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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Copa São Paulo: Ceará faz história e se garante nas sétimas-de-final


A terceira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior foi disputada por 28 equipes, e de todas as partidas realizadas a minha escolha ficou por conta de uma com gostinho de Série B nacional. O Estádio Nicolau Alayon viu o encontro entre Ceará e Joinville, no segundo compromisso entre os dois em apenas dez dias. Isso aconteceu pois ambas as equipes fizeram parte do Grupo 8 na primeira fase, sediado em Porto Ferreira.

A chave terminou com a liderança do time catarinense com sete pontos ganhos, três deles conquistados na vitória pela contagem mínima contra O Mais Querido. Na segunda fase, o JEC eliminou o Confiança e o alvinegro derrotou o poderoso Santos na disputa de pênaltis. Graças ao regulamento surreal, eles voltaram a se enfrentar nessa nova etapa.


Ceará SC (sub-20) - Fortaleza/CE. Foto: Fernando Martinez.


Joinville EC (sub-20) - Joinville/SC. Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Um bom público foi ao Nacional mesmo num dia útil e entre os presentes vale registrar a presença dos amigos Ricardo Espina, Cosme, Nílton e Rodrigo Colucci, todos devidamente instalados numa providencial sombra no canto direito da cancha. A manhã do dia 12 foi um tanto quanto complicada e o que salvou o dia foi acompanhar o meu melhor jogo na temporada até então.

O Ceará começou a mil, mostrando que a classificação contra o Peixe não tinha acontecido por acaso. Logo aos 12 minutos o Vozão inaugurou o placar com o camisa 11 Caio César, o ganhador do Motoradio por ter sido o melhor em campo, depois dele invadir a área pela esquerda e chutar cruzado, sem chances para o arqueiro.

Aos 19 o artilheiro marcou novamente, porém é necessário creditar 90% do gol para o camisa 20 Rafael. Numa bola quase perdida pela direita, ele deu um drible magistral em dois marcadores, passou por outro dentro da área e cruzou para Caio só ter o trabalho de tocar para o fundo das redes.

Quando o árbitro interrompeu a peleja para a famosa parada técnica, o jogo era um. Na volta das equipes passou a ser outro e o cenário mudou completamente de figura com o JEC finalmente aparecendo para jogar. Antes do intervalo, os catarinenses conseguiram a proeza de deixar tudo igual novamente.

O primeiro gol aconteceu aos 34 minutos e foi uma verdadeira pintura. Em falta cobrada na intermediária, Breno recebeu passe curto e chutou de longe, muito longe. A bola fez uma curva sensacional e enganou o goleiro Esaú. Aos 44 foi a vez de Adriano marcar depois de boa jogada individual.


O Ceará atacou bastante pelo lado direito no começo da partida. Foto: Fernando Martinez.


Vozão saindo para o ataque. Foto: Fernando Martinez.


Jogador cearense avançando de uma forma meio estranha. Foto: Fernando Martinez.

O intervalo chegou com o 2x2 estampado no marcador, só que todo o esforço do JEC para neutralizar a vantagem cearense foi por água abaixo em apenas 42 segundos do tempo final. No primeiro ataque alvinegro saiu o terceiro gol. Depois de uma ótima investida pela direita, a zaga do JEC falhou na tentativa de cortar e a pelota sobrou para Caio César encher o pé e completar seu hat trick.

Pensando em segurar a vantagem, o Vovô recuou e chamou o Joinville para seu campo de defesa. Embora tenha ficado com a bola mais tempo nos pés e também criado boas oportunidades, o JEC parou na atuação segura da defesa adversária. Ate o apito final o marcador não foi mais alterado.


Investida do Joinville pela direita no tempo final. Foto: Fernando Martinez.


Pé-de-ferro dentro da área do Ceará. Foto: Fernando Martinez.


O setor defensivo do alvinegro trabalhou bem e neutralizou todas as investidas do JEC. Foto: Fernando Martinez.


Mais um lance no campo de defesa do Vozão. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o placar de Ceará 3-2 Joinville colocou o Time do Povo na quarta fase da Copa São Paulo, confirmando a melhor campanha alvinegra na história da competição em todos os tempos, isso na nona participação do time até hoje. Na quarta fase a equipe enfrenta o Cruzeiro.

Já o JEC não conseguiu superar sua melhor campanha em todos os tempos - um terceiro lugar em 1988 - mas pelo menos emplacou a segunda melhor performance, justamente no ano em que voltou a disputar a competição após dez anos de ausência. Até então, em doze participações, o time havia passado da primeira fase apenas duas vezes.

Ainda colocando a cabeça no lugar eu demorei para voltar para casa. Junto com a dupla Cosme/Mílton fui fazer aquele passeio singular pelo centro de São Paulo, cada vez mais abandonado e cada vez mais sujo. Ficamos um bom tempo zanzando por ali antes de finalmente pegar o caminho do meu lar. O futebol voltou por aqui no domingo, já nas sétimas-de-final da Copinha.

Até lá!

Fernando

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