Procure no nosso arquivo

sexta-feira, 27 de março de 2015

Jogo fraco e vitória da Águia contra o Nacional na capital

Fala, pessoal!

O Campeonato Paulista da Série A3 entrou definitivamente na reta final da sua primeira fase e no meio da semana fui até o Estádio Nicolau Alayon para conferir o encontro entre Nacional e São José, esse o time de número 27 a fazer parte do "Projeto 40" em 2015. Apesar de ser um jogo com muita história envolvida, ele não acontecia pelo estadual há oito anos.

Entre todos os adversários do time ferroviário na A3 desse ano, o São José aparece em terceiro lugar na lista de número de confrontos em todos os tempos, ficando atrás somente de Taubaté e Juventus. O ponto alto dos duelos entre paulistanos e joseenses foi de 1977 até 1987, período em que os dois disputaram vinte partidas.

No Vale ou na capital, os confrontos sempre tiveram imenso equilíbrio. O ponto alto dessa fase foram as duas pelejas no Grupo Amarelo da terceira fase da Divisão Especial de 1987. Comercial e a falecida Votuporanguense também faziam parte daquela chave e o melhor de todos garantiria acesso para a primeirona em 1988.

Os dois fecharam o turno e abriram o returno do grupo. Na ida a Águia venceu pela contagem mínima jogando no Martins Pereira, e na volta, realizada no Canindé (!), um grande público foi até a casa rubro-verde. Público que viu um jogo polêmico, aonde os mais antigos garantem até hoje que o Nacional foi solenemente garfado pela arbitragem. Mílton e Orlando, os precursores dos jogos perdidos nos anos 80, estavam lá e também sustentam essa versão.

O placar final daquela partida foi de 1x1 e duas rodadas depois a Águia conquistou o seu segundo acesso para a elite do estado. Já o Nacional nunca mais chegou tão perto de voltar para a principal divisão do Paulistão, lugar que não ocupa desde o longínquo ano de 1959. Após toda a polêmica os times voltaram a jogar somente em 1995.

Nesse século os dois se enfrentaram de 2001 até 2004 e também em 2007. Sem contar amistosos ou jogos por outros campeonatos, Águia e Naça foram a campo em trinta oportunidades (sem contar o jogo que relatarei aqui, claro), com onze vitórias para cada lado e oito empates. Nos gols marcados, vantagem nacionalina: 30x25.

Voltando ao presente, o 31º confronto entre os dois era fundamental para as pretensões de ambos. O Nacional vinha fazendo uma boa campanha, mas nas últimas três partidas o time tomou gols nos acréscimos. Isso custou nada menos do que cinco preciosos perdidos pelo time da capital, algo que pode custar caro lá no fim da fase. Vencer em casa e espantar essa zica era a palavra de ordem na Água Branca.


Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


São José EC - São José dos Campos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times junto com o quarteto de arbitragem designado para a partida com o árbitro Caio Cesar Mello e os assistentes Paulo Cesar Modesto e Enderson Emanoel da Silva. Foto: Fernando Martinez.


Vale destacar a camisa dos goleiros da Águia relembrando o glorioso Esporte Clube São José. O alvinegro do Vale existiu oficialmente de 1933 até o final de 1976, quando mudou para a denominação atual. Nota 10 para a homenagem. Foto: Fernando Martinez.

A Águia chegou a ocupar a zona de rebaixamento da Série A3 muito por conta dos vários empates, (sete em doze partidas). É, só que a atual sequência de quatro jogos sem derrota afastou o time do Z4 e deixou a agremiação pertinho do G8. Caso a equipe vencesse seu tradicional adversário, a chance de entrar no grupo de oito melhores ao final da rodada seria enorme.

Fui para a Rua Comendador Souza esperançoso em ver um bom jogo, mas o sentimento com a bola rolando foi de frustração. A peleja foi ruim demais, uma das mais fracas que acompanhei em 2015. O São José estava nervoso e pouco mostrou, mas como a proposta do time era mesmo se defender, nem me espantei. Só aos 20 minutos a equipe chegou forte dentro da área em lance de cabeça.

Agora, é fato que a decepção maior foi o desempenho nacionalino. A equipe paulistana não foi nem sombra do time que chegou ao G8 da competição. Os atletas estavam sem nenhuma inspiração e o jogo ficou embolado no meio de campo. Passes demais, muitas vezes desnecessários, e uma falta de objetividade que chegou a dar raiva. Ainda assim, contando com uma Águia que raramente saiu do seu campo, o time teve mais posse de bola no tempo inicial.

Essa situação não se traduziu em lances de perigo. Chance clara de gol? Apenas uma, numa bola cabeceada sem direção pela linha de fundo aos 31 minutos. O primeiro tempo terminou num modorrento e murcho zero a zero. Não aguentei tamanho show de inoperância de pé e fui para as cabines ver o segundo tempo lá do alto.


Jogador do Nacional se esticando todo para dominar a bola em cima da linha da grande área. Foto: Fernando Martinez.


Chute do onze ferroviário sem perigo para o gol do São José. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola dentro da área visitante. Foto: Fernando Martinez.


Boa chegada nacionalina pela direita. Foto: Fernando Martinez.

Não que isso fosse muito difícil, mas o São José equilibrou as forças no tempo final. Aos oito minutos o zagueiro Polidoro Junior foi expulso e deixou o Naça com um a menos. Aos poucos os visitantes foram colocando as manguinhas de fora principalmente em contra-ataques. Aos 17, quase o São José fez o primeiro em chute que tirou tinta da trave esquerda.

Aos 20, o time ferroviário perdeu a melhor oportunidade para abrir o placar quando Emerson Mi, livre e sem marcação, cabeceou para fora uma bola cruzada com açúcar para dentro da área. Na base do "quem não faz, toma", o São José inaugurou o placar aos 34. O time armou uma rápida - e rara - jogada pela esquerda e a bola foi cruzada por baixo na área. Celinho aproveitou o buraco na zaga e tocou de leve, fazendo 1x0.

O gol caiu como uma bomba na cabeça dos atletas locais, que se lançaram ao ataque sem nenhuma objetividade. Aos 40, em outra investida pela esquerda, a bola foi tocada para Maranhão avançar e chutar da entrada da área no canto direito do arqueiro Carlão, que nada pôde fazer.


Jogada no meio de campo já no tempo final. Foto: Fernando Martinez.


Falta que provocou a expulsão de Polidoro Júnior aos oito do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.


Chegada do time da casa. Foto: Fernando Martinez.


Bola estufando as redes no segundo gol do time do Vale do Paraíba, marcado por Maranhão. Foto: Fernando Martinez.

No fim, ganhou o menos pior: Nacional 0-2 São José. O triunfo colocou a Águia em sétimo lugar na tábua de classificação com 22 pontos ganhos. O Naça caiu para a 14ª posição com 18, apenas quatro acima da zona de rebaixamento. Nos cinco jogos que restam o time ferroviário vai enfrentar os dois melhores colocados da Série A3 até aqui: Juventus e Inter de Limeira, uma tarefa super fácil. Fica a dúvida a partir de agora: o lance ainda é pensar numa vaga na segunda fase ou apenas fugir do rebaixamento?

Até a próxima!

Fernando

terça-feira, 24 de março de 2015

GEO derrota o Tupã no Liberatti e entra no G8 da Série A3

Opa,

Quem acessa o JP já sabe que está a todo vapor pelo terceiro ano seguido o "Projeto 40". Na tentativa de assistir in loco pelo menos um jogo de cada um dos quarenta times das séries A2 e A3 montei um imenso e intrincado quebra-cabeça com uma mistura de jornadas tranquilas e outras mais complicadas. Entre todas as opções, há algumas que são únicas, caso de times que vem apenas uma vez para a região.

Mesmo com toda a preguiça do final de semana, consegui forças para acordar cedo no domingo e ir até a cidade de Osasco. Na pauta, outro joguinho do Campeonato Paulista da Série A3, agora no Estádio Prefeito José Liberatti. O Tupã FC veio à Grande São Paulo pela primeira (e única) vez na primeira fase da competição para enfrentar o Grêmio Osasco.

Pior que ano passado foi ainda pior, já que a agremiação tupaense nem viria para a região. Acabei vendo uma vez em São Bernardo do Campo num jogo em campo neutro contra o São José FC. Caso a equipe se mantenha na mesma divisão no ano que vem, já deixo meu apelo ao pessoal do departamento técnico da FPF: por favor, marquem mais jogos do Tupã Futebol Clube perto de casa.

Enfim, para incluir os times de número 25 e 26 (é, também não tinha visto o GEO em 2015) da lista levantei cedo demais. O que era cedo ficou mais apertado por conta de uma natural leseira e do atraso básico para sair de casa. Por sorte moro distante dez minutos a pé da Estação Júlio Prestes da CPTM, e mesmo encontrando pela frente algumas criaturas da noite desgarradas da madrugada consegui entrar no trem segundos antes dele seguir viagem. Uma sorte tremenda.

Por volta das nove e vinte cheguei na Estação Osasco e encontrei o Mílton devidamente fardado com sua bela camisa do Grêmio. Dali rolou aquele táxi esperto até a principal casa do futebol osasquense. Com os times ainda no aquecimento, deu tempo de sobra para fazer todo aquele pré-jogo de sempre com os amigos fiscais e o pessoal da cidade.


Grêmio E Osasco - Osasco/SP. Foto: Fernando Martinez.


Tupã FC - Tupã/SP. Foto: Fernando Martinez.

Falando do jogo, o GEO queria aproveitar o fator campo para tentar somar mais três pontos na competição. Depois de iniciar sua campanha com nenhum triunfo nos primeiros quatro jogos, o time engatou cinco partidas invicto e, de candidatíssimo ao rebaixamento, passou a ser um dos postulantes a uma vaga na segunda fase. Uma nova vitória colocaria a equipe no G8.

Do outro lado o Tupã vem fazendo uma campanha muito abaixo do esperado. O alçapão do Alonso Carvalho Braga não vem dando muito resultado em 2015 e o time venceu apenas dois dos seis jogos disputados lá. Além disso a equipe só ganhou um jogo longe dos seus domínios. Juntando tudo isso temos o time na zona de rebaixamento na maior parte da A3 e em situação complicada em busca da salvação.


Ataque do GEO pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.


Escanteio para os locais no começo do jogo. Foto: Fernando Martinez.


O Tupã sofreu com o rápido ataque local. Foto: Fernando Martinez.

Quando a bola rolou, os 190 pagantes que enfrentaram o indeciso tempo da manhã de domingo viram um bom jogo. No primeiro tempo o Grêmio Osasco teve amplo domínio e o Tupã se limitou a se defender, apostando em raros contra-ataques. Raros mas perigosíssimos, pois a melhor chance dos primeiros 20 minutos foi justamente do time visitante, num chute de Paulo que bateu na trave.

Aos poucos o GEO foi se soltando e nos 25 minutos finais o time levou muito perigo à meta defendida por Alex. Primeiro Henrique perdeu um gol absurdo na entrada da pequena área, mandando a bola na arquibancada livre sem marcação. Depois Nerylon recebeu passe entre os zagueiros e chutou colocado. Alex fez uma defesa sutil e milagrosa.

Quando o primeiro tempo estava prestes a acabar, o domínio do GEO finalmente deu resultado. Léo Ribeiro avançou pela direita e chutou forte. A zaga cortou, a bola bateu na trave e sobrou livre para Wellington abrir o marcador aos 44 minutos. O primeiro tempo terminou com a vantagem parcial para os locais.


Marcação firme do camisa 2 do Tupã em outro ataque local pela lateral. Foto: Fernando Martinez.


Nerylon chutando e Alex fazendo uma defesa milagrosa. Foto: Fernando Martinez.


Léo Ribeiro chutando no lance do primeiro gol do Grêmio. Foto: Fernando Martinez.

Fui para as tribunas do Liberatti para fazer aquela conferência com o Mílton antes do tempo final começar. Dali vi uma surreal discussão entre o camisa 5 Edílson Azul, que estava dentro de campo e tinha acabado de ser substituído, e um dos dirigentes do Tupã que estava num dos camarotes. A coisa foi feia, inclusive com direito ao famoso "me encontra lá fora depois do fim do jogo!". Maracugina neles!

Dentro das quatro linhas o Tupã voltou muito melhor do que o tricolor da Grande São Paulo. Logo no começo Paulo Santos cobrou uma falta e Jéfferson foi responsável por grande defesa, jogando a pelota pela linha de fundo. Na cobrança do escanteio a zaga deu bobeira e Adílson deixou tudo igual.

Com o 1x1 a peleja ficou aberta. As duas equipes alternaram grandes momentos e o segundo gol ficou bem próximo de acontecer. Aos 30 minutos então aconteceu o lance mais polêmico do jogo. Wellington chutou de longe e o camisa 3 David tocou com a mão na bola dentro da área. O árbitro não teve dúvidas: pênalti.

Como já tinha o amarelo, o zagueiro tupaense acabou sendo expulso no lance. O pessoal do interior reclamou bastante, principalmente a comissão técnica e os dirigentes que estavam próximos do local aonde vi o jogo. É, teve muita reclamação, mas nada adiantou. Wellington cobrou a penalidade máxima sem problemas e colocou novamente o GEO em vantagem.


Jogadores do Tupã comemorando o gol de Adílson, marcado aos sete do tempo final. Foto: Fernando Martinez.


De pênalti, Washington fez o segundo do Grêmio Osasco e selou a vitória. Foto: Fernando Martinez.

O tricolor do interior sentiu demais o gol e por pouco não sofreu o terceiro. No fim, a peleja acabou com o placar de Grêmio Osasco 2-1 Tupã. Na gangorra que está sendo a primeira fase da Série A3, o GEO agora é sexto lugar com vinte pontos conquistados. Já os rapazes da Terra do Índio caíram para a 18º colocação por terem sido ultrapassados pela Itapirense. Nada está perdido, mas a equipe precisa melhorar urgentemente sua performance, principalmente em casa.

No rodízio de estações que aconteceu durante todo o tempo que permaneci no estádio (frio, sol, mormaço e de novo frio), na hora de ir embora foi a vez da chuva aparecer de forma bastante inesperada. Como a água está valendo mais do que ouro por essas bandas, voltei na boa e sem preocupação até a Estação Osasco e dali fiz o caminho inverso até chegar em definitivo no meu lar. O restante do domingo foi de muito descanso para fechar bem o fim de semana da preguiça.

Ah, nos próximos dias o "Projeto 40" pode ter o acréscimo de muitas equipes num curto espaço de tempo. Vamos aguardar...

Até a próxima!

Fernando

sábado, 21 de março de 2015

São José FC e Sertãozinho ficam no zero no Martins Pereira

Fala, pessoal!

A 12ª rodada do Campeonato Paulista da Série A3 foi completada na noite da última quinta-feira com o duelo entre São José dos Campos FC e Sertãozinho. Por conta do Projeto 40, minha presença no remodelado Estádio Martins Pereira era extremamente necessária pois se não fosse até lá, a missão de ver os quarenta clubes das divisões de acesso do estado estaria seriamente comprometida.

A ida até o Vale do Paraíba foi na base do sofrimento. Primeiro encarei o sossegado e aprazível trem que vai da Luz até São Miguel Paulista na hora do rush. Sempre é bom ver a educação e prestatividade do povo que pega o coletivo. Dá um orgulho enorme e uma esperança de dias ainda melhores no nosso país.

Cheguei lá feliz com tamanho show de civilidade e encontrei o sumido $eu Natal. Seguimos com o possante 558 até São José dos Campos e o caminho foi percorrido debaixo de uma chuva terrivel, uma espécie de kriptonita para nosso intrépido amigo. Os oitenta quilômetros que separam São Paulo da Capital do Vale foram vencidos em cerca de uma hora e, por sorte, na hora que estacionamos o veículo a chuva parou.

Não via um jogo ali há quase dois anos (Joseense 1x2 Guaçuano em 6 de abril de 2013), muito por conta da reforma feita na temporada passada. Posso dizer com convicção que o local ficou ótimo e bem melhor do que antes. A parte coberta, que contava com tímidas cabines de imprensa, melhorou absurdamente e agora comporta um número muito maior de profissionais.

Os antigos vestiários não existem mais e os times passaram a ficar atrás do gol "da esquerda". As instalações são de primeira linha e infinitamente melhores do que as antigas. Mas o ponto alto de toda a reforma foi a instalação de um novo sistema de iluminação. Fazer foto ali era um inferno e as luzes davam um ar de boate ao estádio. Agora a situação é inversa e dá pra dizer sem medo de errar que o Martins Pereira hoje é dono de uma das melhores iluminações do estado.


Detalhe da parte coberta do "novo" Martins Pereira. O estádio ficou muito bom depois da reforma. Foto: Fernando Martinez.


São José dos Campos FC - São José dos Campos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Sertãozinho FC - Sertãozinho/SP. Foto: Fernando Martinez.

Após conferir de perto todos esses detalhes chegou a hora a bola rolar. São José FC e Sertãozinho vem fazendo ótimas campanhas e são candidatos fortes para ocuparem um lugar na próxima fase. O Touro dos Canaviais ocupava a sexta colocação depois dos resultados da quarta, e o Tigre do Vale precisava vencer para entrar no G8.

A expectativa para uma boa partida era grande, mas nos primeiros trinta minutos os poucos mais de cem torcedores presentes viram um jogo truncado demais e sem nenhuma oportunidade clara de gol. O time visitante tinha uma leve superioridade. Reitero a palavra "leve", pois apesar de mais posse de bola, não rolou nenhum chute com perigo.

O jogo só foi melhorar mesmo depois dos trinta minutos. O Tigre acordou e quase abriu o placar em dois momentos bem agudos. Primeiro o goleiro Cleriston fez milagre em bola levantada da esquerda, mandando no susto para escanteio. Na cobrança do córner, a pelota foi tocada no primeiro pau e a zaga afastou em cima da linha.


Zagueiro do Sertãozinho protegendo a bola em chegada do São José FC pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Matada de bola meio sem jeito no ataque joseense. Foto: Fernando Martinez.


Boa cobrança de falta para o time do Vale. Foto: Fernando Martinez.


Bola levantada na área do time visitante. Foto: Fernando Martinez.

O Sertãozinho não se intimidou e chegou perto do gol nas duas últimas chances do tempo inicial, ambas assustando o goleiro França. Sem o toque final estar calibrado, o primeiro tempo terminou como começou. Para o segundo saí do campo e fui para as numeradas ver o jogo com o cibernético $eu Natal, mais preocupado com suas postagens no Facebook do que com a peleja em si.

Enquanto ele atualizava seu perfil na rede social o segundo tempo começou com o São José FC melhor em campo. O Sertãozinho se encolheu no campo de defesa e viu os donos da casa chegarem mais perto da abertura do placar. Só que o Tigre insistia demais nas bolas alçadas na área, todas facilmente neutralizadas pelo sistema defensivo visitante.

Cleriston se tornou o maior nome do jogo fazendo defesas seguras que impediram a vitória do onze local. Mesmo com todo esse domínio joseense a chance mais clara de gol ficou por conta do Sertãozinho em lance no crepúsculo da peleja. Ray avançou pela esquerda e chutou cruzado. A bola passou por França e caprichosamente tirou tinta da trave esquerda.


Um dos vários ataques do time da casa pelo alto no tempo final. Foto: Fernando Martinez.


Investida pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.


Chute de longe para o São José FC. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o jogo terminou em São José FC 0-0 Sertãozinho, o meu primeiro sem gols nessa temporada. O murcho empate deixou o Touro na sexta colocação com 19 pontos e manteve o time do Vale fora do G8 com 17 pontos conquistados. Agora faltam sete jogos para o final dessa fase.

São Pedro voltou a abrir as torneiras com o fim da partida e voltamos para a capital bandeirante com mais chuva em boa parte do trajeto. Ainda deu tempo para o motorista da rodada se perder na entrada da Marginal Tietê, o que atrasou minha chegada em casa em mais de meia hora. Algo normal em se tratando do icônico amigo.

Até a próxima!

Fernando

terça-feira, 17 de março de 2015

Em dia de Fumagalli, Guarani volta ao G4 da Série A2

Fala pessoal!

Graças ao apertado cronograma do Projeto 40, no sábado saí da Grande São Paulo para assistir um jogo do Campeonato Paulista da Série A2 na cidade de Campinas. Como perdi o União Barbarense jogando no ABC lá no começo da competição, não restou outra alternativa a não ser ir até o Estádio Brinco de Ouro da Princesa para acompanhar a peleja do Leão da 13 contra o Guarani. Os dois se tornaram os times 21 e 22 da minha missão nessa temporada.

A "troca" acabou sendo boa, pois o jogo reuniu dois times que estão brigando diretamente pelo acesso em 2016. Nas nove rodadas já disputadas, a performance de ambos é distinta. O Bugre começou a A2 com três vitórias mas venceu apenas dois dos seis jogos seguintes. Já o Leão da 13 ganhou na estreia, passou quatro jogos sem vencer e depois engatou quatro triunfos seguidos, subindo absurdamente na tábua de classificação.


Guarani FC - Campinas/SP. Foto: Fernando Martinez.


União A Barbarense FC - Santa Bárbara D'Oeste/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães das equipes com o trio de arbitragem composto por Guilherme Ceretta de Lima, Raul Mena Barreto e Gilson Fuzaro Junior. Foto: Fernando Martinez.

Junto com o Luiz, segui de busão até a Cidade das Andorinhas e lá Luciano Claudino, o fotógrafo das estrelas da região, nos encontrou na rodoviária. Aliás, grande honra acompanhar um jogo do campeão brasileiro de 1978, o único do interior do país, junto com o amigo campineiro.

A tarde sem sol e com garoa acabou fazendo com que pouco menos de quatro mil pessoas pagassem ingresso para a peleja, mas todas foram brindadas com uma apresentação repleta de emoção, uma das melhores que vi até aqui em 2015. Empolgado com a vitória na rodada anterior e com a chance de voltar ao G4, o time da casa jogou melhor durante o tempo inicial.


Jogador do União levitando no seu campo defensivo. Foto: Fernando Martinez.


Olhar atento dos jogadores na pelota. Foto: Fernando Martinez.


O Guarani atacou muito pela direita durante o tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.

Enquanto o União teve poucos momentos lúcidos no ataque, o Bugre teve mais posse de bola e chegou com mais perigo dentro da área visitante. O domínio era local, mas o gol teimava em não sair. O destaque bugrino, para variar, era o camisa 10 Fumagalli. E foi justamente ele quem fez a primeira festa no Brinco de Ouro.

Aos 35 minutos o atacante Nunes foi deslocado na entrada da área. A cobrança da falta ficou por conta do meia alviverde. A batida foi primorosa e a bola entrou no canto esquerdo de Walter, que se esticou todo mas não chegou a tempo de fazer a defesa. No intervalo, a vantagem mínima era local.


Disputa de bola dentro da área visitante. Foto: Fernando Martinez.



Walter tentou, mas a cobrança de falta de Fumagalli aos 35 do primeiro tempo foi perfeita. A comemoração foi à altura da beleza do gol que abriu o marcador no Brinco de Ouro. Fotos: Fernando Martinez.

No tempo final o técnico Waguinho Dias arrumou o União e o Guarani recuou. Esse combo poderia ter se tornado fatal para as pretensões campineiras, já que o alvinegro de Santa Bárbara D'Oeste jogou muito, mas muito melhor do que o Bugre. Quem salvou a pátria bugrina foi o veterano goleiro Neneca.

O camisa 1 conseguiu impedir que o Leão da 13 empatasse a peleja desde os primeiros movimentos do segundo tempo. O destaque ficou por conta de duas intervenções milagrosas do arqueiro em chutes à queima-roupa. De tanto insistir, o União foi premiado com o gol de empate num chutaço de fora da área do camisa 9 Rodrigo Maranhão aos 36 minutos.


O União Barbarense não cansou de fazer falta na entrada da área. Mas nessa cobrança nada aconteceu. Foto: Fernando Martinez.


Boa saída de Walter em ataque bugrino no fim da partida. Foto: Fernando Martinez.

O Guarani se lançou ao ataque tentando o segundo gol mas esbarrou na pouca precisão das duas finalizações. Ao término do tempo regulamentar o árbitro Guilherme Ceretta de Lima deu cinco minutos de acréscimo e tudo indicava que o marcador não seria alterado novamente.

É, parecia. Numa bola espirrada em direção à área do União, Marcos Alemão fez uma falta boba em cima do capitão bugrino. Decorridos 49 minutos, o veterano atleta tinha outra chance para mostrar sua categoria. Torcida e comissão técnica prenderam a respiração esperando o momento para soltar o grito da garganta. Fumagalli conseguiu transformar toda a tensão em alegria com mais uma cobrança perfeita, colocando a bola milimetricamente no ângulo esquerdo de Walter. Um golaço! O União ainda teve uma enorme chance de deixar tudo igual novamente no lance seguinte, mas estava escrito que a vitória tinha que ser bugrina nesse 14 de março.



Walter até pulou, mas ele não teve como evitar o segundo gol de Fumagalli aos 49 do segundo tempo. A catarse bugrina com o gol da vitória dentro e fora de campo foi de arrepiar. Fotos: Fernando Martinez.


Placar final da grande partida. Destaque para o sensacional placar eletrônico do Brinco de Ouro. Foto: Fernando Martinez.

O Guarani 2-1 União Barbarense colocou o Bugre de novo no G4 agora com dezenove pontos conquistados, cinco abaixo da líder Ferroviária e um acima do Independente, quinto colocado. O Leão da 13 caiu para a sétima colocação com os mesmos dezoito pontos de antes. O campeonato passou da metade nessa rodada e o nível da competição está cada vez melhor.

Como ir em Campinas e não ir no Gordão <momento merchan off> é como ir até Roma e não ver o Coliseu, fui com os amigos Luiz e Claudino até a genial lanchonete e ali consegui matar a fome de forma brilhante. Satisfeitos, voltamos para a rodoviária e às nove e meia já estava no coletivo com destino à capital.

Graças à brilhante confecção de tabelas por parte da FPF, no domingo não teve absolutamente NADA para assistir por essas bandas. Isso pelo menos me deixou apto para descansar de modo glorioso com uma sequência matadora de películas já esperando o começo de uma nova semana.

Até a próxima!

Fernando

sexta-feira, 13 de março de 2015

Na base do sufoco, Flamengo derrota a Francana na A3

Fala pessoal!

Nesse meio de semana fui de novo até a cidade de Guarulhos para a segunda cobertura seguida do JP no Estádio Antônio Soares de Oliveira. Tentando se recuperar da derrota do domingo, o Flamengo recebeu a lanterna Francana, o 20º time a fazer parte do "Projeto 40", querendo vencer depois de três pelejas e espantar a zica em grande estilo.


AA Flamengo - Guarulhos/SP. Foto: Fernando Martinez.

Antes de falar da jornada em si, preciso mencionar a trágica campanha da genial Francana. A Veterana vem fazendo nada menos do que sua pior campanha em todos os tempos no estadual. A centenária equipe, gloriosa campeã da Intermediária em 1977 e com uma vasta história do futebol paulista, quase desistiu do certame e está prestes a ser rebaixada para a quarta divisão pela primeira vez.

Nas nove partidas realizadas até então, a equipe empatou duas e perdeu as outras sete. Essa pífia performance é apenas o reflexo de uma sucessão de incontáveis erros que vem de longe. Se o time não conseguir um milagre, seguirá o triste exemplo de XV de Jaú, Noroeste, América, entre outros.


AA Francana - Franca/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times junto com o árbitro Emiliano Alves Costa, os assistentes Wellington Bragantim Caetano e Marco Antonio Ianez e o quarto árbitro Hércules Ribeiro Paulino. Foto: Fernando Martinez.

Para ver esse jogo, o nono entre os dois no histórico das divisões de acesso, fui até Guarulhos com o amigo Victor. Contando com a inesperada rapidez dos coletivos que saem do Metrô Armênia chegamos nas proximidades do campo do Flamengo super rápido. Como faltava quase uma hora para o apito inicial, deu tempo de fazer aquele sempre saudável almoço natural.

Devidamente credenciado fiz as fotos oficiais e escolhi por motivos óbvios acompanhar o ataque flamenguista, imaginando que o time teria mais chances que o onze visitante. O que eu e mais ninguém esperava era que a Francana fizesse uma apresentação ótima e com muita força ofensiva.


Um dos vários ataques da Francana no começo da partida. Foto: Fernando Martinez.


Escanteio para o Corvo. Foto: Fernando Martinez.

Encurralado no seu campo de defesa, sem meio-campo e com os atacantes pouco inspirados, o Fla não viu a cor da bola na maior parte do tempo. A Veterana criou muitas chances para abrir o placar. Rolou bola na trave, chutes desperdiçados dentro da área e três grandes defesa do goleiro Alonso.


Grande oportunidade do time visitante desperdiçada no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.


Zagueiro da Veterana mostrando sem querer as travas da chuteira para seu goleiro. Foto: Fernando Martinez.

O primeiro chute do Flamengo aconteceu somente aos 42 minutos e teve defesa tranquila de Pedro. No último lance antes do intervalo, no melhor esquema "quem não faz, toma", o rubro-negro abriu o marcador. Bryan fez grande jogada pela direita e chutou no ângulo direito do arqueiro visitante. Um golaço.


Bryan atacando pela direita, segundos antes de abrir o marcador. Foto: Fernando Martinez.

Pensei que a Francana sentiria a desvantagem no placar e voltaria para o segundo tempo mais desanimada, mas me enganei redondamente. A equipe manteve a pegada e continuou ocupando o setor defensivo do Corvo. Alonso continuou mostrando serviço, principalmente em dois chutes de longe muito perigosos.


Jogada pela esquerda do ataque rubro-negro. Foto: Fernando Martinez.

O Fla não conseguia assustar, e na única vez que o time chegou com perigo durante o tempo regulamentar o atacante Billy perdeu um gol que até eu, contando minha forma física atual, faria sem problemas. Bryan avançou pela direita e tocou para o meio da área. Sem marcação e com o gol completamente livre, ele se atrapalhou com a bola e desperdiçou a maior chance flamenguista na peleja.


Início de ofensiva local no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.


Zagueiro guarulhense protegendo a pelota. Foto: Fernando Martinez.

Os visitantes continuaram buscando a igualdade até que sofreram o injusto golpe final aos 48 minutos. O rubro-negro conseguiu encaixar seu primeiro contra-ataque na peleja e a pelota sobrou para Billy se redimir e marcar seu terceiro gol na Série A3. Final de jogo, Flamengo 2-0 Francana.

Com a vitória o time guarulhense subiu para a nona posição somando agora quinze pontos. A Veterana se afunda ainda mais na zona de rebaixamento com os mesmos dois pontos e ainda sem nenhuma vitória nas dez partidas que disputou. Realmente parece que não há nenhuma luz no fim do túnel para a gloriosa agremiação.

Até a próxima!

Fernando