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quinta-feira, 19 de julho de 2018

O primeiro jogo internacional da Portuguesa no Século XXI

Texto e fotos: Fernando Martinez


A história da Portuguesa conta com um sem número de jogos contra equipes estrangeiras. Não à toa o onze rubro-verde é tri-fita azul por conta das vitoriosas excursões de 1951, 1953 e 1954. Apesar disso, o último duelo contra uma equipe estrangeira tinha acontecido em 16 de julho de 1998, um triunfo em cima do Marítimo. Isso até sábado passado.

Quase 20 anos depois, a Lusa voltou a enfrentar um adversário de fora do país, o River Plate do Uruguai. Claro que não podíamos ficar de fora dessa. Assim como a atual enorme equipe de reportagem do JP, um bom número de torcedores foi ver a primeira apresentação do clube desde a terrível campanha na A2 desse ano.

O Club Atletico River Plate foi fundado em 1932 e nunca foi campeão nacional. As melhores campanhas aconteceram em 1992 e 2007-08, temporadas em que chegaram ao vice-campeonato. Nos últimos dez anos foram habitués da Copa Sul-Americana e em 2016 jogaram a Libertadores pela única vez na história. Aqui no blog, uma aparição com a equipe feminina em confronto contra o Formas Íntimas da Colômbia em 2010.


Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP


Club Atletico River Plate - Montevidéu/URU


Mesmo de longe, o trio de arbitragem e os capitães dos times


Teve até troféu para esse amistoso. Nada maravilhoso, mas já quebra o galho

Vindo de dois amistosos em terras tupiniquins (contra Operário de Ponta Grossa e Paraná Clube), os uruguaios queriam vencer a primeira, se aproveitando do fato desse ser a primeira apresentação oficial da Portuguesa com o atual elenco. Entre vários desconhecidos, destaca-se a presença de Robert, veterano atacante com passagem por vários clubes e que estava no Audax no começo do ano.

O clima do Canindé estava muito legal e, assim como fiz na matéria da preliminar (Portuguesa sub-20 1x3 reservas do River), deixo os parabéns para quem teve a ideia de organizar esse amistoso. Inacreditável ver como, ano após ano, os dirigentes pensam pequeno e continuam organizando os péssimos jogos-treino com portões fechados. Sem torcida, o futebol não é nada.

Falando da movimentação dentro das quatro linhas, por conta do retrospecto dos últimos anos, achava que o River Plate poderia complicar as coisas pro escrete paulistano, mas não foi isso que aconteceu. Os uruguaios se mostraram uma equipe com pouco repertório, sem inspiração e mais preocupados em ganhar divididas no grito.


Bola viajando dentro da área do River Plate


Atleta rubro-verde encarando a marcação do camisa 7 Nicolas Rodriguez


Fernandinho chutando para fazer o primeiro da Portuguesa

Não que a Portuguesa tenha sido brilhante, longe disso, porém os locais conseguiram ir bem levando em conta essa ter sido a primeira peleja atuando juntos no semestre. Aos 25 do tempo inicial, Fernandinho fez o único gol da tarde depois de receber um bom passe pela esquerda e chutar na saída do goleiro Perez.

No tempo final a partida ficou mais ríspida e em mais de um momento os jogadores trocaram farpas, chegando perto das agressões físicas. A Portuguesa quase fez o segundo em três momentos, o mais agudo deles aos 23, quando Matheus Rodrigues conseguiu mandar a bola pra fora mesmo com o gol aberto à sua disposição.


Essa foi uma das cenas mais recorrentes no tempo final: discussão e empurra-empurra


Nicolas Rodriguez cobrando falta dentro da área local


David, camisa 17 da Lusa, em falta pela direita


Uma das coisas mais legais do jogo foi voltar a ver uma bandeira tremular na arquibancada. Como essa cena faz falta nos estádios...

No fim, o placar final de Portuguesa 1-0 River Plate/URU mostrou que o técnico Allan Aal tem muito o que fazer com o elenco pensando na disputa da Copa Paulista, que começa no primeiro final de semana de agosto. Mas que foi legal ganhar de uma equipe estrangeira, isso foi.

O ritmo por aqui ainda está low-profile e, por conta do cenário atual de correria no dia a dia (graças ao bom Senhor), o número de coberturas vai ser bem menor do que foi no primeiro semestre. Porém quando pintar um espaço na agenda lá estaremos e assim seguiremos até completarmos 15 anos de vida no próximo mês de novembro.

Até a próxima!

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