sábado, 16 de janeiro de 2010

Primeira vitória corintiana no seu centenário em amistoso internacional

Fala pessoal!

Na última quarta-feira tivemos um sensacional Amistoso Internacional aqui na cidade de São Paulo, e mesmo sendo um jogo nada perdido, o JP foi dar as caras pelo Estádio Paulo Machado de Carvalho, o famoso Pacaembu. Foi o primeiro jogo do Corinthians no ano que completa 100 anos de história, mas o que interessava mesmo para mim era o adversário alvinegro: o Huracán, um dos mais sensacionais times argentinos e meu 506º time a entrar na Lista.


Corinthians e Huracán alinhados para seus respectivos Hinos Nacionais. Foto: Fernando Martinez.

Além disso foi a oportunidade de começar mais um ano com um mais um amistoso de primeira linha no currículo, assim como em 2009, quando vi Corinthians x Estudiantes também no Pacaembu. Em tempo de insuportáveis jogos-treino, que tomam conta das pré-temporadas de 9 entre 10 clubes paulistas, o Corinthians dá uma mostra que podemos SIM ter amistosos oficiais na cidade de São Paulo. Basta ter boa vontade e disposição para a marcação de um jogo assim.

Explicamos a diferença entre amistoso/jogo-treino num post do nosso blog-irmão NO ESQUINADO ainda em 2008. Mas o tempo vai passando e a nossa querida imprensa não aprende a diferenciar os dois. Bom, até mesmo dentro dos clubes muitos não sabem explicar direitinho o que é um e o que é outro. Mas sempre indo contra a maré e curtindo demais a boa e velha tradição de amistosos, ainda conseguimos pincelar um jouginho desses aqui ou ali.


O logotipo oficial do centenário corintiano presente no Pacaembu e um dos incontáveis vendedores de água/sorvete que entram no estádio escalando bem alto, no melhor esquema "como usar a mente criativa para algo ilegal". Fotos: Fernando Martinez.

E sem acompanhar uma partida desde o sábado anterior, aonde fiquei muito mal na rodada dupla da Copinha na cidade de Paulínia, fui cedo para o Pacaembu debaixo de um calor senegalesco, que beirava os 33 graus, sem vento. Ao descer na Estação Clínicas ainda consegui almoçar numa ótima lanchonete que fica na Av.Doutor Arnaldo. Lá encontrei o vilão T-1000, do filme "Exterminador do Futuro 2", fazendo sua boquinha e tentando encontrar algum membro da família Connor por lá.

Bom, mas a hora do jogo estava chegando e faltando cerca de 20 minutos para às 16 horas cheguei no portão principal do estádio para entrar nas dependências do velho templo paulistano. Mas estava uma zona só, com filas monstro e muita desorganização. Graças a um esqueminha aqui e ali, consegui entrar rápido na arquibancada verde e logo fui para o alto, para me proteger do sol e de uma eventual chuva de verão.

A partida também serviu para despedida do ex-camisa 7 corintiano Marcelinho Carioca. Independente da minha opinião pessoal sobre o jogador - a qual nem vou citar aqui para não dar briga com ninguém - ele foi um dos maiores ganhadores de títulos da história do Timão e com certeza deixou seu nome marcado no rol dos maiores atletas nesses 100 anos de Corinthians. Nada mais justo do que um jogo de despedida com a torcida tendo a chance de ver o ídolo pela última vez. Acho que outros jogadores mais importantes para mim na história do time - como Rivellino, Casagrande, Sócrates, Wladimir, Biro-Biro, Neto, entre outros - também mereceriam essa homenagem, mas aí já é outra história a ser contada longe do JP.

Vale registrar também que esses dois times fizeram o quarto jogo entre eles na história. Os três primeiros aconteceram todos nos anos 30, com uma vitória corintians (4x2 em 13/07/30), um empate (1x1 em 15/02/36, no genial Estádio Antônio Alonso, na Rua da Moóca) e uma vitória dos argentinos (4x3 em 29/01/39). Ou seja, o Timão só tinha vencido o Huracán há quase 80 anos. Isso é do tempo em que meu avô era uma inocente criança, provavelmente que nem sabia ainda direito acompanhar futebol.


Cruzamento dentro da área alvinegra no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.


Chegada corintiana pela direita. Foto: Fernando Martinez.

Polêmicas, despedidas e estatísticas à parte era a hora do jogo começar com um sol para cada um no Pacaembu. Falar do jogo desse primeiro tempo é praticamente chover no molhado, já que todas as TVs, rádios e jornais falaram da partida no dia seguinte. O Corinthians jogou fácil e foi para o intervalo ganhando por 2x0, gols de Souza e Moraes. Ao final da primeira etapa, o camisa 100 do Corinthians se despediu oficialmene do futebol.

Só achei lamentável a posição da alta cúpula corintiana, pois ninguém se dignou a descer no gramado para acompanhar a despedida do jogador. Nenhuma placa, nenhuma homenagem, nenhum diretor, nenhum sinal de fogos de artifício... nada dizia que o maior vencedor do Corinthians (em número de títulos, que fique claro) estava se despedindo do futebol naquele momento. Acho que faltou respeito, independente do que o jogador Marcelinho já tenha criado de confusões e falado coisas sem sentido na sua carreira. Ficou chato demais.


Dois momentos da despedida murcha do camisa 7 alvinegro Marcelinho Carioca dos gramados. Bem que poderia ter sido algo mais "oficial". Fotos: Fernando Martinez.


Goleiro do Huracán saindo para jogar a bola longe do seu gol. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo encontrei o amigo de longa data Rafael, também escapando do trabalho para ver mais um jogo do alvinegro e ficamos colocando a conversa em dia durante a segunda etapa. Sem maiores percalços, o time do Parque São Jorge acabou perdendo mais dois gols certos e só marcou mais um, em bela jogada de Dentinho.


Visão geral do Pacaembu no amistoso internacional dessa semana. Foto: Fernando Martinez.

Final de partida: Corinthians 3-0 Huracán. O time alvinegro começa o ano do seu centenário com o pé direito, e busca sucesso nesse ano que completa uma data que poucos são capazes de completar. Mas gostei mesmo de ter visto o Huracán em campo, pois era um sonho antigo para entrar na Lista. Quem sabe não consigo ver um jogo do time no seu belíssimo estádio na minha próxima - mas não tão próxima assim - viagem à Buenos Aires.

Após o jogo, subimos com a multidão corintiana a ladeira até chager novamente na Estação Clínicas. Dali voltamos para nossos respectivos lares, e à noite muita conversa e um bom papo com amigos que foram me visitar. Mas nesse final-de-semana tem mais...

Abraços

Fernando

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