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sábado, 29 de setembro de 2012

Santos conquista a Recopa Sul-Americana

Fala pessoal! 

Na quarta-feira passada fui assistir um jogo que foge completamente da "linha editorial" do JP. Apesar de ser um dos maiores fãs de pelejas fantasmas, virei a chavinha e fui até o Estádio Paulo Machado de Carvalho, aonde o Santos recebeu o Universidad do Chile na decisão da Recopa Sul-Americana 2012


Times perfilados para o Hino Nacional Brasileiro. Só não entendi o motivo de não terem tocado o Hino Chileno. Foto: Fernando Martinez. 

Bom, não sou o maior entusiasta de jogos que envolvem os "grandes" por uma série de fatores que já divulguei inúmeras vezes, mas também gosto de confrontos que de alguma forma são históricos. Além de adorar ver qualquer tipo de peleja no Pacaembu, esse foi o primeiro jogo na tradicional cancha paulistana por essa competição em todos os tempos (em tempo, a Recopa foi criada em 1989). 


Visão geral de um Pacaembu com bom público para a decisão da Recopa Sul-Americana. Foto: Fernando Martinez. 

Cheguei no local faltando bastante tempo para o horário marcado para o apito inicial, e no melhor esquema "passe livre", não demorou para que logo estivesse nas cadeiras laranja, situadas no meio de campo. Aliás, fazia muito tempo que havia estado lá pela última vez. 

E apesar do que muitos falam, quase um consenso entre jornalistas da "grande mídia", acho que essa disputa é muito válida e é um título para o currículo. Lógico que não uma competição de peso para merecer duas semanas de comemoração ou estrela na camisa, mas é uma taça, algo importante na história de qualquer clube. Infelizmente grande parte da massa que acompanha futebol, profissionalmente ou não, só leva a sério jogos de "primeira linha"... Tsk, tsk. 


Chance santista no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez. 

Falando do jogo em si, o Santos era favorito por jogar em casa e por precisar de uma vitória simples contra um time chileno que perdeu suas principais peças para essa temporada. Em tempo, essa foi a segunda vez que assisti um jogo da La U no estádio, a primeira delas em 1996. Era a equipe da minha Lista (que está no número 544) que não via há mais tempo (essa marca agora está com o Espoli, do Equador). 


Johnny Herrera defendendo pênalti cobrado por Neymar. Foto: Fernando Martinez. 

Com um frio sensacional, algo raro nesse ano infernal, vimos um jogo morno e sem maiores emoções. No primeiro tempo, Neymar fez um gol e perdeu um pênalti. No segundo, outro gol, agora com Bruno Rodrigo, e a conquista sem maiores esforços. E o time chileno foi mal, mas sua fanática torcida não. O pessoal que foi ao estádio torcer pela equipe azul não parou de incentivar sua equipe em nenhum segundo. Algo que vemos costumeiramente em equipes sul-americanas. 


Torcida chilena lotando o estado destinado à ela e mostrando que eles sim sabem torcer. Foto: Fernando Martinez. 


Escanteio para o Universidad do Chile. Foto: Fernando Martinez. 

No final, o jogo ficou em Santos 2-0 Universidad do Chile. Foi o segundo título do peixe no ano de seu centenário. Legal, mas esse é um detalhe supervalorizado pela maioria dos envolvidos com o esporte bretão. Muitos acham que o fato de uma equipe não ser campeã de nada no ano do centésimo aniversário é determinante para que o time seja considerado um fracassado. Balela pura... 

Bom, ao final do jogo ainda tive o dom de consumir um fantástico sanduba de perfil na única barraquinha que sobreviveu pelos arredores do Pacaembu, já que São Paulo é a capital federal do "não pode". 

Até a próxima! 

Fernando

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Palmeiras vence o Velo na Javari pela Copa Paulista

Buenas! 

Na quarta-feira fui acompanhar um jogo da Copa Paulista na Rua Javari. A agenda da competição marcou o duelo entre Palmeiras e Velo Clube para o histórico gramado e de forma exclusiva, fiz as fotos das equipes: 


SE Palmeiras - São Paulo/SP. Foto: Emerson Ortunho. 


AE Velo Clube R - Rio Claro/SP. Foto: Emerson Ortunho. 


Quarteto de arbitragem e capitães dos times. Foto: Emerson Ortunho. 

Enquanto o time de Rio Claro tinha vencido seu jogo de estreia nessa fase contra o XV de Piracicaba, o alviverde empatou o jogo que fez contra o América no interior do estado. Por jogar "em casa", se imaginava que o time da capital iria pra cima. 


Zaga palmeirense saindo do campo de defesa. Foto: Emerson Ortunho. 


Ataque palmeirense pela esquerda. Foto: Emerson Ortunho. 

Mas durante grande parte do primeiro tempo o jogo foi bastante equilibrado e com chances de gol para os dois lados. Pena que o público foi fraco (apenas 57 pagantes), muito em virtude da baixa temperatura e também pelo pouco apelo da partida em si (não para nós do JP). 


Lance no meio de campo. Foto: Emerson Ortunho. 

Antes do apito final, o Palmeiras acabou abrindo o placar aos 38 minutos com uma cabeçada do meu xará Emerson após cruzamento da direita. No intervalo, o jogo apontava o 1x0 no marcador. No segundo tempo, o jogo caiu um pouco e não teve tantas emoções. 


Camisa 5 do Velo subindo no segundo andar. Foto: Emerson Ortunho. 


Concurso de caretas dentro da área do Palmeiras. Foto: Emerson Ortunho. 

O Velo Clube até tentou colocar as manguinhas de fora, mas o Palmeiras, que conta com um time bem armado e muito esforçado, muito diferente do fraco estadual que fez no primeiro semestre, se segurou bem na defesa e garantiu importantes três pontos após os 90 minutos. 


Ataque alvi-verde pela direita no tempo final. Foto: Emerson Ortunho. 


Chance de gol pelo alto. Foto: Emerson Ortunho. 

Final de jogo: Palmeiras 1-0 Velo Clube. O triunfo deixou o time paulistano na liderança do Grupo 7 com quatro pontos, enquanto o time rio-clarense fica na vice-liderança. No próximo final de semana o alvi-verde recebe o XV e o Velo visita o América. 

Até a próxima! 

Emerson

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Vitória indiscutível carimba o acesso Calunga para a A3 paulista

Salve, amigos! 

Após ausentar-me de duas partidas decisivas da quarta fase da Segundona, estive em Mansueto Pierotti nesta quarta-feira gelada de primavera para acompanhar São Vicente AC x CA Joseense, reedição de confronto disputado na segunda fase. A vitória garantiria o São Vicente na A3, ou deixaria o Joseense praticamente lá. Empate seria melhor apenas aos visitantes, que decidiriam em casa. 


São Vicente AC - São Vicente/SP. Foto: Estevan Mazzuia. 


CA Joseense - São José dos Campos/SP. Foto: Estevan Mazzuia. 


Arbitragem comandada por Flávio Rodrigues Guerra, auxiliado por Alex Alexandrino e Ricardo Busette, com os capitães Flávio (SVAC) e Villa (CAJ). Foto: Estevan Mazzuia. 

De novo, o que vi foram as camisas vicentinas, que parecem ter melhorado sensivelmente de qualidade, e a abertura de parte do “poleiro” oposto às cabines de imprensa, aos torcedores que, aliás, compareceram em bom público, apesar dos aparentes (ou reais?) 10 graus Celsius. 


Visão panorâmica da partida. Foto: Estevan Mazzuia. 

Nos primeiros dez minutos, um leve domínio do tigre: Clebão foi exigido em dois lances, sendo um deles uma boa sequencia de tentativas de Paulo Ricardo, após escanteio. Logo o São Vicente equilibrou a partida, que seguiu bem disputada, com sutis chances de gol para ambos os lados. Os visitantes, entretanto, levavam mais perigo, pegando quase sempre a defesa vicentina desarmada. 


Paulo Ricardo (2) infernizando a defesa vicentina nos primeiros minutos. Foto: Estevan Mazzuia. 


Arqueiro Tom observa ataque vicentino. Foto: Estevan Mazzuia. 

Aos 22 minutos, David Silva bateu com perigo da esquerda, conseguindo um escanteio para o time branco. A resposta veio logo após, com Natan arriscando de cabeça, em lance que pareceu despertar a torcida Calunga. Aos 35 minutos, Tom impediu a abertura do placar, em nova tentativa de Natan, de cabeça. O Feitiço já dominava a partida e fazia por merecer o gol. 


Cobrança de falta para o São Vicente. Foto: Estevan Mazzuia. 


Tom manda pra escanteio a tentativa de Natan. Foto: Estevan Mazzuia. 

E como as grandes conquistas costumam coroar seus personagens principais, foi de Waguininho, o grande nome vicentino numa temporada mais discreta do excelente Lutcho, a honra de tirar o primeiro zero do placar. O atacante recebeu um balão, ganhou de dois zagueiros na corrida e tocou na saída de Tom. 


Waguininho preparando o chute que abriria o placar. Foto: Estevan Mazzuia. 

Antes do apito, houve a reclamação de uma penalidade máxima após Epifânio ser desequilibrado na área, mas a arbitragem não viu irregularidade no lance. Aproveitei o intervalo pra observar a nova mascote Calunga, um simpático “boi”, e um visitante inesperado, mas um tanto comum em épocas eleitorais. 


A nova mascote vicentina, e um visitante inusitado. Foto: Estevan Mazzuia. 

O Tigre do Vale voltou a campo elétrico, e novamente levou perigo, com Renato Santiago batendo cruzado a esquerda de Clebão. O arqueiro, aliás, teve uma bela participação, substituindo o titular, seu xará Cléber Diego. 


Lance da segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia. 

Aos 10 minutos, Caio Hernandes quase empatou, batendo com muito perigo, da entrada da área. Apesar do frio, era um jogo agradabilíssimo no aspecto criativo. 


Ataque vicentino na segunda etapa.... Foto: Estevan Mazzuia. 


... e a resposta joseense. Foto: Estevan Mazzuia. 

A dupla Lutcho/Waguininho fez uma bela tabela pela esquerda, mas Lutcho tocou para Epifânio, jogador valente, mas ainda um tanto limitado, que se atrapalhou com a bola. Ainda assim, Waguininho pegou a sobra e mandou um perigoso pombo sem asas, da intermediária. Pouco depois, Epifânio tentou de novo, tabelando com Dodô, que finalizou à esquerda da meta. 


Já na segunda metade da etapa derradeira, o sol resolveu aparecer. Foto: Estevan Mazzuia. 

Leandrão sacramentou a conquista aos 30 minutos da etapa final, pouco depois de substituir Epifânio. O jogador sofreu muitas críticas, mas provou ter estrela ao contribuir com gols decisivos como esse: Dodô cobrou falta da esquerda e o alto atacante cabeceou para o fundo das redes. 


Dodô cobrando falta da esquerda, observa a bola alçada na área.... Foto: Estevan Mazzuia. 


... para a cabeçada certeira de Leandrão. Foto: Estevan Mazzuia. 

Os visitantes conseguiram seu gol em bela cobrança de falta de Gui, mas o auxiliar nº2, Ricardo Busette assinalou irregularidade no lance, o que esquentou os ânimos em campo e deu início a uma pequena confusão. 


Detalhe do gol anulado. Foto: Estevan Mazzuia. 

A essa altura, chegava a todos a notícia da vitória parcial do Sport Barueri sobre o José Bonifácio. Se a vitória vicentina garantia o time na A3, o resultado da outra partida dava uma vaga na final à equipe, e tudo com uma rodada de antecedência! 


Última foto antes do apito final. Foto: Estevan Mazzuia. 

David Silva, mesmo caído, ainda tentou diminuir, mas a bola passou a esquerda da meta defendida por Clebão. Às 16h53 do dia 26 de setembro de 2012, com o apito final do senhor Flávio Rodrigues Guerra, o São Vicente conquistou uma inédita vaga numa decisão de campeonato de futebol profissional. 


Debaixo de uma fria garoa, a festa generalizada dentro de campo; de camisa rosa, ao centro, o treinador Cristiano Troisi. Foto: Estevan Mazzuia. 

Fim de jogo, São Vicente 2x0 Joseense, festa generalizada em Mansueto Pierotti. Parabéns a todo o grupo, que compensa a limitação técnica com muita raça e determinação. Um belo trabalho de Cristiano Troisi, treinador da equipe. De minha parte, acho importante ressaltar o trabalho de Arizinho, na precoce eliminação de 2011. Ali, já se formava esse grupo vencedor. 

Foi isso! 

Abraços 

Estevan

Velo Clube estreia na segunda fase do sub-20 com vitória contra o Ramalhão

Opa,

No domingo passado acompanhei um jogo fantasma que talvez entre num eventual Top 10 desse quesito na minha extensa história em estádios de futebol. Afinal, enfrentar uma friaca para ver uma peleja do Campeonato Paulista sub-20 da 1ª divisão num estádio com portões fechados é algo que não acontece sempre. Para "melhorar" o cenário, o palco foi o que sobrou do Estádio Bruno José Daniel, aonde Santo André e Velo Clube jogaram pela primeira rodada do Grupo 10 do certame. 

O jogo era fundamental pois apesar de ser uma estreia, os outros dois times da chave são "apenas" Corinthians e São Paulo, forças absolutas em qualquer campeonato de base. Como registro histórico, vale dizer que foi a primeira vez que o Ramalhão e o Velo disputaram uma partida oficial por essa categoria desde que o campeonato foi re-organizado em 1980. Não tinha como perder mesmo. 

E claro que todos podem deduzir que aqui não tinha como as fotos não serem exclusivas do JP. Algo raro em se tratando de Bruno José Daniel, já que foi apenas a segunda vez que pisei no histórico gramado do estádio andreense (em tempo: a primeira também foi num jogo do sub-20 do time do ABC contra o Santos em 2006). 


EC Santo André (sub-20) - Santo André/SP. Foto: Fernando Martinez. 


AE Velo Clube R (sub-20) - Rio Claro/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Quarteto de arbitragem da partida e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

E mesmo sendo uma peleja-fantasma, os dois times mostraram muita disposição num dos melhores jogos do ano que acompanhei até aqui. Classificado como vice-líder do Grupo 3 na fase inicial, o Velo surpreendeu o Santo André, terceiro colocado do Grupo 6, com um futebol rápido e mais preciso. O onze rio-clarense foi melhor durante todo o tempo inicial. 


Atletas disputando bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez. 


Bola alçada dentro da área do Velo. Foto: Fernando Martinez. 

O gol era questão de tempo, e ele aconteceu aos 22 minutos, num lance bizarro e de extrema infelicidade de Luiz Augusto e Guilherme, respectivamente meio-campista e goleiro do time local. O camisa 5 quis salvar a pátria andreense depois de um chute cruzado do Velo pela esquerda e correu para afastar a bola longe em cima da linha. Só que de forma bastante caprichosa, a pelota bateu no rosto do arqueiro e foi morrer no fundo das redes. A paulada foi tão forte que Guilherme chegou a desmaiar no gramado. 


Jogadores apostando corrida. Foto: Fernando Martinez. 

Minutos depois ele já estava recuperado e pronto para continuar em campo. Só que quem estava mesmo grogue era o time andreense, pois aos 29 sofreu o segundo gol agora marcado por Gilberto. O Velo se segurou bem na defesa e levou o jogo para o intervalo com a vitória parcial de 2x0. 


Goleiro do Velo voando bonito para impedir o gol andreense. Foto: Fernando Martinez. 


Outra chance do Santo André em bola aérea. Foto: Fernando Martinez. 

Na volta para o tempo final, o time de Rio Claro fez logo o terceiro aos 3 minutos. Sem nenhuma pressão da zaga andreense, Joabe recebeu um belo passe da esquerda e tocou na saída do goleiro. Parecia que seria uma tarde trágica para a equipe do ABC paulista. 


Gandula pescando a bola no local da antiga arquibancada coberta do Bruno José Daniel. E ao lado, a mostra que ao invés de torcedores, agora temos simpáticos quero-queros ocupando parte das ruínas do estádio. Fotos: Fernando Martinez. 


Detalhe do terceiro gol do Velo, logo no começo do tempo final. Foto: Fernando Martinez. 

Mas demonstrando muita raça, o Santo André fez dois gols logo na sequência, aos 9 e 14 minutos. O primeiro foi um belo gol de Cássio, chutando por cima e contando com a colaboração do arqueiro visitante. Cláudio fez o segundo de cabeça após bola alçada da direita. 


No centro da imagem, o camisa 9 Cláudio marcou de cabeça o segundo do Santo André. Foto: Fernando Martinez. 

Como diria o outro, "tínhamos um jogo" no Bruno José Daniel, e a meia hora final foi recheada de emoções no bom e velho ataque contra defesa. O Santo André foi com tudo pra cima do Velo e ocupou todo o setor defensivo do time rubro-verde. A pressão ficou ainda maior aos 25 minutos, quando um atleta visitante foi expulso. 


Uma das inúmeras investidas ofensivas do Ramalhão no tempo final. Foto: Fernando Martinez. 


Outra bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez. 

Só que apesar de toda a pressão, o Santo André não conseguiu empatar a partida. Sem exagero, acho que o time cruzou pelo menos umas 30 bolas na área velista, todas facilmente neutralizadas pela zaga ou pelo goleiro. No final, o jogo ficou em Santo André 2-3 Velo Clube. Depois do término da peleja os atletas locais se mostraram bem nervosos com o trio de arbitragem, a meu ver sem motivo. 

Na rodada da última quarta-feira, os dois times foram derrotados e agora ocupam as duas últimas posições da chave, enquanto São Paulo e Corinthians estão na liderança. Mas como os quatro melhores terceiros colocados (de um total de seis grupos) se classificam para as oitavas, tudo está em aberto, faltando quatro jogos para o final da fase. 

Até a próxima! 

Fernando