sexta-feira, 26 de maio de 2006

De volta ao Rio (parte 1 de 2)

Sábado, dia 20 de maio. Chego à simpática Teresópolis às 6:30 da manhã, muito antes do espetáculo. Como nem o guarda-volumes da rodoviária estava aberto, resolvo dar uma volta pela cidade, em busca do templo sagrado do esporte bretão.


Rodoviária de Teresópolis com o ginásio municipal ao fundo. Vista da Serra dos Órgãos. Fotos: Estevan Mazzuia.

Uma boa hora de caminhada depois, com minha, a cada minuto mais pesada, mochila nas costas e com a Serra dos Órgãos ao fundo, encontro o fantástico Estádio Antônio Salvattone, do Teresópolis F.C.


Vista da fachada do Estádio Antônio Salvattone em Teresópolis. Foto: Estevan Mazzuia.


Placa comemorativa da visita da seleção brasileira ao Estádio Antônio Salvattone. Foto: Estevan Mazzuia.

Procuro por uma alma viva capaz de me confirmar o horário e o jogo, e eis que realizo meu desejo com o funcionário que reforçava as marcas de cal do gramado. Sim, o jogo Teresópolis x Estácio de Sá vai mesmo acontecer.

Resolvo então perguntar pela Granja Comary, e descubro que na avenida onde estou, que parece ser a principal da cidade, a julgar pela rósea e simpática prefeitura, passa um ônibus que me deixa na entrada da CBF, e lá vou eu... mas isso é assunto para outro post.


Aspectos da Avenida Feliciano Sodré. Fachada da prefeitura de Teresópolis. Fotos: Estevan Mazzuia.

Mais tarde, volto à rodoviária, deixo minha fantástica mochila, e caminho novamente em direção ao estádio, Dessa vez, sem paradas para fotos e sem observação da paisagem, tudo parece incrivelmente mais perto, e em 15 minutos estou na porta do estádio, e a movimentação é grande, com a chegada da equipe visitante.


Chegada da equipe do Estácio de Sá para o grande confronto. Foto: Estevan Mazzuia.

Procuro por alguém que possa facilitar meu acesso ao gramado, e falo com um tal de "Durão", diretor da equipe local, que apesar de logo mostrar o porquê do apelido, ao vetar a entrada da segurança do Estácio de Sá no gramado, uma vez que o policiamento seria suficiente, me foi muito simpático e atencioso, razão pela qual lhe deixo aqui meu sincero agradecimento. No gramado, eu seria apresentado também ao Seu Álvaro, igualmente atencioso e simpático. A ele estendo meus agradecimentos.


Escudos das equipes do grande embate do dia. Fotos: Estevan Mazzuia.

A equipe local entra primeiro, recebida por muito fogos, e logo posa com exclusividade ao JP; em seguida é a vez da equipe visitante, que depois de muito tempo resolveu posar para a foto. A foto com o trio também foi feita. Confiram:


Teresópolis F.C. - Teresópolis / RJ. Foto: Estevan Mazzuia.


U. Estácio de Sá F.C. - Rio de Janeiro / RJ. Foto: Estevan Mazzuia.


Trio de arbitragem e capitães: Carlos Henrique Alves de Lima, Dêca, Marcelo de Lima Henrique, Marcelinho Paulista e Ivair Francisco da Silva. Foto: Estevan Mazzuia.

Destaque para o capitão da equipe laranja, Marcelinho Paulista, veteraníssimo, e o simpático Djalma, centroavante do Teresópolis, com passagens pelo Santa Cruz, Sport, campeão paulista pelo Ituano, e São Bento. Agradeço também ao simpaticíssimo trio de arbitragem, com quem conversei um pouco no centro do gramado, enquanto esperávamos pelo início do jogo.


Detalhe do público presente no acanhado estádio aguardando a partida. Foto: Estevan Mazuia.

Eis que o incrível (mas cada vez mais crível, no país do futebol), pasmem, acontece! Não há ambulância no estádio, o que impossibilita o início do jogo. Enquanto as equipes prosseguem com o aquecimento, o árbitro aguarda os 30 minutos de praxe, e dá por encerrada a partida, com vitória dos visitantes por 3 a 0, segundo manda o regulamento.

Pululam pulgas atrás da orelha da imprensa no campo. No primeiro turno, a partida terminou em pancadaria; a TV local me confirmou que a ambulância estava no centro duas horas antes do jogo, ciente de seu compromisso. O que teria justificado o sumiço da mesma? Coisas de nosso futebol.


Membros das comissões técnicas e imprensa conversando, com a bela Serra dos Órgãos ao fundo. Foto: Estevan Mazzuia.

E o desrespeito ao torcedor brasileiro. Praticamente a um, que viajou 500 quilômetros para ver e registrar a partida. Fica aqui minha indignação com a desorganização de nosso futebol, compartilhada com o pobre Djalma, que permaneceu sozinho no gramado, como a lamentar a pior das derrotas: a que ocorre fora das quatro linhas, sem chance de reação.


O craque Djalma, sozinho, lamenta o não acontecimento da partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Abraços e até o próximo post da minha estada no Rio!

Estevan

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