quarta-feira, 28 de maio de 2008

Flamengo de volta à Série A2 Paulista

Olá pessoal,

Nesta quarta-feira a tarde eu, juntamente com o Emerson, David, Seu Natal, Jurandyr e o The Watcher, estivemos presentes no Estádio Nicolau Alayon para acompanhar a decisiva partida entre Nacional e Flamengo de Guarulhos pelo Campeonato Paulista da Série A3. À equipe local só interessava a vitória para chegar na última rodada com chances de acesso a Série A2. Já ao Flamengo bastava um empate para garantir o retorno ao segundo nível do futebol paulista.

Por este motivo havia uma grande expectativa sobre esse jogo, tanto que a Federação Paulista escalou um trio de arbitragem com larga experiência em Série A1, e até mesmo em Copa do Mundo, como o caso do assistente Ednilson Corona. Por isso a equipe do JP esteve em peso para acompanhar este embate, enquanto o onipresente The Watcher estava no gramado para as fotos, os demais membros acompanhavam a partida nos seus mínimos detalhes.


Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: The Watcher.


AA Flamengo - Guarulhos/SP. Foto: The Watcher.


O árbitro Antônio Rogério Batista do Prado, os auxiliares Edmílson Corona e Ana Paula de Oliveira e o quarto árbitro Alexandre Bigai Miranda dando um ar mais chique para o JP posando junto com os capitães das equipes. Foto: The Watcher.

Entretanto, para desespero da torcida ferroviária, a equipe mandante não conseguiu imprimir um bom ritmo de jogo e foi dominada pelo rubro-negro de Guarulhos desde os momentos iniciais. Exceto alguns cruzamentos esporádicos sem maiores perigos à meta visitante, o Nacional era acuado em seu campo de defesa, o que deixava um mau pressentimento ao público presente no estádio.


Jogadores do Nacional tentaram sem muito afinco a marcação do gol. Foto: The Watcher.

Por esse motivo não foi surpresa o gol flamenguista anotado aos 31 minutos da etapa inicial. Após um rápido ataque e um chute originário do lado direito da ofensiva visitante, a bola bateu na trave e, no primeiro rebote, a defesa local salvou em cima da linha, porém no segundo rebote, Clayton acertou a meta nacionalina e deixou os visitantes mais tranquilos na partida.


Sob o olhar da auxiliar Ana Paula de Oliveira, disputa de bola na lateral. Foto: The Watcher.

Se o empate não bastava ao quadro paulistano, a derrota momentânea era um verdadeiro balde de água fria. Com isso ficou a clara impressão que o Nacional havia desistido da partida e, consequentemente, do acesso. Nessa toada a partida foi para seu intervalo com a vantagem mínima para os visitantes.


De longe, visão do jogo entre Nacional e Flamengo sob um céu azul de outono. Foto: The Watcher.

Após um intervalo com muitos planos de viagem por parte dos integrantes do JP, planos estes que nem sempre se realizam por motivos de força maior, nos preparamos para acompanhar uma verdadeira contagem regressiva em direção ao acesso do Flamengo. Sob certo aspecto o Nacional até que voltou com mais disposição para a etapa complementar, mas seus atletas estavam muito nervosos e tentanto decidir a partida de forma isolada, o que fatalmente não daria resultado.


Goleiro do Fla sobe mais alto para fazer a defesa. Foto: The Watcher.

Toda a etapa final transcorreu com muito esforço por parte dos locais, porém sem nenhum resultado efetivo, mesmo porque a equipe de Guarulhos estava bem postava na defesa e demonstrava melhor técnica e tática, além de mais calma. Assim, nesse ritmo a partida seguiu até o previsível placar final de Nacional 0x1 Flamengo, resultado que não só confirmou o acesso do Flamengo, como também beneficiou a Barbarense, que mesmo sem considerar seu jogo da noite contra o São Carlos, também já tem vaga assegurada na Série A2 de 2009.


Falta para o Nacional no final do jogo que levou bastante perigo. Foto: The Watcher.

Após o apito final presenciamos uma tímida comemoração do Flamengo, mesmo porque o número de torcedores rubro-negros no estádio não foi tão grande quanto o esperado. Agora resta aguardar quem serão as duas equipes que também garantirão o acesso no outro grupo e quais farão a grande final da Série A3 de 2008.

Até a próxima,

Victor

terça-feira, 27 de maio de 2008

Saltense vence clássico regional fora de casa

Fala povo!

Fechando a rodada do final de semana e a minha rodada dupla do domingo, segui junto com o amigo Fernando da cidade de Paulínia até uma cidade que fica perto de lá. Não antes sem ir num ótimo rodízio da região e além de apreciar o belo ambiente, matar a fome do dia com muita carne na mesa. Satisfeitos e encarando até estrada de terra para fugir de pedágio, fomos até a bela cidade de Indaiatuba para um jogo novamente do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O Estádio Ítalo Mário Limongi foi o palco do jogo entre Primavera e Saltense, um clássico regional das antigas. Chegando lá notei o descuido com a fachada original do estádio, que foi inaugurado em 1961. Bem que o pessoal poderia entrar por ali, não?


Genial fachada original do Ítalo Mário Limongi. Foto: Fernando Martinez.

Fora que tive o enorme prazer de incluir na Lista o genial time da AA Saltense. Quando criança sempre gostei do clube e ver o time parar em 1993 foi uma tristeza. E nunca achei que teria mais a oportunidade de matar esse time. E lá estava eu, 15 anos depois da parada da equipe, tendo a chance de vê-la em campo nesse clássico. E pela primeira vez também vi o Primavera jogando em seu campo, o que era sonho de consumo fazia tempo. E pra variar, seguem as fotos posadas e exclusivas:


EC Primavera - Indaiatuba/SP. Foto: Fernando Martinez.


AA Saltense - Salto/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães das equipes e trio de arbitragem composto pelo árbitro Cleverson Inácio e os assistentes Danilo Ricardo Manis e Luiz Antônio Corrêa. Foto: Fernando Martinez.

Esse jogo era extremamente esperado já que tantos outros aconteceram no profissionalismo no passar dos anos. Em que mereça ser comentado que a partida não acontecia oficialmente desde 1993, o time da cidade de Salto tem menos vitórias no confronto pela história e não ganhava do seu rival de Indaiatuba desde o longínquo 1980. Uma vitória então era mais do que motivo para se comemorar. E a chance era grande, já que o time está bem armado, enquanto infelizmente o Primavera ainda não se achou na competição.


Ataque da Saltense logo no começo de partida. Foto: Fernando Martinez.

Desde o começo do jogo vimos que a Saltense realmente tinha mais equipe, com o onze de Salto dominando as ações do jogo e não dando muitos espaços para os donos da casa. Mas os poucos espaços que deram foram muito perigosos e levaram a torcida da casa ao delírio. Torcida que por sinal fez sua parte e levou um público razoável em plena tarde de domingo em meio a um feriadão. Esperamos que isso continue assim até o final da competição.


Zaga do Primavera tentando cortar ataque da Saltense. Foto: Fernando Martinez.

A partida era muito bem disputada com a Saltense com mais qualidade técnica e o Primavera com mais raça. Boas chances eram desperdiçadas e a primeira etapa parecia que seria sem vencedor. Mas aos 46 minutos a Saltense abriu o marcador depois que o camisa 8 Laílson subiu sozinho depois de cobrança de escanteio e marcou o primeiro. Intervalo de jogo e gol certeiro da Saltense, que ficava agora com boa vantagem.

No intervalo fomos caçar algum bar perto do estádil já que lá dentro não tinha nenhum vendedor. Achamos um simpático bar com pizza perto de lá e muitas latinhas de refrigerante foram consumidas, já que o sol não dava trégua nessa tarde de outono.


Escanteio para o Primavera no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O segundo tempo veio e o mesmo Laílson fez a festa de novo logo aos 38 segundos de partida. Ele recebeu a bola e a chutou de forma incrível de fora da área, colocando ela no cantinho direito do goleiro do ECP e deixando felizes toda a boa torcida do time presente por lá. O gol atrapalhou qualquer plano que o Primavera pudesse ter feito no intervalo.


Segundo tempo com o Primavera tentando a marcação do seu gol. Foto: Fernando Martinez.

Durante o resto do jogo o Primavera continuou tentando a marcação de um único gol, mas o dia não era dele. Já a Saltense perdia muitas chances em contra-ataques, perdendo a chance de fazer um placar histórico contra os rivais fora de casa. A torcida do time nem teve forças para reclamar direito, tamanho era o desânimo por lá.


Cabeçada perigosa contra o gol dos visitantes. Foto: Fernando Martinez.


Goleiro da Saltense arrumando a barreira em falta perigosa para os donos da casa. Foto: Fernando Martinez.

Nesse esquema até o final não tivemos mais alterações no placar. Final de jogo: Primavera 0-2 Saltense. Depois de 28 anos o time de Salto ganha de seu rival e agora entra no G-4 buscando a vaga para a Segunda Fase da segundona. Já o Primavera faz uma campanha ruim e a eventual vaga está cada vez mais distante. Torcemos para que o time possa se recuperar e fazer juz ao grande nome da equipe no cenário paulista.

Voltamos então para São Paulo com a Estrada dos Bandeirantes incrivelmente sem trânsito e ainda curtindo música brega dos anos 70 numa rádio perdida por lá. Benito de Paula, Golden Boys, Fábio, entre outros... uma trilha sonora nota 100! E nessa semana teremos mais jogos... fiquem ligados!

Fernando

Paulínia confirma favoritismo e vence em casa

Opa,

Depois da rodada tripla no Nacional no sábado, o domingo foi a vez de curtir uma viagem e rodada dupla pelo interior de São Paulo. Depois de algum tempo sem ver jogo mais ou menos longe, peguei uma carona com o amigo Fernando e segui cedinho para a cidade de Paulínia, mas precisamente até o Estádio Luís Perissinoto, para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O jogo que fui acompanhar foi entre Paulínia e o Boa Vista.

A viagem foi sossegada e chegando na bela cidade comecei a cogitar que minha terrível experiência por lá (na Copa São Paulo de 2004) poderia ter sido apenas um acidente de percurso. Naquela época, o lugar estava zoado e o estádio era simplesmente uma piada. O que constatei ao adentrar as dependências do estádio foi uma alteração de 100% no panorama local. O Estádio Luís Perissinoto é uma graça, muito bem arrumado e localizado. Totalmente novo, dá gosto de ver um jogo por lá. Parabéns a todo pessoal da cidade pela mudança positiva.

E nem preciso dizer que fotos posadas na Segundona são comuns aqui no JP. Elas seguem agora, de forma exclusiva:


Paulínia FC - Paulínia/SP. Foto: Fernando Martinez.


C de F Boa Vista Ltda. - São João da Boa Vista/SP (mas mandando seus jogos em Águas de Lindóia). Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem e capitães da partida. Foto: Fernando Martinez.

O jogo tinha como amplo favorito o time da casa, melhor arrumado e com mais estrutura. Do outro lado, o Boa Vista pode ser considerado um sobrevivente ao difícil caminho da Segundona. O presidente Clóvis está com muitas dificuldades em manter o time, mas de forma praticamente heróica, consegue levar os atletas a cada jogo e ganhando ou não, eles com certeza já podem se sentir vitoriosos. O técnico até essa partida era o ex-jogador Dido, que jogou no Santos e no Flamengo e também dirigiu a Seleção do Vietnã nas Eliminatórias da Copa 2002.

Mas a partida começou do jeito que todos esperavam: com o Paulínia tomando conta das ações e encurralando o Boa Vista no seu campo de defesa. Mas a zaga do Boa Vista não deixava os atacantes do time anfitrião se darem bem e com certa dose de sorte também viam as chances do time da casa irem pelo ralo.


Goleiro do Boa Vista se estica todo para uma grande intervenção. Foto: Fernando Martinez.

O goleiro Pedro fez duas ou três defesas que salvaram o bicho do Boa Vista nesse primeiro tempo. Mas se na defesa o time do Boa Vista estava quebrando o galho, o ataque do time era inoperante. A bola não chegava em condições de qualquer tipo de conclusão e tentativa de gol. Apenas uma vez a bola chegou, e o camisa 11 Paçoca acabou marcando um gol, mas foi anulado pelo auxiliar por impedimento.


Um zagueiro com cabeça de bola corre para afastar o perigo. Foto: Fernando Martinez.

Nessa toada, a torcida foi ficando impaciente e o tempo foi passando sem a abertura do placar. Com certeza o técnico Ademílson iria mexer no time para tentar a vitória na segunda etapa. Eu aproveitei o descanso para me encher de água, já que o sol não estava dando trégua por lá. Também aproveitei para conversar com o pessoal do Paulínia FC, todos muito simpáticos com o JP e já nos convidando para voltar lá. O presidente do Boa Vista também foi bastante receptivo e agradeceu nossa cobertura nessa partida.


Falta de atleta do Paulínia em cima de zagueiro do Boa Vista dentro da área. Foto: Fernando Martinez.


Ataque rápido pela direita e boa cabeçada do ataque do Paulínia. Foto: Fernando Martinez.

Já nas tribunas do estádio, vi o segundo tempo começar com o Paulínia tentando furar o bloqueio do Boa Vista mas não conseguindo. O time criava as chances mas não marcava. Mas então em cinco minutos o time resolveu o jogo. Aos 16, depois de um escanteio pela direita, o jogador Cristiano subiu alto e aproveitou bobeira da zaga do Boa Vista e colocou a pelota no canto direito do gol. Muita festa dos jogadores e comissão técnica na abertura do placar.


Detalhe do primeiro gol dos donos da casa, em falha geral da zaga do Boa Vista. Foto: Fernando Martinez.

Aos 18 o time ampliou com Diego Faustino, que recebeu lançamento longo, dominou com classe e chutou de longe. A bola voou baixo e foi parar dentro do gol de Pedro. E aos 21 minutos, o Paulínia fechava a vitória com uma cobrança de falta perfeita de Steven, matando qualquer chance de reação do Boa Vista. O time visitante, que já não levava muito perigo, sentiu o baque e desanimou de vez.


Agora a cobrança de falta que originou o terceiro gol do Paulínia. Foto: Fernando Martinez.

Mas o Paulínia voltou a perder mais gols e a chance de ampliar ainda mais o placar. Nisso o Boa Vista foi chegando e tentou chutar de longe, mas todas sem sucesso. O goleiro do Paulínia não trabalhou em nenhum momento durante os 90 minutos + acréscimos. Ficou claro que o time precisa melhorar bastante e isso é demonstrado no fato da equipe ser a única que ainda não pontuou na segundona.


Mesmo com a boa vantagem, o Paulínia se lançava ao ataque, deixando a zaga dos visitantes à beira da loucura. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Paulínia 3-0 Boa Vista. O Paulínia mostra que é candidato a uma vaga na Segunda Fase, enquanto o Boa Vista fará figuração até o final do certame. Mas o que vale é participar, já que tem muito time aí que nem jogando está. E depois desse jogo, fomos rumo à outra partida do dia, na sessão da tarde.

Até lá

Fernando

Guariba consegue empate heróico em Araraquara

Olá,

Após ter acompanhado um bom jogo no sábado na cidade de Leme, no domingo pela manhã fui até a bela cidade de Araraquara e me dirigi ao Estádio Fonte Luminosa de propriedade da Ferroviária, para fazer a cobertura do confronto entre um dos estreantes no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, o Américo E.L. contra o tradicional Guariba E.C. em partida válida pela sexta rodada da primeira fase da competição.

Chegando ao meu destino fui muito bem recebido pelo Presidente do Américo, o Sr. Celso Teixeira de Moura que estava acompanhado pelo Presidente do Guariba, o Léo da Lavoura, amigo do JP de longa data. Batemos um papo super agradável sobre futebol, em especial sobre a Segundona e, nessa conversa, o Sr. Celso informou que o próximo jogo da sua equipe como mandante deverá ser realizado no seu estádio, localizado na cidade de Américo Brasiliense.

Antes de começar a falar da partida, começo apresentando as equipes e o quarteto de arbitragem nas fotos que estão abaixo:


Américo E.L. - Américo Brasiliense/SP (mandando seus jogos em Araraquara/SP). Foto: Orlando Lacanna.


Guariba E.C. - Guariba/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem formado por Marcelo Ferreira Vicente, seus assistentes João Paulo Spim Redondo e Sérvio Antônio Bucioli, além do quarto árbitro Thiago Luís Scarascati, acompanhado pelos capitães das equipes. Foto: Orlando Lacanna.

A bola começou a rolar e fiquei impressionado com a pegada demonstrada pelas duas equipes. Nesse entusiasmo todo, o Américo abriu a contagem logo aos 2 minutos, numa cobrança de falta executada da meia esquerda através do atacante Robinho, levando a sua pequena, mas entusiasmada torcida a uma alegria imensa.


Bola se encaminhando para o fundo do gol do Guariba em cobrança de falta. Foto: Orlando Lacanna.

O Guariba assimilou o golpe e foi à luta, tendo conseguido igualar o placar logo em seguida, aos 6 minutos, através do zagueiro Saul que subiu livre de marcação escorando de cabeça cruzamento vindo da direita em cobrança de escanteio.


Cruzamento que deu origem ao gol de empate do Guariba. Foto: Orlando Lacanna.

Depois dos gols, a partida continuou disputadíssima, com muita marcação e entusiasmo, sendo que numa dessas, o zagueiro Saul, autor do gol do Guariba, se excedeu ao praticar uma falta e acabou recebendo o cartão vermelho direto, aos 22 minutos. Mesmo com um atleta a menos, a "Cobra Canavieira" não se apequenou e continuou jogando de igual para igual, dificultando as ações do time do Américo que atuava completo e, dessa forma o placar não foi mais mexido e a igualdade em um gol foi mantida até o fim do primeiro tempo.


Interceptação de cruzamento pelo goleiro Davi do Guariba. Foto: Orlando Lacanna.

Apesar do forte calor, o ritmo da partida não caiu na segunda etapa, com as duas equipes mantendo em esquema forte de marcação, sendo que após os primeiros quinze minutos, o time mandante passou a marcar o Guariba no seu campo de defesa e com isso começou a apertar a defesa dos visitantes que foi se agüentando.


Goleiro Davi, de cabeça enfaixada, corta outro cruzamento do ataque do Américo. Foto: Orlando Lacanna.

Aos 20 minutos, o Guariba perdeu o atleta Mineiro que também foi expulso, ficando reduzido a nove homens e daí em diante o Américo "alugou" meio campo, mas mesmo assim não conseguia traduzir em gol o seu domínio territorial, demonstrando dificuldades para se livrar da marcação implacável dos guaribenses e criar jogadas de maior perigo.


Jogada do ataque do Américo na grande área. Foto: Orlando Lacanna.

Somente aos 42 minutos o atacante Nando do Américo esteve próximo de marcar o segundo gol, mas a sua cabeçada teve o endereço do travessão. A cada minuto que passava a partida ficava mais dramática, com o Américo sufocando o Guariba no seu campo defensivo que lutava bravamente para evitar a queda da sua meta.


Lance perigoso do ataque do Américo. Foto: Orlando Lacanna.

Partida encerrada com o placar indicando Américo 1 - 1 Guariba que manteve as duas equipes na zona de classificação do Grupo 2. Faço questão de destacar a garra do time visitante que ficou com um homem a menos desde os 22 minutos do primeiro tempo e com dois a menos a partir dos 20 minutos da etapa final e ainda jogando contra uma equipe de qualidade. Essas duas equipes têm tudo para alcançarem a classificação para a segunda fase.

Tão logo o árbitro encerou a partida, iniciei meu retorno para São Paulo para um merecido descanso, aproveitando algumas horas do domingo sem fazer mais nada. Foi isso.

Abraços,

Orlando

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Empate dramático no Nicolau Alayon pela Série A3

Fala povo!

Depois da rodada dupla na manhã do sábado, eu e o seu Natal continuamos na Rua Comendador Souza para a partida da tarde. E dentro das dependências do clube, almoçamos e fomos andar pelas alamedas do clube da Barra Funda, tudo para passar o tempo. Voltando então para dentro do Estádio Nicolau Alayon, um perdido David chegou para acompanhar também um jogo decisivo pelo Campeonato Paulista da Série A3, entre Nacional e São Carlos.

Vi também por lá o amigo Rodrigo Ramos, mordomo do time sãocarlense e que é amigo do pessoal do JP de longa data. E como de praxe, fui devidamente autorizado para as fotos oficiais da partida, novamente de forma exclusiva aqui no blog de futebol mais cult do Brasil:


Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


São Carlos FL - São Carlos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Os capitães das equipes com o árbitro Leonardo Ferreira Lima, os auxiliares Giovani César Canzian e Jairo Martins de França e o quatro árbitro Gilmar Pedroso Rocha. Foto: Fernando Martinez.

E esperar o quê de um jogo que reunia um time que não tinha somado nenhum ponto em três jogos pela Segunda Fase, que perdeu em casa para o mesmo adversário por três a zero e que chegou de uma desgastante viagem poucas horas antes do jogo contra outro time que buscava o tão sonhado acesso à A2 em 2009 e que caso ganhasse, dependeria somente de si para subir de divisão? A resposta é fácil, mas em campo rolou tudo diferente do prognóstico.

Logo aos 4 minutos, numa falta bem longe do gol, o jogador Rick bateu com classe e a bola entrou no canto esquerdo do goleiro Aranha, que para muitos torcedores do Naça, falhou no lance. O time visitante fazia 1 a 0 no placar e dava mostras que o jogo seria dramático para os donos da casa.


Jogada do ataque do São Carlos na lateral de campo. Foto: Fernando Martinez.

O time do Nacional se lançou ao ataque e jogando bem perdeu ótimas chances para empatar. As duas oportunidades mais agudas aconteceram numa inacreditável bola na trave e num milagre do goleiro Edney, que defendeu uma bola à queima-roupa, chutava da pequena área. E o São Carlos também levava perigo, em chutes que assustavam o goleiro nacionalino e a torcida presente.


Goleiro do São Carlos sai em cima de atacante do Naça, evitando o empate. Foto: Fernando Martinez.

O jogo seguia quase num ataque contra defesa, faltando apenas o gol para selar o amplo domínio do Naça. Mas aos 39 minutos um dos gols mais bizarros que eu vi ao vivo num estádio aconteceu. Depois de uma bola fraca, recuada de cabeça pelo zagueiro Alisson até o goleiro Aranha, ela quicou levemente na frente do arqueiro. Ele então tomou um chapéu da bola e viu ela entrar lentamente dentro do seu gol. O São Carlos fazia 2 a 0 de forma realmente inacreditável, e deixava o pessoal furioso com a falha do goleiro, que já tinha salvo o Naça em tantos jogos antes.


Falta que levou bastante perigo à meta sãocarlense. Foto: Fernando Martinez.

Fazer um gol antes do intervalo então era o que todos esperavam e isso aconteceu aos 44 minutos, em ótima jogada de Toco pela direita, que tocou com estilo para o zagueiro Dracena encher o pé e ver a bola passar debaixo do goleiro antes de entrar. Intervalo de jogo, jogo 2 a 1 para os visitantes, e o Nacional prometendo pressão total na segunda etapa.

Mas antes do primeiro tempo acabar, o atacante Rodrigão caiu e fraturou seu braço. O Nacional, com sua ambulância Caravan 1982 álcool, ficou à postos para levar o atacante ao hospital. Vale ressaltar que a lesão foi feia, e arrepios em todos que se encontravam perto da ambulância foram sentidos quando o braço quebrado foi visto em detalhes por todos. E pela fisionomia do atleta, a dor era demais mesmo...


Lorenzo, Paolo, David e o seu Natal apreensivos com a partida no primeiro tempo e detalhe da ambulância do Naça levando o jogador do São Carlos com seu braço quebrado. Fotos: Fernando Martinez.

E graças à ambulância ter ido levar o jogador, o intervalo demorou quase 40 minutos, com todo mundo esperando o veículo voltar. Lá então ficamos conversando sobre histórias da vida com o Paolo Gregori e seu filho Lorenzo, o hooligan da Comendador, e parte da torcida do Naça. A esperança era da virada no segundo tempo.

Mas quando a ambulância chegou e o jogo recomeçou, não demorou muito para que a esperança fosse substituída por mais raiva. Após lançamento da esquerda, o jogador Alan dominou e chutou cruzado para deixar o São Carlos ainda com mais vantagem no placar.


Zaga do São Carlos não dando espaços no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Tudo parecia perdido, ainda mais porquê o time da casa insistia em perder gols fáceis e também insistia nos passes errados. O tempo ia passando e a esperança que era muita, ia rareando nas arquibancadas. Mas aos 24 minutos a injeção de ânimo que todos precisavam: o jogador Leandrão sofreu pênalti e o atacante Rogério diminuiu para 3 a 2.


Segundo gol do Nacional, enchendo de esperança sua torcida. Foto: Fernando Martinez.

Nem preciso dizer que daí para frente o Nacional se lançou de vez ao ataque e a partida adquiriu ares ainda mais dramáticos. A equipe sofreu com alguns contra-ataques, mas a quantidade de chances desperdiçadas na frente foi de assustar. E com a derrota, os dois times praticamente dariam adeus à chance do acesso para a A2.

O sol ia baixando e o time ia insistindo para tentar ao menos o empate. Então, de forma heróica, o time da casa chegou a igualdade aos 43 minutos. Num cruzamento preciso da direita, o jogador e amigo do seu Natal Uóchinton, que já deu as caras aqui quando jogava pelo Mogi das Cruzes, subiu mais alto e estufou as redes. Festa no Nacional!


Exato momento do gol de empate do Nacional, marcado pelo atacante Uóchiton. Notem que o zagueiro visitante quase pega na bola. Foto: Fernando Martinez.

Após do gol o atacante Leandrão ainda teve a chance da virada nos acréscimos, mas frente-a-frente com o goleiro e sem marcação, chutou para fora, rente à trave esquerda do goleiro. Final de jogo: Nacional 3-3 São Carlos. Como partida, um jogo fantástico e cheio de alternativas, mas para o Nacional um desastre, já que o time não depende mais de si para garantir o acesso. O São Carlos por sua vez foi eliminado e União Barbarense e Flamengo, os outros times do grupo, estão quase lá.

Bom, depois do jogo fomos para o centro de São Paulo curtir iguarias que só existem por lá e já combinando qual seria a rodada do domingo. Tem mais time na Lista em breve...

Abraços

Fernando

Lemense arranca empate em cima da hora

Olá,

Num final de semana futebolístico dedicado a um giro pelo nosso interiorzão, na sábado à tarde me dirigi até a cidade de Leme, mais precisamente ao Estádio Bruno Lazarini, também chamado de Brunão, para fazer a cobertura ao vivo da partida C.A. Lemense x S.C.Campo Limpo Paulista válida pela sexta rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Chegando ao meu destino, fiquei surpreso com o pequeno público presente, pois em Leme a torcida tem o hábito de apoiar o time. Procurei saber os motivos e fui informado que seriam pela proibição da entrada de torcedores com bicicletas, além de o jogo estar sendo realizado num sábado em horário que o comércio local está funcionando. Seja como for, foi o menor público que presenciei comparado com os outros nas diversas vezes que lá estive.

Um outro assunto que quero abordar antes de falar da partida, é com relação a situação atual do Campo Limpo Paulista que no ano passado mandou seus jogos na cidade de Salto, usando o nome fantasia de "Salto F.C." adotando as cores azul e branca e agora em 2.008 está mandando seus jogos na cidade de Espírito Santo do Pinhal, utilizando o nome "Sport Club Paulista", passando a usar as cores vermelha, preta e branca.

Tentei saber junto a alguns membros da comissão técnica como ficaria a situação do clube no próximo ano em função da Resolução da Presidência da FPF que obrigará os times mandarem seus jogos na própria sede, visando acabar com times itinerantes. Como eu previa, ninguém soube responder e ainda fiquei com a sensação que nem sabiam do que eu estava falando. A única informação que obtive é de que a Diretoria está tentando oficializar a mudança do nome. Diante de tudo isso só resta esperar 2.009.

Bem, sem mais demora, vamos com as fotos das equipes e do trio de arbitragem que estão abaixo:


C.A. Lemense - Leme/SP. Foto: Orlando Lacanna.



S.C. Campo Limpo Paulista - Campo Limpo Paulista/SP (mandando seus jogos em Espírito Santo do Pinhal). Foto: Orlando Lacanna.


Trio de arbitragem composto por Kleber José de Melo e seus assistentes Marco Antônio M. Bagatella e Maurício Machado Ferronato acompanhado dos capitães das equipes. Foto: Orlando Lacanna.

Com a bola rolando, o Lemense logo tomou a iniciativa de sair para o campo de ataque, criando algumas boas chances para abrir o marcador, mas aí apareceram as boas defesas do goleiro visitante Jackson combinadas com a afobação dos atacantes locais na hora das conclusões.


Ataque do Lemense pelo lado esquerdo. Foto: Orlando Lacanna.

Para surpresa geral, o Campo Limpo Paulista abriu o placar aos 18 minutos através de Danilo que arriscou um chute sem muita pretensão que acabou traindo o goleiro local Ivan.


Bola no fundo da meta do Lemense no gol do Campo Limpo Paulista. Foto: Orlando Lacanna.

Após sofrer o gol, o Lemense não desanimou e continuou no abafa, mas o nervosismo começou a tomar conta da equipe azul que não conseguia concluir as jogadas com objetividade e ainda quase sofreu o segundo gol aos 35 minutos, após uma saída em falso do goleiro Ivan.


Jogada de perigo para a defesa do Campo Limpo Paulista. Foto: Orlando Lacanna.

Apesar de todo esforço despendido, a equipe da casa não conseguiu marcar e, por conta disso, o placar de 1 a 0 a favor dos visitantes foi mantido até o término do primeiro tempo. Depois de um intervalo pouco interessante que fiquei tomando água e sentado num dos bancos de reservas, comecei a assistir uma segunda etapa dominada pelo Lemense que logo aos 6 minutos criou uma boa oportunidade através de Wendel, mas que não foi convertida em gol, por conta de mais uma ótima defesa do goleiro visitante.


Outra jogada de ataque do Lemense agora pela direita. Foto: Orlando Lacanna.

Aos 13 minutos foi a vez do Campo Limpo Paulista criar perigo e aí foi a vez do goleiro do Lemense praticar importante defesa. Dos quinze minutos em diante, o Lemense tomou conta do jogo impondo total domínio territorial, mas continuava errando nos momentos decisivos. Aos 25 minutos, o Campo Limpo Paulista teve o seu atleta Salatiel expulso de campo por ter recebido o segundo cartão amarelo, sendo que essa expulsão poderia facilitar as coisas para o Lemense chegar ao empate, porém isso acabou não acontecendo, apesar das reclamações de que aos 31 minutos a bola teria ultrapassado a linha fatal numa jogada confusa que terminou com a defesa do goleiro Jackson.


Ótima defesa do goleiro Jackson. Notem que o goleiro está dentro do gol, mas suas mãos e a bola estão fora. Foto: Orlando Lacanna.

A pequena torcida presente já demonstrava inquietação pelo excesso de gols perdidos, quando aos 38 minutos, o Campo Limpo Paulista teve o atleta Fábio Luiz expulso de campo por entrada violenta, tendo recebido o cartão vermelho direto. Daí em diante o jogo se tornou dramático, num verdadeiro "aluga-se meio campo", sendo que aos 43 minutos o atacante Mineiro do Lemense conseguiu perder o gol mais feito do jogo, cabeceando para fora uma bola recebida livre de marcação à frente da marca do pênalti.

Quando parecia que o Lemense já estava conformado com a derrota, o gol de empate acabou acontecendo aos 48 minutos, através de Fabinho Mauá numa excelente cobrança de falta, com a bola tocando no poste esquerdo antes de entrar. Foi um gol chorado.


Bola indo contra o poste para depois morrer no fundo da meta do Campo Limpo Paulista. Foto: Orlando Lacanna.

Final de jogo com o placar apontando Lemense 1 - 1 Campo Limpo Paulista que deixou tudo como estava antes da partida em termos de classificação no Grupo 3, com os donos da casa fora do G4, enquanto os visitantes permaneceram na zona de classificação. Com relação ao jogo, gostei do que vi, pois as duas equipes mostraram uma pegada muito forte, além de um bom futebol.

Apito final do árbitro e início imediato de uma outra viagem em direção a mais uma cidade do nosso interiorzão para lá dormir, pois na manhã do domingo já estaria cobrindo mais uma partida válida pela Segundona envolvendo uma equipe que nunca apareceu no JP, mas isso fica para outro post. Aguardem.

Abraços,

Orlando