sábado, 7 de março de 2009

Portuguesa passa vexame e sai da Copa do Brasil em pleno Canindé

Opa,

Na quarta-feira à noite, logo após a partida pela A3 do Paulista, era a vez da Copa do Brasil 2009 dar as caras aqui no JP. Mesmo não sendo aquele torneio perdido e tudo mais, sempre pinta algum time genial para a nossa Lista. Então cheguei cedo no Estádio do Canindé para o jogo de volta da Portuguesa contra o fantástico time do Icasa, de Juazeiro do Norte no Ceará. O meu 477º time na Lista e o sexto time cearense que vi em estádios.

Cheguei por lá mais de duas horas antes do jogo começar, e tive a ótima chance de curtir o lanchinho oferecido pela diretoria lusitana aos jornalistas presentes. Sanduíche, fruta e muito bolo de chocolate regados a refrigerantes em profusão... fiquei sem fome por dois dias. E depois de ver os times chegando no estádio, resolvi acompanhar o jogo na arquibancada.

A partida parecia que seria fácil para os donos da casa, já que empataram o primeiro jogo no Ceará por um gol, e uma vitória simples ou empate sem a abertura de contagem dava a classificação aos paulistas. Para os cearenses, uma vitória, empate com mais de dois gols garantiam a vaga. Empate por um gol novamente levava tudo para a cobrança de tiros na marca do pênalti.

Ao me dirigir para a entrada encontrei o seu Natal perdido por lá além do amigo Rafael Lusitano, um dos maiores fãs de Cláudio Cunha no Brasil. Tentamos algum contato com o vestiário do Icasa, mas sem sucesso resolvemos entrar assim mesmo. Lá dentro pudemos acompanhar um primeiro tempo simplesmente bisonho para o time da casa. A Portuguesa perdeu uma clara chance de gol aos 12 minutos e só... parecia que o time tinha feito uma churrascada no vestiário e o jogo foi abaixo da crítica.


Chance de gol preciosa perdida pela Portuguesa no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

Tanto que as maiores emoções da primeira etapa vieram das arquibancadas. Parte da torcida rubro-verde se postou atrás do banco de reservas do time para protestar contra a presença do técnico Márgio Sérgio no comando da nau lusitana. Mas se um homem prevenido vale por dois, o "rei do gatilho" fez jus ao apelido e contratou seguranças gigantes para ficar perto do banco para evitar maiores problemas. Na luta entre os leões de chácara contra os Leões da Fabulosa, deu empate.


Mais um ataque lusitano sem gol na primeira etapa. Foto: Fernando Martinez.

O jogo continuava rolando mesmo com isso fora de campo. O Icasa ainda teve um gol anulado aos 42 minutos e a Portuguesa perdeu ótima chance aos 46. Mas no final dos primeiros 45 minutos, o jogo terminou sem a abertura do placar e a classificação rubro-verde. No intervalo encontramos um perdido David meditando sem medo de ser feliz por lá.


A torcida do Icasa presente no Canindé, maior do que o público total do jogo de ida no Castelão. E o seu Natal, totalmente ligado no jogo com sua indefectível camisa do Atlético-TC (o que ela tinha a ver com o jogo no Canindé?). Fotos: Fernando Martinez.

Após um bom papo no intervalo entre nós, o jogo recomeçou na segunda etapa com a Portuguesa modificada para tentar a marcação do seu gol. Mas quem chegou primeiro foi o Icasa, e logo aos 3 minutos. Num contra-ataque rápido, Esquerdinha tocou para o meio da área e Moré encheu o pé e abriu o placar para os cearenses. A zebra começava a rondar o Canindé.


Um dos escanteios para a Lusa cobrados sem sucesso. Foto: Fernando Martinez.

Com a desvantagem, o time da casa passou a tentar o empate de todas as formas, mas fez isso de um jeito muito desordenado. Sem criar "a" chance", ainda via o perigoso Icasa levar perigo real nos contra-ataques. O tempo ia passando, e a classificação ia escorrendo pelo ralo e a torcida passou a deixar claro que alguns membros do time teriam problemas caso o time fosse desclassificado.


Nesse escanteio, a zaga do Icasa conseguiu afastar o perigo. Foto: Fernando Martinez.

A partida estava chegando no final, mas o empate era mais justo pelo número de ataques do rubro-verde. E a justiça acabou sendo feita aos 37 minutos, quando Bruno Rodrigo cabeceou a bola no canto direito do goleiro Ari, deixando tudo igual no jogo. A Lusa ainda quase marca o gol da virada depois disso, mas não teve jeito, o jogo ficou em 1 a 1 ao seu final e a disputa de pênaltis iria acontecer.

Aí na disputa é aquela coisa: pênalti é loteria, pênalti é sorte, e aquilo tudo que sempre estamos cansados de ouvir. Mas vale mesmo a melhor preparação na hora da decisão. A disputa seguiu 100% até a terceira cobrança de cada um, com o 3 a 3 no placar. O Icasa fez o seu na quarta cobrança, mas Alex Bruno telegrafou a sua e deixou a Portuguesa em desvantagem. Caso o Icasa marcasse o quinto o jogo teria acabado. Mas o jogador Moré quis fazer uma graça e perdeu sua cobrança.


Moré fez graça e perdeu a quinta cobrança para o Icasa... a Lusa ainda estava viva. Foto: Fernando Martinez.

Aí o jogador Erick teve sua chance de ouro para deixar tudo igual e levar a cobrança de pênalti para os tiros alternados. Mas ele também bateu muito mal e fez com que os cearenses comemorassem a classificação em pleno Canindé. Final de jogo: Portuguesa 1 (3) - 1 (4) Icasa. Pela primeira vez a Lusa é eliminada na primeira fase da Copa do Brasil, e perde a chance de ganhar mais verba e maior visibilidade. Para o Icasa, a glória já foi alcançada... e quem sabe o time não belisca uma vaguinha na Terceira Fase?


O exato momento em que Ari defendeu a cobrança de Erick e classificou o Icasa. Foto: Fernando Martinez.


Jogadores do Icasa comemorando a classificação histórica. Foto: Fernando Martinez.

Lógico que depois do jogo teve confusão e no dia seguinte o Mário Sérgio foi mandado embora. Bom, não sei o que a diretoria esperava, mas ele deixou o time na boca do G4 do Paulista com um time fraco como esse atual da Lusa eles esperavam o quê? Bom, e após o jogo ainda ganhei uma caroninha até o metrô para poder voltar ao conforto do meu lar, e descansar depois de tanto calor durante o dia.

Até a próxima

Fernando

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