segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mauaense ganha do Nacional e impõe um turno só com derrotas para os paulistanos

Opa,

A minha contribuição na rodada do JP no final de semana era para ter começado na tarde de sexta-feira, mas uma gripe mal curada e uma tosse que teimava em não terminar me fizeram ficar em casa de molho. Mas sábado resolvi enfrentar a baixa temperatura na Grande São Paulo e rumei para uma fantástica rodada tripla. A jornada começou bem cedo na cidade de Mauá, para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Mauaense e Nacional se enfrentaram no Estádio Pedro Benedetti, em peleja válida pela última rodada do turno do Grupo 6.

Saí do meu QG na Vila Prudente e enfrentei uma friaca absurda, com direito a uma neblina que me deixava com um campo de visão restrito. Mesmo assim estava animado para o dia, e não demorei muito para chegar na cidade de Mauá. Como sempre, fui muito bem recebido pelo pessoal que trabalha no estádio, em especial a sempre simpática Rose. Depois de colocar o papo em dia, fui para o gramado fazer as fotos oficiais.


GE Mauaense - Mauá/SP. Foto: Fernando Martinez.


Nacional AC - São Paulo. Foto: Fernando Martinez.


Posando de forma exclusiva para o JP, o árbitro Welton Orlando Wohnrath, os auxiliares Daniel Paulo Ziolli e Fabrício Porfírio de Moura junto com os capitães de Mauaense e Nacional. Foto: Fernando Martinez.

Antes dessa rodada, o Mauaense se encontrava com 9 pontos ganhos, apenas na sexta colocação da chave. Uma vitória, combinada a outros resultados, poderia levar a equipe de volta ao G4 do Grupo 6. Por mais que ninguém tenha dito isso, a vitória era esperada, pois do outro lado vinha nada menos a equipe com pior desempenho na Segundona 2011 com 100% de derrotas, o Nacional.

E a situação nacionalina ficou ainda pior nessa semana, pois o que esperávamos se confirmou e a equipe perdeu três pontos no TJD, isso por ter utilizado jogador irregular na peleja contra a Portuguesa Santista no dia 14 de maio. Realmente desgraça pouca é bobagem.


Ataque do Grêmio no começo do jogo contra o Nacional. Foto: Fernando Martinez.

O sol já havia dado as caras e o céu era completamente azul, mas o frio ainda imperava. Não me lembro de ter ficado de forma espontânea para acompanhar um jogo de futebol debaixo do sol por 45 minutos alguma vez na minha vida, mas foi isso que rolou no sábado. Por motivos óbvios acompanhei o ataque do Grêmio, e a equipe foi superior ao Nacional desde os primeiros movimentos da peleja.


O camisa 11 dos donos da casa sofrendo a marcação cerrada de zagueiro do onze paulistano. Foto: Fernando Martinez.

Só que o receio de muitos amigos torcedores da Locomotiva era refletido dentro de campo. O pessoal reclamou demais dos gols perdidos contra o Palestra na rodada anterior e nesse sábado a história não mudou muito. Os atacantes da equipe local criavam várias chances, mas todas foram desperdiçadas. Já o Nacional foi valente e se segurou muito bem na defesa. Por mais incrível que possa parecer, os paulistanos quase abriram o marcador por duas vezes em contra-ataques rápidos.


Grande chance de gol para os locais, mas a bola bateu nas costas do zagueiro adversário, saindo pela linha de fundo. Foto: Fernando Martinez.

O tempo ia passando e a torcida se preocupava cada vez mais com cada chance desperdiçada pelo onze de Mauá. Somente nos minutos finais o primeiro zero saiu do placar. Aos 39 minutos, o meia Rangel recebeu bom passe da direita e chutou cruzado para deixar os locais na frente do marcador. O 1x0 foi o placar na chegada do intervalo.


Mais uma ofensiva local pela direita do ataque. Foto: Fernando Martinez.

Saí do campo de jogo e na arquibancada encontrei o amigo Luiz Gustavo, presente em todos os jogos do Grêmio, e também com um pessoal gente boa que sofre de verdade pela equipe. O papo girou em torno da falta de confiança no time e na parceria com o São Bernardo FC. Dali segui para as cabines de imprensa pois estava na hora do segundo tempo começar.


Troca de passes na lateral do gramado. Foto: Fernando Martinez.

No tempo final a partida ficou mais movimentada, com chances para os dois lados. O Nacional resolveu apostar no ataque, e foi bem perigoso, principalmente em jogadas pela direita. Mas o time de Mauá também tinha suas oportunidades, e aos 20 minutos conseguiu marcar o segundo gol do dia. Ele veio numa cobrança de pênalti de Juninho. O goleiro Pedro ainda caiu no mesmo canto, mas não conseguiu fazer a defesa.


Lance do segundo gol do Mauaense na partida, marcado por Juninho. Foto: Fernando Martinez.

Três minutos depois, o onze ferroviário teve a melhor chance para diminuir o placar, mas o camisa 17 Cléberson chutou pelo alto após receber bom passe da direita, isso com o goleiro Jeirisson já batido no lance. Aos 35, o Naça chegou de novo perto do gol com uma cabeçada forte do zagueiro Leonardo no travessão. Quando a situação fica ruim, não tem santo que ajude.


Boa chance para o time visitante em cobrança de falta. Foto: Fernando Martinez.

Para fechar de vez o caixão nacionalino, o Mauaense marcou o terceiro gol aos 38 minutos. Num rápido contra-ataque pela direita, o atacante Luiz Ricardo entrou na área defendida pelo time paulistano e chutou forte no canto direito. Estava decretada a maior vitória do Grêmio nesse ano de 2011.

Final de jogo: Mauaense 3-0 Nacional. A vitória deixou a Locomotiva na quinta colocação do Grupo 6, agora com 12 pontos ganhos. Jabaquara e São Vicente também somam o mesmo número de pontos, mas estão na frente por terem conquistado quatro vitórias, contra três do time da Grande São Paulo. Tudo embolado ainda com um turno inteiro pela frente.

Falando em turno inteiro, essa derrota fez com que o Nacional chegasse a 100% de aproveitamento negativo nesse primeiro turno, com sete derrotas em sete jogos. Essa campanha já é o segundo pior início de campeonato da história do time em todos os tempos. Caso perca para o Jabaquara em Santos, o recorde negativo de 1950 - quando o time perdeu os seus oito primeiros jogos, mas na primeira divisão - será igualado. Com certeza é uma marca triste demais a ser atingida.

Continuando com os recordes negativos, apenas em três vezes na recente história do Campeonato Paulista da Segunda Divisão uma equipe acabou a competição sem conquistar nenhuma vitória. Isso aconteceu em 2005 com Fernandópolis e Ginásio Pinhalense, e no ano passado com o União Suzano. Será mais uma marca triste para uma equipe tão fantástica e tradicional como o Nacional Atlético Clube.

Bom, após mais conversa com os amigos de Mauá, segui para um belo almoço perto da estação ferroviária da cidade e, satisfeito com esfihas deliciosas (mas bem caras), fui de trem para São Bernardo do Campo, aonde mais douas partidas estavam programadas.

Até lá!

Fernando

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