sexta-feira, 27 de abril de 2012

Estádios pelo Brasil, volume 47: Estádio Municipal Teóphilo Cordovil (Duartina/SP)

Olá, pessoal!

No começo de 2009 o Orlando engatilhou mais uma das suas clássicas viagens pelo interior para fazer coberturas futebolísticas para o JP. No caminho, ele visitou três cidades diferentes para coletar informações de times e estádios para a série "Estádios pelo Brasil". Mesmo quase três anos depois, vale a pena registrar aqui informações dessa incrível jornada, começando com a parada que ele fez na cidade de Duartina.


Fachada do Estádio Municipal Teóphilo Cordovil, na cidade de Duartina. Foto: Orlando Lacanna.

A aprazível cidade fica a 366 quilômetros de distância da capital bandeirante e faz divisa com os municípios de Lucianópolis, Cabrália Paulista, Gália, Fernão, Piratininga e Avaí. Todos pertinho de Bauru e de Marília. O município foi fundado em 11 de dezembro de 1926, e tem esse nome em homenagem ao então bispo de Botucatu, Dom Carlos Duarte da Costa.

Na economia, a cidade se destaca com a exploração da pecuária, seguida pelos cultivos de cana-de-açúcar laranja, eucalipto e também na oleicultura (cultura de hortaliças). A maior ponto turístico da cidade de pouco mais de 12 mil habitantes é o Ecoparque Ciro Simão, aonde os moradores locais se dedicam ao convívio direto com a natureza e ao esporte.

Mas como esse é um blog dedicado ao futebol, a visita feita foi para buscar alguma informação do Duartina Futebol Clube, equipe fundada em 23 de dezembro de 1930 e que disputou seis campeonatos paulistas, entre os anos de 1954 até 1977. A participação do Leão da Alta Paulista no futebol profissional somou 69 partidas, e a melhor campanha aconteceu na terceira divisão de 1956, quando terminou a competição na terceira colocação. A vaga para a final foi decidida num histórico jogo contra a Santacruzense no Estádio do Pacaembu em 31 de maio de 1956, com o placar de 2x0 para a AES.


Arquibancada coberta do simpático estádio. Foto: Orlando Lacanna.


Do topo da parte coberta, essa é a visão do "gol da esquerda". Foto: Orlando Lacanna.


Visão do centro do gramado com a pequena, mas simpática, arquibancada oposta. Foto: Orlando Lacanna.


Agora, o "gol da direita". Foto: Orlando Lacanna.

O palco dos jogos do lendário time do Duartina FC era o Estádio Municipal Teóphilo Cordovil. Mesmo sendo um feriado, o Orlando conseguiu entrar no tradicional palco do futebol duartinense graças à simpatia do zelador do local e da sua simpática esposa, que moram numa casa junto ao estádio e cuidam de todas as instalações.


Simpáticos bancos colocados na lateral do gramado. Foto: Orlando Lacanna.


De dentro de campo, visão da pequena arquibancada oposta descoberta. Foto: Orlando Lacanna.


Agora a visão da parte coberta do Teóphilo Cordovil. Foto: Orlando Lacanna.

O local não se apresentava em más condições, muito pelo contrário. Bastante aconchegante, o estádio tem dois lances de arquibancada nas laterais do campo, e muito verde por todos os lados. Pena que no caso de existir algum interesse local para a disputa do profissionalismo nos dias atuais, provavelmente o Estádio Teóphilo Cordovil não seria liberado, de acordo com as várias exigências atuais da Federação Paulista de Futebol. Em pesquisas pela internet, foi encontrada a informação de que o estádio tem capacidade de 6 mil pessoas, algo difícil de acreditar quando vemos as imagens feitas pelo Orlando.


Uma visão mais próxima de uma das metas. Foto: Orlando Lacanna.


Banco de reservas coberto, algo não tão comum em estádios menores do interior. Foto: Orlando Lacanna.


Do outro lado, o outro banco de reservas. Foto: Orlando Lacanna.

Quando da visita do JP, o local era palco apenas de jogos amadores. Quanto ao Duartina Futebol Clube, a equipe chegou a vencer torneios amadores nos anos 80, mas se encontra inativo desde então, e parece que não há nenhum movimento por lá para que a equipe possa ser reativada. Uma pena, já que a região é bastante carente de equipes profissionais (somente as cidades de Bauru e Marília tem times jogando regularmente).


Outra imagem da parte coberta. Foto: Orlando Lacanna.


Parte de trás da arquibancada coberta, mostrando a entrada dos vestiários do estádio. Foto: Orlando Lacanna.


Imagem de fora do estádio mostrando o nome do mesmo. Foto: Orlando Lacanna.

Mas a visita foi muito proveitosa, e em breve continuaremos a série "Estádios pelo Brasil" com mais visitas que o pessoal do JP faz nos templos futebolísticos, inclusive com as outras duas paradas feitas pelo Orlando nessa mesma viagem em 2009.

Até a próxima!

Fernando

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Capivariano vence mais uma e está perto da Série A2 de 2013

Olá, 

No último fim de semana, foi realizada a terceira rodada da segunda fase do Campeonato Paulista da Série A3, encerrando o primeiro turno dessa fase, no qual, cada time disputou nove pontos em três jogos realizados. Sendo assim, o JP se fez presente numa partida de suma importância para o encaminhamento da definição das duas equipes do Grupo 2, que serão promovidas à Série A2 em 2.013. 

Mesmo debaixo de chuva, peguei a estrada e viajei até à aconchegante cidade de Capivari, cujo destino final foi o Estádio Municipal Carlos Colnaghi, palco da realização da partida Capivariano F.C. x Rio Branco E.C. de Americana. Essas duas equipes estavam nas primeiras colocações do grupo, sendo que os donos da casa eram os líderes com 100% de aproveitamento, com 6 pontos, uma vez que venceram as duas partidas realizadas. 

Por outro lado, os visitantes estavam na vice-liderança com 4 pontos, por conta de uma vitória e um empate. Com essas campanhas, o vencedor da partida daria um passo importante na conquista do acesso, em especial o Capivariano, pois abriria uma grande vantagem em relação aos seus adversários. Diante disso, a expectativa era enorme por parte dos torcedores presentes, que compareceram em bom número (1.746 pagantes), apesar do mau tempo. 

Apesar do tempo chuvoso, a viagem foi sossegada e, mesmo passando por Campinas, cheguei com tempo suficiente para o credenciamento, vários bate-papos e ainda armar o esquema para fazer as tradicionais fotos oficiais da partida. Mas antes de apresentar as fotos e começar a falar da partida em si, faço questão de mencionar um fato que muito me honrou e mostrou o carinho dos amantes do futebol interiorano pelo JP. 

Através do repórter Ramon da Rádio R FM, da cidade de Rafard, fui presenteado com um delicioso bolo de fubá com goiabada, preparado pela Vovó Ligia, que acompanha as matérias do JP com assiduidade. Deixo aqui os meus agradecimentos e um abraço ao Ramon e à Vovó Ligia. O bolo ganhou fácil o Selo JP de qualidade. Voltando às fotos oficiais, as mesmas estão divulgadas abaixo: 


Capivariano F.C. - Capivari/SP. Foto: Orlando Lacanna. 


Rio Branco E.C. - Americana/SP. Foto: Orlando Lacanna. 


Quarteto de arbitragem com o árbitro Roberval José de Oliveira e os assistentes Leandro Matos Feitosa e Márcio D'Avila Tragante ao lado dos capitães dos times. Foto: Orlando Lacanna. 

A partida começou com um atraso de 11 minutos, em razão da ambulância ter deixado o estádio para socorrer um torcedor, que passou mal nas arquibancadas e teve que ser transportado ao hospital. Tão logo o árbitro autorizou o ponta-pé inicial, o Capivariano tomou as rédeas da partida e foi com tudo para o campo de ataque, tendo logo aos 3 minutos, colocado uma bola contra o travessão da meta americanense, após cobrança de falta, através de Dener pela meia direita, com a bola desviando no zagueiro Bernard e tirando o goleiro Éder da linha da bola, mas para sorte do Rio Branco, a bola foi contra a barra superior e voltou para o campo de jogo sem maior perigo. 


Bola indo chocar-se contra o travessão da meta do Rio Branco no início da partida. Foto: Orlando Lacanna. 

Até por volta dos 20 minutos, o time da casa mantinha mais a posse de bola, mas encontrava dificuldade para furar o forte bloqueio do Rio Branco, que entrou em campo com três volantes para reforçar a marcação no meio de campo. Com isso, o time vermelho pouco criou nesse período do jogo, apesar das investidas pelos lados do campo, em especial, pelo lado esquerdo, através do camisa 3 Pedro Henrique. 


O ótimo camisa 3 Pedro Henrique iniciando jogada ofensiva pelo lado esquerdo. Foto: Orlando Lacanna. 

Somente aos 31 minutos o Capivariano chegou ao ataque com mais apetite, numa rápida avançada pela direita do camisa 7 Paulo Osório, que cruzou para o interior da área, encontrando o centroavante Silas, porém a conclusão foi por cima do travessão. Os visitantes deram o primeiro susto na defesa da casa, aos 36 minutos, quando o avante Túlio ganhou de três zagueiros na velocidade e chutou cruzado, com a bola também saindo por cima do travessão. 


Jogada de ataque do Rio Branco pela esquerda do seu ataque. Foto: Orlando Lacanna. 

Nos últimos 10 minutos ocorreram as melhores oportunidades para ambos os lados, sendo que aos 39 minutos, aconteceu mais uma escapada de Pedro Henrique pela esquerda, que culminou num passe preciso ao artilheiro Silas, mas este foi travado na hora da conclusão e a bola acabou saindo em escanteio. A resposta alvinegra veio aos 41 minutos, numa bela jogada de Túlio, que girou rápido no interior da área e bateu seco no canto inferior direito da meta de Maurício, que estava bem colocado e fez boa defesa. 

O primeiro tempo já se aproximava do final, quando aos 43 e 45 minutos, o Rio Branco teve duas ótimas oportunidades em cobranças de faltas próximas à entrada da área, sendo que ambas foram cobradas pelo camisa 2 Oliveira e que exigiram duas ótimas defesas do goleiro Maurício (ex-Juventus). Diante disso, o empate sem abertura de contagem foi levado para o intervalo, ficando para o segundo tempo a definição de qual equipe levaria os três pontos. 


Uma das grandes defesas de Maurício em cobrança de falta no fim da primeira etapa. Foto: Orlando Lacanna. 

Na segunda etapa o equilíbrio das ações foi notório, sendo que até por volta dos 20 minutos, os dois times alternaram jogadas ofensivas, mas nada que pudesse levar grande perigo às defesas. Exatamente aos 20 minutos, o Rio Branco criou o primeiro bom momento, ao cobrar uma falta pela direita, cujo cruzamento chegou aos pés de Túlio, que arrematou de forma certeira, mas esbarrou em uma outra defesa de Maurício. 


Jogada aérea do Rio Branco no segundo tempo com o lindo "verde" ao fundo. Foto: Orlando Lacanna. 

Empurrado pela sua torcida, o "Leão da Sorocabana" apertou o cerco, agora numa jogada que nasceu pelo lado direito do seu ataque, que possibilitou a Silas arrematar do interior da grande área, exigindo defesa parcial de Éder, que deu rebote e na sequência, o camisa 2 e capitão Kelisson encheu o pé e mandou a gorduchinha para o fundo da rede, decretando a abertura do placar a favor do time da casa, fazendo a torcida explodir de alegria. O gol aconteceu na marca dos 22 minutos. 


Detalhe do gol de abertura do Capivariano anotado por Kelisson. Foto: Orlando Lacanna. 

Em desvantagem no placar, o time de Americana saiu com tudo para o ataque e, com isso, dava espaço ao rápido time do Capivariano contra-atacar, sendo que o segundo gol quase saiu, aos 30 minutos, quando Fabrício entrou livre na área, mas concluiu para fora. A resposta do Rio Branco foi rápida e fatal, pois aos 32 minutos, chegou ao empate, através de Marcos Denner em cobrança de pênalti, num lance que gerou muitas reclamações por parte dos alvinegros em cima da arbitragem, por não ter mostrado o cartão vermelho a Kelisson, autor da falta ao impedir uma clara e manifesta oportunidade de gol. 


Gol de empate do Rio Branco anotado por Marcos Denner cobrando pênalti. Foto: Orlando Lacanna. 

Depois do empate, o Capivariano não se deixou a abater e buscou recuperar a vantagem no placar, forçando as jogadas ofensivas. Aos 38 minutos, o árbitro viu pênalti numa jogada que envolveu o centroavante Silas que foi ao chão no interior da área. Tão logo o árbitro apitou assinalando a penalidade máxima, praticamente o time todo do Rio Branco foi pra cima do apitador, contestando a marcação e demonstrando muita revolta, mas como a decisão do árbitro é soberana, não teve choro e nem vela e a bola foi colocada na marca da cal e o camisa 3 Pedro Henrique mandou a bola no canto esquerdo da meta adversária, colocando novamente o Capivariano em vantagem no marcador e levando à loucura a torcida local. 


Agora o gol de pênalti cobrado por Pedro Henrique. Foto: Orlando Lacanna. 

O Rio Branco sentiu o baque e por um triz não sofreu o terceiro gol, um minuto após, quando Pedro Henrique (sempre ele) mandou uma paulada no poste, sendo que no rebote, o camisa 16 Renatinho mandou a bola por cima do travessão, desperdiçando uma chance incrível de liquidar a fatura. Os últimos minutos foram eletrizantes, pois o Rio Branco assustou, aos 41 minutos, através de Marcos Denner, porém, por outro lado, esteve perto de sofrer o terceiro gol aos 42 e 44 minutos, em jogadas com as participações de Renatinho e Fabricío, sendo que o primeiro lance foi hilário, por conta da furada incrível do atacante que chutou o vento. 

Fim de partida com o resultado de Capivariano 2 - 1 Rio Branco, que manteve o time da casa na 1ª colocação, agora com 9 pontos e muito perto de conquistar uma das duas vagas do grupo à Série A2 do próximo ano. Mesmo derrotado, o time visitante permaneceu na vice-liderança, com os mesmos 4 pontos, porém seguido muito de perto por Internacional de Limeira com 3 pontos e Batatais com apenas 1 ponto. 


Comemoração do time do Capivariano pela vitória e pelo "quase" acesso. Foto: Orlando Lacanna. 

Aliás, essas duas equipes jogaram no sábado à noite em Limeira,com a Inter vencendo por 1 x 0. Como ainda resta um turno inteiro, com os quatro times disputando 9 pontos, as três equipes colocadas abaixo do Capivariano têm chances de brigar pela segunda vaga, pois dificilmente o "Leão da Sorocabana" deixará de ser promovido, embora tenha que disputar dois jogos fora de casa e isso pode fazer a diferença. A briga promete ser intensa. 

Assim que a partida foi encerrada, iniciei a viagem de volta para São Paulo, mais uma vez fazendo um pit-stop em Campinas, planejando a cobertura que seria feita no domingo pela manhã, a qual acabou não ocorrendo por motivos de força maior. Foi isso. 

Abraços, 

Orlando

quarta-feira, 18 de abril de 2012

JP no Distrito Federal: A entrada triunfal do Sobradinho na Lista

Fala, pessoal!

Depois de duas semanas um tanto quanto paradas em São Paulo, sábado passado retomei meu atual projeto e viajei pela primeira vez para Brasília, a capital do nosso Brasil varonil. Cheguei no Distrito Federal no final da tarde de sábado e logo estava com os amigos que tem me acompanhado nas últimas viagens para curtir o sábado à noite com aquele bate-papo que sempre faz um bem danado.

Já no domingo resolvi desbravar o desconhecido para fazer minha estreia futebolística na região Centro-Oeste num jogo válido pelo Campeonato Brasiliense da primeira divisão. Com as coordenadas da jornada fornecidas pelo Raul (do ótimo blog Campo de Terra), fui para a cidade-satélite de Taguatinga, pois ali rolaria uma peleja entre o Brasiliense e o genial Sobradinho, meu 539º time novo na Lista no meu 1973º jogo em todos os tempos. O palco foi a casa do Jacaré, o Estádio Elmo Serejo Farias, também conhecido como Serejão.


Entrada sem identificação alguma do Estádio Serejão, também conhecido como Boca do Jacaré. Foto: Fernando Martinez.

O meu QG por essas bandas é no fim do mundo (pra variar), então o caminho até a Boca do Jacaré teve que ser iniciado com uma "breve" viagem de táxi (esperei mais de uma hora o veículo chegar no hotel) até a Rodoviária do Plano Piloto. Dali segui com o confortável metrô de Brasília até a Estação -, que fica a cinco minutos a pé do estádio. Como estava na pegada de ver o jogo da arquibancada mesmo, comprei o ingresso entrei nas dependências da casa do Brasiliense sem problemas.

Mas sou obrigado a confessar que o que me fez mesmo sair do hotel e ir longe foi a chance de acompanhar um jogo do Sobradinho Esporte Clube, bi-campeão brasiliense em 1985/86. Essas duas conquistas coincidiram com o período que comecei a acompanhar melhor o futebol de fora de São Paulo graças à saudosa revista Placar. Aliás, esse primeiro título credenciou o Leão a jogar o Campeonato Brasileiro de 1986, o último com fórmulas surreais e que contou com a participação de times "perdidos". O alvinegro inclusive chegou à segunda fase e, entre outros jogos importantes, arrancou um empate em 0x0 contra o Corinthians jogando no Pacaembu.

Já devidamente instalado nas cadeiras do Serejão, acompanhei a entrada em campo das duas agremiações. O Sobradinho entrou todo de branco e logo foi cumprimentar a sua torcida, que compareceu em bom número. Em seguida foi a vez do Brasiliense subir ao gramado também todo de branco. Bom, com os dois times vestindo a mesma cor, foi definido que o Sobradinho teria que mudar o uniforme. A equipe voltou aos vestiários e logo voltou com calções e meias pretas e camisa listrada. Muito mais legal ver a equipe assim.


Os dois times vestidos de branco saudando seus torcedores. Óbvio que não teríamos jogo dessa forma. Fotos: Fernando Martinez.


O Sobradinho indo saudar (novamente) sua torcida, agora já vestindo o seu uniforme 2. Foto: Fernando Martinez.

O Campeonato Brasiliense está no seu segundo turno. No primeiro, o Luziânia foi o vencedor e consequentemente garantiu vaga na final do certame. Os outros times agora buscam a conquista dessa fase atual para ainda terem chance de se tornarem campeões metropolitanos em 2012. Nesse segundo turno (também chamado de Taça Mané Garrincha), o Brasiliense somava três pontos em duas pelejas, enquanto o Sobradinho conseguiu duas vitórias. Os dois estão no Grupo A.


Boa saída para o ataque do Brasiliense no começo do jogo. Foto: Fernando Martinez.

Apesar da relativa melhora da situação do Jacaré em relação ao primeiro turno, poucos torcedores pagaram ingresso para apoiar o Brasiliense. Esse pessoal viu a peleja começar com muito estudo e com as ações concentradas no meio-campo. Só que na primeira chance de gol o primeiro zero saiu do placar. E quem marcou foi o Jacaré através de Luiz Carlos. Ele completou bom passe após grande jogada pela direita do ataque.


Ataque do Sobradinho pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Chute de longe do camisa 10 do onze visitante. Foto: Fernando Martinez.

Mas quem pensava que isso animaria os atletas do time de Luiz Estevão se enganou redondamente. Logo o Sobradinho passou a incomodar bastante em bolas alçadas na área, deixando a torcida impaciente. Fiquei ao lado de um pessoal que torcia para o extinto Taguatinga (tetra-campeão do DF nos anos 90) e todos, sem exceção, reclamaram muito das limitações do atual time do Brasiliense.


Bola alçada dentro da área do Leão. Foto: Fernando Martinez.

O time da casa não acertava o pé e o time visitante pecava no último toque. Resultado: o jogo foi para o intervalo apenas com a vantagem mínima para o onze amarelo. E esse intervalo foi de fundamental importância para que eu fizesse o que sempre faço em lugares que visito pela primeira vez. Uma criteriosa análise geral da qualidade e da diversidade das guloseimas vendidas para o público.

Posso dizer que o Serejão já faz parte do Top 10 de melhores locais (ou piores, depende do ponto de vista) para se alimentar num jogo de futebol. Além de água, refrigerante e suco para matar a sede, a fome pode ser saciada com mini-pizza, pipoca, batata frita, cocada, bombons de chocolate e salgadinhos de bacon. Degustei metade dos itens e eles ganharam fácil o Selo JP de qualidade. Só não acho que uma nutricionista iria gostar tanto do cardápio como eu, mas tá valendo.


Camisa 7 do Sobradinho começando mais um bom ataque no avassalador começo de segundo tempo do time. Foto: Fernando Martinez.


Duelo ataque contra defesa no campo de ataque do alvinegro. Foto: Fernando Martinez.

Com um copo de Coca-Cola numa das mãos e um saquinho de batata frita na outra, voltei às cadeiras para acompanhar o segundo tempo. Diferente da etapa inicial, o Sobradinho voltou dos vestiários a milhão, empatando a peleja logo no primeiro minuto com um gol de Edicarlos, que se aproveitou da indecisão do goleiro local após um cruzamento da direita, e dominando por completo o jogo até os 20 minutos.


O Brasiliense até tentou passar de novo na frente do placar, mas insistiu muito em bolas aéreas sem sucesso. Foto: Fernando Martinez.

O Brasiliense não se encontrava no gramado, e escapou de sofrer a virada em mais de uma oportunidade. Somente depois da metade do tempo final que os donos da casa foram colocaram a cabeça no lugar e passaram a equilibrar as ações. Após o trigésimo minuto, o Sobradinho resolveu recuar e viu o Jacaré tomar contra do jogo.


Último ataque do onze local, comandado pelo atacante Acosta. Foto: Fernando Martinez.

Só que foi uma pressão não tão efetiva assim, já que os jogadores locais insistiam em bolas cruzadas sem direção dentro da área. Quando resolviam ir pelo meio, a zaga do alvi-negro mostrava serviço. O tempo foi passando e a rigor, não tivemos mais nenhuma grande emoção. Final de jogo: Brasiliense 1-1 Sobradinho. Esse empate deixou os dois times líderes das suas chaves no segundo turno após três rodadas realizadas.


Placar final da peleja no Serejão. Foto: Fernando Martinez.

Após o jogo voltei exatamente pelo mesmo caminho ao meu QG na capital federal. E para completar meu dia de alimentação saudável, ainda mandei brasa em dois deliciosos pastéis na Rodoviária do Plano Piloto. Fazia tempo que não comia um pastel tão bom. Dali segui de táxi para o meu QG me preparar para a semana, bastante corrida, mas muito divertida.

Até a próxima!

Fernando

Na briga dos "Leões", o da Sorocabana derrotou o de Limeira pela Série A3

Olá,

Depois de ter conferido o ótimo jogo Audax 2 - 3 Atlético Sorocaba, pela Série A2, no domingo pela manhã, voltei aos velhos tempos e botei o pé na estrada, seguindo até a progressista cidade de Limeira, indo mais precisamente ao Estádio Major José Levy Sobrinho, palco da realização da partida A.A. Internacional x Capivariano F.C., válida pela primeira rodada da segunda fase do Grupo 2 do Campeonato Paulista da Série A3.

Essa partida reuniu duas equipes que fizeram campanhas muito parecidas durante a primeira fase, pois enquanto a Inter chegou na 5ª posição com 30 pontos, o Capivariano conquistou a classificação chegando na 4ª colocação com 31 pontos. Portanto, a briga dos "Leões" tinha tudo para ser eletrizante, uma vez que, o vencedor da partida, assumiria a liderança do grupo, pois no sábado à noite, os outros dois times integrantes do grupo, Batatais e Rio Branco de Americana, empataram em 1 x 1 e deixaram o caminho livre para o Leão vencedor ficar numa boa nessa fase decisiva da competição.

Com a Av. Marginal e a estrada livres, fiz uma viagem supertranquila, possibilitando minha chegada sem atropelos e com tempo de bater vários papos com o pessoal da FPF e integrantes da imprensa de Capivari, além dos amigos da Rede Vida. Apesar do forte calor, a expectativa era de um bom jogo, com as equipes se entregando na busca dos três pontos. Permaneci junto à lateral do gramado até a entrada dos atletas e árbitros, os quais, para variar um pouquinho, posaram com exclusividade para as lentes do JP, cujas fotos oficiais estão apresentadas mais abaixo:


A.A. Internacional - Limeira/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Capivariano F.C. - Capivari/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem com o árbitro Douglas Perrone Katayama, os assistentes Alberto Poletto Masseira e Claudson Lincoln Beggiato e o quarto árbitro Alex Lopes Loula ao lado dos capitães dos times. Foto: Orlando Lacanna.

Tão logo o árbitro autorizou o início da partida, a Inter saiu com tudo pra cima da defesa adversária, exercendo uma forte pressão ofensiva, tendo criado o primeiro bom momento, aos 4 minutos, quando o lateral Paulo Henrique fez ótima jogada individual pela esquerda, cruzando para trás e encontrando o artilheiro do time, o camisa 9 Fernando Russi com 13 gols, que chutou rasteiro com muito perigo, mandando a bola rente ao poste esquerdo da meta defendida por Maurício que tomou um susto.


Jogada de ataque da Internacional no comecinho da partida. Foto: Orlando Lacanna.

Até os primeiros 10 minutos, a Inter mandou na partida, mas, com o passar do tempo, o Capivariano foi equilibrando as ações e criando jogadas que passaram a incomodar o setor defensivo limeirense, como aconteceu na marca dos 13 minutos, quando o experiente camisa 10 Ivanzinho (ex-XV de Piracicaba), arrematou da intermediária, exigindo que o goleiro Fagner mostrasse serviço. Aos 21 minutos, o "Leão da Sorocabana" chegou com mais perigo, através de uma ótima jogada do ala Pedro Henrique, que invadiu pela esquerda e mandou um foguete, desviado pelo goleiro a escanteio. Nessa altura, o equilíbrio das ações já era notório, com as duas equipes lutando muito pela posse bola, tornando o jogo intensamente disputado.


Disputa acirrada pela posse de bola junto à lateral. Foto: Orlando Lacanna.

A Inter insistia nas jogadas pelas pontas, em especial pelo lado esquerdo do seu ataque e, aos 23 minutos, o rápido camisa 3 Paulo Henrique, invadiu a área em diagonal, passou por um zagueiro e arrematou rasteiro, quase da marca penal, mas, o goleiro Maurício (que se tornaria um dos destaques da partida), fechou o ângulo e fez uma grande defesa.


Ótima defesa do goleiro Maurício em chute cruzado de Paulo Henrique. Foto: Orlando Lacanna.

À medida que o tempo ia passando, a partida ficava melhor, com os dois times buscando a abertura da contagem, criando, alternadamente, bons ataques. Aos 29 minutos, o ótimo camisa 3 do Capivarino, Pedro Henrique (outro destaque individual da partida), escapou novamente pela esquerda e cruzou para o camisa 9 Silas cabecear e mandar a bola rente ao travessão. Aos 33 minutos, foi a vez de Ivanzinho levar perigo ao goleiro limeirense Fagner.

Os ataques iam se sucedendo, deixando as duas torcidas em permanente suspense, pois o gol inaugural poderia sair a qualquer momento, sendo que aos 35 minutos, o "Leão" de Limeira quase chegou, quando o camisa 10 Lucas Lima fez belo lançamento ao artilheiro Fernando Russi, que foi travado na hora "H", com a bola sendo desviada pela zaga a escanteio, cuja cobrança resultou num tremendo bate-rebate, com a bola quase entrando na meta do time visitante.

A primeira etapa passava muito rapidamente e com sucessivas boas jogadas, não dando tempo para eu anotar os detalhes de cada uma delas. Não era possível desviar o olhar do gramado nem por um segundo, pois corria o risco de perder algum lance importante. Aos 38 minutos, um dos destaques da partida, o camisa 3 Pedro Henrique do Capivariano, realizou outra ótima jogada pelo lado esquerdo e mandou um petardo que explodiu contra o travessão e quicou no interior da pequena área. O artilheiro Silas aproveitou a sobra e, quase caído, marcou o seu 14º gol na competição, colocando o Capivariano à frente no marcador.


Detalhe do gol de Silas abrindo a contagem a favor do Capivariano. Foto: Orlando Lacanna.

Mesmo com a aproximação do encerramento da primeira etapa, os lances de perigo continuaram, sendo que nos acréscimos, o centroavante Fernando Russi esteve muito, mas muito perto de empatar a partida em duas jogadas muito perigosas, em especial a segunda, com o gol não saindo por verdadeiro milagre. Diante disso, o primeiro tempo foi encerrado com a vantagem dos visitantes por 1 x 0, num ótimo jogo de futebol.


Bola saindo rente ao poste da meta do Capivariano em mais um ataque da Inter na primeira etapa. Foto: Orlando Lacanna.

Na segunda etapa, a Inter voltou disposta a chegar à igualdade, tendo mostrado seu apetite ofensivo logo aos 6 minutos, numa cabeçada perigosíssima de Paulo Henrique, desviada espetacularmente pelo goleiro Maurício que, naquele momento, inaugurava uma sequência incrível de boas defesas. Aos 15 minutos, Pedro Henrique do Capivariano assustou a torcida local, ao ir campo de ataque pela esquerda e mandar um canudo que se chocou conta o ferro de sustentação da rede, levando o torcedor limeirense a prender a respiração.

A partir dos 15 minutos, a Inter não saiu do campo de ataque, fustigando a defesa do time de Capivari, criando e não convertendo as chances de chegar ao empate. Houve uma sequência de lances mais agudos por parte do time alvinegro, aos 16, 19, 21 e 22 minutos, com os arremates finais sendo executados por Fernando Russi, Lucas Biselli, Ricardo e Lucas Lima, sendo que duas conclusões foram para fora e as outras duas morreram nas mãos do herói Maurício. Nessa altura da partida, o Capivariano estava mais plantado no seu campos defensivo, aguardando o momento certo para sair em contra-ataque.

O tempo ía passando e o Capivariano sustentando a vantagem, com o seu goleiro Maurício fazendo a diferença, como aconteceu novamente aos 27 minutos, quando o camisa 10 limeirense Lucas Lima cobrou com categoria uma falta, colocando a bola no ângulo superior esquerdo, mas, para variar, o goleirão saltou como um gato e fez o desvio, levando ao desespero o cobrador da falta e a torcida local.


Mais uma ótima defesa de Maurício, agora desviando cobrança de falta de Lucas Lima. Foto: Orlando Lacanna.

Com o passar do tempo, a Inter diminuiu um pouco o ritmo, talvez por conta do desgaste, porém ainda sim chegou mais uma vez com perigo, agora na marca dos 32 minutos, através de Fernando Russi, mas adivinhem o que aconteceu. Simplesmente mais uma defesa da muralha capivariana, que agora variando um pouco, evitou o gol com a perna direita, desviando o tiro cruzado que tinha endereço certo.


Três defensores do Capivariano em cima do atacante limeirense. Foto: Orlando Lacanna.

A partida já se encaminhava para o final, quando na marca dos 40 minutos, foi a vez do "Leão da Sorocabana" levar perigo, numa escapada de Renatinho pelo lado esquerdo, culminando num cruzamento para o interior da área, porém o centroavante Silas vacilou e não chegou a tempo de concluir. Nos acréscimos o time de Limeira ainda teve forças para chegar novamente ao ataque, numa cabeçada perigosa do camisa 6 Bruno Ré, porém a bola subiu e a chance foi embora.

Quem pensava que o drama da Inter havia acabado, enganou-se, uma vez que ainda nos acréscimos, foram criadas mais duas chances, ambas com as participações do artilheiro Fernando Russi, sendo que na primeira, o camisa 4 do Capivariano Denner tentou desviar e chutou contra o patrimônio, mandando a bola contra o poste esquerdo da sua meta, com a bola voltando para as mãos do goleiro Maurício. Positivamente parecia que a meta capivariana estava "fechada".


Bola indo chocar-se contra o poste esquerdo depois do desvio do zagueiro. Foto: Orlando Lacanna.

Fim de partida com o placar mostrando Internacional 0 - 1 Capivariano, resultado que colocou o time de Capivari na liderança do grupo com 3 pontos, deixando a Inter na última (4ª) colocação sem pontuar. A vitória do time visitante foi sustentada pelas excelentes atuações individuais do ala Pedro Henrique e principalmente do goleiro Maurício que estava numa manhã iluminada. A Inter saiu aplaudida de campo, com a sua torcida reconhecendo o esforço dos atletas e ciente que o time parou nas mãos do goleiro. Como ainda faltam 5 jogos para cada equipe, muita água vai passar por baixo da ponte, pois nada está definido.

Fim de espetáculo e início da viagem de retorno a São Paulo, com a sensação agradável de ter acompanhado um ótimo jogo de futebol, assim como já havia acontecido no sábado. A minha rodada dupla foi excelente. Foi isso.

Abraços,

Orlando