quarta-feira, 12 de maio de 2010

Empate no clássico entre Nacional e Jabaquara pela Segundona!

Fala pessoal!

Depois da rodada dupla sábado cedo na Javari, a terceira partida do dia era esperada ansiosamente desde meus tempos de moleque, época que ainda não entendia muito sobre o "futebol perdido", mas que já sabia dar o devido valor aos times tradicionais do futebol paulista. Pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão, tivemos o confronto inédito entre dois fundadores da FPF numa última divisão estadual: Nacional AC x Jabaquara AC no gramado sagrado do Estádio Nicolau Alayon.

O jogo é repleto de capítulos históricos válidos por campeonatos paulistas de primeira e segunda divisões desde 1936, ainda com as denominações de São Paulo Railway e Espanha. Foram 50 jogos desde então em jogos oficiais na competição estadual, mas desde o longínquo 15 de setembro de 1982, quando empataram por 2x2 na cidade de Santos (jogo que posteriormente teria vitória nacionalina por 1x0 no TJD) as duas agremiações não se enfrentavam. E 28 anos depois, não tinha a menor hipótese de eu ficar de fora desse jogo.

Para isso fiz meu almoço saudável bem rápido no centro de São Paulo e aguardei o seu Natal na Avenida Rio Branco. O trânsito quase complicou nosso querido amigo taxista, e por consequência o que vos escreve. Mas no frigir dos ovos deu tudo certinho, e cerca de 20 minutos antes do horário marcado para o jogo começar já estava no gramado do Nicolau Alayon. Lá encontrei o Emerson no meio da sua turnê anual em jogos do Jabuca e o amigo Miguel, presença obrigatória em jogos por lá. Não demorou muito para que os times adentrassem o campo de jogo para o esperado jogo. E para variar um pouquinho, seguem as fotos oficiais:



Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Jabaquara AC - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.


O árbitro Thiago Luís Scarascati, os auxiliares Claudenir Donizeti da Silva e Leonardo Pedalini e os capitães de Nacional e Jabaquara. Foto: Emerson Ortunho.

As duas equipes venceram seus adversários na primeira rodada do Grupo 6 (em jogos que foram devidamente registrados aqui no JP) e buscavam manter o 100% de aproveitamento nessa partida. Começamos então a curtir a primeira etapa acompanhando o ataque jabaquarense. Graças ao que aconteceu na primeira rodada, achávamos que o Nacional faria uma blitz dentro da área do time santista na maioria do tempo. Mas o Jabuca surpreendeu e foi pra cima dos donos da casa, encurralando o time ferroviário no seu campo de defesa.


Bom ataque do Jabaquara no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.


Cruzamento para dentro da área do Nacional. Foto: Fernando Martinez.

Aos 14 minutos o Jabaquara então ficou na frente do placar com um gol do defensor Danilo Lopes. Caso o time tivesse acertado o pé, poderia ter levado o jogo com uma vantagem maior para o intervalo. O Nacional teve enorme dificuldade para entrar na área jabaquarense, e mesmo criando algumas boas chances viu o time santista fechar a primeira etapa com a vantagem no marcador.


Bola levantada na área nacionalina no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo eu e o Emerson saímos do campo de jogo para vermos a partida das arquibancadas nacionalinas. Encontramos muitos conhecidos por lá como os espiões juventinos Alfredo e o radialista Édson Natali e também o amante do futebol alternativo Sérgio Oliveira, membro da comunidade Futebol Alternativo e apresentador do Programa FATV na internet.


Tentativa de ataque do Nacional no final da primeira etapa. Foto: Fernando Martinez.


Faixas das torcidas no Nicolau Alayon: a primeira da genial Torcida Almanac homenageando o técnico Vampeta e a "Fúria Rubro-Amarela". Fotos: Fernando Martinez.

Na segunda etapa, o Jabaquara teria a vantagem de um atleta a mais em campo, já que o Nacional teve um jogador expulso no final do tempo inicial. Mas essa vantagem numérica não adiantou muito, pois a equipe rubro-amarela recuou demais e viu o time ferroviário dominar completamente os 45 minutos restantes. A equipe da capital criou muitas chances de gol desde os primeiros momentos de jogo.


Jogando melhor no segundo tempo, o Nacional tentou muitas jogadas pelo alto. Foto: Emerson Ortunho.

Esse domínio todo foi premiado aos 16 mintutos, quando o Nacional chutou uma bola na trave em ataque pela direita e o jogador Guilherme aproveitou tranquilamente o rebote para deixar tudo igual no marcador. A equipe da casa percebeu que o Jabuca estava somente preocupado com a defesa e buscou de forma insistente a virada.


Belíssima chance dos donos da casa em bola que bateu na trave. Foto: Fernando Martinez.

Mas o contra-ataque estava todo à disposição do time visitante, e justamente quando o Nacional era mais perigoso o Jabuca aproveitou de forma perfeita uma bola esticada para o campo de ataque e chegou ao segundo gol. O camisa 15 Kauê entrou na área e tocou por cobertura, encobrindo o goleiro do time da Barra Funda e deixando o onze santista mais uma vez na frente do placar.


Zaga jabaquarense subindo mais alto para evitar a virada do Nacional. Foto: Fernando Martinez.

Só que o Jabaquara não conseguiu frear o ímpeto jacionalino nos minutos finais em busca do empate, e o jogador Vinícius tratou de dar números finais à partida aos 42 minutos. Ele pegou a bola na lateral e foi andando com ela sem ser incomodado pela defesa rubro-amarela até chutar milimetricamente no canto direito do goleiro do Jabuca, fazendo um belíssimo gol. O jogo foi até os 51 minutos, e quase os donos da casa viram a peleja, mas no final a partida ficou sem vencedor.

Final de jogo: Nacional 2-2 Jabaquara. Grande jogo e um resultado justíssimo, pois cada uma das equipes dominou um tempo da partida. Os times mostraram muitas qualidades, e com os erros de cada um devem ser corrigidos, pois assim as duas tem chance enorme de acesso. mas o Jabuca ficou mais feliz, pois um ponto fora sempre é bom negócio.

Ainda ficamos por lá durante bastante tempo, sendo entrevistados para o programa dominical FATV. Nos despedimos de todos os amigos e cada um finalmente tomou seu rumo para os seus respectivos lares... mas eu já de olho na rodada matutina do domingo.

Até lá!

Fernando

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