terça-feira, 29 de novembro de 2005

Samba & Futebol (parte 1 de 2)

Olá!

Apesar de escrever posts em quantidade infinitamente superior ao colega David Libeskind com "L", me incomodei muito com a descoberta de que só contribuí uma vez com esse visitadíssimo blog. Uma vez que sou eu quem melhor escreve por aqui (he he!), não posso privar nossos colegas do relato de minha penúltima visita à Cidade Maravilhosa.

Pois bem, aos desavisados deixo claro que para ser doente não basta apreciar um Campo Limpo x Palmeirinha, às 11 horas, tem que ter algo mais. Todos temos outra loucura como hobby e não sei se os outros integrantes têm algum tipo de Listas referente a essas loucuras, tipo os passageiros mais estranhos, as gravatas mais extravagantes ou os arruaceiros mais chatos. Eu tenho uma outra lista: quadras de escola de samba. E meu objetivo número um na visita ao Rio era “matar” mais algumas. Que tal um trunfo como Acadêmicos do Cubango, de Niterói?

Mas já que terça-feira (18/10/05) eu não tinha aonde ir, porque ignorar um Fluminense x Universidad Católica, em São Januário? Saí de São Paulo achando que eu não veria jogo algum, o sempre “por dentro” Fernando jurou que o jogo seria em Volta Redonda, mas na segunda-feira, logo após descobrir que eu havia perdido a decisão da terceira divisão (Estácio de Sá 1 x 1 Rubro de Araruama, na Rua Bariri), era questão de honra confirmar mais um estádio novo na “lista”.

Bom, os visitantes do blog devem estar estranhando essa nhenhenhém todo, mas o fato é que não entendo nada de futebol. Meu prazer é estar ali, naquele momento, desfrutando da magia de um estádio, um templo em seu momento maior, o da celebração. Não sei analisar a partida tecnicamente, na verdade, eu não via a hora de acabar o jogo, porque não fazia idéia de como voltar pra casa depois, he he...

Só sei que fui a pé ao estádio, da quadra da Mangueira até São Januário. Cheguei desesperado, às 20:20, crente que o jogo seria às 20:30. Estranhei o pequeno número de torcedores e a pouca movimentação no campo. Tava muito bom pra ser verdade, o maior clima de série B, mas o Fluminense é um pouquinho melhor, e fui conferir no ingresso: 21:15! Pra mim, não tem nada pior que esperar, ô perda de tempo! Minha única leitura à mão era um guia da cidade, então comecei a ler, no maior estilo "Rain Man".

Aproveitei pra comer uns crepes (!!!), que um tiozinho fazia numa sinistra barraca em um dos corredores. Aliás, os comes do estádio eram péssimos, e eu estava morrendo de fome. Quase comi um daqueles ovos à milanesa, expostos em uma estufa de uma “lanchonete” (????) do estádio.

Bom, quase uma hora depois, eu já estava no meio de quase 10 mil torcedores, entre eles um daqueles folclóricos, vestido de papa, que por si só já valem um jogo no Rio.


Papa pó-de-arroz em São Januário. Foto: Estevan Mazzuia.

Em um primeiro tempo fácil, o tricolor mostrou porque estava na disputa do campeonato brasileiro e fez 2 a 0 com sobras.


Vista geral da partida do Fluminense no estádio vascaíno. Foto: Estevan Mazzuia.

No segundo tempo, mudei de posição no estádio, e fui para o lado das numeradas. O estádio lembra o Pacaembu, o Parque Antarctica e o Moisés Lucarelli. Tem o mesmo estilo. A forma de ferradura dos três, o fundo aberto do Palestra, e a marquise do Pacaembu estão ali.


Vistas das arquibancadas do estádio de São Januário. Fotos: Estevan Mazzuia.


Ataque tricolor contra o Universidade Católica. Foto: Estevan Mazzuia.

No finalzinho, um golzinho dos chilenos esfriou a euforia carioca, e fez a alegria desse doente, que nunca desiste, mesmo com fome (de comida de verdade) e sono, e muitos crepes sendo digeridos, rumei à Avenida Brasil, imaginando qual seria a próxima aventura. Mas isso fica para o próximo post Samba & Futebol, parte 2.

Abraços!

Estevan

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Desafio ao Galo: Força 0-0 Água Santa

Fala povo,

Conforme disse no post perdido do sábado, esse final-de-semana foi o pior final-de-semana do ano em relação a jogos de futebol disponíveis. No sábado, não tínhamos nenhuma opção decente. Os únicos joguinhos eram em Votorantim e Campinas, e isso para quem está sem grana é a mesma coisa que não ter nada. No domingo o esquema era o mesmo, só jogos esparsos e muito distantes daqui. O mais pertinho era o jogo do São Caetano, mas como lá esse jogo era da promoção da Nestlé, eles não venderam ingressos na porta.

Aliás, essa idéia da Nestlé até que tem uma boa intenção, mas como diria o profeta "De boa intenção, o inferno tá cheio". Eles poderiam vender os ingressos que não foram trocados no dia, certo? Ou então fazer um posto de troca no próprio estádio. Isso acaba punindo quem mora longe e deixa um estádio vazio e sem a possibilidade de alguém comprar ingresso na hora. Tá longe de acertar.

Bom, então a única coisa que sobrou mesmo foi acompanhar mais uma rodada do Desafio ao Galo, que fica pertinho de casa, lá no CMTC Clube. O jogo dessa semana foi entre o Força (que ganhou na semana anterior, como visto aqui no JOGOS PERDIDOS) e o EC Água Santa de Diadema. Mais uma vez um bom público esteve presente lá e o jogo foi melhor do que o da semana anterior.


Escanteio para o Força no primeiro tempo da partida. Foto: Fernando Martinez.

O jogo na primeira etapa foi dominado pelo time do Água Santa, a equipe do Força não fez muita coisa para ameaçar o gol do time de Diadema. Já o Água conseguiu perder várias chances claras de gol, com bolas perdidas cara-a-cara com o goleiro e bolas na trave. No final das contas, o primeiro tempo ficou em 0 a 0 mesmo.


Discussão no ataque do Água Santa no segundo tempo. O time perdeu muitas chances. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo o jogo ficou melhor. O time do Água Santa continuou com seu esquema de perder gols e o Força com isso começou a gostar da partida e tentar fazer algo de bom. Nisso o jogo ficou quente, e o 'dono do time', o presidente da Força Sindical, Paulinho, foi expulso depois de dar um chute num jogador do Água. Vale registrar aqui que os dois mereceriam ser expulsos, já que os dois fizeram a mesma coisa, mas o juiz só expulsou o jogador do time laranja.

Até o final o Água ainda perderia mais dois gols na cara do goleiro e com isso o jogo acabou mesmo Força 0-0 Água Santa. Com isso, fomos para a cobrança de pênaltis, mais especificamente três para cada time. O Força foi bem mais efetivo, acertando duas de suas três cobranças e o Água Santa perdendo seus dois penais. Com a vitória de 2 a 0, o Força continua mais uma semana no Desafio.




Seguindo a ordem das fotos: O Força marca seu primeiro gol num pênalti cobrado no meio do gol. O Água Santa tem seu pênalti defendido pelo goleirão do time laranja. O atacante do Força bate mal, e o goleiro do Água defende. O atacante do Água bate pior ainda e o goleiro do Força defende seu segundo penal. E numa bela cobrança, o Força marca dois a zero a fica mais uma semana no Desafio ao Galo. Fotos: Fernando Martinez.

É isso, na próxima sexta e sábado eu irei ao Pacaembu colocar o Pearl Jam na minha Lista de bandas, então só ficarei com o domingo disponível para jogos. Mas, se tudo correr bem, será um domingo dos melhores do ano. Stay tune!

Abraços

Fernando

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Estádios pelo Brasil, volume 4: Estádios suburbanos no Rio de Janeiro

Fala pessoal!

Bom, como todos aqui já devem ter lido nos posts históricos da nossa epopéia ao Rio (busquem lá, estão nos dias 10 e 11 de novembro), após o cancelamento do jogo da manhã no CT do Nova Iguaçu, ficamos com um hiato de quase três horas e sem ter nada o que fazer. Uma grande reunião de cúpula foi acionada e acabamos por decidir por unanimidade que tínhamos a chance de visitar alguns estádios na Zona Norte carioca. Estádios que eu e o David nunca tínhamos ido, e que o Emerson e o Estevan tinham ido só em um dos três que estavam na lista de prioridades.

A primeira parada então foi na Rua Bariri, local do fantástico estádio do Olaria AC. Mesmo andando em círculos, conseguimos chegar lá e posso dizer que o clube é fantástico. Uma bela entrada, uma bela lojinha (ou 'boutique', como eles falam lá), um belo clube e um belo campo. Seguem abaixo as fotos que tiramos no local:


Fachada principal do Olaria Atlético Clube. Foto: Fernando Martinez.


Estevan, Fernando e David num momento "Help!" na porta do Olaria. Foto: Emerson Ortunho.

Lá dentro, tivemos a chance inigualável de ver a gloriosa Sala de Troféus do Olaria. Muitas flâmulas de times fantásticos (Rio das Ostras, Bordeaux, dentre outros) decoram o lugar. Belas taças com grandes conquistas do clube estão expostas no local:


Detalhe da Sala de Troféus do Olaria AC com a Taça de Campeão Brasileiro da Taça de Bronze conquistada em 1981. Foto: Fernando Martinez.


David, Emerson e Estevan com seus bottons "Aniversário do Olaria" dentro do estádio da Rua Bariri. Foto: Fernando Martinez.


Arquibancada da Rua Bariri, á la Baetão, toda torta e caída para um lado. Foto: Fernando Martinez.


O genial placar da Rua Bariri. Ao lado um escudo estilizado do time que fica perto das piscinas. Fotos: Fernando Martinez.

Depois de gastar alguns reais com camisas, adesivos e lembranças na loja do Clube, saímos de lá e já rumamos direto para Bonsucesso, aonde visitamos o Estádio Leônidas da Silva, do Bonsucesso FC. Como o Emerson já disse aqui faz algum tempo, imaginem um estádio no meio do Largo da Concórdia, que fica aqui no Brás. Assim é o estádio do querido Bonsucesso.


Entrada fantástica do Estádio Leônidas da Silva do Bonsucesso FC. Foto: Fernando Martinez.



Lados esquerdo e direito do campo. Detalhe que tinha acabado de terminar um jogo-treino entre Bonsucesso e Cocotá. Perdemos esse jogo. Fotos: Fernando Martinez.


David, Estevan e Fernando na grade do Leônidas da Silva. Foto: Emerson Ortunho.

Depois quase desistimos da turnê por causa do horário apertado, mas acabamos cedendo e indo num dos maiores templos do futebol carioca. Estádio do time Campeão Estadual em 1926 e lugar aonde o Ronaldo do Real Madrid começou sua carreira. Isso mesmo, fomos no Estádio Figueira de Melo, do São Cristóvão FR. Demoramos para chegar, mas valeu a pena:


Uma das entradas sociais do Figueira de Melo. Foto: Fernando Martinez.


Detalhe do portão numa das entradas sociais do estádio. Isso deve ser beeem antigo. Foto: Fernando Martinez.


Escudo do Cri-Cri logo na entrada do estádio. Foto: Fernando Martinez.


Vista do gol de fundo logo quando entra no estádio. Detalhe para a frase "Aqui nasceu o fenônemo".... genial. Foto: Fernando Martinez.



Detalhe do fantástico placar do estádio. E vista da parte da entrada do campo. Notem que acima do gol fica a Linha Vermelha. Para quem está parado no trânsito, é genial porque ainda ganha um pedaço de qualquer jogo perdido. Fotos: Fernando Martinez.

Depois ainda passamos pelo estádio de São Januário, mas nem deu tempo para tirar foto, já que estávamos um pouco atrasados. Mas conseguimos chegar a tempo em Mesquita para o primeiro jogo do dia, pena que o Resende ainda não tinha chegado.

Até mais (e quem sabe em breve não tenhamos mais alguma turnê genial por aí?).

Fernando

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Uma Volta ao Passado, volume 6: Estrada de Ferro SFC (Sorocaba/SP)

ESTRADA DE FERRO SOROCABANA FC


Escudo do Estrada de Ferro Sorocabana FC. Foto: Orlando Lacanna.

Após um período de ausência, retorno com a série "Uma Volta ao Passado", sendo que dessa vez, abordando o ESTRADA DE FERRO SOROCABANA F.C., popularmente conhecido como Estrada. Para quem não conhece esse clube, aqui vão algumas informações: foi fundado em 25/11/1930, por funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana, que adotaram as cores branca, preta e vermelha. Disputou nove campeonatos profissionais entre 1959 a 1967, tendo sido campeão da 3ª Divisão em 1961. Esse campeonato representou a maior glória futebolística para a equipe de Sorocaba.

Na pedreira que foi a terceirona de 1961, o time ficou na primeira colocação da série Açucareira na primeira fase jogando contra Gran San João, Ipiranga de Jundiaí, Cerâmica de Mogi Guaçu, Itatiba, Usina São João, CA Ituano e Saltense. Na segunda fase, o Estrada enfrentou Inter de Limeira, Cerâmica de São Caetano do Sul, Estrela de Piquete e Bandeirantes de São Carlos. Mais uma vez a equipe ficou na liderança da chave e se classificou para a final.


Time do Estrada posado para a foto oficial no dia 28 de janeiro de 1962, data da grande final da terceirona de 1961. Foto: A Gazeta Esportiva. Reprodução: Fernando Martinez.

Na decisão, novamente o Usina São João de Araras estava no caminho da vaga na segundona. Nos dois primeiros jogos da final, uma vitória (por 6x2, em 14 de janeiro de 1962) e uma derrota (por 1x2, em 21 de janeiro). A decisão foi para a "negra" no Estádio Nicolau Alayon na tarde de 28 de janeiro de 1962. A equipe do Estrada venceu por 3x2, com gols de Anacleto (2) e Esquerdinha e assim conquistou a sonhada vaga para a Segunda Divisão, local aonde o time permaneceu até 1967.

Com a decadência das ferrovias, os recursos destinados à manutenção do clube foram diminuindo ocasionando a desativação do futebol profissional e de outras atividades esportivas. Atualmente somente participam de competições de malha.


Entrada social do Estrada F.C. situada bem próximo do centro de Sorocaba. Foto: Orlando Lacanna.

O clube dispõe de uma sede social localizada no centro de Sorocaba, composta por um salão de baile, secretaria, salas da Presidência, do Conselho e de troféus, com galeria de fotos antigas. Nessa sede, os sócios que giram em torno de 1.200, podem participar dos bailes e dos cursos de dança de salão e yoga.


Sala de troféus na Sede Social do Estrada. Foto: Orlando Lacanna.


Detalhe do Salão Nobre no Estrada FC. Foto: Orlando Lacanna. [120411]


Piscinas do Estrada FC. Foto: Orlando Lacanna. [120411]

O Estrada também possui o Estádio Rui da Costa Rodrigues, o qual até pouco tempo atrás vinha sendo utilizado pelo Atlético Sorocaba. Atualmente o estádio se encontra com conservação apenas razoável e é utilizado pelos sócios veteranos que batem uma bolinha por lá, bem como por uma equipe de base de Sorocaba chamada Vasco da Gama. No mesmo endereço está localizado o conjunto aquático que está bem malhado.


Detalhe da arquibancada coberta do estádio do Estrada. Foto: Orlando Lacanna.


Detalhe agora da arquibancada descoberta do Rui da Costa Aguiar. Foto: Orlando Lacanna.


Placar "eletrônico" do estádio. Genial, um dos mais legais do nosso interior. Foto: Orlando Lacanna.


Vista geral do gramado do estádio aonde ainda acontecem alguns joguinhos perdidos. Foto: Orlando Lacanna.


O Campo do Estrada de outro ângulo. Foto: Orlando Lacanna. [120411]

Tenho um carinho especial por esse clube, pois em 1967 tive a oportunidade de vê-lo em campo por duas vezes, sendo uma no estádio Nicolau Alayon em jogo que o Nacional venceu por 2 a 0 e a outro em São Caetano do Sul, no estádio Lauro Gomes (atual Anacleto Campanella), em jogo com o Saad que ficou no 0 a 0. Nesse segundo jogo, conheci o Anísio que virou um grande amigo e com o qual assisti, ao longo dos anos, inúmeros "jogos perdidos", envolvendo times especiais como: Minister Clube; Grêmio Água Branca de Osasco; Estrela de Piquete; Portofelicense; Municipal de Paraguaçu Paulista; Golfinho de Guarulhos; Aclimação de Santo André; Corinthians de Casa Branca, etc.


Time posado nos anos 60 com seu uniforme número 1. Reprodução: Orlando Lacanna.


Time posado com o belíssimo uniforme número 2 também na década de 60. Reprodução: Orlando Lacanna.

Voltando ao presente, apesar da resposta ser óbvia, perguntei ao pessoal que me atendeu, se havia a possibilidade do Estrada retornar ao futebol profissional. A resposta foi um sonoro não, pois além de não manter nenhuma equipe de base, há na cidade duas equipes de peso que são o Atlético Sorocaba e o São Bento.

Por ora é só.

Abraços,

Orlando (e complemento das informações históricas do Fernando)

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Desafio ao Galo: Força 1-0 Bento Gonçalves

Opa,

Agora sim vamos com o segundo post do fim-de-semana. Graças a não ter acordado no horário programado para ir ao Parque São Jorge pela falta de luz em casa, sobrou-me uma única opção para o domingo de manhã. Mas era "A" opção, já que tinha um jogo pelo espetacular Desafio ao Galo, no campo do CMTC Clube.


Ingresso do Desafio ao Galo, que por incrível que pareça custa 2 pilas, o que mostra o nível de organização do evento. Reprodução: Fernando Martinez.

Para quem não é de São Paulo e nunca ouviu falar nisso, o Desafio ao Galo era um campeonato obrigatório para toda a molecada e velharada dos anos 70 e 80 e que era a opção para o futebol 'alternativo' nas manhãs de domingo pela Rede Record. Só times amadores disputavam todo domingo um jogo no lendário CMTC Clube e quem ganhasse ficava para jogar na semana seguinte. Só saía quem perdia. Nessa brincadeira, o Desafio gerou alguns monstros sagrados da várzea paulistana nos anos 70, como o grande Parque da Mooca, que em 1972 ficou 26 partidas sem perder.

Genial a idéia da Rede Mulher (que transmite os jogos com o Ivan Zimmermann da ESPN e o Juarez Soares) e da FPF, ao resgatar esse campeonato tão espetacular. Melhor ainda que deram um tapa legal no campo do CMTC. Fui lá várias vezes em 2002 e 2003 para acompanhar jogos da falecida Copa Kaiser e o local estava um lixo completo. Agora, com novos bancos de reserva, alambrados e pintura, o lugar ficou até apresentável.

O jogo ontem foi entre o Força e o Bento Gonçalves FC do Tatuapé. O Força é aquele mesmo, o time da Força Sindical, reforçado por alguns veteranos, em que até o presidente da entidade, Paulinho (aquele mesmo, o político) joga. Já o Bento é um time extremamente tradicional da Zona Leste paulistana e conta até com torcida organizada.


Detalhe da torcida "Furacão" do Bento Gonçalves FC. Foto: Fernando Martinez.

Com uma bela torcida, de pelo menos umas 600 pessoas, vimos um jogo bastante disputado. Na primeira etapa, o Bento foi bem melhor, mas não conseguiu transformar esse domínio em gols. Já o Força, por ser um time com um número maior de veteranos, sentiu e não levou tanto perigo ao gol do time do Tatuapé.

No intervalo do jogo, encontrei o Emerson, vindo do Parque São Jorge e que passou lá por 5 minutos só para constatar o que estava rolando. Ele viu apenas uns 3 minutos da segunda etapa. Nesse segundo tempo, o Bento voltou no mesmo esquema, mas só o domínio da bola não significa marcar gols.


Ataque do Bento Gonçalves na segunda etapa. Foto: Fernando Martinez.

Assim, perdendo várias chances e errando muitos passes, o time do Tatuapé deu chances para que o Força pudesse fazer algo. Tanto que, faltando pouco mais de cinco minutos para o final do jogo, num contra-ataque rápido, o time do Força marcou seu único gol no jogo. Um prêmio a um time que não desistiu da partida, mesmo levando pressão do time branco e azul.


Bola cruzada na área com o Bento Gonçalves no sufoco tentando o empate. Foto: Fernando Martinez.

Até o final foi um desespero para o time do Bento Gonçalves, que não conseguia chegar na área. Na única vez que conseguiu, foram claramente prejudicados pela arbitragem, que não marcou um pênalti absurdo a seu favor. O atacante do Bento foi puxado na área e o juizão nada fez. Muita reclamação, mas nada feito... e no final o resultado foi esse mesmo: Força 1-0 Bento Gonçalves. E mais uma semana para o Força no Desafio ao Galo.


Entrada do CMTC Clube, palco lendário do Desafio ao Galo que fica pertinho da minha casa na Avenida Cruzeiro do Sul. Fotos: Fernando Martinez.

No mais, foi só voltar pra casa e assitir o jogo do Corinthians na TV. Bem meia-boca, mas valeu.

Logo mais tem mais...

Fernando

JP e uma rodada dupla corintiana

Buenas!

Os joguinhos estão começando a rarear por aqui, mas ainda está dando para achar alguma coisa. A pedida desse domingo foram duas semifinais, as dos Paulistas sub-15 e sub-17, especificamente Corinthians x Ponte Preta (sub-15) e Corinthians x Mirassol (sub-17), ambas disputadas na Fazendinha.

Vamos lá: o jogo do sub-15 foi de uma equipe só, o Corinthians dominou do começo ao fim e no primeiro tempo a Ponte sequer atacou. Na segunda etapa a equipe campineira esboçou uma pequena reação, mas que foi logo abrandada por mais gols corintianos. Final de partida: Corinthians 4 x 0 Ponte Preta, e o alvinegro merecidamente na final, pois o jogo de ida havia terminado em 1 a 1.


Ataque do Corinthians contra a Ponte pelo sub-15. Foto: Emerson Ortunho.

O sub-17 prometia mais emoções, pois no ano passado o Mirassol havia desclassificado o Corinthians também na semifinal, em pleno Parque São Jorge. (PS: Pós post - O jogo aconteceu exatamente no dia 20/11/04 e com aquele resultado o Mirassol foi para a final contra o Santos). Além desse tempero, tinha o fato de que o time da casa precisava ganhar, já que em Mirassol o placar havia terminado em 1 a 0 para a equipe do interior.

Então, o jogo começou a mil, com um leve domínio corintiano e esse domínio acabou resultando no primeiro gol da partida. Cerca de dois minutos depois o Mirassol empatou o jogo, para deixar tudo ainda mais emocionante. Mesmo com outras várias chances criadas pelas duas equipes, o primeiro tempo terminou em 1 a 1.


Ataque do Mirassol no primeiro tempo pelo paulista sub-17. Foto: Emerson Ortunho.

Na segunda etapa, não demorou muito e o Corinthians marcou o segundo gol. Com o resultado adverso, o Mirassol teve que ir para cima e aí se viu de tudo: bolas na trave, defesas do goleiro, erros dos atacantes, ou seja, todos os ingredientes de uma boa partida de futebol. Porém, o gol do Mirassol acabou não saindo e já nos acréscimos, numa belíssima cobrança de falta, o Corinthians marcou novamente colocando números finais na partida. Final: Corinthians 3 x 1 Mirassol, e a equipe sub-17 do Corinthians também na final.


Destaque para o bom público presente. Na foto ao lado, um tiozinho jogando tênis contra a arquibancada, nesse momento a arquibancada fechava o set em 40 a 15. Fotos: Emerson Ortunho.

Valeu pessoal e estamos na expectativa de ver a tabela do hexagonal final da segundona mineira. Vamos lá federação!

(Pós post 2: Invadindo o post do Emerson só pra dizer que as finais serão contra o Santos (sub-15) e contra o Guarani (sub-17). Nas duas, o Timão joga por dois empates e faz o segundo jogo decisivo em casa)

Abraços!

Emerson