quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Amistoso entre Mogi das Cruzes e CRB de Alagoas

Olá,

Bom, o Fernando já adiantou sobre o feito, mas aqui vai o meu relato de um dia com verdadeiros Jogos Perdidos. Desculpem o texto longo, é que eu não poderia deixar de narrar alguns detalhes. Ontem (03/11) às duas da tarde passei em frente ao Canindé para pegar o Milton e o Jurandyr, já que o Fernando não participou da primeira etapa da aventura por motivos profissionais. Destino: Mogi das Cruzes.

Seguíamos pela Trabalhadores quando o Jurandyr anunciou: “Vi uma plaquinha ali que a Mogi-Bertioga está interditada”. Incrédulos, perguntamos no pedágio, e não é que era verdade? E lá fomos nós a entrar em quebradas, sob a orientação do guia mestre Jurandyr. Passamos por Itaquaquecetuba, Poá e outros territórios estranhos. Depois de muito rodar sob um calor infernal, cruzamos uma linha de trem, e chegamos no Estádio Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, em Mogi das Cruzes.

Eram 15:30 e estávamos todos irritados, já que o jogo que eu ainda não revelei, estava marcado para as 15 horas. Entramos no estádio e qual não foi à surpresa: o jogo ainda não havia começado, pois o ônibus da equipe visitante também tinha se atrasado pelo mesmo motivo que o nosso.

Já se faz necessário dizer que nós saímos de São Paulo para assistir a um amistoso entre as equipes sub-20 do recém criado Mogi das Cruzes Futebol Ltda. e o CRB de Alagoas. Enquanto o jogo não começava, conhecemos os dirigentes do Mogi, e fomos ultra bem tratados. Inclusive assistimos ao jogo com eles. O Jurandyr se sentiu em casa, já que eram todos da sua religião, trocaram altas idéias sobre a origem da cruz do distintivo do clube, etc.

Confesso que antes das equipes entrarem em campo, eu ainda estava meio apreensivo de que aquilo seria só um jogo-treino, o que seria uma grande brochada. Logo minha dúvida foi sanada. Equipes entram campo, devidamente uniformizadas, trio de arbitragem, algum público presente, sorveteiro, ou seja, tudo o que é necessário para uma boa partida de futebol.

Jogo em andamento, muita movimentação e pegada, joguinho bom de se ver. Aí o celular do Milton toca. Era o Fernando desesperado por informações sobre o Mogi. Pacientemente o Milton começa a descrever tudo. Escudo, cor da camisa, informações obtidas com os dirigentes, etc. Como eu dei a gafe de esquecer minha máquina fotográfica, descrevo esses detalhes aos outros curiosos como o Fernando.

O escudo é azul marinho com uma cruz vazada em branco. Tem um fundo religioso nisso que o Jurandyr pode explicar melhor depois. Em cima está escrito Mogi das Cruzes. O uniforme usado no jogo era azul marinho, com uma cruz branca na parte da frente. O detalhe é que a cruz se forma na parte esquerda da camisa, não ao centro. Assim, o escudo que fica na posição tradicional, ao lado esquerdo do peito, marca o encontro das duas retas da cruz. Entenderam? Bom, da próxima vez eu prometo tirar foto, mas garanto que o uniforme é muito bonito. O uniforme reserva é o inverso do descrito acima.

Voltamos ao jogo: as duas equipes são boas, acima do nível dos jogos que andei vendo pelo sub-20 da segunda divisão. A partida foi bem disputada e um pouco violenta. O CRB ganhou de virada por 2 a 1. O jogo teve que ser finalizado aos 40 minutos da segunda etapa, porque o juiz expulsou vários jogadores e não havia mais número de jogadores suficientes para a seqüência da partida.

Genial, como diria o Milton!

Voltamos para São Paulo, pegamos o Fernando e rumamos para a segunda etapa da aventura. Depois de muitas histórias do arco da véia contadas no carro, chegamos em Santa Bárbara D’Oeste para assistir União Barbarense 3-2 Limoeiro. Sensacional! Esse jogo, o Fernando prudentemente fotografou. Depois ele coloca e dá mais detalhes da partida.

Saldo negativo: um pneu furado. Mas o charango agüentou bem, os quase 400 quilômetros rodados na viagem. Um viva para o meu Fiesta 98!

Abraços!

Emerson

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