segunda-feira, 4 de setembro de 2006

O último jogo em Mogi

Opa,

Depois do jogo da manhã, um novo quarteto aqui do JP (eu, Seu Natal, David e Mílton) rumou até a cidade de Mogi das Cruzes para acompanhar mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O jogo entre União de Mogi e Itapirense acabou sendo o menos importante pelo fato lamentável que aconteceu comigo e com o Mílton no final da partida. Mas vamos primeiro com a partida.

Uma das principais atrações do jogo, sem dúvida nenhuma, foi a presença da bela e simpaticíssima auxiliar de arbitragem Ana Paula de Oliveira no jogo. Muitas pessoas pelas arquibancadas afirmavam que só estavam lá por causa dela. Realmente é algo que chama mesmo o público e além disso, ela foi extremamente simpática com o blog e teve uma atuação sóbria e correta. E, nas fotos dos times e do trio de arbitragem, pela primeira vez temos a presença dela aqui no JOGOS PERDIDOS:


União FC - Mogi das Cruzes/SP. Foto: Fernando Martinez.


SE Itapirense - Itapira/SP. Foto: Fernando Martinez.


A belíssima Ana Paula de Oliveira (debutando no blog), o árbitro Maurício Fioretti, o auxiliar 2 Celso de Oliveira e o quarto árbitro Welton Wonrath posam exclusivamente para o JP junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Bom, começando a partida e com a devida autorização da arbitragem, que é a autoridade máxima no campo. Ou seja, NINGUÉM manda mais do que ele dentro do gramado, fui me colocar no ataque do União para tirar as tradicionais fotos. O jogo, que prometia bastante, não correspondeu muito. O União tinha o domínio, mas pecava sempre no último toque e tinha um certo preciosismo nos arremates. O Itapirense, apostando as últimas fichas numa eventual classificação, nada fez de efetivo para poder abrir o marcador, a não ser alguns lance de bolas cruzadas na área.


Cruzamento perigosíssimo dentro da área da Itapirense no primeiro tempo do jogo. Foto: Fernando Martinez.


Outro cruzamento do União e outra defesa do goleiro do SEI. Foto: Fernando Martinez.

No final da primeira etapa o tempo esquentou por causa de algum bate-boca entre jogadores e comissão técnica dos dois times. Vale ressaltar aqui que não sei o que rolou no jogo de Itapira, mas o clima estava estranho, com muita porradaria em campo e dicussões bestas e sem motivo. Isso ainda viria a dar problemas maiores para nós no fim da partida. Mas mesmo com esse clima estranho, o jogo foi para o intervalo sem a abertura do placar.

No segundo tempo os times voltaram com posições definidas: o União atacando de forma maciça e o Itapirense se defendendo. Não entendi essa, já que o time de Itapira precisava da vitória. O União cansou de perder gols e poderia ter ganho o jogo por uma boa margem de tentos.


Chance perdida pelo ataque do União Mogi, que criou, criou, criou, mas não marcou. Foto: Fernando Martinez.

Foi quando o jogo estava acabando que o fato lamentável e vergonhoso aconteceu. Tirando as fotos do ataque do União, estava conversando com o Mílton e o David, que estavam do lado de fora do alambrado, quando percebemos um cara completamente alterado ofendendo o goleiro da Itapirense. Até aí normal, mas do nada, o mesmo cara, quando me viu dentro do campo já veio me "intimando": "O que você está fazendo aí dentro do campo, seu $@#$?". Na hora já disse que estava lá tirando fotos para o JP, e novamente ele veio falando: "Eu não autorizei você a entrar no campo, e você fica aloprando aí dentro?". Não entendi de novo, e mesmo assim disse que quem tinha que me autorizar já tinha autorizado, e essa pessoa era o árbitro da partida.

Quando expliquei isso, começou de vez a baixaria. Como se estivesse drogado ou em alguma aluninação, o mesmo gritava "você não é $@# nenhuma aqui seu moleque", "estou de olho em vocês três e vocês não são nada aqui", "se você fosse da imprensa não teria pago ingresso, eu vi você comprar na bilheteria", "vocês vieram de táxi (o carro do Seu Natal) e vocês tem que calar a boca pq nessa $@$@# eu que mando"...

Absolutamente incrédulos, escutamos aquele balde de impropérios sem entender nada. Acredito que o boçal deve nos ter confundido com alguém ou simplesmente ele é um boçal mesmo. O problema de verdade surgiu quando ele começou a me ofender de forma absurda, cujos termos não teria condições de repetir à ninguém. Fiz a bobagem de retrucar (não tenho sangue de barata, né?) e daí começou o inferno. O mesmo pirou de vez e gritava "eu vou entrar dentro do campo e te pegar, vou chamar um pessoal para descer o porrete em você".

Obviamente sem pagar para ver, vi que o bicho era feio, e na hora tive que fugir de dentro do gramado como o McGiver faria. Fugi pelo vestiário da Itapirense, e pedindo um enorme favor ao massagista da equipe, tentei sair pelos fundos do estádio. Para sair rápido disso, tive que nessa brincadeira escalar uma grade que separa os vestiários das arquibancadas. Caindo de uma altura de mais de 3 metros, consegui sair do estádio são e salvo.

Saindo de lá, ainda ouvi o relato do Mílton, que acompanhou o acontecido in loco. O diretor do União arranjou outro cara para me procurar dentro do campo. Quando não me achou e viu também que nem acharia mais, ele passou a ofendê-lo. Vendo que o Mílton não deu bola, ele voltou às arquibancadas e deu dois tapas na cara do amigo, que logo disse para ele parar com aquilo senão daria problema. O doido xingava e dizia que eu "não era de nada" e "era um covarde de ter fugido e não ter resolvido no braço".

Resumo da ópera: eu poderia ter me machucado ao pular a grade, o Mílton tomou dois tapas na cara à toa de um marginal e foi decidido que nós quatro (que estivemos lá) não voltamos mais naquele antro. Acredito que a perda é maior para o União, pois peço para algum amigo que visita o JP que diga pelo menos o nome de UM site que publica fotos e matérias de jogos do União. Acredito que somos os únicos.

Adoramos o clube e o estádio, mas não podemos comprometer nossa integridade com bandidos desse tipo. E se esse animal tivesse uma arma? E se ele realmente me pega e me espanca? A quem iríamos recorrer? Então não voltaremos mais lá, só se o Orlando ou o Emerson resolverem aparecer... mas foi a minha despedida momentânea de jogos do União em Mogi.

Desculpem pelo teor do post. Poderia ter falado da beleza e simpatia da Ana Paula de Oliveira, da emoção de estarmos ás portas da terceira fase da segundona, do bom público presente lá... mas tive que gastar as linhas com a história de um mentecapto que faz parte da diretoria do União FC. Paciência... até mais!

Fernando

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