segunda-feira, 31 de março de 2014

Em jogo murcho, São José FC e Tupã ficam no empate no ABC

Fala pessoal!

Para fechar a "Trilogia ABC" do fim de semana, fui domingo cedo até São Bernardo do Campo para acompanhar um sensacional jogo perdido em campo neutro no Estádio Primeiro de Maio. Lá, o São José FC, o antigo Joseense, recebeu o Tupã em peleja da 16ª rodada do Campeonato Paulista da Série A3.


São José dos Campos FC - São José dos Campos/SP. Foto: Fernando Martinez.

Fazendo uma belíssima campanha, o onze do Vale do Paraíba era amplo favorito contra um Tupã que não conseguiu se encontrar em nenhum momento nesse certame. Algo até certo ponto natural, pois o choque de realidade entre a Segundona e a A3 é enorme. Antes de qualquer outra coisa o time precisa pensar em se manter na nova divisão.


Tupã FC - Tupã/SP. Foto: Fernando Martinez.

Com a reforma do Martins Pereira, o São José FC vem mandando seus jogos longe da sua cidade. O Primeiro de Maio nada mais é do que o quinto (!) estádio em que o time faz jogos como mandante na competição. Isso tem feito a equipe jogar para poucas testemunhas, apesar da ótima campanha. Nesse jogo, o público pagante foi de 68 almas, entre elas os amigos Nílton, Luiz, Colucci, Pucci e seu Natal.


Início de ataque tupaense. Foto: Fernando Martinez.

E sob a luz do sol (valeu RPM!) o Tupã, que tinha a estreia do mito Tupãzinho no comando técnico e também foi o 37º time da A2/A3 a ser visto in loco por mim em 2014, jogou melhor do que os locais durante todo o tempo inicial. O São José FC conseguiu se livrar de sair atrás do marcador por várias vezes.


Arqueiro do São José FC saindo do gol para fazer a defesa. Foto: Fernando Martinez.

Dando sopa pro azar, o time visitante acabou sofrendo o primeiro gol da peleja na primeira chegada de perigo do São José FC, isso aos 27 minutos. Em escanteio pela esquerda, o zagueiro Gustavão apareceu livre entre os defensores e marcou de cabeça.



Exato momento em que Gustavão tocava na pelota para abrir o marcador para o São José FC e o zagueiro comemorando seu primeiro gol na A3. Fotos: Fernando Martinez.

Sem desanimar, o Tupã continuou melhor, e aos 37 minutos o mesmo Gustavão colocou a mão na bola dentro da sua área. Pênalti para o Índio. A cobrança de Leandrinho foi precisa e ele deixou tudo igual no placar. Foi com o 1x1 que a peleja chegou ao intervalo.


De pênalti, Leandrinho empatou a peleja. Foto: Fernando Martinez.


Rápido ataque visitante no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

O fortíssimo calor fez com que o jogo caísse demais de produção no tempo final. O São José FC jogou melhor, mas nada assim uma Brastemp. O time perdeu algumas chances, mas a peleja ficou concentrada no meio de campo, sem muitas oportunidades claras de gol.


Seguro, goleiro do Tupã faz a defesa. Foto: Fernando Martinez.


Ataque do São José FC pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: São José FC 1-1 Tupã. O empate não mudou muito a situação do time azul e branco, mas o pontinho foi de grande valia para o time visitante na sua luta contra o rebaixamento. Faltam apenas três rodadas para o final da primeira fase da Série A3.

Estava derretendo depois do apito final e isso fez com que eu desistisse de acompanhar a rodada vespertina.O restante do domingo foi de recuperação da energia para o decorrer da semana.

Até a próxima!

Fernando!

São Caetano vence o MAC e respira na luta contra o rebaixamento

Fala pessoal!

A sessão noturna do último sábado marcou minha segunda partida na "Trilogia ABC" no fim de semana. Depois de ver jogo em Santo André, fui até São Caetano do Sul acompanhar o jogo de contrastes entre São Caetano e Marília, um lutando para não cair e o outro lutando pelo acesso.

Ja falei aqui sobre a vexatória campanha do Azulão no Campeonato Paulista da Série A2 e essa talvez seja a maior decepção do torneio. Seriamente ameaçado pelo rebaixamento, o time venceu apenas um dos últimos 10 compromissos e jogando no Estádio Anacleto Campanella tem um pífio aproveitamento de 41% (três vitórias, um empate e quatro derrotas).


AD São Caetano - São Caetano do Sul/SP. Foto: Fernando Martinez.

Para deixar esse jogo ainda mais dramático para a equipe da Grande São Paulo, o Marília vinha de um sonoro 6x0 contra o São José (time que empatou por 0x0 com o Azulão) e uma ótima campanha com até então 30 pontos conquistados e brigando cabeça-a-cabeça com Mirassol, Santo André e São Bento por uma vaguinha na A1 de 2015.


Marília AC - Marília/SP. Foto: Fernando Martinez.

Só que dentro de campo o que se viu foi uma verdadeira inversão de papéis. Parecia que era o São Caetano o time a lutar pelo acesso. Os donos da casa foram muito, mas muito melhores do que o MAC, que mostrou um futebol tímido e de pouca qualidade.


Briga pela bola na linha de fundo. Foto: Fernando Martinez.

O goleiro do Marília Rodrigo Calchi, ex-Jabaquara e figurinha carimbada em vários posts do Leão da Caneleira no JP - trabalhou bastante, mas aquele probleminha ofensivo crônico do Azulão voltou a aparecer. Como de praxe, os jogadores da casa pecaram demais no toque final, deixando o jogo chegar no intervalo no 0x0.


Início de ataque pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Grande chance de gol para o Azulão durante o tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo a pressão local ficou ainda maior, mas o gol teimava em não sair. Aos 25 minutos, a maior chance da peleja aconteceu quando o árbitro marcou penalidade máxima para o Azulão. Mostrando que não seria fácil o marcador sair do zero, Rodrigo Thiersen chutou nas mãos do goleiro do MAC.


Rodrigo Thiersen arrumando a bola na marca da cal, pouco antes de desperdiçar a penalidade máxima. Foto: Fernando Martinez.

Mesmo com esse baque o São Caetano continou todo dentro do campo do Marília. Rodrigo Calchi continuava fazendo boas defesas até que finalmente o time da casa conseguiu espantar a sombra de mais um resultado ruim aos 39 minutos. Depois de cruzamento na área, o camisa 3 Cleiton subiu sozinho e cabeceou firme para o fundo do gol. A zaga do MAC parou pedindo impedimento que não aconteceu.


Bola levantada na área do Azulão. Foto: Fernando Martinez.


Exato momento da cabeçada de Cleiton que originou o primeiro gol do São Caetano. Foto: Fernando Martinez.

Para afastar de vez qualquer ameaça de zebra, três minutos depois saiu o segundo gol. Leandro Oliveira avançou pela direita e cruzou para a área. Marcelo Soares se antecipou ao zagueiro e se esticou todo para tocar pro fundo das redes. Nas arquibancadas, muita festa numa mistura de alegria e profundo alívio.

O resultado final de São Caetano 2-0 Marília não livrou o onze da Grande São Paulo da ameaça de rebaixamento, mas pelo menos deu o alento para os jogos finais. O MAC deu uma vacilada monstro, mas ainda tem plenas condições de voltar para a A1 depois de cinco anos. Após o jogo rolou mais uma edição do tradicionalíssimo Dia do Gordo, festa que a cada dia que passa ganha mais adeptos. Dessa vez, além da presença do Paulo "Shrek", contamos também com a brilhante participação de Mílton Haddad e de Cosme, o Rei dos Brechós.

O fechamento da "Trilogia ABC" aconteceu domingo cedo num sensacional jogo em campo neutro no Primeiro de Maio. Nao dava pra perder a única Chance de ver um dos times que foram promovidos da Segundona Paulista para a A3 nesse ano.

Até lá!

Fernando

São Bento derrota o Ramalhão e volta ao G4 da Série A2

Opa,

Nesse fim de semana estive presente em três partidas, fechando uma rodada no ABC paulista. O início dos trabalhos rolou no sábado cedo, numa partida decisiva do Campeonato Paulista da Série A2. Santo André e São Bento se encontraram em busca de uma vaga no G4 da competição faltando apenas três rodadas para o fim do certame.

Vindo de quatro vitórias e uma sequência de onze jogos invicto, o Ramalhão pretendia fazer a quina para manter mais vivo do que nunca sua chance de voltar para a A1. Uma grande mudança se pensarmos que em 2012 e 2013 o time apenas brigou para não cair para a A3. Já o São Bento chegou à liderança do certame na nona rodada, mas desde então caiu de produção e venceu apenas um dos últimos sete jogos. A certeza do acesso já não existe mais.

Ao chegar no Estádio Bruno José Daniel - em cima da pinta, o que custou as fotos oficiais das equipes pela primeira vez em 2014 - notei que o clima era de bastante apreensão, mas confesso que me decepcionei com o público pagante de 1.633 pessoas. Um jogo decisivo desse merecia casa cheia no ABC.


Renato Peixe cobra escanteio para os donos da casa no começo de jogo. Foto: Fernando Martinez.

Apesar de toda a expectativa criada, o primeiro tempo foi ruim e bem abaixo da média. O Santo André teve mais posse de bola, mas nenhuma inspiração no ataque. O São Bento se preocupou mais em se defender... Para piorar, o calor estava fortíssimo, e juntando tudo isso os 45 minutos demoraram uma eternidade para terminar.


Zagueiro do São Bento subindo no terceiro andar para fazer o corte. Foto: Fernando Martinez.


Cabeçada perigosa a favor do time local. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo a peleja melhorou, principalmente por conta do São Bento. Os atacantes do time tomaram um gole de inspiração no vestiário e levaram enorme perigo ao gol local. O goleiro Saulo acabou se transformando no principal personagem da partida, com pelo menos quatro milagres.


Ataque andreense pela lateral. Foto: Fernando Martinez.


Rara chegada do Santo André dentro da área adversária no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

O Santo André chegou pouco no campo ofensivo e as jogadas morriam nos pés do camisa 9 Nunes, que teve uma atuação bem ruim. Aos poucos a partida foi seguindo nesse esquema e eu já dava como certo o placar sem gols. Mas no último lance do jogo, a zaga andreense se atrapalhou e a pelota sobrou livre para Marquinhos. Ele avançou pela direita e tocou forte no canto direito de Saulo, marcando o único tento da manhã.


Atacante andreense ganhando na corrida. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola na linha de fundo. Foto: Fernando Martinez.

O resultado de Santo André 0-1 São Bento recolocou o onze sorocabano em plenas condições de voltar para a Série A1, campeonato que não disputa desde 2007. A situação para o time do ABC ficou complicada, pois além de precisar vencer seus dois compromissos, tem também que torcer por uma série de resultados.


Time do São Bento fazendo aquela reza para agradecer a sofrida vitória. Foto: Fernando Martinez.

Contando milagrosamente com a carona do "caixa-preta" seu Natal, voltei para casa para descansar um pouco antes do segundo jogo do sábado, uma jornada noturna em São Caetano do Sul.

Até lá!

Fernando

quinta-feira, 27 de março de 2014

Na sorte, Juventus vence o São Carlos na Javari

Opa,

Animado pela primeira vitória no Estádio Conde Rodolfo Crespi em mais de um ano na rodada anterior, o Juventus recebeu o São Carlos para emplacar o segundo triunfo consecutivo no Campeonato Paulista da Série A3. A peleja teve aquele famoso clima de "jogo de seis pontos". Vale registrar que na minha luta para ver os 40 times da A2 e A3 em 2014, o time da Cidade Sorriso foi o 37º a entrar na lista.


CA Juventus - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


São Carlos FL - São Carlos/SP. Foto: Fernando Martinez.

Os três pontos eram fundamentais para que o Moleque Travesso se afastasse da zona de rebaixamento. Uma eventual queda para a última divisão seria com certeza o momento mais triste na história do time paulistano. O time sãocarlense, que caiu junto com os grenás em 2013, é outro que está seriamente ameaçado.


Capitães dos times e trio da partida com o árbitro Valdir Aparecido Montrazio e os assistentes Giulliano Neri Colisse e Leandro Matos Feitosa. Foto: Fernando Martinez.

A esperança da torcida local era de uma boa apresentação juventina, mas infelizmente para todos os presentes na Javari, não foi isso que aconteceu. O time fez uma partida ruim, jogando um futebol apenas burocrático e sem inspiração.


Zagueiro do São Carlos cabeceando a pelota dentro da sua área. Foto: Fernando Martinez.


Arqueiro visitante saindo do gol. Foto: Fernando Martinez.

O Juventus teve mais posse de bola e chegou mais vezes dentro da área do adversário, mas chance de verdade mesmo, só duas. Uma com um gol perdido na pequena área e outro em chute de longe que tirou tinta da trave do São Carlos. Aos poucos os visitantes foram se soltando e assustaram a torcida local com boas jogadas pelas laterais.


Mais uma boa saída do goleiro do São Carlos. Foto: Fernando Martinez.


O Juventus tentou, mas foi mal no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Se o 0x0 já incomodava e a atuação do tempo inicial preocupava, no segundo tempo tudo piorou. O São Carlos voltou a campo muito melhor e foi dono do jogo. O Juventus não conseguiu criar mais e viu seu oponente perder várias oportunidades para fazer o primeiro.


Investida local pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.


Mais um ataque grená pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Por sorte e no velho lance do quem não faz, toma, o São Carlos vacilou na defesa e aos 42 minutos, o Juventus conseguiu seu gol. A bola foi alçada da direita e Renato Sorriso apareceu entre os zagueiros para cabecear firme e fazer o único gol da peleja.


Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Lance do gol grená. No canto direito da foto, o camisa 8 Renato Sorriso se preparava para cabecear forte e fazer a festa na Javari. Foto: Fernando Martinez.

A sorte que não sorriu para os grenás em vários outros duelos nessa A3 finalmente aconteceu a favor do time. No fim, o resultado de Juventus 1-0 São Carlos não foi justo pelo futebol apresentado, principalmente no tempo final, mas quem disse que o futebol precisa ser justo?

Até a próxima!

Fernando

terça-feira, 25 de março de 2014

Jogo fraco e empate sem gols entre São José e São Caetano

Fala pessoal!

A rodada futebolística do fim de semana foi finalizada com uma surreal sessão vespertina em Jacareí para conferir de perto um dos capítulos finais da via-crucis do São José no Campeonato Paulista da Série A2. A Águia recebeu o ameaçado São Caetano em busca de uma improvável salvação. O palco foi o Estádio Stavros Papadopoulos.

Fazendo uma das piores temporadas da história do clube, a campanha do vice-campeão paulista de 1989 - 36º time a ver in loco dos 40 que jogam a A2 e A3 - é resultado direto de vários fatores. Primeiro, o time não teve como jogar no Martins Pereira em virtude do estádio joseense estar em reformas (poucas vezes um estádio fez tanta falta). Depois, e numa escala de importância bem maior, inúmeros problemas políticos despedaçaram a chance de uma boa performance antes mesmo do certame começar.


São José EC - São José dos Campos/SP. Foto: Fernando Martinez.

O adversário da Águia foi o Azulão, outra equipe que faz uma campanha extremanente decepcionante nessa A2. Desde meados dos anos 90 o time do ABC não fazia um campeonato tão ruim. O time luta arduamente contra o rebaixamento para a A3, certame que não disputa desde 1998. Jogando contra o lanterna, o São Caetano pensava somente nos três pontos.


AD São Caetano - São Caetano do Sul/SP. Foto: Fernando Martinez.

Para chegar a tempo de ver esse duelo na íntegra fui obrigado a pegar o ônibus das 12h30 no terminal Tietê, o último que me levaria até a cidade do Vale do Paraíba no horário certo. Cheguei na rodoviária da cidade pouco antes das duas da tarde e dali resolvi pegar um táxi até o estádio, na minha terceira partida ali até hoje (a primeira foi em 2006 num Jacareí x Comercial de Tietê pelo sub20 e a segunda em 2011 num jogo do JAC contra o Bernô).


Raro ataque do São José no início do jogo. Foto: Fernando Martinez.

Muito diferente do que vi no sábado, o clima da partida era de fim de feira. O público pagante foi de 190 testemunhas e o tempo nublado deu o toque melancólico que faltava para completar o ambiente depressivo. Dentro de campo, o limitadíssimo elenco do São José não foi capaz de melhorar muito as coisas. O São Caetano foi superior durante os 90 minutos.



Detalhe de um dos gols perdidos mais surreais da tarde. Após dar um chapéu no arqueiro Júnior, o atleta do Azulão chutou para fora com o gol aberto. Fotos: Fernando Martinez.

O único "problema" foi que a péssima pontaria dos jogadores do time atrapalhou os planos de vitória do Azulão. Como aconteceu várias vezes na disputa dessa A2, a inoperância ofensiva de um dos piores ataques do certame foi assustadora. A equipe criou um sem número de oportunidades de todas as cores e sabores, mas uma a uma elas foram inapelavelmente jogadas no lixo.


Arquibancada oposta do Stavros Papadopoulos praticamente vazia. Foto: Fernando Martinez.


Boa saída do goleiro da Águia. Foto: Fernando Martinez.

Nas poucas vezes que os atletas acertavam o gol, quem apereceu foi Júnior, goleiro do São José. No primeiro tempo ele fez três defesas sensacionais e impediu o gol visitante. Na etapa final o panorama continuou o mesmo: São Caetano na base do abafa e a Águia se segurando na defesa e criando pouco no ataque.


Zaga local afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.

A melhor chance de gol do time da Grande São Paulo foi numa cobrança de falta que encontrou a trave com o arqueiro "local" vendido no lance. No mais, mais uma série de gols desperdiçados e uma peleja que terminou como começou.


Cobrança de falta para o São José. Foto: Fernando Martinez.


Bola perigosamente rondando a área do time de São José dos Campos. Foto: Fernando Martinez.

O placar final de São José 0-0 São Caetano não foi bom para nenhum dos dois times. A Águia continuou na lanterna e é virtual rebaixada para a A3 do ano que vem, enquanto o time do ABC permanece perigosamente flertando com a zona de rebaixamento. Triste realidade para uma equipe que alçou voos tão altos tempos atrás.

Já estava meio cabreiro com o placar sem gols e para coroar a tarde a volta para a capital bandeirante foi infernal. Primeiro fiquei mais de uma hora no ponto de ônibus que fica na porta do estádio aguardando a boa vontade do coletivo que leva até a rodoviáriar. Depois, os pouco mais de 80 quilômetros entre as duas cidades foram percorridos ao lado de um funkeiro e seu potente aparelho de som. Uma maravilha, mas mesmo assim valeu demais essa jornada...

Até a próxima!

Fernando

De virada, Juventus vence a primeira na Javari em 2014

Fala, pessoal!

Domingo foi dia de uma boa rodada dupla no JP, começando com mais um capítulo da via-crucis do Juventus no Campeonato Paulista da Série A3. Num duelo com tonalidade grená, o time paulistano recebeu o Sertãozinho em busca da primeira vitória no Estádio Conde Rodolfo Crespi em 2014.

Nos seis jogos realizados pelo escrete paulistano na Rua Javari até então, a performance tinha sido péssima: nenhuma vitória, quatro empates e duas derrotas. Somando com a trágica campanha na A2 2013, o Juventus já somava incríveis 11 jogos sem triunfos dentro de casa. Perigosamente ameaçado pelo rebaixamento, o time precisava a todo custo somar três pontos nessa peleja.

Antes do jogo começar, rolou uma sensacional homenagem ao saudoso Sérgio Mangiullo, falecido em abril do ano passado. O time grená entrou em campo com uma faixa com o rosto do eterno presidente da Ju-Jovem. Homenagem mais do que justa por tudo que o grande amigo representava dentro e fora da Javari.


Juventus posado com a faixa que homenageia o GRANDE Sérgio Mangiullo, figura que faz falta demais na Javari. Foto: Fernando Martinez.


Sertãozinho FC - Sertãozinho/SP. Foto: Fernando Martinez.


Árbitro Roderson Salvador, assistentes William Rodrigues Deodato e Fernando de Sousa Costa e os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Pena que o jogo não tenha começado bem para o Moleque Travesso. Numa vacilada geral da zaga, o Sertãozinho abriu o marcador aos 6 minutos, com o camisa 6 Rogerinho aproveitando rebote do goleiro André Dias. Atrás no placar, o Juventus passou a levar perigo para a zaga visitante, chegando a deixar tudo igual num gol, marcado por Leonardo, mal anulado pela arbitragem.


Gol absurdo perdido pelo lateral grená no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.


Marcação firma da zaga juventina. Foto: Fernando Martinez.

Os times foram para os vestiários e o placar não-eletrônico da Javari mostrava um preocupante 0x1. Antes do segundo tempo começar o técnico juventino Luís Carlos Ferreira mostrou que estava na febre do rato e arranjou briga com todo o banco do Sertãozinho. Ele foi expulso, mas de lambuja levou com ele o técnico, o experiente José Carlos Serrão, e um dirigente da equipe interiorana.


Disputa de bola firme no meio-campo. Foto: Fernando Martinez.


Boa saída do goleiro do Touro dos Canaviais. Foto: Fernando Martinez.

O clima estava carregado e os mais de mil torcedores que foram à Javari estavam cada vez mais preocupados com a derrota parcial. Porém a partir dos 18 minutos toda a zica começou a desaparecer, primeiro com o gol de Nathan aos 18 minutos, depois com o golaço de Renato Sorriso aos 31 em grande jogada individual pela esquerda.


Atletas aguardando a pelota em cruzamento na área no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

O Sertãozinho não esboçou a menor reação depois de sofrer a virada. Jogando na boa e com a cabeça no lugar, o Moleque Travesso ainda fez o terceiro nos acréscimos com Dudu Mineiro. Ele recebeu a bola na intermediária e, ao ver o goleiro adiantado, encobriu o camisa 1 com um toque de extrema categoria.


Ataque juventino pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.


Escanteio para os donos da casa. Foto: Fernando Martinez.

O placar final de Juventus 3-1 Sertãozinho não significou apenas a primeira vitória do time paulistano dentro da Javari nesse ano, como também a quebra de um longo jejum de 403 dias, ou 11 jogos, sem vitórias ali em pelejas válidas pelas divisões de acesso do estadual. O triunfo não deixou o time livre da ameaça de rebaixamento, mas pelo menos leva a crer que o futuro pode ser mais favorável.

Dessa vez não teve papo pós-jogo ou esfiha com os amigos, pois o cronograma estava mais do que apertado para conferir a peleja programada para o período da tarde. Saí correndo do estádio ainda sem o apito final para dar tempo de pegar um ônibus no terminal Tietê com destino ao Vale do Paraíba.

Até lá!

Fernando