paulo de Juniores.

Durante a semana, a “grande” mídia deu enormes sinais de total desconhecimento sobre o potencial do time sul-mato-grossense. Afinal, não foi a toa que o Verdão do Oeste, em pouco mais de nove anos de existência, chegou aonde chegou.


JP em jogo nada perdido. Foto: Estevan Mazzuia.

É certo que o Corinthians esteve irreconhecível no jogo de ida, e que o gol da partida foi irregular, mas nada disso apaga o desempenho do atual líder de seu grupo na Série C, que já havia surpreendido os favoritos Tupi, Bahia e Fortaleza.


Pacaembu recebeu 30 mil pessoas para a partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Se, para a “grande” mídia, estar entre os 50 principais clubes do país que se intitula “do futebol” não significa muita coisa, para o JP diz MUITO. O atual Campeão do Mundo era favorito sim, poderia ter até goleado, mas a forma como diversos veículos davam a classificação alvinegra como “favas contadas” foi extremamente desrespeitosa com os atletas e o clube do Centro-Oeste.


Lance da primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Foram 90 minutos de muito sofrimento para a massa Fiel. A vantagem necessária foi construída ainda na primeira etapa, mas sem facilidade. Pato abriu o placar cobrando falta, e Fábio Santos ampliou ao escorar para as redes, sozinho, um cruzamento da esquerda.


Detalhe do primeiro gol. Foto: Estevan Mazzuia.


Jogadores comemoram o segundo gol. Foto: Estevan Mazzuia.

A segunda etapa foi de uma grande indecisão. O Corinthians teve chances de matar a partida, e o Luverdense teve oportunidade de fazer o gol necessário para a classificação, o que não ocorreu.


Corinthians com 10 jogadores dentro da área, segurando a vitória na segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Final de jogo, Corinthians 2x0 Luverdense. O Timão jogou para o gasto, e agora enfrenta o Grêmio, pelas quartas-de-final. O time mato-grossense se despediu do torneio escrevendo a primeira página de sua história que foi lida por muitos brasileiros.

Certamente não para nós do JP e os amigos que nos acompanham. Triste é saber que tudo foi em vão e não serviu de lição. Muitos "Brasilienses", "Barueris", "São Caetanos" e "Luverdenses" ainda sofrerão esse desprezo midiático.

E a vida há de seguir...

Estevan

Grande jogo no ABC e triunfo do Água Santa contra o Atibaia

Opa,

Quarta-feira foi dia da segunda rodada da terceira fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Entre ver o time profissional do Luverdense no Pacaembu ou ver o duelo de líderes Água Santa e Atibaia no glorioso Baetão, acabei escolhendo a segunda opção. Em noite de efemérides, esse foi o 300º jogo que vi pela Segundona e minha partida 2222 em todos os tempos.

Cheguei no estádio ainda com meia hora para o apito inicial e logo vi que a peleja teria um belo público. A torcida do Água Santa, confirmando que é um dos pilares da boa campanha da equipe, compareceu em peso e o público pagante do jogo foi de 2.002 torcedores. Um feito sensacional, ainda mais se levarmos em conta públicos de jogos da Série A e B do Brasileirão.

Tudo estava no seu devido lugar, ambulância, policiamento, trio de arbitragem, Água Santa se aquecendo, mas faltava um componente essencial para a realização da partida, o time do Atibaia. No horário marcado, 19:30, nada do Falcão aparecer. Cheguei a suar frio com a possibilidade da equipe não chegar a tempo.

Após cerca de 15 minutos de espera finalmente todos os jogadores e integrantes da comissão técnica atibaiense começaram a subir a escada que leva ao gramado sintético do Baetão. O motivo do atraso foi a quebra do ônibus do time na cidade de São Paulo. Na base do desespero, a delegação foi pegando táxi atrás de táxi para poder fazer a partida acontecer.

O time fez apenas um leve aquecimento e a peleja pôde finalmente começar com 23 minutos de atraso. Estranho apenas ver que o árbitro da partida indicou um atraso somente de 10 minutos (!) na súmula oficial. Fui procurar se há alguma situação em que o horário do começo de uma peleja pode ser alterado no documento, mas nada encontrei. Sinceramente adoraria saber o motivo real da informação ter sido alterada dessa forma tão, pelo menos para mim, sem sentido.


EC Água Santa - Diadema/SP. Foto: Fernando Martinez.


SC Atibaia - Atibaia/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães e trio de arbitragem formado por Márcio Henrique de Gois, Fausto Augusto Moretti e Gustavo Chacon Moreno. Foto: Fernando Martinez.

Vindos de duas belas vitórias na rodada inicial do Grupo 16, Água Santa e Atibaia fizeram um dos melhores jogos que vi nessa edição da Segundona. Só que os primeiros 25 minutos foram todos do time local, já que o Falcão demorou para entrar no ritmo de jogo e quando "acordou", o marcador já indicava 2x0.

Cícero marcou o primeiro gol do Água Santa aos 11 minutos após aproveitar rebote de bola mal rebatida pela zaga. Aos 18 o camisa 8 Lucas fez o segundo contando com a sorte. Ele cobrou falta na entrada da área e viu a bola resvalar na barreira e enganar completamente o arqueiro visitante.


Falta perigosa para os donos da casa no avassalador começo de partida. Foto: Fernando Martinez.

O Água fazia um começo de partida avassalador e por muito pouco não marcou o terceiro em duas grandes investidas ofensivas. Numa delas, o atacante local conseguiu chutar por cima do gol uma bola que pingava sorrateiramente na pequena área. Depois da trigésima volta do ponteiro o time laranja finalmente conseguiu equilibrar as ações e aos poucos foi se aventurando no ataque.


Confusão na área do Atibaia momentos antes do primeiro gol do jogo. Foto: Fernando Martinez.

Com o jogo igual, os times desceram para os vestiários ainda com o 2x0. No intervalo rolou aquele papo com o Mário, figura carimbada nos jogos do Falcão, e com o Ricardo Espina, sempre perambulando pelos estádios da região. O amigo atibaiense esperava ansiosamente uma reação do seu time durante o tempo final.



O camisa 1 do Falcão Leandro em dois momentos. Primeiro desolado vendo a bola no fundo da rede no primeiro gol local e depois ele caindo para um lado e a bola, após resvalar na barreira, caindo no outro no gol de Lucas. Fotos: Fernando Martinez.

Para a alegria dele e dos torcedores que heroicamente foram ao Baetão apoiar a equipe do belo município que fica a 67 quilômetros da capital, o Atibaia voltou disposto a mostrar o futebol que trouxe a equipe até a terceira fase. O veterano Fernando Gaúcho acertou um belíssimo sem-pulo após longo cruzamento pela esquerda e reacendeu a esperança laranja.


Jogador atibaiense se esticando todo para pegar o "belo" passe dentro da área local. Foto: Fernando Martinez.

O gol foi a faísca que desencadeou uma partida ainda mais aberta e cheia de alternativas para as duas agremiações. O que se viu uma série de oportunidades de gol para os dois lados. É preciso destacar porém a atuação brilhante do goleiro do Água Santa Jeferson. Ele praticou dois milagres em ataques atibaienses e impediu que o escrete visitante chegasse à igualdade.


Zagueiro do Falcão desarmando atacante do Água Santa. Foto: Fernando Martinez.

E para azar do time comandado pelo ex-jogador do Bragantino Alberto, o camisa 8 Lucas fez o terceiro gol local aos 17 minutos. Ele conseguiu acertar outro chutaço de longe, sem nenhuma chance para o goleiro. Agora com 3x1 no placar, a peleja seguiu em altíssimo nível.


Lucas comemorando com a torcida o terceiro gol do time de Diadema. Foto: Fernando Martinez.

Sem esmorecer e continuando a apresentar um futebol altamente competitivo o Atibaia diminuiu novamente aos 38 com o gol do camisa 10 Francisco Alex. E apesar da equipe ter jogado em cima da zaga diademense nos minutos restantes, o sonhado empate não aconteceu ao final dos 90 minutos.


Bola aérea dentro da área do escrete laranja. Foto: Fernando Martinez.

Fim de jogo: Água Santa 3-2 Atibaia. O triunfo deixou a equipe de Diadema na liderança isolada do Grupo 16 com duas vitórias em dois jogos. O Atibaia permaneceu com três e agora viu a Portuguesa Santista chegar à mesma pontuação. Decepção mesmo é a campanha do Fernandópolis, um dos favoritos ao acesso mas que até aqui só perdeu nessa etapa do certame.

A volta para casa dessa vez foi repleta de transtornos. O trajeto até minha casa, que geralmente faço um uma hora e meia, levou quase três com os diversos problemas na rede de trólebus que leva até o Terminal Jabaquara. Que coisa boa!

Até a próxima!

Fernando

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Tropeço juventino em tarde de pouca inspiração na Javari

Salve amigos!

Dando sequência a uma fase menos over de Baixada Santista, estive na capital na última quarta-feira para uma rodada dupla que prometia algumas alegrias. E o primeiro capítulo dessa saga rolou no histórico Estádio Conde Rodolfo Crespi. Em partida válida pela Copa Paulista, o mais importante “torneio passatempo” do Brasil, O CA Juventus recebeu o EC Taubaté.


Juventus x Taubaté, com a Rua dos Trilhos ao fundo. Foto: Estevan Mazzuia.

Foi minha primeira partida no estádio após a despedida do eterno Sérgio Manjuillo. Confesso que pra mim foi um tanto sem graça estar ali sem sua pitoresca presença. Mas outros amigos se fizeram presentes, como César “Mico” Martins, o retorno do JP Victor Minhoto, o técnico do sub 20 grená, Edu Miranda. Destaque também nas cadeiras para o técnico do São Bernardo FC, o eterno lateral corintiano e ex-seleção brasileira Édson “Charles Bronson” Boaro, também conhecido carinhosamente como “Abobrão”.


Coluna Social JP: Caio Fleischmann, Diretor de Futebol do Misto/MS, e Edu Miranda. Foto: Estevan Mazzuia.


Apenas 442 pagantes acompanharam a partida, um número muito pequeno para os padrões atuais do time da Mooca. Foto: Estevan Mazzuia.

Detentor de boa campanha e líder em seu grupo, o Moleque era favoritíssimo. E logo no começo do jogo, Rafael cabeceou na trave esquerda do gol de Deiverson. O Juventus seguiu melhor na partida, e aos 13 minutos Pedro Rocha fez bela jogada pela direita e cruzou para Rafael desperdiçar mais uma.


Lance da primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.


Pedro Rocha, destaque juventino na partida, sendo bem marcado por adversário. Foto: Estevan Mazzuia.

Como quem não faz toma, aos 19 minutos Alex , de cabeça, desviou para as redes do gol defendido por Fernando Henrique, após uma cobrança de falta. Pouco depois, o Moleque investiu novamente no lado esquerdo da defesa azul, Gebson, no susto, ajeitou de calcanhar para Rafael, que perdeu mais uma grande chance, batendo por cima do gol.


Ataque juventino. Foto: Estevan Mazzuia.


Disputa de bola na segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

O merecido empate veio aos 35 minutos, com Fernando pegando o goleiro no contrapé, e tocando pras redes na saída do arqueiro. No segundo tempo, o Juventus foi pouco agredido, mas criou poucas chances de gol. A melhor delas, no final da partida: Eduardo e Pedro Rocha tabelaram e penetraram na defesa adversária, mas o primeiro perdeu a chance de definir a vitória dos anfitriões.


Chance de gol perdida pelo onze grená. Foto: Estevan Mazzuia.


Falta para o Taubaté. Foto: Estevan Mazzuia.

Fim de jogo, Juventus 1x1 Taubaté. O Juventus perdeu uma grande chance de definir sua classificação, e se complicou na briga pelo primeiro lugar do grupo. O Taubaté obteve um excelente resultado, mas insuficiente para maiores aspirações no certame. Foi isso!

Abraços

Estevan

JP na primeira partida final da Copa do Brasil sub17

Fala, pessoal!

No decorrer dessa semana tive a oportunidade de fazer duas sessões noturnas de futebol bastante interessantes. A primeira delas, sem dúvida, foi histórica. Pela primeira vez pude ver uma peleja no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, dentro de campo. Ali pude conferir a primeira partida da final da Copa do Brasil Sub-17 entre São Paulo e Flamengo.

Já havia entrado no campo, ou melhor, na "pista" do Morumbi em vários shows, de U2 a Metallica, de Rush a Pearl Jam. Sabia como era a visão dali para as arquibancadas, mas nada melhor do que uma partida de verdade para conferir uma visão mais realista. Para não enfrentar percalços, cheguei cedo no estádio e sem problemas fui logo para o gramado.

Não demorou muito para que as duas equipes fossem ao gramado iniciar a disputa pelo caneco da primeira edição da Copa do Brasil Sub-17, torneio bastante interessante criado pela CBF. Apesar de todos os problemas que envolvem decisões e atitudes que envolvem da entidade, tanto esse certame quanto a Copa do Brasil Sub-20 foram boas ideias colocadas em prática.


São Paulo FC (Sub-17) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


CR Flamengo (Sub-17) - Rio de Janeiro/RJ. Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem para a decisão com a presença do árbitro Flávio Rodrigues de Souza (CBF/SP) e as assistentes Renata Ruel de Brito (CBF/SP) e Marcela de Almeida Silva (CBF/SP). Junto, os dois capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez.

São Paulo e Flamengo chegaram a essa final após duas semi-finais dificílimas, eliminando respectivamente Fluminense (como você viu aqui no JP) e Ponte Preta. Sem favorito, o jogo começou e não demorou muito para vermos quem estava numa melhor noite.


Escanteio para o São Paulo no começo dos trabalhos no Morumbi. Foto: Fernando Martinez.

O tricolor do Morumbi foi dono total da peleja, marcando sob pressão e chegando com muito perigo dentro da área rubro-negra por várias vezes. Após dois ótimos ataques, o primeiro gol saiu aos 24 minutos com o belo chute de Gabriel Boschilia de fora da área.


A zaga do Flamengo sofreu durante 90 minutos, aqui num bom lance na entrada da área. Foto: Fernando Martinez.


Saída pelo alto do arqueiro flamenguista. Foto: Fernando Martinez.

O gol não sossegou o ímpeto local e por pouco a vantagem não foi ampliada. Para sorte do time do Rio de Janeiro, a etapa inicial acabou mesmo no 1x0. A esperança para a fiel torcida do Fla presente no frio Morumbi era que as coisas esquentassem um pouco no tempo final.


Ataque são-paulino pela lateral. Foto: Fernando Martinez.


Técnico do rubro-negro de olho no jogo. Foto: Fernando Martinez.

Só que nada mudou quando as equipes voltaram para o segundo tempo. Logo aos 4 minutos o São Paulo teve pênalti marcado a seu favor após carga ilegal de um zagueiro num atacante. Joanderson, um dos destaques da equipe, bateu bem e ampliou.


Segundo gol do São Paulo em cobrança de pênalti de Joanderson. Foto: Fernando Martinez.


Jogadores de São Paulo e Flamengo com o placar da decisão ao fundo. Foto: Fernando Martinez.

Para desespero dos amigos são-paulinos presentes no estádio - Mílton, Renato e Ricardo Espina - o que se viu nos minutos seguintes foi um sem número de gols perdidos pelo onze local. A peleja poderia ter chegado aos 4 ou 5x0 sem nenhum exagero. Para terem uma noção, o primeiro chute de perigo do Fla, defendido no susto pelo arqueiro da casa, foi somente acontecer aos 24 minutos.


Mais uma bola alçada na área carioca. Foto: Fernando Martinez.

Completamente dominado pelo onze paulista, o Fla torceu para o tempo passar depressa e para que o marcador permanecesse como estava. Pelo menos essa torcida deu certo, e o jogo acabou mesmo em São Paulo 2-0 Flamengo. O Tricolor colocou uma mão na taça com esse belo triunfo.

Mesmo ficando do outro lado da cidade, apenas uma hora depois do apito final já me encontrava em casa, uma facilidade por morar perto da linha amarela do metrô. Na quarta, com ainda mais frio, fui para São Bernardo do Campo e ali curti mais uma bela partida da nossa querida Segundona.

Até lá!

Fernando

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

No sufoco, Ramalhão garante vaga na segunda fase da Série D

Opa,

No domingo resolvi acompanhar apenas um jogo, mas um jogo genial, válido pela última rodada da primeira fase do Campeonato Brasileiro da Série D. Santo André e Marcílio Dias se enfrentaram no Estádio Bruno José Daniel em busca de uma vaga na segunda fase do certame.

O genial dessas rodadas finais é que muitas situações bizarras podem acontecer. Caso o Juventude não perdesse para o Penapolense em Caxias do Sul no outro confronto do Grupo A7, um empate por 1x1, algo nada impossível, deixaria o Ramalhão e o Marinheiro empatados em todos os critérios, e a vaga seria definida pelo número de cartões vermelhos/amarelos.

Isso se o jogo ficasse em 1x1, pois de acordo com o regulamento da competição, se dois times terminassem empatados em número de vitórias, saldo de gols e gols pró, valeria como desempate a soma do resultado das duas partidas entre os dois, contando aquele esquema manjado da Copa do Brasil de "gol fora vale dois". Como o jogo em Itajaí terminou empatado por um gol, um 0x0 classificaria o Santo André e de 2x2 pra cima a vaga iria para o time catarinense.

Com essas cartas postas à mesa, fui para o ABC já esperando que veria uma boa peleja. Vale registrar também que foi apenas a segunda vez que vi um jogo do Marcílio Dias ao vivo. A primeira, registrada nas páginas do blog na antiga série "A História pré-JP", aconteceu em junho de 2004 num confronto contra o extinto São Bento/SC no Estádio Hercílio Luz.


EC Santo André - Santo André/SP. Foto: Fernando Martinez.


CN Marcílio Dias - Itajaí/SC. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times, árbitro Rodrigo Carvalhaes de Miranda (CBF/RJ), assistentes Marrubson Melo Freitas (ESP/DF) e Eduardo Goncalves da Cruz (CBF/MS) e o quarto árbitro José Cláudio Rocha Filho (CBF/SP). Foto: Fernando Martinez.

Apesar de toda a expectativa, o primeiro tempo não foi tão bom. As duas equipes deixaram a peleja concentrada no meio-campo. Mesmo assim, o onze andreense até chegou perto de abrir o marcador por duas vezes. Nos dois lances, o goleiro catarinense fez ótimas intervenções.


Elvis, camisa 10 do Santo André, e defensor do Marcílio Dias estendidos no gramado do bruno José Daniel. Foto: Fernando Martinez.


Ataque andreense no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

Independente das duas chances, os melhores momentos da partida ficaram para o segundo tempo. Só que demorou para o tempo final começar. O pessoal da equipe paulista só resolveu voltar ao gramado quando o Juventude também voltasse a campo no Alfredo Jáconi. Nessa brincadeira, a partida no ABC recomeçou com um atraso de 13 (!) minutos.


Ataque marcilista. Foto: Fernando Martinez.


Jogada aérea do Marcílio Dias. Ao fundo, cenário de guerra no ABC. Foto: Fernando Martinez.


Jogadores catarinense aguardando a volta do Ramalhão para a disputa do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Mostrando muito mais vontade, o Santo André abriu o marcador aos 9 minutos com Muller Fernandes completando cruzamento da direita. Jogando melhor e sem sofrer nenhum susto, Juninho Silva fez o segundo de cabeça aos 28. Pelo andar da carruagem, o jogo parecia estar definido, já que o Marcílio Dias nada fazia.


Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Bola aérea, agora a favor do time local. Foto: Fernando Martinez.

Mas o time itajaiense ressurgiu das cinzas e num intervalo de apenas quatro minutos empatou inacreditavelmente a partida com dois golaços. Primeiro Tardelli acertou um chute da entrada da área aos 31 e depois Leandrinho aproveitou uma bola que estava sem dono na intermediária e chutou forte para deixar o Rubro-anil das Avenidas com a mão na vaga.


Invertida de bola no ataque do Marinheiro. Foto: Fernando Martinez.


Momento-estátua no Bruno José Daniel. Foto: Fernando Martinez.

O susto foi grande entre os torcedores andreenses, mas Júnior Paulista colocou as coisas no lugar aos 39. Após bola alçada na área, o capitão se aproveitou de um rebote do goleiro e tocou sem querer para fazer o gol da classificação. Em conversa com o camisa 1 Eduardo ainda com o jogo rolando, ele revelou que não conseguiu fazer a defesa no segundo lance por ter entrado terra (!) nos seus olhos. Ou seja, se o gramado do Bruno José Daniel fosse perfeito, o terceiro gol do Santo André provavelmente não teria saído... Surreal.



Bola no fundo das redes do Marcílio Dias no gol da classificação do Santo André. Júnior Paulista foi o salvador do time andreense. Fotos: Fernando Martinez.

No fim, o placar de Santo André 3-2 Marcílio Dias classificou a equipe paulista para a segunda fase da Série D do Brasileiro. O adversário será nada mais, nada menos do que o Metropolitano de Blumenau, ÚNICO time da outra chave que não fazia parte da minha Lista. Depois de um bom tempo, finalmente verei mais uma equipe nova perto de casa.

A saída dos torcedores do estádio foi bastante tumultuada. Por conta de uma lamentável e ridícula briga da torcida marcilista com integrantes da torcida organizada local acontecida antes do jogo e que deixou vítimas bem machucadas a PM local liberou o portão apenas para os catarinenses. Os andreenses tiveram que esperar por alguns minutos, o que gerou muita reclamação.

Junto com os vários amigos presentes ganhei uma das caronas mais absurdas e sem sentido de todos os tempos. O seu Natal foi responsável por levar eu e o Mílton até a cidade de Mauá (!), muito mais longe da capital do lugar aonde nos encontrávamos antes. Isso atrasou demais a nossa volta para casa, mas como a resenha entre amigos é sempre boa, conseguimos levar o acontecido na paz.

Até a próxima!

Fernando