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terça-feira, 13 de março de 2012

Volta ao Passado, volume 36: Lucélia FC (Lucélia/SP)

LUCÉLIA FC


Escudinho do Lucélia Futebol Clube.

Fala, pessoal!

Depois de muito tempo fora das nossas páginas virtuais, seguimos hoje com mais um post da série Volta ao Passado. Temos o prazer de publicar as esperadas fotos da visita do Orlando à cidade de Lucélia, que fica a 574 quilômetros da capital bandeirante e também é a casa do Lucélia Futebol Clube e também do Estádio José de Freitas Cayres, palco dos jogos da equipe azul e branco.

Mas antes de falar de futebol, vale registrar um pouco da história do município. As terras que hoje formam a cidade foram colonizadas nos anos 20 do século passado por imigrantes eslavos e russos que chegaram na região através dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana. Em 1939, o engenheiro Luiz Ferraz de Mesquita, responsável pela divisão e colonização das terras, fundou um povoado que recebeu o nome de Lucélia (antes, o povoado era conhecido como "Zona da Mata"). Em 1944, esse povoado foi elevado à categoria de município.

O interessante mesmo dessa história é saber de onde o engenheiro Luiz Ferraz de Mesquita tirou o nome "Lucélia". Ele foi formado por uma sílaba do seu nome ("Lu"), a primeira sílaba do nome de sua esposa Cecília ("Ce") e mais a terminação "Lia", comum em cidades da vizinhança como Gália, Marília e Cabrália.

Antes mesmo que a cidade finalmente fosse fundada, o Lucélia Futebol Clube já existia. A equipe azul e branca nasceu no dia 7 de julho de 1943 e se tornou filiada da Federação Paulista de Futebol em 1950. Em 1952, a equipe disputou a segunda divisão da época, e foi lanterna da chave da Primeira Região, jogando junto com Linense, São Paulo de Araçatuba, Tupã, Bandeirante, Penapolense, 9 de Julho de Getulina e AA Adamantina.


Equipe do Lucélia nos anos 50. Ao fundo, as lotadas arquibancadas do Estádio José de Freitas Cayres. Reprodução: http://kmphotography.host.sk/nossalucelia3.


Time do Lucélia posado em 1962. Reprodução: http://kmphotography.host.sk/nossalucelia3.


Time do Lucélia FC em 2011, quando foi vice-campeão da Copa AMNAP. Reprodução: www.esporteinterior.com.br.

Após essa disputa, a equipe voltou ao profissionalismo em 1958, jogando a terceira divisão. Até 1965 foram mais quatro campeonatos profissionais disputados, e no final daquele ano o time se despediu das disputas dos campeonatos paulistas numa derrota em casa para o Guarani de Adamantina acontecida em 26 de setembro de 1965.


Fachada do Estádio José de Freitas Cayres. Foto: Orlando Lacanna.


Parte coberta do estádio da cidade de Lucélia. Foto: Orlando Lacanna.


Arquibancadas do estádio lotadas, em fotos dos anos 50. Reprodução: http://kmphotography.host.sk/nossalucelia3.

Desde então, a equipe continuou disputando campeonatos amadores da região, sempre mandando as partidas no Estádio José de Freitas Cayres, local que o Orlando teve a honra de visitar no ano de 2009. O estádio não estava tão bem cuidado assim, e a impressão era que ninguém mexia ali há tempos. Na época, ele também buscou informações sobre a situação do Lucélia FC, mas sem obter sucesso. Por ter feito a visita num feriado, também não conseguiu visitar a sede do time.


Gol "da esquerda". Foto: Orlando Lacanna.


Agora o gol "da direita". Foto: Orlando Lacanna.


Outra visão do gol "da direita", agora com uma ideia dos vestiários. Foto: Orlando Lacanna.

Mas atualmente sabemos que o Lucélia Futebol Clube ainda existe, e jogou no segundo semestre de 2011 a Copa AMNAP, se tornando vice-campeão. Mas a equipe não manda seus jogos no tradicional estádio da cidade, já que o mesmo está interditado. Uma reforma está sendo feita com previsão de término até junho do ano corrente. A sede do clube foi destruída pela chuva no final de 2010 e ainda não tem previsão de ser reconstruída.


Arquibancadas do José de Freitas Cayres. Foto: Orlando Lacanna.


Uma visão geral do estádio da cidade de Lucélia, município da Alta Paulista. Foto: Orlando Lacanna.

De qualquer forma, nós sempre esperamos que algum time que chegou a jogar profissionalmente em tempos remotos possa voltar ao profissionalismo. Tudo bem que o fato de que os interessados tenham que possuir local para jogos com a terrível capacidade mínima de 5 mil lugares é um impeditivo real para que isso aconteça, mas a esperança é a última que morre.

Até a próxima!

Fernando

17 comentários:

  1. Ninguém faz essas séries geniais. Somente o Jogos Perdidos. Espetacular.

    Matheus Trunk
    www.violaosardinhaepao.blogspot.com

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  2. Olha, vendo o nosso velho estadio Jose de Freitas Caires. me da muitas saudades. pois tive o prazer na decada de 1970 .joguei muito futebol neste estadio. Cheguei a jogar no Lucelia Futebol Clube e disputar uma Copa Auta Paulesta. Me lembro que o treinador era o Pescosso o Time era este .Baiano, Indio, Tg ,Caminhão e Periquito, Marimba ,Donizette e Galo, Assis Seabra e Tuca .como reservas . Nando, Mario , Santana , Boca, Nivaldinho,Amauri e outros mais. Que Saudade. Donizetti Mazzaro

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    1. Provavelmente vc tb jogou com meu pai que aliás infelizmente acabamos de perdê-lo, era conhecido como Lalá.

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  3. Saudades desse estadio onde ja fez a legria de muitos luceliences.
    abracos a todos.

    Ricardo portugal



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  4. Boa tarde, sou do paraná e estou atras de uma camiseta desse time ucelia Futebol Clube, se alguem puder me passar o numero do telefone ou de algum lugar que eu possa comprar a camiseta agradeço. rodrigocapeta@yahoo.com.br

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  5. Eu me lembro, de quando o Corinthians neste estádio, jogou com o Lucélia Futebol Clube, o Gilmar, goleiro do Timão era o grande ídolo da torcida canarinho. Eu não tinha dinheiro para pagar o ingresso, tentei entrar como todas às vezes fazia quando havia jogo, pulava a cerca que ficava do outro lado da entrada da entrada do estádio, mas, naquele jogo a segurança foi implacável. Fui até expulso do buraquinho da cerca que disputava com meus colegas na tentativa de ver o jogo. O jeito foi ficar na porta do estádio com a cara de choro e olhos de cachorro pidão, fixados no homem que parecia ser o dono da portaria. Não deu outra, antes mesmo de acabar o primeiro tempo, ele me colocou pra dentro o campo. A felicidade que eu senti naquele momento não cabia dentro de mim, parecia que eu ia explodir. Corri para o lugar onde eu sempre ficava durante os jogos. La em cima, onde era marcado o placar jogos. Aquele lugar era minha cadeira cativa, minha e de outros moleques que como eu tinha a simpatia da pessoa responsável em marcar o placar. Sei que o Corinthians ganhou aquele jogo, só não me lembro de quanto, Na verdade, o resultado daquele jogo nunca teve importância para mim. O que foi importante, e continua sendo para mim até hoje, é a imagem do homem da portaria que se comoveu com minha angustia e me deu a maior felicidade do meu tempo de criança. Ele sim, ficou na minha memória.

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  6. Osvaldo Bargas - Lucelhence desde 19516 de março de 2014 às 12:51

    Texto agora revisado

    Eu me lembro, de quando o Lucélia Futebol Clube, jogou contra o Corinthians neste estádio, o Gilmar, goleiro do Timão era o grande ídolo da torcida canarinho. Eu não tinha dinheiro para pagar o ingresso, tentei entrar como fazia todas as vezes que havia jogo, pulava a cerca que ficava do lado oposto da entrada do estádio, mas, naquele dia a segurança foi implacável. Fui até expulso do buraquinho da cerca que disputava com meus colegas na tentativa de ver o jogo. O jeito foi ficar na porta do estádio com cara de choro e olhos de cachorro pidão fixados no homem que parecia ser o dono da portaria. Não deu outra, antes mesmo de termina o primeiro tempo, ele me colocou pra dentro do estádio. A felicidade que eu senti naquele momento não cabia dentro de mim, parecia que eu ia explodir. Corri para o lugar onde eu sempre ficava durante os jogos. La em cima, onde era marcado o placar. Aquele lugar era minha cadeira cativa, minha e de outros moleques que como eu tinha a simpatia da pessoa responsável em marcar o placar. Sei que o Corinthians ganhou aquela partida, só não me lembro de quanto, Na verdade, o resultado daquele jogo nunca teve importância para mim. O que foi importante, e continua sendo para mim até hoje, é a imagem do homem da portaria que se comoveu com minha angustia e me deu a maior felicidade do meu tempo de criança. Ele sim, ficou na minha memória.

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  7. eu tambem tentava fazer a mesma coisa do amigo acima lembro que uma vez foi o escrete da radio bandeirante com o fiori gilioti tentei escalar o muro com um amigo mas cai de costa e fiquei desacordado mas sempre foi uma aventura legal

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  8. Já joguei muito nesse estadio, treinei muito...que pena que esta abandonado..
    mas quem sabe algum dia possamos ver este estadio cheio e muitas pessoas felizes.. grande abraço a todos..

    (Maicon Campano)

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  9. Já joguei muito nesse estadio, treinei muito...que pena que esta abandonado..
    mas quem sabe algum dia possamos ver este estadio cheio e muitas pessoas felizes.. grande abraço a todos..

    (Maicon Campano)

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  10. Olá, meu nome é Manoel, estive em Lucélia há uns 6 meses atrás e presenciei uma cena marcante dentro do estádio, isso mesmo dentro, meu pai entrou no gramado e ficou por uns 20 minutos olhando em volta, na arquibancada, enfim acho que passou um filme, ele jogou no Lucélia e segundo dizem jogou muito, infelizmente acabo de vir do seu velório aqui em Campinas SP. Seu nome era tb Manoel mais conhecido como LALÁ. Isso ficará na minha memória.

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  11. Morava perto do estadio mais quando tinha jogo oficial era cobrado como nao tinha como pagar varias vezes tentei pular mais era muito dificil cai varias vezes

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  12. eu quando servi o Tirro de guerra ai em Lucélia nos recrutas fazia educação fisica ai nesse estadio isso foi no ano de 1967 lembro do Jorge Lima

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  13. morei na rua ao lado do estadio do Lucelia, por volta de 1962, brincava mos de bola na rua , perto do bar em frente a portaria.. meu apelido era branquinho.. minha lembrança desse estadio, foi qdo vendo um treino do Lucelia, e na falta do mesmo, algum do time me chamou pra treinar no gol, ate a chegada do goleiro.. eu ti nha 10 anos a epoca

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  14. morei na rua da entrada desse estadio, por volta de 1962, brincava mos de bola na rua, proximo a um bar que existia em frente a entrada, cujo dono jogava no Lucelia.. minha lembrança e, que certo dia vendo o treino do Lucelia, o goleiro se atrasou, e esse dono do bar me chamou pra treinar la, eqto o Goleiro nao chegava.. meu apelido era branquinho

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  15. Jose Alexandrino alves26 de fevereiro de 2023 às 22:35

    A última lembrança que tenho desse estádio foi quando o escrete da rádio bandeirante na pessoa do Fiori gilioti

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