quinta-feira, 26 de abril de 2018

Jogo fraco e empate sem gols entre Lusa e Rio Preto

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quarta-feira passada começou a sexta edição Campeonato Brasileiro Feminino e a imensa equipe de reportagem do JP desembarcou no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte para a estreia de Portuguesa e Rio Preto em confronto válido pelo Grupo 2 da competição.

Essa foi a volta da Lusa ao primeiro nível do nacional da categoria depois de um ano de ausência. O escrete lusitano retornou à elite após ter ficado com o vice-campeonato da segundona no ano passado. Desde que o certame foi criado em 2013, essa é a quarta participação rubro-verde.

As meninas do Jacaré também disputam o Brasileirão pela quarta vez e até aqui a performance é espetacular: campeãs em 2015, vice em 2016 e semi-finalistas em 2017. Além disso, são as atuais bi-campeãs paulistas. É sabido que hoje o Rio Preto é uma das potências do futebol feminino no país.


Associação Portuguesa de Desportos (Feminino) - São Paulo/SP


Rio Preto Esporte Clube (Feminino) - São José do Rio Preto/SP


A árbitra Adeli Mara Monteiro e as assistentes Patricia Carla de Oliveira e Renata Ruel de Brito posando de forma exclusiva pro JP junto com as duas capitãs

Pena que tirando um ou outro clube, o campeonato ainda seja disputado de forma quase clandestina aos olhos do grande público. Quem passasse na frente da casa lusitana poucos minutos antes do apito inicial não veria nenhuma movimentação e nenhuma sinalização uma partida de futebol estava prestes a começar.

Na real a CBF se preocupa mesmo só com a seleção brasileira e um pouco com a Série A do nacional. Saiu disso, é dor de cabeça pra eles. Imagina falando de feminino então... Eles fazem um campeonato meia boca e empurram com a barriga, mais pra falarem que "incentivam a categoria", quando todos sabem que na hora H não dão a mínima.

Eu sei que enquanto conseguir cobrir os jogos do Brasileirão Feminino eu irei fazer com o maior prazer pois acho um torneio super importante. O futebol feminino sempre pintou nas nossas páginas desde o começo do blog, logo, quando possível, continuaremos com o trabalho.

Assim como em 2017, os dezesseis participantes estão divididos em duas chaves com oito equipes cada. Lusa e Rio preto estão no Grupo 2 junto com Santos, Foz, Ponte Preta, Audax, Vitória/PE e Flamengo. Os quatro primeiros colocados se garantem nas quartas-de-final.

Dito tudo isso, foi uma pena o que não se viu no gramado do Canindé. Os dois times mostraram pouco futebol e os 90 minutos praticamente demoraram três horas pra passar. Foram poucos os momentos de destaque para alegrar os cerca de 30 torcedores presentes na cancha paulistana.

A Portuguesa não vem fazendo uma boa campanha no estadual e atuou mais preocupada em se defender e procurando "a" oportunidade de ouro para quem sabe marcar seu golzinho. Quem decepcionou de verdade foi o Rio Preto, atual líder da sua chave no estadual, que em nenhum momento confirmou seu favoritismo.


Ataque do Rio Preto pela esquerda


Bola levantada dentro da área rubro-verde


Durante o primeiro tempo, pintou mais policial militar dentro do estádio do que na Cracolândia. No fim, eles só estavam dando uma voltinha


Boa finalização do Jacaré

No primeiro tempo as visitantes chegaram bem em duas oportunidades, aos 19 e aos 25 minutos, ambos em chutes de longe. A goleira Fabi fez ótimas defesas e impediu o gol alviverde. Já o onze local teve apenas uma chance digna de registro aos 22 quando a pelota cruzou toda a linha de gol sem pintar ninguém pra concluir.

No tempo final tinha fé que as coisas iriam melhorar... ledo engano. Tirando uma defesa incrível da arqueira rubro-verde aos dois minutos depois de cabeçada na pequena área, nada aconteceu. As atletas visitantes passaram praticamente os 45 minutos dentro do campo de defesa local, só que poderiam estar jogando até agora que o gol não teria saído, tamanha a inoperância nas conclusões.


Atletas assustadas com a bola no começo do tempo final


Durante os 45 minutos finais, o que mais se viu foi a pelota zanzando dentro da área local


Um dos últimos ataques do onze visitante na partida

O resultado não poderia ser outro: Portuguesa 0-0 Rio Preto. Esse foi o único empate da primeira rodada do Grupo 2 e o Santos é o líder depois dos 6x0 que aplicou em cima do Flamengo na Vila Belmiro. Na semana que vem a Lusa visita o Foz enquanto o Jacaré recebe as Sereias da Vila.

Saí do Canindé divagando sobre a vida e a situação de penúria em que a cidade se encontra junto com o amigo Milton Haddad. Em meio ao lixo espalhado na Marginal Tietê chegamos no metrô e dali cada um pegou seu rumo. Agora terei dez dias de sossego antes de voltar ao mundo futebolístico.

Até a próxima!

terça-feira, 24 de abril de 2018

Massacre das meninas corintianas em cima do Juventus

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando os trabalhos do final de semana, na tarde do domingo fui ao Estádio Oswaldo Teixeira Duarte cobrir um joguinho da quinta rodada da fase inicial do Campeonato Paulista Feminino. Pelo Grupo 2, o Corinthians recebeu o Juventus pensando em manter os 100% de aproveitamento na competição.

Não foi difícil chegar no Canindé. Complicado mesmo foi conseguir entrar no campo. Todos os portões de acesso ao gramado estavam fechados com cadeado, algo que não pode acontecer, e não tinha forma de entrar e fazer as fotos oficiais.

Encontrei um funcionário da Portuguesa disposto a abrir o acesso tradicional da imprensa. Minutos depois ele mudou o discurso dizendo que uma pessoa do Corinthians disse que "ninguém estava autorizado a ficar no gramado e que ela não iria autorizar isso a acontecer".

Dois erros: o primeiro que por ser devidamente credenciado tenho todo o direito a entrar em campo. Segundo, quando não há credenciamento prévio, alguém do clube mandante precisa estar no estádio para fazer isso na hora do jogo, como por exemplo o Santos faz nos compromissos das Sereias da Vila.

Muita gente reclama que o futebol feminino não tem divulgação e que ninguém acompanha, só que quando vamos cobrir alguma partida vira e mexe pinta algum problema. O pior é que isso quase sempre acontece também nas categorias de base com os "grandes" envolvidos, pois eles se acham acima do bem e do mal.

Não desisti com a absurda negativa e me dirigi ao vestiário alvinegro. Por sorte uma das jogadoras abriu a porta e assim eu consegui finalmente entrar no campo. É muito chato passar por isso e agora resta saber se esse absurdo vai continuar acontecendo. Estaremos de olho!


Sport Club Corinthians Paulista (Feminino) - São Paulo/SP


Clube Atlético Juventus (Feminino) - São Paulo/SP


O quarteto de arbitragem da partida com a árbitra Édilar Maria Ferreira, os assistentes Marcos Santos Vieira e Patricia Carla de Oliveira e o quarto árbitro Fabiano Monteiro dos Santos posam de forma exclusiva pro JP

O Canindé recebeu um público bom levando em conta o dia e o horário, cerca de cem presentes. O Timão vinha de três vitórias, duas contra pesos pesados, Santos e São José, e a outra contra o ADECO. Já as meninas da Mooca haviam vencido a Portuguesa, empatado com o ADECO e perdido pro Taubaté. O alvinegro era favorito e dentro de campo não teve nenhuma surpresa.

Apesar da pressão e também de ter criado várias chances de gol desde os primeiros minutos, o Corinthians tirou o zero do placar aos 28 em cobrança de pênalti de Cacau. Antes do intervalo chegar, Grazi marcou duas vezes, aos 33 e 40. A rigor as grenás só chegaram perto da área adversária em dois momentos, em lances onde a goleira alvinegra defendeu tranquilamente.


O Corinthians não deu o menor espaço pro Juventus e atacou desde o primeiro minuto


Paulinha, 21 do Corinthians, fazendo o domínio no campo de defesa


Primeiro gol mosqueteiro marcado por Cacau em cobrança de pênalti 


Bola estufando as redes do Juventus no terceiro gol local

Se a coisa já estava tranquila no primeiro tempo, no segundo ficou ainda mais. O Juventus passou do meio-campo apenas uma vez e as comandadas de Arthur Elias dominaram as ações por completo. O quarto gol aconteceu aos 16 minutos, quando Adriana aproveitou rebote da goleira juventina e chutou no canto direito.

Aos 25, depois de boa troca de passes de todo setor ofensivo, a pelota sobrou limpa para Grazi que finalizou do meio da área e colocou no canto. Mesmo com o placar mostrando 5x0 a seu favor, as corintianas continuaram atacando. O Juventus não conseguia trocar mais de dois passes.

Nos minutos finais, se aproveitando do cansaço visitante, o Corinthians ampliou o massacre. Num escanteio pela esquerda aos 40, Maglia apareceu livre no primeiro pau e cabeceou firme pra fazer o sexto. Aos 44, num lance de sorte onde uma finalização desviou na zaga, a pelota sobrou livre para Gislaine. No último ataque, aos 47, as atletas seguiram pela direita e Grazi, a artilheira da tarde, concluiu do meio da área e fez seu quarto gol.


Bola entrando no ângulo direito no quarto gol do Corinthians, marcado por Adriana


Lance do terceiro gol de Grazi e quinto do Corinthians


Gislaine fazendo o sétimo gol aos 44 do segundo tempo


Bola no fundo as redes no último gol alvinegro no Canindé

O placar final de Corinthians 8-0 Juventus manteve os 100% de aproveitamento no Paulista Feminino e consolidou a liderança isolada do Grupo 2. Agora elas dão um tempo no estadual e se concentram para estrearem no Brasileiro da categoria na quarta-feira.



Detalhe do genial placar não-eletrônico de Corinthians x Juventus. O funcionário da Portuguesa trabalhou bastante apagando e anotando os gols marcados

Foi isso. Saí do Canindé sem problemas, já que cortei caminho e me mandei por um portão próximo da churrascaria que fica na Marginal Tietê. A próxima parada futebolística será no meio de semana com a jornada inicial da primeira divisão do nacional feminino, novamente na casa rubro-verde.

Até lá!

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Com reservas, Corinthians vence o Nacional no sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


No último sábado o que mais tinha era opção pra ver futebol na Grande São Paulo. Pensando de forma prática decidi pelo destino mais fácil, o Estádio Nicolau Alayon. Em campo, um duelo de responsa entre Nacional e Corinthians pela segunda rodada do Campeonato Paulista sub-20 da Primeira Divisão, direto do Grupo 4.

Ambos tem bastante tradição na categoria e até decidiram uma Copa São Paulo de Futebol Júnior (em 2005, com vitória alvinegra por 3x1). Já no estadual, e contando os confrontos desde a reorganização de 1980, o retrospecto é todo corintiano: 15 jogos, seis triunfos do escrete de Parque São Jorge, sete empates e duas vitórias nacionalinas, a última em 1996. Além disso, o time da Água Branca nunca venceu como mandante.

Se dependesse da estreia, esse tabu seria mantido em 2018. O Nacional sofreu uma goleada de 4x0 pro Juventus enquanto o Corinthians derrotou o Grêmio Osasco sem problemas pelo placar de 3x0. Mesmo sem utilizar os titulares, poupados pro duelo da Copa do Brasil contra o Flamengo, o Mosqueteiro era favorito.


Nacional Atlético Clube (sub-20) - São Paulo/SP


Sport Club Corinthians Paulista (sub-20) - São Paulo/SP


Capitães dos times e quarteto de arbitragem

Um público bom foi até a Comendador Souza, incluindo Mílton Haddad, Ricardo Pucci e o jovem promissor Luigi. Todos viram os visitantes começarem bem melhor e abrirem o marcador logo no oitavo minuto com o camisa 7 Adson.

Ainda em formação, o Nacional jogou com um onze titular bastante diferente do que na Rua Javari. Se não teve grande destaque no campo ofensivo, pelo menos a defesa conseguiu segurar bem a onda e a pressão corintiana não deu mais resultado no tempo inicial.

No tempo final a partida estava relativamente equilibrada quando o Corinthians fez o segundo gol. Quem marcou foi Victor, camisa 10, aos 21 minutos. Na base da insistência o Nacional diminuiu aos 32 com Josué. Os locais se mandaram pro ataque sonhando com o empate. Só que William sepultou as esperanças do clube da Água Branca aos 41 com o terceiro gol alvinegro.


Falta pro Corinthians no começo de peleja


Lance do primeiro gol alvinegro, marcado aos oito do primeiro tempo


Ataque corintiano pela direita enquanto um defensor nacionalino curtia o sol deitado dentro da área


Franklin, camisa 4 do Mosqueteiro, relembrando os tempos clássicos do futebol com chuteira preta e camisa pra dentro do calção


Investida do Nacional pela esquerda no segundo tempo


Ofensiva visitante no final da partida

No fim, tabu mantido com o placar de Nacional 1-3 Corinthians. O Timão é o líder do Grupo 4 junto com o São Paulo enquanto os ferroviários estão na lanterna. Temos pouco mais de dois meses até o final da primeira fase do sub-20 e pelo menos quatro equipes se classificam para a segunda fase.

Foi isso. Passei o restante do sábado na boa e no domingo encerrei os trabalhos no final de semana de novo com peleja do Corinthians, mas agora pelo Paulista Feminino.

Até lá!

domingo, 22 de abril de 2018

Jabaquara derrota o ex-líder Barcelona na capital

Texto e fotos: Fernando Martinez


O meu último final de semana futebolístico no mês de abril começou na tarde de sexta-feira com um daqueles jogos perdidaços que sempre gostamos de ver. Aliás, todos os compromissos do Barcelona Capela no Campeonato Paulista da Segunda Divisão como mandante agora serão realizados em dia útil, um prato cheio para ver o Estádio Conde Rodolfo Crespi praticamente vazio. O adversário da vez foi o glorioso Jabaquara Atlético Clube, que voltou a atuar na Javari após mais de 25 anos.

Mesmo sem se enfrentarem há nove anos, o Leão da Caneleira passou a ser o time contra quem o Elefante mais atuou na sua história: 11 vezes. Dos dez confrontos até então, marquei presença em três delas. A primeira no 1x1 da peleja de estreia do escrete paulistano em 17 de abril de 2004, depois um 3x1 pro Jabuca em 13 de maio de 2007 e os 3x0. também a favor do onze santista, na capital em 6 de junho de 2009.

Incrivelmente o retrospecto entre ambos mostrava total equilíbrio antes do apito inicial: quatro vitórias para cada lado e dois empates. O mais doido é que o Barcelona chegou nessa rodada como líder do Grupo 5 com quatro pontos ganhos, uma situação não tão comum. O Jabuca ainda estava sem vencer e com apenas um ponto. Vale dizer que esse foi o 25º compromisso do Elefante em casa desde 2015 e o 25º em que estive presente. 100% de aproveitamento com louvor.


Barcelona Esportivo Capela Ltda. - São Paulo/SP


Jabaquara Atlético Clube - Santos/SP


Quarteto de arbitragem composto por Rodrigo Batista da Silva, Bruno Silva de Jesus, Bruno Bonani Munhoz e Felipe Barros junto aos capitães dos times

Felizmente a partida não foi tão terrivelmente ruim quanto Barcelona x Mauá, só que também não foi nada de especial. Os locais iniciaram os trabalhos atacando bem pelas laterais e chegaram a criar dois bons momentos pela direita, ambos desperdiçados. O Jabaquara pouco fez e se preocupou em se defender.

O que valeu foi ter a companhia do trio Emerson, Mílton e Victor Minhoto, pessoal que não se reunia há bastante tempo. Junto com eles, a dupla de amigos inseparáveis Colucci e Renato aproveitou a deixa e renovou os votos de amizade eterna. Por conta das presenças de peso e também por não ter muita emoção dentro das quatro linhas, não demorei para ir fazer companhia pro pessoal.

O tempo inicial foi encerrado sem gols. No segundo, as equipes voltaram com um sopro a mais de inspiração. Só um sopro, nada além disso. O tempo foi passando e a sensação era que só veríamos gol na base da sorte. Não deu outra: foi assim que aos 27 minutos ele saiu. Depois de cruzamento da direita, Gabriel Vinícius, camisa 6 rubro-amarelo, cabeceou meio sem querer e a pelota foi morrer no canto no arqueiro local.

Na base do bumba-meu-boi o Barcelona buscou o empate. A melhor oportunidade foi numa cobrança de falta onde a bola caprichosamente bateu na trave esquerda. Não dá pra dizer que não tentaram, mas não foi dessa vez que o primeiro gol no ano saiu.


Lance no campo de defesa do Jabaquara. Fazia mais de 25 anos que o Leão da Caneleira não atuava na Rua Javari


Barcelona se mandando pro ataque


Atleta visitante tentando se desvencilhar da marcação local


Bola levantada dentro da área santista


Aqui o principal momento ofensivo do Barcelona em todo jogo em bola que bateu na trave após cobrança de falta


Arqueiro jabaquarense saindo mais alto do que todo mundo para evitar o gol de empate

No fim, o placar não-eletrônico da Rua Javari apontou o resultado de Barcelona 0-1 Jabaquara. A derrota colocou os paulistanos agora na quarta colocação da chave, enquanto o Jabuca subiu pro quinto lugar, os dois com quatro pontos conquistados. Faltam onze rodadas pro final da primeira fase.

Deixei a Javari com os amigos, todos prontos a enfrentar a hora do rush paulistano no metrô. No sábado retornei aos gramados com um joguinho bastante tradicional nas categorias de base.

Até lá!

terça-feira, 17 de abril de 2018

Juvenal com goleada grená no início do Paulista sub-20

Texto: Fernando Martinez. Fotos: Fernando Martinez e Ricardo Pucci (times e trio de arbitragem)


A sessão vespertina de futebol do último sábado foi com a rodada de estreia do Campeonato Paulista sub-20 da Primeira Divisão. Começando com o pé direito, fui até o Estádio Conde Rodolfo Crespi para conferir o duelo entre Juventus e Nacional pelo Grupo 4.

Do total de 52 times que disputam a "primeira divisão" do estado, 40 deles participarão do certame sub-20 em 2018. Os clubes foram divididos em cinco chaves e as duas agremiações da capital disputam quatro (ou cinco) vagas na segunda fase com Corinthians, São Paulo, Guarani, Grêmio Osasco, Portuguesa e Manthiqueira. Vale lembrar que o atual campeão é o Palmeiras, também o maior vencedor da história com 20 canecos.

Como mencionei aqui no post anterior (de Santos x Portuguesa pelo Paulista Feminino), saí do Pacaembu e fui com o amigo Luiz Fôlego até a sede do onze ferroviário, pois lá estava acontecendo um encontro de colecionadores de camisas. Daria tempo de sobra de chegar na Rua Javari, mas a demora do táxi me fez perder as fotos oficiais. Sorte que o "JP por um dia" Ricardo Pucci garantiu os instantâneos.


Clube Atlético Juventus (sub-20) - São Paulo/SP


Nacional Atlético Clube (sub-20) - São Paulo/SP


Capitães e quarteto de arbitragem

Contando todas as categorias, esse foi o meu 21º Juvenal em todos os tempos, porém apenas o segundo no sub-20 (o primeiro foi um triunfo nacionalino por 3x2 em 2007). Acabei presenciando a minha maior goleada particular desse duelo, já que o Juventus fez uma apresentação maiúscula e não deu nenhuma chance ao seu rival.

Antes dos primeiros dez minutos o placar já apontava 2x0 a favor dos locais. O primeiro gol foi marcado por Vinícius aos quatro minutos e Luiz Henrique ampliou aos oito, isso tudo sem o escrete visitante ter passado do meio de campo.

A partida continuou com os grenás dominando por completo e levando enorme perigo para a meta defendida pelo goleiro Phillip. Falando no camisa 1 nacionalino, ele merece um capítulo à parte. O atleta é filho de pai nigeriano e mãe brasileira e nasceu em Minnessota, nos Estados Unidos.

O jogador foi o titular na campanha da equipe da Água Branca na Copinha desse ano e, no último mês de março, foi convocado pelo técnico Tab Ramos, aquele mesmo que levou a famosa cotovelada do Leonardo na Copa de 1994, para a seleção da terra do Tio Sam que disputou três amistosos na Espanha, dois contra a França e um contra o Atletico de Madrid.

Sim, você leu certo, o quase centenário Nacional Atlético Clube tem um goleiro de seleção nos seus quadros e isso definitivamente não é pouca coisa. O sub-20 do US Soccer também conta com atletas do Schalke 04, Werder Bremen, Colônia, Benfica e Ajax, entre outros. Genial ver o nome do NAC em meio a grandes do futebol mundial.


Camisa 10 juventino se desvencilhando da marcação


Outro ataque local no primeiro tempo, agora pela direita


Cobrança de falta a favor do Nacional, sem perigo pro gol juventino

A atuação do arqueiro da seleção norte-americana foi responsável pelo time não ter levado mais gols no tempo inicial. No segundo, fui pro gramado acompanhar o ataque juventino e ver mais de perto a performance de Philip Ejimadu. O camisa 1 foi acionado várias vezes e mostrou serviço.

Só que o sub-20 ferroviário ainda está em formação, então não foi difícil pro Juventus ampliar sua vantagem. O terceiro gol saiu aos 16 minutos com Guilherme e a goleada grená foi confirmada aos 42 com o segundo de Luiz Henrique, o quarto do escrete local.


No segundo tempo o onze local continuou melhor em campo


Falta que tirou tinta da meta defendida pelo arqueiro nacionalino


Lance do último gol do Juventus na peleja


Philip Ejimadu, o goleiro norte-americano do Nacional, posando para as lentes do JP

O placar de Juventus 4-0 Nacional foi justo por tudo que o Moleque Travesso apresentou e por tudo que seu adversário não fez. Depois do apito final fiquei um bom tempo conversando com o arqueiro de tripla nacionalidade. Com muita simpatia ele contou como pintou a chance da convocação e a sensação de ter participado dos jogos em Murcia. Desde já desejo que ele vá longe com a sua carreira.

No domingo o cronograma reservava uma sessão da Segundona na cidade de Mauá. Só que São Pedro resolveu atrapalhar meus planos e mandou muita chuva pra região, inviabilizando a jornada. Com isso, futebol de novo só na sexta-feira com a segunda apresentação do Barcelona na última divisão paulista.

Até lá!