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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

JP na surreal final da Sul-Americana entre Ponte e Lanús

Opa,

Na quarta-feira passada todos que curtem futebol alternativo na capital paulista e adjacências tinham um dever cívico. Ir ao Estádio Paulo Machado de Carvalho curtir a primeira partida da grande final da Copa Sul-Americana 2013. O inesperado duelo entre Ponte Preta e Lanús foi talvez o ápice da surrealidade futebolística da temporada.


AA Ponte Preta - Campinas/SP. Foto: Fernando Martinez.


CA Lanús - Buenos Aires/ARG. Foto: Fernando Martinez.

Ninguém, nem o mais fanático ponte-pretano poderia imaginar que a Macaca iria chegar nessa decisão. Após eliminar Criciúma, Deportivo Pasto, Velez Sarsfield e São Paulo, esses dois últimos de forma surpreendente, a equipe se credenciou para ter chance de conquistar o primeiro título internacional em todos os tempos.


Quarteto de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Apesar de ter conquistado o Campeonato Paulista do Interior de 1927 e a difícil segunda divisão em 1969, a Ponte ainda carrega o estigma de ser "vice" após perder as finais do estadual na elite em 1970, 1977, 1979, 1981 e 2008 e da segundona em 1951, 1989 e 1999. Disposta a mudar essa escrita de uma vez, a torcida invadiu a capital numa noite absolutamente histórica.


Belo mosaico preparado pelos torcedores da Macaca. Foto: Fernando Martinez.

Quase 30 mil pessoas foram ao Pacaembu ver o jogo, transformando o velho palco paulistano na casa campineira por uma noite. Foi a primeira decisão da Ponte no Pacaembu desde 1961, quando jogou e perdeu na prorrogação para a Prudentina no terceiro jogo da final da segundona daquele ano. Com tudo isso, claro que o JP não iria ficar de fora dessa peleja.


Zaga ponte-pretana neutralizando ataque do Lanús. Foto: Fernando Martinez.

Apesar de ter ficado junto com os figuras Matheus e Ricardo Espina na parte coberta do estádio, uma série de amigos e conhecidos se espalhou pelo Pacaembu para também fazer parte da história. Do JP, o Estevan e o seu Natal se fizeram presentes, o quarteto mágico Mílton, Renato, Luiz, Nílton ficou juntinho no tobogã além do Colucci e até do mito Guilherme, o Frango Selvagem do Rock and Roll... Ninguém queria jogar fora essa chance única.


Boa chance da Macaca pelo alto. Foto: Fernando Martinez.

Dentro de campo, brasileiros e argentinos fizeram uma partida embolada, equilibrada e bem mais ou menos durante os primeiros 45 minutos. Mais objetivo, o Lanús provocou arrepios em toda a torcida da casa em rápidas investidas pelas laterais. Num desses ataques, Santiago Silva perdeu um gol na pequena área que até um manco faria de olhos fechados, ao tocar para fora mesmo sem goleiro.


Mais um escanteio, agora para a Ponte. Foto: Fernando Martinez.

Fellipe bastos, camisa 15 da Ponte, foi o jogador mais perigoso do onze local mas desperdiçou a melhor oportunidade alvinegra. Após 45 minutos, o intervalo chegou sem a abertura do marcador. Na etapa final a Ponte acordou e voltou muito melhor, infernizando a zaga visitante.


Ataque rápido do time da casa pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Só que depois de uma falta boba na entrada da área, o Lanús abriu o placar em belíssima cobrança do zagueiro Goltz. Com 1x0 contra, demorou um pouco para que a Ponte voltasse a colocar a cabeça no lugar. Quando colocou, Fellipe Bastos deu o troco e empatou a peleja em outro golaço após cobrança de falta.




O gol de empate da Ponte em três momentos: a preparação para a cobrança da falta, a bola estufando as redes e a comemoração de Fellipe Bastos e seus companheiros. Fotos: Fernando Martinez.

Ele mesmo quase virou o placar a favor da Macaca aos 41, quando acertou um tirambaço na trave, mas no fim, o jogo terminou mesmo em Ponte Preta 1-1 Lanús. Vitória para qualquer lado dará o caneco ao time vencedor e um novo empate na Argentina levará a decisão para a prorrogação. Nada está definido.


Placar final da primeira final da Copa Sul-Americana. Foto: Fernando Martinez.

Ainda na vibração da torcida, saímos do Pacaembu pelo portão principal e vimos um mar de dezenas e dezenas de ônibus aguardando para começar a viagem de volta até Campinas. Milhares de pessoas estavam ali num clima que fez lembrar tempos mais remotos aonde o futebol era outro muito diferente do atual. Foi algo espetacular de se ver...

Até a próxima!

Fernando

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