terça-feira, 5 de julho de 2011

Massacre do Centro Olímpico em jogo do Paulista Feminino

Fala, pessoal!

Continuando a descrever minha rodada tripla do sábado, à tarde fui acompanhar o jogo de duas equipes que estava querendo ver ao vivo desde o início do Campeonato Paulista Feminino. Falo de Centro Olímpico e São Vicente, que jogaram no Estádio Distrital da Vila Guarani pela 14ª rodada do Grupo 2 da competição.

Passei quase três anos morando pertinho do campo da Vila Guarani, e chegar ali para mim foi uma verdadeira "volta ao passado", pois não circulava pela região desde que me mudei em novembro do ano passado. Almocei sem pressa, e no caminho do estádio vi que estava rolando uma enorme competição de bocha entre senhores e senhoras japoneses no complexo esportivo que fica ao lado do campo. Haja emoção, amigo!


Detalhe de muitos japoneses mostrando as habilidades no Mundial de Bocha ao lado do campo da Vila Guarani e escudinho do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, inédito no JP. Fotos: Fernando Martinez.

Já no gramado sintético do estádio, fui bem recebido pelo pessoal do Centro Olímpico, em especial o auxiliar técnico Daniel Magon, bastante prestativo com o JP. Após conseguir as escalações das equipes, fui fazer as fotos oficiais e exclusivas:


Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (feminino) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


São Vicente AC (feminino) - São Vicente/SP. Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem da peleja com o árbitro Rodrigo Pires de Oliveira, os assistentes Daniel Paulo Ziolli e Tércio Roberto Nogueira. Foto: Fernando Martinez.

Essa é a primeira participação do Centro Olímpico no Paulista Feminino (em anos anteriores a equipe chegou a ter parceria com o Nacional), e nessa primeira disputa a equipe vem fazendo um ótimo papel. Em 13 jogos disputados até o último sábado, foram 10 vitórias e 58 gols marcados. O time paulistano inclusive já é um dos virtuais classificados para a segunda fase.

Já o São Vicente faz uma campanha sofrível nessa competição. Nos 13 jogos, foram 13 derrotas, e "apenas" 111 gols sofridos nessas partidas, deixando a equipe com uma média de 8,53 gols contra por jogo. A equipe sofreu goleadas históricas durante o certame: duas vezes foi derrotada por 18x0 (contra Santos e São José), duas vezes sofreu 14x0 (para o Centro Olímpico, ainda no primeiro turno e no returno para o São José) e um 10x0 para a Portuguesa. Essa abismal diferença técnica entre as duas agremiações deixava a impressão de que teríamos mais uma goleada.


Início de ataque do Centro Olímpico pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Logicamente fui acompanhar o ataque das donas da casa na primeira etapa e não me arrependi nem um pouco. Da saída de bola ao apito final o Centro Olímpico dominou por completo as ações ofensivas da partida. O primeiro gol não demorou e aconteceu logo aos 4 minutos. O atacante Debinha aproveitou falha da zaga vicentina e tocou na saída da goleira Samira.


Bola estufando as redes no primeiro gol das donas da casa. Foto: Fernando Martinez.

Mas a enorme superioridade parece ter atrapalhado as locais nos minutos seguintes. Os ataques aconteciam a toda hora, mas uma certa afobação tomou conta das finalizações, como se as atacantes quisessem resolver tudo a todo custo. Graças a isso, o segundo gol só aconteceu aos 18 minutos, em nova conclusão de Debinha. O terceiro veio aos 22, com um chutaço de Barata no canto direito da arqueira visitante.


Bola alçada na área em lance que a redonda encontrou a trave da arqueira Samira. Foto: Fernando Martinez.

Até os 32 minutos a partida continuou com o Centro Olímpico perdendo muitas oportunidades, várias delas com o assistente número 2 marcando posição irregular das atacantes alvirrubras. Mas a partir do 33º minuto o time local finalmente se acertou e fez mais quatro gols antes do término da fase inicial.


Zagueira do São Vicente fazendo um malabarismo perto da sua área. Foto: Fernando Martinez.

Eles aconteceram aos 33, 37, 38 e 45 minutos. O quarto gol foi novamente com a atacante Debinha, que fez o seu terceiro na partida numa bola perfeita por cobertura. Após perder oportunidades no começo do jogo, a camisa 9 Gláucia completou seu "hat-trick" e fez os três últimos do tempo inicial. O mais bonito deles foi o sexto (aos 38), num chutaço de fora da área, colocando a bola no ângulo esquerdo de Samira. No intervalo, o placar apontava 7x0 para as locais.


Falta perigosa para o time paulistano, cobrada pela artilheira do dia Debinha. Foto: Fernando Martinez.

Para o segundo tempo cansei de ficar dentro de campo e fui me instalar num banquinho de concreto que fica ao lado do banco de reservas da equipe visitante. Dali vi o Centro Olímpico continuar com a enorme pressão nos minutos iniciais, mas de novo errando muito nas finalizações. Somente aos 11 minutos o ataque funcionou e a jogadora Natália completou após receber passe em condições. Dois minutos depois o nono gol aconteceu, novamente com Debinha, fazendo o seu quarto na peleja.


A camisa 2 Giovanna cruzando a bola dentro da área vicentina no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Mas com o 9x0, o ritmo diminuiu. Não que as chances tenham terminado, mas o time pisou um pouco no freio para poupar suas atletas. O São Vicente fazia uma partida honrosa e digna, com suas atletas se esforçando demais, mesmo limitadas tecnicamente. O setor defensivo da equipe alvinegra deixava as atacantes adversárias quase sempre em impedimento.


Goleira do São Vicente caindo, mas sem conseguir evitar o oitavo gol do Centro Olímpico. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola entre Barata (camisa 50 do Centro Olímpico) e Katiúscia (camisa 7 do São Vicente) sob o atento olhar do árbitro. Foto: Fernando Martinez.

E a equipe visitante se segurou até os 39 minutos, quando o Centro Olímpico deu duas estocadas fatais para fechar o marcador. Os dois gols foram marcados pela atacante Fernandinha, em pequenos lapsos da zaga do time do litoral. Final de jogo: Centro Olímpico 11-0 São Vicente. A vitória consolida as paulistanas na terceira colocação do Grupo 2, já quase classificadas. O time vicentino continua com sua sina de 100% de derrotas, mas o que vale é a experiência para as atletas no certame.

O jogo terminou pouco antes das cinco da tarde, e às 18 horas uma partida do paulista sub-20 estava marcada para o ABC paulista. Mesmo sabendo que poderia chegar com a partida já iniciada, resolvi seguir para a cidade da Grande São Paulo. O legal é que tudo acabou dando certo demais...

Até lá!

Fernando

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