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terça-feira, 28 de março de 2006

Paulista Série A1: Portuguesa 5-2 Paulista

Opa,

Agora sim, depois de o UOL ter ficado fora de si, por ter digitado todo o texto e por duas vezes ele ter apagado sozinho, vamos com a última parte dos jogos que vi no último final de semana.

A pedida do domingo foi acompanhar de perto aquilo que poderia se transformar num momento histórico - pelo lado negativo - da vida da Portuguesa. No jogo contra o Paulista de Jundiaí, caso o rubro-verde não vencesse, poderia ocorrer o rebaixamento da equipe para a Série A2 do Paulista, e isso pela primeira vez em 86 anos de história. Junto comigo nesse momento, o Mílton e o Jurandyr.

Logo de cara vimos que a atitude de dispensar oito jogadores do elenco, valeu a pena, pelo menos nesse jogo. Com muita força de vontade, raça e determinação, a Portuguesa começou com tudo pra cima do time do interior. Com tamanha raça, não demorou para o time abrir o placar: depois de uma belíssima arrancada do jogador Fabrício, o goleiro Rafael fez pênalti e o jogador Cléber marcou 1 a 0 para a Lusa.



Um lance em dois momentos: o pênalti sofrido pelo jogador Fabrício numa jogada imprudente do goleiro Rafael, e a boa cobrança do Cléber, marcando 1 a 0 pra Lusa. Fotos: Fernando Martinez.

O jogo poderia ter seguido muito mais fácil, caso o Johnson (ex-Juventus e ex-E.C. São Bernardo) não tivesse perdido tantas chances de ataque. O Paulista só chutou uma bola no gol, desviada pela zaga da Lusa, e o jogo foi para o intervalo só 1 a 0 mesmo.

No intervalo encontrei nas arquibancadas do Canindé a torcedora fanática pela Lusa, Carol. Ela me reconheceu das clássicas matérias no Esporte Espetacular e do Diário de São Paulo, e além de tudo é amiga do meu irmão... o mundo é um ovo! Valeu Carol!!


A torcida da Portuguesa, curtindo um jogo mais do que emocionante no Canindé, e o Mílton, tranquilão e devidamente agasalhado. Fotos: Fernando Martinez.

No segundo tempo o jogo começou diferente e meio que dormindo, a Lusa viu em dez minutos o sonho quase acabar. Em uma cobrança de falta precisa do Muñoz e num pênalti - em que o zagueiro da Lusa teria que ter sido expulso, por cortar a bola com a mão - também cobrado pelo mesmo Muñoz, o Paulista virou o jogo e parecia que iria estragar a festa lusitana.

Foi um dos momentos mais tristes que vi num estádio. Ninguém xingou, gritou, berrou... ninguém fez nada, todos ficaram sem reação e um clima de velório tomou conta do Canindé. Todos temendo que aqueles fossem os últimos momentos na A1. Logo depois, o clima passou de um completo silêncio a uma completa indignação, depois que o Johnson perdeu mais uma chance clara.

20 segundos depois, o clima voltou a ser de festa, quando o mesmo Johnson empatou o jogo, num belo chute. Acreditando que a sorte poderia mudar, a torcida começou a gritar o nome do time desesperadamente, acordando de novo o rubro-verde. Deu resultado, pois aos 23 minutos, o jogador Diogo virou de novo o jogo, numa bela jogada de todo o ataque da Lusa. Milagre no Canindé!


Milagre! A Lusa vira o jogo de forma heróica! 3 a 2. Foto: Fernando Martinez.

Nessa hora, o Paulista desistiu da partida e a Portuguesa tomou conta em definitivo das ações. Mostrando um futebol objetivo, a Lusa dominou facilmente o time de Jundiaí. Ficou uma certeza a todos: se o time tivesse jogado tudo isso durante o campeonato, a história seria outra. E ainda deu tempo para marcar o quarto e quinto gols. O quarto gol marcado por Jackson e o quinto gol numa jogada de categoria do jogador Josiválter. Fazia tempo que ninguém ouvia olé no Canindé.


Vista geral do final do jogo entre Portuguesa x Paulista. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Portuguesa 5-2 Paulista, e a certeza que se o time jogar assim os próximos jogos, quem sabe o milagre definitivo não acontece? E destaque negativo para o Paulista: time sem inspiração e que quase não fez nada, só mostrando 10 minutos de um futebol razoável.

Levando para o lado estatístico da coisa, essa foi a maior goleada da Portuguesa desde o dia 26 de abril de 2003, quando venceu o Remo por 5 a 2 no seu primeiro jogo pela Série B daquele ano. Em Campeonatos Paulistas, foi a maior goleada desde um 6 a 1 que marcou no União São João em 20 de janeiro de 2001, pela 1ª rodada do Paulista.

E foi só. Nessa semana teremos mais luta contra o rebaixamento aqui no JOGOS PERDIDOS, e em duas semanas o ano começará de verdade aqui no site mais alternativo sobre futebol no Brasil. Muitas surpresas na nossa fantástica Segunda Divisão.

Até

Fernando

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