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sábado, 31 de julho de 2010

Goleada inapelável do Sevilla no violento Boca Juniors

Fala pessoal!

Depois da definição do Grupo A da Supercopa Eurofarma de Futebol Júnior, agora era a vez do Grupo B definir os dois times que passariam para as semifinais. E ao cair da tarde da Arena Barueri, Sevilla e Boca Juniors entraram em campo com objetivos bastante distintos em um jogo altamente improvável de acontecer em terras tupiniquins. E de novo fiz as fotos exclusivas e oficiais dos times e do trio de arbitragem:


Sevilla FC (sub-19) - Sevilla/Espanha. Foto: Fernando Martinez.


CA Boca Juniors (sub-19) - Buenos Aires/Argentina. Foto: Fernando Martinez.


O trio de arbitragem para a partida internacional na Arena: o árbitro Philippe Lombard e os auxiliares Dante Mesquita Júnior e Raphael Carlos Ferreira da Cruz. Junto com eles, os capitães do time argentino e do espanhol. Foto: Fernando Martinez.

Com a bela vitória em cima do Corinthians na segunda rodada, o Sevilla ficou numa boa posição para buscar a classificação, pois vencendo o Boca Juniors deixaria o Timão na dependência de vencer o fortíssimo time do Santos para ir para as semifinais. O Boca queria tentar apagar a má impressão deixada nos dois primeiros jogos e prometia ir para cima.

Mas conforme já tinha visto nas derrotas da equipe para Corinthians e Santos, o Boca é uma equipe que bate muito, sendo desleal em vários momentos. Os atletas, todos com menos de 19 anos, confundem vigor físico com violência e tiveram a participação mais vexaminosa do time no torneio contra o Sevilla.


Jogadores do Sevilla trocando passes na lateral. Foto: Fernando Martinez.

O onze espanhol começou o jogo com o mesmo bom futebol mostrado nos jogos anteriores e não demorou muito para que tomasse conta da partida. O Boca tentava chegar em jogadas pelas laterais, mas sem levar maior perigo ao goleiro Sergio.


Começo de ataque da equipe espanhola, que mostrou ótimo futebol durante todo o campeonato. Foto: Fernando Martinez.

Aos 18 minutos então veio o lance mais lamentável de toda competição disputada em Barueri. Numa jogada rápida pela direita, a bola foi lançada para o jogador Jose Infante, camisa 8 do Sevilla. Ele entrou na área e sofreu uma entrada absurda e totalmente criminosa do goleiro argentino Allende. Do outro lado consegui perceber que o lance tinha sido muito feio... e foi mesmo, pois o jogador espanhol sofreu fratura exposta na perna.

Não entendi o árbitro, pois ele deu somente um cartão amarelo para o arqueiro. O cartão vermelho seria pouco, e o camisa 12 do Boca merecia ter sido levado de camburão pelo lance absurdo. Enquanto era atendido fora do campo, o jogador Alberto bateu o pênalti e deixou o Sevilla na frente do placar.


Lance do primeiro gol do Sevilla, marcado em cobrança de pênalti, na partida contra o Boca Juniors. Foto: Fernando Martinez.

Com a urgência no atendimento ao jogador lesionado, a ambulância foi imediatamente acionada e teve que deixar a Arena Barueri para levar o rapaz a um hospital próximo. Isso aconteceu aos 22 minutos, e cantei a bola para o David - que estava nas arquibancadas do estádio - que se o árbitro fosse cumprir à risca a lei, ele teria que parar o jogo naquele momento, pois a ambulância não estava mais lá.

Com um atraso de 10 minutos, o quarto árbitro percebeu a situação e a partida foi interrompida imediatamente. Aí acompanhei uma série de conceitos incorretos por parte das autoridades baruerienses. Essas pessoas ficaram indignadas pois, nas palavras delas, o árbitro estava sendo "preciosista" e também estava "denegrindo a imagem de Barueri para o Brasil todo". Isso mostrou um desconhecimento enorme do que acontece atualmente no futebol paulista e brasileiro.

Qualquer um que conheça e acompanhe só o mínimo de futebol sabe que nenhum jogo pode começar ou ter continuidade sem ambulância no estádio. São inúmeros os casos de jogos que começam atrasados, que são paralisados ou que nem chegam a acontecer pelo simples fato da ambulância não estar presente. Sou testemunha in loco em mais de uma dezena de casos em que isso aconteceu.

Tentaram até colocar o Coronel Marinho na parada, mas ele confirmou que o procedimento estava certo, dando inteira razão ao árbitro do jogo. Somente aí alguém teve a ideia de disponibilizar uma viatura da Polícia Militar e um desfibrilador para que o jogo recomeçasse. Fica a estranheza em ver autoridades locais sem conhecer informações básicas para a organização de um jogo de futebol.


Cruzamento do onze portenho dentro da área adversária. Foto: Fernando Martinez.

Bom, depois de 17 minutos a partida recomeçou e o Sevilla, mesmo sentindo a perda do seu jogador machucado, continuou melhor. Antes do apito final para o intervalo, o camisa 10 Joaquin Ruiz completou cruzamento da esquerda e marcou o segundo. Fora do lance, o camisa 2 argentino Alan Perez acertou um pontapé num espanhol e foi expulso.


O Sevilla mandava no jogo, e criava chances de perigo a todo momento, como essa ainda no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo fui para as cabines tomar uma água e degustar saborosas bolachas oferecidas para o pessoal da imprensa, então resolvi ficar por lá na maioria do tempo final. Tempo que foi de um só time, pois o Sevilla aniquilou o onze portenho. Aos 2 minutos, a equipe fez o terceiro com o bom camisa 14 Oscar Jimenez completando cruzamento preciso.


Grande defesa do goleiro do Boca Juniors. Foto: Fernando Martinez.

O quarto gol foi marcado pelo camisa 6 Antonio Marrufo aos 19 minutos, e o quinto veio aos 22, em golaço do jogador Alberto Perez. Ele recebeu passe em profundidade e tocou da entrada da área por cobertura. Golaço para premiar a única equipe que buscou jogar bola em campo. Se o time tivesse apertado um pouco mais, poderia ter marcado muito mais gols.


Mais uma chegada espanhola, em jogo amplamente dominado pelos espanhóis. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Sevilla 5-0 Boca Juniors. O resultado deixou a equipe espanhola classificada para a as semifinais, independente do resultado do próximo jogo. O Boca Juniors voltou para casa com três derrotas e uma imagem manchada pelo violento futebol e pela assustadora falta de maturidade dos seus atletas.

Pena que para o jogo seguinte minha máquina tenha simplesmente parado de funcionar na hora das fotos dos times posados. O clássico paulista entre Santos e Corinthians prometia muito, pois o Santos se garantiria na próxima fase com um empate, enquanto o time do Parque São Jorge dependia de uma vitória por dois gols de diferença.


Times do Santos e do Corinthians posados para as lentes do JP. Fotos: Fernando Martinez.

E justamente no jogo mais fantástico da noite eu não fiz nenhuma foto. Foi um primeiro tempo primoroso, recheado de emoções e com lances belíssimos. O Corinthians marcou primeiro, o Peixe virou, e o Timão voltou a virar o jogo com o placar de 3x2 ainda antes do final da etapa inicial. Impossível não se empolgar vendo um jogo assim.

Fui embora na metade da segunda etapa, caso contrário o transporte coletivo da Grande São Paulo não me deixaria chegar em casa. O jogo teve menos emoções nos 45 minutos finais, e o Santos acabou empatando a partida nos últimos minutos, eliminando o Corinthians e se classificando em primeiro lugar do Grupo B. As semifinais ficaram definidas com os jogos Flamengo x Sevilla e Santos x Peñarol.

Junto com o amigo Colucci voltei para São Paulo extremamente cansado, mas já pronto para a rodada de sexta-feira.

Abraços!

Fernando

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