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domingo, 22 de fevereiro de 2009

JP pela primeira vez em Penápolis

Olá,

Aproveitando o feriadão por conta dos festejos carnavalescos, na última sexta-feira pela manhã, segui em direção do interiorzão de São Paulo, não só para fugir da cidade grande por seis dias, usufruindo um merecido descanso num sítio bem distante da Capital, mas também aproveitar um roteiro pela Rodovia Marechal Cândido Rondon, visitando uma série de cidades que já tiveram seus times disputando campeonatos de acesso e que hoje estão licenciados ou até mesmo extintos.

Além dessas visitas que proporcionarão publicações de alguns volumes da série "Uma Volta ao Passado", também aproveitei e fui ver ao vivo, a bola rolar na bela cidade de Penápolis, mais precisamente no Estádio Tenente Carriço, também chamado de Tenentão, local da partida que reuniu as equipes do C.A. Penapolense e do Bandeirante E.C. da cidade de Birigui, válida pela quinta rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A3.

Antes de chegar a Penápolis, visitei duas outras cidades para pesquisar sobre a situação atual dos times locais, mas mesmo assim, cheguei com tempo para acompanhar a partida que teve início às 20:00 horas, bem como para tirar as fotos oficiais das equipes e do quarteto de arbitragem, de forma exclusiva, as quais apresento abaixo:


C.A. Penapolense - Penápolis/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Bandeirante E.C. - Birigui/SP. Foto: Orlando Lacanna.


O árbitro Raphael Claus, os assistentes Maria Nubia Leite e Ricardo Busette e o quarto árbitro Márcio José Gomes posam junto com os capitães das duas equipes. Foto: Orlando Lacanna.

Quando cheguei ao estádio, mantive contatos com pessoas ligadas ao time da casa, tanto dirigentes quanto torcedores e deu para perceber uma tremenda ansiedade para a conquista dos três pontos, uma vez que a equipe local estava classificada, antes do início da quinta rodada, na zona de rebaixamento e essa idéia passa bem longe da cabeça dos penapolenses. Dessa maneira, a partida prometia muitas emoções, até porque o adversário é um grande rival da região, tornando a partida um verdadeiro clássico regional.

A partida foi iniciada e como se previa, o Penapolense saiu com tudo para o campo de ataque, porém a primeira jogada mais perigosa foi do ataque dos visitantes, aos 7 minutos, quando Anderson, livre de marcação, cabeceou para fora uma bola recebida no interior da grande área. Embora o CAP permanecesse mais tempo com a bola nos pés, o Bandeirante era mais perigoso no início da partida, tanto é verdade que aos 10 minutos, o goleiro penapolense Ricardo foi obrigado a fazer uma boa defesa, em mais uma jogada de ataque do time de Birigui.

Com o passar do tempo, o Penapolense se acertou na marcação e acabou com a festa do Bandeirante que foi obrigado a adotar uma postura mais defensiva e, com isso, os ataques dos anfitriões foram se sucedendo.


Jogada pelo alto do ataque do Penapolense. Foto: Orlando Lacanna.

O domínio do time da casa foi se acentuando, tanto que, aos 16 minutos, o centro avante Magrão mandou a bola para o fundo da meta adversária, aproveitando rebote do goleiro Rogério, mas a alegria durou pouco, pois a assistente apontou impedimento na jogada. Um minuto após, o mesmo Magrão, voltou a mandar a bola para o fundo da rede do Bandeirante, agora de cabeça, abrindo a contagem a favor do Penapolense, provocando muita vibração dos torcedores locais.

Em vantagem no placar e contando com o apoio maciço da sua entusiasmada torcida, o Penapolense continuou em cima e, aos 25 minutos, chegou ao seu segundo gol, marcado pelo zagueiro Felipe Zambon em outro cabeceio que teve o endereço certo.


Jogada de ataque do Penapolense no interior da área do Bandeirante. Foto: Orlando Lacanna.

Depois do segundo gol, não demorou muito e o Penapolense chegou à marcação do terceiro gol, aos 32 minutos, anotado por Ederson que escapou pelo meio e deu um toque por cobertura, encobrindo o goleiro Rogério que abandonou a sua meta desesperado. Após colocar três gols de vantagem, o "Pantera da Noroeste" deu um tempo e, com isso, permitiu ao adversário sair um pouco mais ao ataque e, numa dessas, o Bandeirante teve um pênalti ao seu favor, aos 45 minutos, que foi espetacularmente defendido por Ricardo, matando a chance dos visitantes diminuírem a diferença quase no finalzinho do primeiro tempo.


Pênalti defendido por Ricardo no fim da primeira etapa. Foto: Orlando Lacanna.

A segunda etapa teve início e, nos primeiros dez minutos, o domínio do Penapolense foi quase total, embora sem criar jogada que levasse perigo à meta do goleiro Rogério. Da mesma forma que demonstrou quando da defesa do pênalti, o goleiro local Ricardo, mostrou novamente toda sua inspiração, aos 12 minutos, ao defender um chute perigosíssimo desferido por Daniel Goiás.

Embora tenha passado a atuar com mais calma, tocando mais a bola, o Penapolense chegou a criar dois bons momentos para ampliar o placar, aos 13 e 21 minutos, nos pés de Ederson e Magrão, mas as conclusões não foram das melhores e, dessa forma, as chances do quarto gol foram para o espaço.


Início de jogada de ataque do Penapolense que resultou no desperdício da oportunidade. Foto: Orlando Lacanna.


Armação de cruzamento da direita em outro ataque do CAP. Foto: Orlando Lacanna.

Mesmo inferiorizado no placar e com maior domínio dos anfitriões, o Bandeirante conseguia dar uma ou outra estocada, mas esbarrava na noite inspirada de Ricardo, que praticou mais uma ótima defesa, aos 33 minutos, neutralizando uma cobrança de falta de Daniel Goiás que tinha o endereço certo. Por sua vez, o Penapolense também desperdiçou uma outra boa chance, aos 36 minutos, nos pés de Magrão, sendo que após esse lance, os donos da casa passaram a tocar mais a bola, fazendo o tempo passar e só aguardando o término do jogo.


Outra jogada de ataque do CAP no segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.

Partida encerrada com o placar estampando Penapolense 3 - 0 Bandeirante que tirou o time da casa da zona de rebaixamento, o colocando na 10ª posição na tábua de classificação com 6 pontos. Por outro lado, o Bandeirante ficou fora do G8, se situando na 9ª posição com 7 pontos e com chances de ingressar no grupo que passará à próxima fase da competição.

Tão logo a partida foi encerrada, deixei o estádio e fui fazer um lanche num quiosque que só vejo no interior, para em seguida tomar um belo sorvete ao ar livre, desfrutando de uma brisa sensacional que compensou o calor infernal que passei durante o dia. Após encher a barriga, fui para o hotel encerrando um dia cansativo, porém muito agradável. No dia seguinte, a minha jornada iria continuar com visitas a mais três cidades para pesquisar sobre os seus clubes e daí partir para uma quarta cidade, local onde iria acontecer mais um confronto válido pela Série A3, cuja história eu conto depois. Foi isso.

Abraços,

Orlando

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