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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O polêmico regulamento da Série A1 2014

Fala, pessoal!

A FPF acabou de realizar o sorteio dos grupos do Campeonato Paulista Série A1 2014. Tudo bem que teremos menos datas disponíveis para o estadual por causa da Copa do Mundo e tudo mais, mas bem que o regulamento poderia ter sido um pouco mais analisado pelos responsáveis e muito mais caprichado, certo?

No esquema atual, podemos ter o absurdo de ver quatro times de uma mesma chave rebaixados. Pior... Um dos rebaixados estaria nas quartas-de-final e com chance de ser campeão da competição. Isso mesmo, amigos, na temporada 2014 podemos ver um time campeão paulista e rebaixado para a Série A2 ao mesmo tempo. Surreal, certo? Uma anomalia, sem sombra de dúvida.

Vamos lá, o problema são as tais "19 datas"? Tudo bem... A Série A1 nem é o foco das publicações do JP, mas fazemos questão de dar nossa opinião nesse assunto, prestando um serviço para o pessoal que elaborou o regulamento atual. Criamos um regulamento mais justo e eficaz para um campeonato de 20 times com apenas 19 datas disponíveis:

- No primeiro turno da primeira fase, os 20 times são divididos em duas chaves de dez equipes cada. Jogam contra os times do próprio grupo em turno e os campeões de cada um deles fazem a final do turno. Para essa fase, seriam utilizadas 10 datas.

- No segundo turno da segunda fase, jogam apenas os seis primeiros colocados de cada chave. Os times jogam agora contra as equipes do outro grupo. Os campeões dessas chaves disputam a final do returno. Para essa fase, seriam utilizadas 7 datas.

- Campeão do primeiro turno enfrenta o campeão do segundo turno na grande final do campeonato em jogos de ida e volta, totalizando 2 datas. Somando todas as datas utilizadas, opa, usamos as "míseras" 19 datas disponíveis.

- Faltou falar do rebaixamento. Então, os oito times que "sobraram" do primeiro turno da primeira fase seriam divididos em duas chaves de quatro times cada, se enfrentando em ida e volta dentro do grupo. os dois últimos de cada grupo são rebaixados para a A2 2015. Aqui seriam necessárias seis datas, as mesmas do segundo turno da segunda fase.

O legal é que aí dava até para a FPF incrementar o seu principal campeonato com taças para os times que ganhassem o primeiro e segundo turno, algo esquecido através dos tempos. Simples não? Pode não ser justo e blá-blá-blá, mas com certeza é um campeonato com regulamento muito melhor do que o divulgado hoje.

Até a próxima!

Fernando

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Audax elimina o Juventus e está na semi da Copa Paulista

Fala, pessoal!

Num final de semana fraco futebolisticamente falando, a jornada esportiva do JP se resumiu a apenas um único joguinho. Fui até o Estádio Conde Rodolfo Crespi no domingo cedo ver o combate decisivo entre Juventus e Audax na peleja de volta das quartas-de-final. Para muitos, uma batalha do "bem contra o mal" no sagrado gramado da Rua Javari.


CA Juventus - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Audax EC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.

No primeiro jogo, que também teve cobertura do JP, o Audax venceu por 2x1 e agora precisava apenas de um empate para se classificar para a semi-final. O Moleque Travesso precisava de uma vitória simples para manter o sonho do segundo título no certame ainda vivo. A equipe buscava também quebrar uma série de cinco jogos sem vitória contra a ex-equipe do Abílio Diniz.


O árbitro Vinicius Furlan, os assistentes Vicente Romano Neto e Claudenir Donizeti da Silva, o quarto árbitro Jander André Bandeira e os capitães dos times posando para as lentes do JP. Foto: Fernando Martinez.

Mesmo empurrado pela maior parte dos quase 2.700 torcedores presentes, o Juventus não conseguiu fazer um jogo para marcar época. A equipe entrou em campo nervosa e ataques eram desperdiçados por pura afobação.


Ataque aéreo do Audax no começo da partida. Foto: Fernando Martinez.

O Audax jogou na boa e sofreu poucos sustos durante a etapa inicial. Jogando bem nos contra-ataques, levou relativo perigo à meta defendida por Fernando Henrique. Num clima mais ameno do que eu esperava, os primeiros 45 minutos seguiram sem maiores polêmicas ou emoções.


Marcação grená sob o olhar atento da torcida na Javari. Foto: Fernando Martinez.

Somente no último lance do tempo inicial o grito de gol saiu. Mas para a tristeza dos juventinos, foi o Audax quem saiu na frente, ampliando ainda mais a vantagem em busca da classificação. Caio acertou um belíssimo chute de fora da área, colocando a pelota no canto esquerdo do arqueiro.


Atletas do Audax comemorando o primeiro gol da equipe. Foto: Fernando Martinez.

Se a equipe local precisava de um único gol em 90 minutos, agora precisaria de dois em 45. Apesar da expectativa, o segundo tempo começou com o futebol grená ainda bastante insípido. Na melhor chance local até então, o camisa 11 Fernandinho perdeu um gol feito na pequena área, daqueles que eu e você que está lendo esse texto faríamos facilmente.


Fernandinho, à direita na foto, conseguiu perder um dos gols mais feitos de 2013 nesse lance. Foto: Fernando Martinez. Ao invés de chutar, ele travou a bola. Foto: Fernando Martinez.


Zaga do Audax afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.

A torcida local só teve motivos para a primeira comemoração da manhã com a expulsão do camisa 4 do Audax João Paulo aos 20 minutos. Só que nem isso foi capaz de injetar ânimo nos atletas locais. O tempo foi passando e parecia que os dois times ainda tinham o mesmo número de atletas.


Grande defesa de Felipe Alves em chute de longe do ataque grená. Foto: Fernando Martinez.

Após o 35º minuto começou rolar aquela famosa pressão na base do bumba-meu-boi, a única alternativa restante para o Juventus. O contestado goleiro do Audax Felipe Alves fez belíssima defesa aos 40, mas aos 43 ele mandou um golpe de vista maroto e o time da casa empatou. Após falta da direita, a bola foi alçada na área e Arthur deixou tudo igual, dando um alento de esperança para a torcida.


Na base do desespero, o Juventus tentou a virada nos minutos finais. Foto: Fernando Martinez.

Vimos minutos de desespero e duas grandes oportunidades para a virada, mas no fim, o resultado de Audax 1-1 Juventus eliminou o Moleque Travesso da Copa Paulista. Apesar do segundo semestre infinitamente melhor do que a trágica campanha na Série A2, o time juventino ficou muito aquém do esperado. Vamos aguardar como será o planejamento para a dura temporada de 2014 na Série A3.

Em busca do título que escapou em 2012, o Audax agora joga contra o Grêmio Osasco na semi disputando de uma vaga na grande decisão. E aí que está a grande ironia do momento. O GEO comprou o time paulistano e, ao que tudo indica, jogará a A1 de 2014 através da já famosa "fusão" dos dois.

O "ponto alto" do duelo é que se tudo que ouvimos nos bastidores se confirmar, o GEO terá que torcer para o Audax ser campeão da competição para ir para a Copa do Brasil de lambuja. Isso acontece pois se o antigo PAEC conquistar o caneco, ele terá garantida uma vaga na Copa do Brasil 2014, além da vaga já garantida na Série A1 estadual. Como será o atual Grêmio Osasco que pegará essa vaga na elite com a criação do "Grêmio Osasco Audax", ele também herdaria essa vaguinha na competição nacional. Bizarro, não?

Não teria sido mais prudente aguardar o desfecho da Copa Paulista para o anúncio da tal "fusão"? Com uma disputa dessas, não existe um enorme conflito de interesses que deixa toda a esportividade e credibilidade do certame ir para o ralo? Simples decisões que deixariam a situação mais cristalina, isenta e livre de dúvidas.

Claro que tudo pode mudar, ainda mais nesse volátil mundo dos bastidores do futebol, mas que todo o cenário é surreal, isso é. Bastava a FPF baixar uma resolução dizendo que qualquer "compra" ou "fusão" de times significaria a queda para a última divisão que nada disso aconteceria. Apesar da esperança, sinceramente duvido que isso seja alterado algum dia.

Enquanto essa data não chega, o futebol sai de dentro das quatro linhas e vai sendo tocado primordialmente nos bastidores, em "fusões" ou em parcerias muito estranhas. Uma pena termos chegado nesse ponto.

Até a próxima!

Fernando

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Centro Olímpico se recupera e goleia a Tuna Luso no Pacaembu

Opa,

A segunda fase do Campeonato Brasileiro Feminino começou e com ela chegou a chance de vermos de pertinho confrontos sensacionais. Nossa primeira cobertura nessa nova etapa foi numa partida absolutamente imperdível entre Centro Olímpico e a genial Tuna Luso Brasileira, equipe paraense que era um sonho de consumo do que vos escreve desde sempre, no Estádio Paulo Machado de Carvalho.

Foi a primeira vez que alguma categoria da Águia Guerreira veio ao estado de São Paulo desde o ano 2000 e a primeira aparição na capital bandeirante desde 1984. Apesar de não ser o time masculino, campeão paraense dez vezes e duas vezes campeão nacional, o que vale mesmo é que a instituição em si esteve presente e isso já vale demais para nossa "coleção" de agremiações.


A Centro Olímpico (feminino) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Tuna Luso B (feminino) - Belém/PA. Foto: Fernando Martinez.

A Tuna conquistou a vaga após terminar a primeira fase na vice-liderança do Grupo 4 do certame (o líder foi o Tiradentes/PI), somando três vitórias em quatro jogos. O ADECO foi o primeiro colocado do Grupo 1 marcando a melhor campanha entre os 20 participantes 100% de aproveitamento. Só que na estreia da atual fase, as paulistanas perderam a invencibilidade para o São José. Já as paraenses venceram em casa o São Francisco/BA.


Capitãs das equipes e quarteto de arbitragem paulista para o jogo com a árbitra Katiucia da Mota Lima, as assistentes Renata Ruel de Brito e Maria Núbia Ferreira Leite e a quarta árbitra Regildênia de Holanda Moura. Foto: Fernando Martinez.

Pouco antes do jogo um temporal caiu nas redondezas do Pacaembu e, obviamente seguindo a Lei de Murphy, eu estava no meio da rua. Conforme o horário marcado para a peleja se aproximou, o sol voltou a brilhar no charmoso estádio e pude acompanhar a peleja me secando à beira do gramado sem maiores problemas. Querendo se reabilitar, o Centro Olímpico começou o jogo a 200 km/h e antes mesmo do primeiro minuto já abriu o marcador.


Início da jogada do primeiro gol do Centro Olímpico. Foto: Fernando Martinez.

Paty fez grande jogada pela esquerda e cruzou a bola para o meio da área. A camisa 10 Gabi apareceu livre entre as zagueiras e fez o primeiro das paulistanas. A Tuna, ainda zonza pela blitz local, demorou para ver a cor da bola. Até os 30 minutos somente o ADECO jogou. Em meio a vários gols perdidos, a camisa 17 Tipa fez o segundo tento aos 26.


Comemoração pelo gol de Gabi, o primeiro das donas da casa. Foto: Fernando Martinez.


Chute de longe da bela camisa 4 do ADECO Calan. Foto: Fernando Martinez.

Aos 31 aconteceu a primeira chance de gol paraense, que contou com a preciosa colaboração da goleira Thaís. Ela vacilou ao tentar dominar a bola na entrada da área e por pouco não foi surpreendida pela atacante da Águia. Esse lance acordou a Tuna, e aos 33 Cássia, camisa 9 da equipe, diminuiu. O gol animou as meninas do norte do país e dali até o final do primeiro tempo o que se viu foi o domínio visitante. Para sorte do Centro Olímpico, o primeiro tempo terminou ainda com o placar apontando 2x1.


Outra jogada da camisa 77 Paty pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

O segundo tempo começou com o sol batendo forte no estádio. O astro-rei acabou iluminando também o futebol do time local. O Centro Olímpico colocou ordem na casa e não deu sopa pro azar. A equipe jogou muito bem e ocupou o setor defensivo paraense. Chegamos ao ponto de ver quase uma roda de "bobinho" dentro da área da Tuna, tamanha era a facilidade encontrada.


Boa intervenção da goleira Rosany em chute de longe do escrete paulistano. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola no ataque local. Foto: Fernando Martinez.

Nesse esquema, o ADECO anotou mais três vezes. Tamires, convocada de última hora para a disputa do amistoso da seleção nacional com os Estados Unidos no próximo dia 10, marcou aos 20 e aos 33 minutos. Gabi marcou o seu segundo gol e fechou a goleada de recuperação do time paulista aos 36.


Início da jogada do quarto gol do Centro Olímpico, marcado por Tamires. Foto: Fernando Martinez.


Placar final da sensacional peleja no Pacaembu. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Centro Olímpico 5-1 Tuna Luso. A vitória deixou a equipe paulistana na vice-liderança do Grupo 5 com três pontos ganhos, na frente das paraenses, que possuem a mesma pontuação, no saldo de gols. O São José é líder com seis e o São Francisco lanterna com nenhum ponto. Agora a competição agora terá uma pausa e voltará apenas no dia 13 de novembro. Com certeza ainda marcaremos presença em algumas partidas dessa fase.

Até a próxima!

Fernando

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Portuguesa e Vitória ficam no empate no Canindé

Opa,

Domingo passado fui mais uma vez ao Estádio Osvaldo Teixeira Duarte para um joguinho da Portuguesa no Campeonato Brasileiro, agora contra o Vitória da Bahia válido pela 30ª rodada. Depois de quebrar minha sequência pessoal de 10 partidas vistas na sequência no Canindé no confronto contra o Goiás, o retorno era obrigatório.


Times perfilados para o Hino Nacional Brasileiro. Foto: Fernando Martinez.

Contando apenas pelejas pela principal divisão do nacional, a Portuguesa se tornou freguesa dos baianos nos últimos 17 anos. De 1996 pra cá foram 13 confrontos e o time paulista venceu o rubro-negro apenas uma vez, por 3x2 na edição 1991 do certame, sendo derrotada sete vezes. Bizarro é que isso acontece apenas na Série A, pois na Série B, aonde o duelo aconteceu cinco vezes de 2005 até 2011, a Lusa não perdeu nenhuma.


Abraço simbólico entre os atletas, ato que aconteceu nos 10 jogos da 30ª rodada do Brasileirão 2013. Foto: Fernando Martinez.

Na quente noite do domingo, 3.687 torcedores pagaram ingresso mas não viram uma atuação de encher os olhos por parte do time local. Na maior parte do tempo o futebol apresentado lembrou o horrendo período rubro-verde no primeiro turno. O Vitória se aproveitou e chegou ao primeiro gol aos 18 minutos. O setor ofensivo armou bela jogada que terminou com o chute de Luís Cáceres.


Ataque lusitano pelo alto no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O primeiro tempo foi fraco e terminou com a vantagem parcial para os visitantes. No segundo a Portuguesa melhorou um pouco, mas cometeu um erro que por pouco não se tornou fatal: deixou o setor defensivo vulnerável aos contra-ataques baianos.


O mito Sardinha, a entidade que vive apenas dentro do estádio lusitano, em mais um momento de tranquilidade e muita serenidade nas arquibancadas. Foto: Fernando Martinez.

Sem exagero nenhum, o Vitória perdeu dois gols que podem facilmente ser classificados como "imperdíveis". O amigo Mílton, sempre atuando como uma espécie de profeta soltou que "essas oportunidades fariam falta". Dito e feito. Num dos primeiros ataques perigosos da Lusa a bola foi cruzada da direita e a zaga visitante falhou. Ligado no lance, Moisés se aproveitou e encheu o pé para deixar tudo igual no marcador aos 17 minutos.


Ataque local no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

O empate fez com que o jogo ficasse ainda mais aberto e vimos mais uma série de chances desperdiçadas pelo Vitória. Embora a Lusa também tenha perdido algumas, no fim o empate não foi nada trágico para o time paulista. O resultado de Portuguesa 1-1 Vitória deixou os baianos na sétima posição com 44 pontos e o rubro-verde com 38, na 13ª.

No domingo agora a Portuguesa poderia ter mais uma chance de se afastar do Z4 jogando dentro dos seus domínios. Pena que a tacanha diretoria tenha novamente vendido o mando e levado o jogo contra o Flamengo para a cidade de Fortaleza (!). A alegação oficial é que no Ceará a renda será maior. Mas vem cá, se o problema é a renda, por qual motivo não fazer o jogo no Pacaembu cheio de flamenguistas? Não seria uma forma de prestigiar os sócios-torcedores do time? Perguntas que, como sempre acontece pelos lados do Canindé, ficarão sem resposta.

Até a próxima!

Fernando

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Duelo paulistano com vitória do Audax pela Copa Paulista

Fala, pessoal!

Com cinco times da Grande São Paulo classificados entre os oito que chegaram às quartas-de-final da Copa Paulista 2013, ficou fácil ter jogo para assistir na reta final do certame. No sábado, fui acompanhar o confronto entre duas dessas equipes, o duelo paulistano entre Audax e Juventus, realizado no tradicional Estádio Nicolau Alayon.

Essa foi a 12ª vez que os escretes paulistanos se enfrentaram desde 2009, ano em que jogaram pela primeira vez. Desde então, o onze amarelo tem leve vantagem com quatro vitórias, quatro empates e três derrotas. Na primeira fase desse ano ambos estavam na mesma chave e o quase extinto time amarelo empatou em casa e venceu na Javari.


Audax EC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.

Vale registrar que ao que tudo indica essa peleja marcou uma espécie de "despedida" do Moleque Travesso no campo do Nacional. Com o provável desaparecimento do Audax a partir de 2014 e com o time ferroviário no limbo futebolístico da última divisão do estado, o Juventus deve ficar sem se apresentar ali por um bom tempo.


CA Juventus - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times e trio de arbitragem com o árbitro Magno de Sousa Neto e os assistentes Renata Ruel de Brito e Thiago Henrique Alborghetti. Foto: Fernando Martinez.

Precisando vencer para quebrar a vantagem juventina de jogar por dois empates, o Audax mostrou o cartão de visita logo no primeiro minuto. Thiago Martinelli completou de cabeça bola levantada da esquerda, sem chances para o guarda-metas Fernando Henrique.


Início de ataque do onze local. Foto: Fernando Martinez.

Com a vantagem parcial no marcador, o time amarelo fez um primeiro tempo seguro e sem sustos, já que o Juventus jogou muito mal. No geral, os primeiros 45 minutos não foram assim uma Brastemp, e a esperança era que o panorama mudasse para o segundo tempo.


Saída de bola grená pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Zagueiro local dominando a pelota. Foto: Fernando Martinez.

O sol estava forte e então saí do campo de jogo para conferir o tempo final das arquibancadas cobertas da Comendador Souza. Dali vi o Juventus mudar sua postura por completo mostrando um futebol envolvente. Antes mesmo da primeira volta do ponteiro aconteceu a igualdade. Após chute de longe, o goleiro Felipe Alves deu rebote e Rafael Branco apareceu livre para empurrar para o fundo das redes.


Intervenção aérea do goleiro Felipe Alves ainda no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

Empurrados pela torcida, os grenás deram muito trabalho para os zagueiros audazes zagueiros nos momentos seguintes e parecia que a virada estava próxima. Só que aos 7 minutos o camisa 6 local André Castro conseguiu fazer um golaço em chute de fora da área. A bola ainda bateu caprichosamente na trave antes de entrar.


Comemoração dos jogadores do Audax após o belo segundo gol. Foto: Fernando Martinez.


Infrutífero ataque juventino no tempo final. Foto: Fernando Martinez.

Esse segundo gol foi um balde de água fria e interrompeu todo o ímpeto ofensivo do time visitante. O time ainda conseguiu até ter mais posse de bola e chegar mais perto da área adversária, mas sem oferecer real perigo. Nesse cenário o Audax perdeu a chance de praticamente selar a vaga com oportunidades claras de gol desperdiçadas após contra-ataques rápidos.


Chance clara para o terceiro gol desperdiçada pelo escrete local. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o jogo ficou mesmo em Audax 2-1 Juventus. No jogo de volta a quase extinta equipe paulistana precisará apenas de um empate para chegar à semi. O Moleque Travesso, que com certeza irá atuar para um grande público na Javari, necessita de uma vitória simples para continuar com o sonho do título.

Iria para São Caetano do Sul à noite, mas a preguiça falou mais alto e acabei ficando na boa em casa. Graças ao horrendo horário de verão, me perdi no despertador e a jornada matinal do domingo também foi perdida. Restou ir ao Canindé à noite para outro compromisso lusitano pelo Brasileirão.

Até lá!

Fernando

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ADECO vence a Francana pelo Brasileirão Feminino no Pacaembu

Fala, pessoal!

No meio da semana o JP deu uma pausa no corrido dia-a-dia e fez a primeira incursão no recauchutado Campeonato Brasileiro Feminino. Fomos até o sempre genial Estádio Paulo Machado de Carvalho para o jogo entre o Centro Olímpico e a Francana, válido pela última rodada da primeira fase do Grupo 1.


AD Centro Olímpico (feminino) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.

A realização desse campeonato, possível somente com a ajuda milionária da Caixa Econômica Federal, faz o país ter pela primeira vez duas competições nacionais na temporada. A primeira é a Copa do Brasil Feminina, realizada ininterruptamente desde 2007. Levando em conta o completo abandono da categoria - salvo raras exceções, claro - isso é um enorme avanço.

Quem sabe esse não seja o pontapé inicial para um calendário de temporada completa no âmbito nacional para as atletas tupiniquins. Na hora dos bons resultados da seleção todos querem aparecer nos holofotes, mas quando o assunto é acompanhar o dia-a-dia, todo mundo desaparece, de autoridades à mídia. Pior é ver a enxurrada de bobagens ditas pelos "torcedores" a respeito das meninas a cada derrota. Com o apoio nulo, o que se conquista é uma vitória.

Vale registrar que essa não é a primeira vez que o Brasil tem um campeonato nacional exclusivo para a mulherada. Nos anos 80 a CBF organizou a Taça Brasil de Futebol Feminino de 1983 até 1988, e em todas o campeão foi o saudoso Radar do Rio de Janeiro. Em meados dos anos 90 a entidade organizou o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, sempre de forma praticamente fantasma.


AA Francana (feminino) - Franca/SP. Foto: Fernando Martinez.

Bom, a edição 2013 do Brasileirão Feminino contou nessa fase inicial com 20 equipes de 15 estados diferentes divididas em quatro chaves. Somente os dois de cada grupo garantem vaga para a fase semi-final. O ADECO já tinha se garantido com uma rodada de antecedência e a Francana precisava do famoso milagre para também passar de fase: uma vitória no Pacaembu por goleada e empate entre Rio Preto e Aliança de Goiás.


Quarteto de arbitragem paulista para o duelo com a árbitra Edilar Maria Ferreira, as assistentes Maria Nubia Leite e Renata Ruel de Brito e o quarto árbitro Marcelo Alfiéri junto com as duas capitãs. Foto: Fernando Martinez.

Como sempre, o Pacaembu estava praticamente vazio para essa peleja, que mesmo sendo um "quase amistoso", foi de boa qualidade. O Centro Olímpico ainda tinha como motivação o fato de ter a chance de eliminar em definitivo a equipe de Franca, justamente a responsável pela eliminação do ADECO no paulista da categoria em setembro.


Ataque do Centro Olímpico pela direita no começo das ações. Foto: Fernando Martinez.


Lance no campo defensivo da Francana. Foto: Fernando Martinez.

O time vermelho foi melhor por quase todo o tempo mas perdeu muitos gols, dois deles cara-a-cara com a arqueira visitante. O zero só foi sair do placar aos 34 minutos com o gol de Ketlen Wiggers, a Barbie. Ela se aproveitou de um rebote após bola na trave e tocou na saída da camisa 1. O intervalo chegou com a merecida vantagem local.


Bola alçada dentro da área da Veterana. Foto: Fernando Martinez.


A camisa 7 do ADECO se preparando para abrir o marcador no Pacaembu. Foto: Fernando Martinez.

A Francana voltou para o segundo tempo e continuou sem conseguir armar um ataque bom. Para o azar das meninas da casa, logo no primeiro ataque visitante o gol saiu. Após bom passe da direita, a camisa 11 Grace Kely apareceu livre dentro da área e, sem chances para a goleira Thais, tocou e anotou o tento de empate.


Confusão na área visitante. Foto: Fernando Martinez.


Ataque paulistano pela direita. Foto: Fernando Martinez.

Essa igualdade foi apenas um espasmo de bom futebol da Veterana, já que o jogo não demorou a ter novamente domínio local. Pra variar vimos aquele rol de chances perdidas até o gol de Tamires Cássia aos 27 minutos, dando números finais ao jogo.


Disputa de bola dentro da área da Francana. Foto: Fernando Martinez.


Pacaembu vazio para Centro Olímpico x Francana, válido pelo Brasileirão Feminino. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o placar de Centro Olímpico 2-1 Francana deixou o time paulistano como o único com 100% de aproveitamento na primeira fase do Brasileirão Feminino e também eliminou a Feiticeira. Na próxima fase, o ADECO fará parte do Grupo 5, junto com São José, São Francisco/BA e a sensacional Tuna Luso. O Grupo 6 terá o Foz, Vitória/PE, Rio Preto e o não menos espetacular Tiradentes/PI.

Até a próxima!

Fernando

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Água Santa vence e conquista o acesso para a Série A3 2014

Opa,

Após conferirmos o acesso do Cotia FC, no domingo fomos ver de pertinho a partida que poderia ser histórica para o Esporte Clube Água Santa. Pela última rodada do Grupo 20 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, a equipe de Diadema recebeu no Baetão o próprio time cotiano em busca do ponto que faltava para o acesso do time à Série A3 em 2014.


EC Água Santa - Diadema/SP. Foto: Fernando Martinez.

Destaque da Segundona desde o início, o Água teve na torcida um dos pilares para a boa campanha, mesmo não jogando em casa desde meados da segunda fase. A média de público até esse derradeiro confronto era de mais de 3.700 pessoas por jogo. Um número que supera a média de vários times que disputam as quatro divisões do Brasileirão. Mais uma vez a sua massa compareceu e o público oficial do duelo contra o Cotia foi de 5.896 pagantes.


Cotia FC - Cotia/SP. Foto: Fernando Martinez.

Numa peleja desse naipe, chegar com antecedência para todos os trâmites pré-jogo é algo muito recomendável. Só que não foi fácil sair do meu QG com destino à São Bernardo do Campo. A CPTM até que ajudou, mas os trólebus da EMTU deram uma canseira monstro no Terminal Santo André e fui obrigado a correr para dar tempo de captar as imagens oficiais. Entrei no gramado sintético na mesma hora das agremiações.


Capitães dos times e trio de arbitragem para a "decisão" composto pelo árbitro Roberval José de Oliveira e os assistentes Ricardo Pavanelli Lanutto e Alex Ang Ribeiro. Foto: Fernando Martinez.

Empurrado pela massa, o Água Santa iniciou os trabalhos fazendo aquela costumeira blitz no campo de defesa adversário. Essa pressão deu resultado aos 7 minutos com o gol de cabeça do camisa 2 Júlio César. Ele escorou cruzamento da direita livre de marcação. Se a galera já estava no ritmo de festa, imaginem depois desse tento.


Detalhe do primeiro gol do Água Santa, marcado por Júlio César. Foto: Fernando Martinez.


Ricardinho se preparando para cobrar um escanteio pela direita no começo da peleja. Foto: Fernando Martinez.

Com 1x0, o Água recuou um pouco e chamou o Cotia para seu campo. Aí apareceu o futebol que levou a equipe visitante para a A3 antes de todo mundo. Vimos bons ataques e algumas oportunidades claras de gol. A igualdade chegou aos 38 nos pés do camisa 9 Rafael Silva. Ainda antes do intervalo, os atletas elevaram a temperatura da peleja com jogadas ríspidas e muita confusão no gramado.


Disputa de bola dentro da área do Cotia. Foto: Fernando Martinez.


Ataque local pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.


Muita confusão em campo na saída das equipes para o intervalo. Foto: Fernando Martinez.

Tudo bem que o 1x1 levava o time para a A3, mas o pessoal do Água Santa queria subir com estilo e também se classificando para a final. O segundo tempo foi quase todo da equipe da casa. Rafael Mineiro deixou os diademenses novamente em vantagem aos 8 minutos.


Investida ofensiva do onze diademense no tempo final. Foto: Fernando Martinez.


Lance no meio-campo. Foto: Fernando Martinez.

A cada virada do ponteiro do relógio o acesso e a vaga na final ficava mais perto. O Cotia já não tinha forças para atacar com perigo e a grande torcida fazia a mais importante contagem regressiva da história de 32 anos da equipe. Para fechar a peleja com chave de ouro, Danilo marcou o terceiro gol do Água aos 46 minutos.


Lance do terceiro gol do Água Santa, pontapé inicial para o delírio completo nas arquibancadas do Baetão. Foto: Fernando Martinez.

No fim, o placar de Água Santa 3-1 Cotia deu o sonhado acesso para a Série A3 Paulista em 2014 para a equipe de Diadema. Logo no primeiro ano como profissional o escrete da Grande São Paulo conquistou a promoção esbanjando um futebol altamente competitivo. O JP mostrou 10 jogos da equipe e parabeniza todos os envolvidos na campanha.


Jogador do Água comemorando o acesso em cima do alambrado. Foto: Fernando Martinez.

Desde que a Lei do Acesso voltou a ser aplicada em gramados paulistas em 1976, o Água foi o 17º time a subir de divisão no campo logo no primeiro ano de disputas. Desses 17, cinco foram promovidos e também campeões (a saber, Central Brasileira em 1988, EC Osasco em 2000, Corinthians B em 2001, Força em 2003 e São Carlos em 2005). O onze de Diadema pode ser o sexto a conquistar essa façanha.


A famosa roda de reza com todo pessoal do time de Diadema. Foto: Fernando Martinez.

Aproveitando a deixa, também parabenizamos os outros dois times que a partir de 2014 farão parte da Série A3. Tupã e Matonense conquistaram o acesso de forma sensacional. O Tupã voltará a jogar uma terceirona depois de 21 anos e a equipe de Matão finalmente fez uma campanha ótima depois de anos vivendo como uma autêntica zumbi pelos gramados do estado.

Fiquei um tempo em campo acompanhando a emocionante festa do pessoal do Água antes de ser praticamente obrigado a sair dali por causa da alta temperatura do gramado sintético. Debaixo de um sol fortíssimo, voltei para a capital para um domingo repleto de descanso.

Até a próxima!

Fernando