terça-feira, 30 de abril de 2013

Água Santa estreia no profissionalismo com vitória em cima do Bernô

Opa,

Com o início do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a agenda futebolística voltou a ficar lotada. Com isso, tinha várias opções para o domingo cedo. No fim das contas, acabei escolhendo ir até o ABC paulista presenciar o confronto entre o EC São Bernardo, o verdadeiro e único Bernô, e o EC Água Santa, jogando sua primeira partida oficial no profissionalismo.

O ano de 2013 é um verdadeiro marco para Diadema no âmbito esportivo, já que pela primeira vez um time chega ao profissionalismo defendendo oficialmente as cores da cidade numa competição da FPF (alguns citam a AA Mercedez Benz como detentora desse "título", mas há controvérsias). Aliás, não só um time, e sim dois, pois além do Água Santa, o CA Diadema também participará da segundona.

Fundado em 1981, o "Netuno" fez bonito papel nas disputas amadoras da cidade nos anos 2000, vencendo o torneio mais importante da cidade por quatro vezes. O JP chegou a cobrir duas partidas da equipe nesse período. A primeira num jogo do então ressucitado Desafio ao Galo em 2005 contra o Força e outra numa semi-final do Amador do Estado em 2009 contra o ADC Stefani de Jaboticabal.

E para essa peleja no Baetão, a expectativa de boa presença da torcida diademense se confirmou. Todos os ingressos destinados ao pessoal do Água Santa foram vendidos e a famosa arquibancada torta do estádio foi tomada pelo pessoal da equipe visitante. Para o Bernô, um público pequeno, mas, como sempre, fiel.


EC São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP. Foto: Fernando Martinez.


EC Água Santa - Diadema/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times com o árbitro Wagner Francisco da Silva, os assistentes Carlos Alberto Funari e William Rogério Turola. Foto: Fernando Martinez.

E o grande público viu um bom jogo de futebol, principalmente no segundo tempo. No primeiro, apesar das duas equipes se mostrarem bem postadas na grama sintética do Baetão, a peleja ficou equilibrada no meio-campo e ríspida demais em alguns momentos.


Disputa de bola na quente estreia de EC São Bernardo e Água Santa na segundona. Foto: Fernando Martinez.


Detalhe da enorme presença de torcida diademense no Baetão. Foto: Fernando Martinez.

O Bernô tinha jogadores mais fortes e habilidosos, mas o Água Santa tinha o time mais entrosado. O resultado disso foram poucas chances de gol, a maioria por parte do time visitante, e um placar sem gols ao final dos primeiros 45 minutos.


Início de ataque visitante. Foto: Fernando Martinez.


Num momento "show de mágica", o árbitro do jogo faz um bom truque de levitação com a bola. Foto: Fernando Martinez.

O calor era forte, mas nem isso impediu que as duas agremiações voltassem para o tempo final mais dispostas a tirar o zero do marcador. Para a alegria local, quem fez primeiro foi o alvinegro. O camisa 11 Daniel fez boa jogada pela esquerda e cruzou para a área. Washington, ex-Mauaense, apareceu sem marcação e empurrou para as redes.


Marcação firme de jogador do Bernô. Foto: Fernando Martinez.


Daniel avançando pela esquerda no começo da jogada do gol do Bernô. Foto: Fernando Martinez.

Só que o Água Santa não esmoreceu, e empurrado pela massa, virou o placar. O heroi diademense foi o camisa 14 Lucas Limão, que marcou os dois primeiros gols da história profissional da tradicional equipe do ABC. O empate aconteceu aos 19 minutos, num pênalti bastante contestado pelo time local.


Numa fração de segundo depois desse instantâneo, o árbitro marcou pênalti para o time de Diadema. Foto: Fernando Martinez.


Tentativa desesperada do Bernô buscando o empate. Foto: Fernando Martinez.

A virada, obtida após uma bobeada geral da zaga do Bernô, aconteceu aos 28, e com esse gol a festa dos torcedores do Água Santa não terminou mais. Ao final dos 90 minutos, o marcador do Baetão apontava EC São Bernardo 1-2 Água Santa. A rodada foi perfeita para as duas equipes de Diadema, pois foram duas vitórias contra equipes bastante tradicionais em torneios da FPF (no sábado, o CA Diadema goleou o Grêmio Mauaense).

Para o Bernô, que conta mais uma vez com o ótimo técnico Júlio Passarelli, a luz amarela já foi ligada. Nessa primeira fase tão curta (um dos vários problemas do certame), perder pontos em casa pode ser fatal. Logo, o time de São Bernardo do Campo precisa vencer fora de casa o quanto antes se quiser lutar por uma vaga na próxima fase.

Voltei para casa ligado no radinho de pilha para saber os resultados da Série A2 e conhecer os novos promovidos para a primeira divisão estadual. Sem mais futebol para o dia, fiquei só na boa já esperando o feriado de primeiro de maio chegar, pois tinha jogo legal válido pela Copa do Brasil na pauta.

Até lá!

Fernando

Audax vence Red Bull e se garante na Série A1 do Paulista em 2014

Olá, 

Durante esse ano, o JOGOS PERDIDOS se fez presente em vários jogos válidos pelo Campeonato Paulista da Série A2, tendo mostrado aos amigos internautas que nos acompanham, pelo menos uma vez, todos os 20 participantes da competição e, obviamente, não poderia ficar ausente da última rodada da segunda fase, quando seriam definidos os dois últimos times (Portuguesa e Rio Claro já haviam conseguido o acesso) que estarão na elite paulista no próximo ano. 

Diante disso, caí da cama no último domingo logo cedo e fui em direção ao lendário Estádio Nicolau Alayon, local da realização da partida Audax E.C. x Red Bull F.E. Ltda. Essa duelo colocou frente à frente, duas equipes que ainda poderiam chegar ao tão sonhado acesso, desde que vencesse a partida e ocorresse um tropeço do Guaratinguetá (empate ou derrota) diante do Rio Claro, jogo esse que seria realizada no mesmo horário no Vale do Paraíba. 

Apesar dos imprevistos ao longo do trajeto até o estádio, cheguei com tempo suficiente para conversar com pessoas ligadas aos dois times, conseguir as escalações e ainda fazer o credenciamento, visando minha permanência no gramado, com o objetivo de fazer as fotos que os amigos do JP estão acostumados a ver. Começo apresentando as imagens dos participantes do espetáculo, através das fotos abaixo: 


Audax E.C. - São Paulo/SP. Foto: Orlando Lacanna. 


Red Bull F.E. Ltda. - Campinas/SP. Foto: Orlando Lacanna. 


Quarteto de arbitragem ladeado pelos dois capitães. Foto: Orlando Lacanna. 


Time de gandulas que embelezou o espetáculo. Foto: Orlando Lacanna. 

Com a bola rolando, o que se viu, foi o time de Campinas tomando as primeiras iniciativas de ir ao campo de ataque e, com isso, foi criando jogadas que levaram perigo à meta defendida pelo goleiro Sidão, como aconteceu na marca dos 4 minutos, quando o camisa 11 Marcinho exigiu a primeira boa defesa do goleiro paulistamo. Aos 8 minutos, o mesmo Marcinho exigiu outra boa intervenção de Sidão, que desviou a bola para escanteio. 

A partida vinha sendo disputada num ritmo intenso, com maior predomínio do Red Bull, sendo que aos 9 minutos, novamente o time visitante chegou perigosamente, agora através do camisa 8 Kiros em cabeçada que passou muito perto. 


Bola alçada na área do Audax no início da partida. Foto: Orlando Lacanna. 

O Audax procurava igualar as ações, tocando a bola com rapidez, visando surpreender a defesa do Red Bull, sendo que na primeira ação ofensiva, aos 16 minutos, o time amarelo chegou ao gol de abertura, anotado por Rafinha, numa cabeçada que venceu o goleiro Júlio César, que se esticou todo, mas não conseguiu evitar que a bola estufasse a rede campineira. 


Júlio César saltando como um gato, mas não conseguindo evitar o gol de Rafinha. Foto: Orlando Lacanna. 

Em desvantagem, o Red Bull continuou insistindo no ataque e, aos 23 minutos, o ótimo goleiro Sidão evitou o gol de empate ao praticar duas excelentes defesas na mesma jogada, que começou com um forte arremate de Kiros, defendido parcialmente e que terminou em outra conclusão, agora do camisa 9 Henan, ao aproveitar o rebote, porém o goleirão Sidão estava iluminado e conseguiu conjurar mais esse perigo. 


Arrancada do Red Bull, pela esquerda, ainda na primeira etapa. Foto: Orlando Lacanna. 

Aos poucos o Audax foi equilibrando as ações, tendo chegado com perigo aos 37 minutos, através de um arremate do camisa 11 Danilo, que foi defendido pelo goleiro Júlio César. O time da casa passou a habitar mais o campo de ataque, tendo chegado à marcação do seu segundo gol, aos 42 minutos, numa cobrança de pênalti executada pelo camisa 10 Paulo César. 


Bola no canto direito no segundo gol do Audax anotado por PC. Foto: Orlando Lacanna. 

O encerramento do primeiro tempo se aproximava, mas ainda houve tempo do Red Bull desperdiçar outra oportunidade, aos 44 minutos, quando o camisa 16 Careca, mandou a pelota contra o poste esquerdo da meta dos donos da casa. Mais alguns minutos e o árbitro encerrou os primeiros 45 minutos com a vantagem de 2 x 0 a favor do Audax, que foi objetivo ao aproveitar as oportunidades criadas, enquanto o Red Bull deixava o gramado lamentando as oportunidades perdidas. 

Durante o intervalo, a grande curiosidade era saber o resultado de momento do outro jogo que estava sendo realizado em Guaratinguetá. As notícias eram ótimas, pois o Rio Claro estava vencendo por 1 x 0 e, com esse placar, o Audax estava com um pé na divisão de elite do futebol paulista. Ainda no período de descanso, foi possível apreciar boas músicas apresentadas por uma orquestra de jovens que muito agradou o público presente. 


Show do intervalo com a orquestra de jovens brindando o público com a execução de lindas músicas. Foto: Orlando Lacanna. 

Com a bola voltando a rolar, o Red Bull foi pra cima, do mesmo jeito como havia feito no início da partida, sendo que dessa vez, conseguiu o seu objetivo, pois logo aos 7 minutos, o camisa 28 Allan Dias, diminuiu a diferença, ao cobrar uma penalidade máxima apontada pelo assitente de arbitragem, já que o árbitro central, num primeiro momento, anotou o toque como tendo acontecido fora da área. 


Allan Dias cobrando pênalti que resultou no gol do Red Bull. Foto: Orlando Lacanna. 

Até os primeiros 15 minutos da etapa final, o Red Bull teve predomínio das ações, porém aos 17 minutos, o Audax chegou com perigo, através de Rafael Martins em rápida penetração pela meia direita. Na marca dos 18 minutos, os dois técnicos (Fernando Diniz pelo Audax e Argel pelo Red Bull), foram convidados a deixar os respectivos bancos de reservas, porque estavam se estranhando e um chamando o outro para briga. O clima estava quente. 

A partir dos 20 minutos, a partida ganhou ares de dramaticidade, pois as duas equipes foram com tudo na busca pelo gol. Aos 25 minutos Allan Dias assustou o goleiro Sidão ao cabecear por cima, uma bola que passou muito perto. Aos 27 minutos, foi a vez do Audax levar perigo à meta campineira, novamente através de Rafel Martins, mas o arremate saiu por cima do travessão. 

A jogo seguia no ritmo "lá e cá", sendo que aos 29 minutos, o Audax só não aumentou a diferença, por causa de dois milagres operados pelo experiente goleiro Júlio César, que num primeiro momento rebateu uma cabeçada, à queima-roupa, desferida pelo camisa 3 Thiago Martinelli e, em seguida, desviou com a perna direita, uma conclusão do camisa 17 Rafinha executada próxima à pequena área. Foram duas defesaças, que deixaram o grito de gol preso na garganta da galera do Audax. 


Milagre do goleiro Júlio César evitando o terceiro gol do Audax. Foto: Orlando Lacanna. 

Os dois times sabiam que o Guaratinguetá estava sendo derrotado pelo Rio Claro, naquele momento, por 3 x 1 e não paravam de buscar o gol, tornado a partida mais dramática a cada minuto. Nesse contexto, aos 32 minutos, o Audax quase chegou ao seu terceiro gol, mas o camisa 26 Oliveira, evitou o gol, salvando quase em cima da linha fatal. Aos 35 minutos, foi a vez do Red Bull assustar a torcida local, com o camisa 11 Marcinho concluindo com muito perigo. 


Intensa briga pela posse da bola junto à lateral. Foto: Orlando Lacanna. 

Nos últimos cinco minutos, a partida tornou-se ainda mais dramática, com o Audax tentando segurar o resultado e o Red Bull indo buscar o empate, sendo que naquele momento, o placar do outro jogo apontava 3 x 2 a favor do Rio Claro, o que garantia ao vencedor dessa partida o acesso à Série A1. 

Depois de um acréscimo de 6 minutos, finalmente o árbitro encerrou a partida com o placar mostrando Audax 2 - 1 Red Bull, resultado que combinado com a derrota do Guaratinguetá por 3 x 2, garantiu o acesso do time de São Paulo à elite em 2.014. Vale ressaltar que além do Audax, também o Comercial de Ribeirão Preto conseguiu nesse domingo, voltar ao principal campeonato promovido pela FPF, completando com a Portuguesa e o Rio Claro o quarteto que conseguiu o acesso, sendo que a Lusa e o Rio Claro decidirão o título em duas partidas. 

Tão logo o árbitro encerrou a peleja, foi iniciada uma grande comemoração pelos atletas, comissão técnica e dirigentes, além dos torcedores do Audax, tanto dentro do gramado como fora dele, festejando uma conquista inédita que esteve próxima de acontecer no ano passado. 


O técnico vencedor Fernando Diniz abraçando com emoção um dos seus atletas. Foto: Orlando Lacanna. 


Festa dos atletas junto com a comissão técnica e dirigentes. Foto: Orlando Lacanna. 


Roda de oração em agradecimento à importante conquista. Foto: Orlando Lacanna. 

Deixo aqui os parabéns do JP ao Audax pela inédita e importante conquista, estendendo os cumprimentos à Portuguesa, ao Rio Claro e ao Comercial de Ribeirão Preto por também terem conseguido retornar à elite do futebol paulista. 

Depois da festa, deixei o estádio ao lado do amigo Milton Haddad, indo para o centro velho de São Paulo, para em seguida ir almoçar ao lado de pessoas queridas com a sensação de dever cumprido. Foi isso. 

Abraços, 

Orlando

Briosa derrota o Jabuca no primeiro clássico santista de 2013

Buenas! 

A segundona voltou!!! E para matar a saudade do Campeonato Paulista da Segunda Divisão não tive outra pedida senão assistir o Clássico das Colônias na Caneleira. Em campo o jogo mais carregado de tradição do torneio: Jabaquara x Portuguesa Santista

Com a agradável companhia do já quase santista Estevan, da Bruna e da Angélica, pude acompanhar a partida do campo e da arquibancada. Vale registrar também a presença do meu xará Emerson e dos torcedores da Portuguesa Vitor e Arnaldo. Para começar seguem as fotos posadas. 


Jabaquara AC - Santos/SP. Foto: Emerson Ortunho. 


AA Portuguesa - Santos/SP. Foto: Emerson Ortunho. 


Árbitro Emiliano Alves Costa, assistentes Jumar Nunes Santos e Tatiane Sacilotti Camargo e a quarta árbitra Adeli Mara Monteiro junto com os capitães dos times. Foto: Emerson Ortunho. 

O jogo começou e no primeiro ataque a Portuguesa já marcou com Mike. Nesse momento as filas para estrar no estádio ainda eram enormes e muita gente não viu esse tento. 


Início de ataque jabaquarense. Foto: Estevan Mazzuia. 

Depois da segunda saída de bola o jogo realmente começou e a Portuguesa foi mostrando que o gol feito no repente não fora somente sorte, pois logo veio o segundo. Aos 19 minutos, após cobrança de falta, Ygor marcou de cabeça. E a primeira etapa seguiu só dando Briosa, com o Leão totalmente perdido em campo. 


Falta para o time da casa. Foto: Estevan Mazzuia. 


E o Leão da Caneleira até pênalti perdeu. Foto: Estevan Mazzuia. 

No segundo tempo, o técnico Axel conseguiu assentar um pouco o time em campo, e ajudado pela postura defensiva adotada pela Portuguesa, conseguiu fazer seu time criar algumas poucas jogadas de perigo. 


Ataque da Briosa pela esquerda. Foto: Estevan Mazzuia. 


Jogador do Jabaquara afastando o perigo. Foto: Estevan Mazzuia. 

A chance mais clara de gol do Jabuca, foi numa cobrança de pênalti, devidamente desperdiçada pelo atacante. O jogo então seguiu sem muitas emoções, com a Portuguesa administrando a vitória e o Jabaquara se dando por contente por não levar uma goleada. 


Mais um lance de Jabaquara x Portuguesa Santista. Foto: Estevan Mazzuia. 

Final de jogo: Jabaquara 0 x 2 Portuguesa Santista. O Jabaquara, com exceção do ótimo goleiro Rodrigo Calchi, mostrou um time muito fraco tecnicamente. E taticamente também deixou tudo a desejar, então o que esperar? A Portuguesa tem um time arrumadinho, mas se quiser pensar em acesso terá que reforçar melhor o elenco. 

Abraços! 

Emerson

JP na estreia da Segundona 2013 com vitória do SEV em Guarulhos

Fala, pessoal! 

Finalmente depois de muitos meses de espera começou o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Esse é o carro-chefe do JP e de longe é a competição mais aguardada por nós durante o ano. E como não poderia deixar de ser, nos fizemos presentes em três partidas de dois grupos diferentes da rodada inicial. 

No sábado, depois da rodada dupla nas categorias de base logo cedo fomos até a cidade de Guarulhos, palco do jogo de estreia do Grupo 6. No gramado do Estádio Antônio Soares de Oliveira o Guarulhos recebeu o SEV, voltando ao profissionalismo após dois anos de ausência. 

A segundona desse ano conta com 45 times divididos em oito chaves: três com cinco participantes, e cinco com seis. Ao final da fase inicial, os três primeiros colocados de cada grupo, totalizando 24 equipes, garantirão vaga na segunda fase. Aí começará a parte mais importante (e genial) do certame, aquela que mistura times de todas as regiões do estado. 

Mas apesar de adorarmos a segundona, falta muito para que a mesma se torne um campeonato mais encorpado. Pra começar, essa primeira fase com poucos jogos é ruim demais. Não tem como fazer futebol profissional em apenas oito partidas (casos dos times dos grupos 1, 2 e 5) durante o ano todo. 

Outro fator que deixa demais à desejar é a tal "capacidade mínima dos estádios". Atualmente os estádios da segunda divisão precisam obrigatoriamente ter o mínimo de cinco mil lugares comprovados para que seja devidamente liberado pela FPF. Isso numa competição aonde a média de público não passa de 500 pessoas. 

Essa obrigatoriedade deveria ser revista urgentemente, pois impede o surgimento de times de cidades menores, como sempre aconteceu nas divisões inferiores do paulistão através dos tempos. Hoje em dia cidades como Vera Cruz, Severínia, Rinópolis e Nhandeara (todas com times que já jogaram profissionalmente em décadas anteriores) não podem participar mais do estadual pois não tem estádios à altura dessa regulamentação. 

A nosso ver, o ideal seria a liberação de uma praça esportiva com qualquer capacidade, desde que todos os laudos necessários para a prática do esporte fossem emitidos e o clube mandante garantisse a segurança dos torcedores. Impedir que isso aconteça é não prestigiar e incentivar o surgimento de times novos pelo interior paulista. 

Mas o fator mais absurdo da segundona em si é a cota que a FPF paga às equipes participantes. A entidade dá a cada clube 14 mil reais para toda a disputa. Isso mesmo, 14 mil reais (!). Agora peço que os amigos me acompanhem no raciocínio: se somarmos a cota de todos os times, temos o valor de 630 mil bagarotes. 

Logo, para efeito de comparação, se cada um dos quatro "grandes" do estado ganha a bagatela de 10 milhões e 815 mil reais para jogar a Série A1, cada um ganha 17 vezes mais do que TODOS os times da última divisão juntos. Se compararmos cada time isoladamente, o valor pago a Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos é 772 vezes maior (!). 

Complicado isso não? Ainda mais se levarmos em conta que os quatro citados tem patrocínios fortes, ganham cotas gordas da televisão, tem grandes torcidas que propiciam rendas altas nos seus jogos, vendem camisas em todo o país e tem plenas condições de lucrarem em várias frentes. Claro que eles merecem ganhar mais do que os outros, mas 722 vezes mais? Essa distância não poderia ser um pouco menor? Mesmo que a cota não aumente, não seria legal a FPF buscar patrocínios para o certame como por exemplo empresas de ônibus, empresas regionais e afins? 

Enquanto não temos respostas para essas perguntas (e nem sei se teremos algum dia), ficamos com o esquema atual mesmo. Bom, fomos para Guarulhos meio fora do ar, já que o almoço monstro numa churrascaria nos deixou baleados. De qualquer forma, a chegada no estádio foi tranquila e logo estava dentro de campo para fazer as imagens oficiais... ah, novamente exclusivas no JP


AD Guarulhos - Guarulhos/SP. Foto: Fernando Martinez. 


SEV - Hortolândia/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Quarteto de arbitragem composto pelo árbitro Wanecley Lopes da Silva, assistentes Patricia Carla De Oliveira e Sérgio Cardoso dos Santos e o quarto árbitro Willer Fulgencio Santos junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

A equipe da Grande São Paulo inicia sua 33ª participação consecutiva na história do campeonato paulista buscando ao menos passar de fase. Desde que a segundona foi criada nesse formato em 2005, o time teve como melhor classificação o 14º lugar em 2008. Tirando isso, campanhas abaixo do razoável. Para tristeza da sua torcida, a certeza é que a vitória maior é conseguir passar de fase. 


Primeira chegada perigosa do Guarulhos contra o SEV. Foto: Fernando Martinez. 

O Social Esportivo Vitória, mais conhecido como SEV, vai jogar a sua décima temporada nas divisões de acesso. Nascida como Sociedade Esportiva Votuporanga em 2002, mudou de denominação e cidade em 2006. O time chegou a disputar a Série A3 por quatro anos consecutivos e nunca passou da 14ª colocação até o rebaixamento de 2008. Após dois anos de ausencia, o time volta prometendo surpreender. 


Jogador do Guarulhos tentando alcançar a pelota. Foto: Fernando Martinez. 


Zagueiro do SEV sofrendo pressão de atleta local. Foto: Fernando Martinez. 

E o jogo foi melhor do que esperávamos. O Guarulhos começou bem e na primeira chegada perdeu um gol feito. Um dos atacantes da equipe recebeu ótimo passe em profundidade, entrou na área, driblou o goleiro, mas chutou a bola pra fora. Foi aquela típica oportunidade que não pode ser perdida. 


Chegada local pela direita do ataque. Foto: Fernando Martinez. 

O castigo para o onze local veio pouco depois com o primeiro gol do SEV. Jonathan escorou de cabeça cruzamento da esquerda e abriu o placar aos 9 minutos. O time da casa teve mais posse de bola e chegou mais vezes dentro da área do adversário durante o tempo inicial, mas não conseguiu o empate. 


Comemoração de Jonathan com o primeiro gol da equipe hortolandense. Foto: Fernando Martinez. 

No segundo tempo acompanhei a peleja das cabines de imprensa, e ali deu para sentir que a torcida guarulhense confiava numa virada. E a equipe jogou bem, mas além de não conseguir sucesso na maioria das finalizações, quando elas eram boas, a trave, por duas vezes, aparecia para deixar a peleja ainda dramática. 


O time visitante teve menos oportunidades de gol, mas foi mais letal do que o Guarulhos. Foto: Fernando Martinez. 


Golpe de karatê no gramado do Antônio Soares de Oliveira. Foto: Fernando Martinez. 

E no velho esquema do "quem não faz, toma", o SEV chegou ao segundo gol aos 23 minutos. O ataque da equipe de Hortolândia costurou toda a defesa guarulhense e Phelipe finalizou no canto direito do arqueiro. Daí para frente, os locais até tentaram, mas não foram capazes de furar o bloqueo defensivo do SEV. 


Chute de Phelipe no segundo gol do SEV na peleja. Foto: Fernando Martinez. 


Festa total dos jogadores do SEV com o gol no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 

Final de jogo: Guarulhos 0-2 SEV. Boa vitória hortolandense na estreia da segundona 2013. Com essa vitória, a equipe assume a liderança do Grupo 6 após o primeira rodada junto com Nacional e Atibaia, que respectivamente venceram o Sumaré e o Primavera. 

Com a rodada tripla finalizada voltei para casa para um bom descanso na noite de sábado, pois domingo cedo tinha outra peleja da segundona para curtir. Teve estreia profissional de time amador tradicional no cronograma. 

Até lá! 

Fernando

segunda-feira, 29 de abril de 2013

CATS vence o Nacional e é vice-líder da chave no Paulista sub17

Opa, 

O segundo jogo que acompanhei no sábado foi válido pelo Campeonato Paulista sub17, na primeira investida do JP no certame em 2013. Diferente do panorama da preliminar, Nacional e Taboão da Serra entraram em campo com campanhas bem distintas nas três rodadas disputadas até então. 

O Naça somava apenas dois pontos e não havia vencido nenhum jogo. O Taboão se encontrava na terceira posição do Grupo 8 e vinha de duas vitórias consecutivas contra EC Osasco e Cotia. Por jogar em casa, o onze paulistano não podia vacilar e precisava dos três pontos. 


Nacional AC (sub17) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez. 


CA Taboão da Serra (sub17) - Taboão da Serra/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Capitães dos times e trio de arbitragem da peleja. Foto: Fernando Martinez. 

Até esperávamos um bom jogo, mas quando a pelota começou a rolar, vimos uma peleja muito ruim, uma das mais fracas de 2013. As duas equipes mostraram um futebol sem inspiração e não criaram praticamente nenhuma chance de gol durante os 80 minutos. 


Atacante do Nacional invadindo o campo de defesa do CATS. Foto: Fernando Martinez. 

O Nacional não conseguiu superar a retranca do CATS e de acordo com o Miguel, amigo faz-tudo do clube, sentiu muita falta do principal jogador do time, que está lesionado e sem previsão de volta. Destaque mesmo apenas a numeração surreal do Taboão, com números como 52, 33, 61, 97, 88 e 38 desfilando pelo gramado da Comendador Souza. 


Camisa 10 paulistano protegendo a pelota. Foto: Fernando Martinez. 


Hora da careta no Nicolau Alayon. Foto: Fernando Martinez. 

Ao fim do tempo inicial, o placar óbvio de 0x0. No segundo tempo, sem nada melhor pra fazer, ficamos nas tribunas contemplando vídeos sensacionais do programa Hermes e Renato, preferido de nove entre dez amigos do JP. Como nada acontecia na peleja, ficamos cerca de meia hora curtindo esquetes clássicas do grupo. 


Uma das raras chegadas do Naça dentro da área do CATS no tempo final. Foto: Fernando Martinez. 


Disputa de bola no meio-campo. Foto: Fernando Martinez. 

E para nossa surpresa, o gol finalmente saiu. Só que para tristeza local quem marcou foi o Taboão da Serra. O camisa 88 Gabriel se aproveitou de indecisão do arqueiro paulistano após passe longo na área e se antecipou a ele para tocar de leve e fazer o solitário gol da pugna. 


Gabriel, camisa 88 do CATS, perdendo a chance de ampliar o placar no final da peleja. Foto: Fernando Martinez. 

Os paulistanos poderiam estar jogando até agora que o empate não sairia. Com isso, a peleja acabou mesmo em Nacional 0-1 Taboão da Serra. O time da Grande São Paulo agora é vice-líder do Grupo 8 com nove pontos, atrás apenas da Portuguesa, primeira colocada com 100% de aproveitamento. O onze da Barra Funda permanece com apenas dois pontos na sexta colocação. 

Após o jogo estávamos prontos para acompanhar a estreia do nosso carro-chefe, a segundona paulista. Saímos do Nacional para um almoço monstro numa churrascaria antes de seguirmos para Guarulhos ver a primeira parada do campeonato mais legal do estado. 

Até lá! 

Fernando